CapÃtulo 13
Capítulo 13 - Caroline
Como eu tenho um medo absurdo de avião, minha viagem para Portugal foi banhada a antialérgicos ( para dar sono) e a muita música calma nos ouvidos. Praticamente dormi a viagem toda entre São Paulo e a cidade do Porto. Acordei quando faltava uns 20 minutos para aterrissar, com a aeromoça me chamando.
Eu teria que descer em Porto e de lá pegar mais um avião, até Trás-os-Montes, onde a dra Marcela estaria me aguardando. Sim, para todo o meu temor, teria que pegar mais um avião e nesse segunda nem tem como ter mais sono. Estou perdida. Sempre viajei com a Chris, ela me acalmava, me enchia de carinho e conversava comigo o caminho todo para eu me distrair.
O período tenso foi a aterrissagem, como o avião sacolejou, Portugal estava me assustando do céu já. Quando finalmente pude descer da aeronave, senti o vento gelado daquele país. Minha reação foi encher o peito, forte, fundo, como se eu quisesse inalar futuro, sonhos, realizações e expirar medo, temores e saudade. Como eliminar essa saudade toda?
O clima de Portugal era frio, bem mais que do Brasil, o que era esperado para um país europeu. Não nevava, nem chovia, apenas batia um vento gélido e cortante na pele. Mas pode acreditar, eu sentia esperança nesse vento. Eu finalmente criei coragem de pedir um tempo do meu casamento, um tempo da Christiane, finalmente vou conhecer o projeto que trabalho há anos, poder fazer parto, que é algo que eu amo. Sim esse vento cheira a coisas novas, esperança, felicidade e de certo modo liberdade.
Entre esse voo e o próximo, teria que esperar 3 horas, posso dizer que meu estomago estava contando os segundos para essas 3 horas. A fome que eu estou não tem precedentes. Estou há quase 15 horas sem comer. Preciso rapido achar algo pra me alimentar.
Esperei minha mala ser liberada do avião e sai da area de desembarque. O aeroporto da cidade do Porto era bem limpo e organizado. Eu estava achando um barato ouvir o sotaque português em cada pessoa que passava ao meu lado.
A pergunta do momento é: o que comer? Dei uma olhada em volta, havia cafés, lanchonetes. A Chris sempre tinha resposta para uma pergunta dessas, ela sempre sabia onde tinha a melhor comida ou a comida mais rápida. Mas ok, preciso para de pensar nisso. A Christiane não está aqui e eu vou dar meu jeito de achar comida.
Andei mais um pouco no aeroporto e encontrei um Burguer King, sim, acreditem, vim até Portugal para comer um BK. Não sei a quantos anos eu não como um negócio desses e so de entrar na loja o cheiro esta me encantando. Entrei na lanchonete e fui olhar na tela, se tinha algum hamburguer que me chama a atenção. A Chris que sempre pede o meu, sao nesses momentos que percebo como estou ligada a ela nos mínimos e doentios detalhes. Ela sempre gostou de cuidar dos meus pedidos, fazia ela sentir que estava cuidando de mim e eu deixava, sempre deixei. Não vou ficar pensando na Christiane, não esse mes.
Pedi um lanche la, que a imagem era apetitosa, espero que o sabor seja bom tambem. Pedi junto um cha gelado. Não consigo ser tao desviada assim na alimentação. Passado um tempo, a moça gritou meu nome e eu mais que estabanada fui pegar o lanche.
Já viajei sozinha varias vezes, mas sempre ficava no celular falando com a Chris. Dessa vez não tem Chris no celular, não tem Chris ao meu lado. Dói não mandar mensagem pra ela, não ligar pra ela, soi ser forte e tentar me valorizar e fazer ela sentir minha falta. Será que ela esta sentindo minha falta? Duvido que esteja, ela deve é estar visitando e conversando com a outra la. Não acredito que ela tem outra. Não sei se tem outra mesmo, nem deixei ela explicar, mas sapatao que chama a outra de linda e adora passar o dia juntas tem algo, é quase uma lei.
Comi meu lanche sozinha no burger king mesmo, o lanche estava delicioso. Acabei pedindo mais um, para comer no avião ou antes mesmo de subir a bordo.
Apesar do país ser diferente, aeroporto é aeroporto em todo lugar, igual. Passei no starbucks e peguei um frappuccino. Caraca, outra coisa que ha anos eu não tomo. Pedi um e fiquei sentadinha lendo um livro ate dar o horario de embarcar.
A ironia do destino era que mesmo eu estando a um oceano de distancia, a cada pessoa que passava ao meu lado eu lembrava da Chris, ou pelo sapato parecido ou simplesmente pelo jeito feminino de carregar a mala. Não consigo sentir raiva dela, talvez magoa seja oq eu sinto.
- Embarque do voo 8899, com destino ao aeroporto de Trás-os-Montes, embarque liberado.
Foi só a moça do embarque falar isso que eu fiquei completamente tensa. Mais um voo. Pelo menos depois desse, o proximo so sera em 6 semanas e pra voltar pra casa.
Peguei minha documentação e entrei em uma pequena fila que se formava na frente do guiche de embarque. Algumas crianças pulando pra la e pra ca, adultos conversando. Como sou boba por esse medo de aviao.
A viagem entre Porto e tras dos montes foi até que tranquila. Eu tentei ao máximo me distrair com música. Mas não deu muito certo, a cada nuvem que o treco passava eu só faltava fazer xixi de medo. Como pode uma criança não ter medo disso, mas eu adulta bobona quase morrer pra entrar num treco desse?
Talvez a única parte boa, ou nao, foi que eu estava com tanto medo que me concentrei na musica e não pensei na Christiane em nenhum momento, apesar que… Se estou falando dela, significa que pensei… Ah, que droga.
Depois de 1 hora e pouquinho, finalmente o aviao aterrissou em Trás-os-Montes, minha morada pelas próximas 6 semanas. Minha expectativa não cabia no peito, de verdade, espero coisas muito boas para esse periodo.
Quando desci do aviao percebi que aqui estava bem mais frio que em Porto, bem mais frio mesmo. Eu quero rapido minha mala e mais blusas. Isso que da ser a primeira viagem pra Europa.
Dentro da area de desembarque estava um pouco mais quentinho, mas mesmo assim bem mais frio do que estou acostumada. Peguei minhas 2 malas e segui para a saida do desembarque. A dra Marcela me disse que estaria me esperando pessoalmente aqui, e espero mesmo que esteja, estou perdida nesse pais.
Na area do desembarque tinha varias pessoas com plaquinhas. Olhei rapidamente cada uma delas, mas não achei nenhuma Caroline ou doutora, ou algo relacionado. La no fundo, tinha uma menina, não devia passar dos 20 anos, segurando uma plaquinha escrita a mao “Braga, C”. Deve ser a minha. Mas não acho que essa deva ser a dra. Marcela, não mesmo.
- Licença, Boa tarde. Acho que a pessoa da sua plaquinha sou eu, Caroline.
- Medica, brasileira, que vai pra Urros? - a menina falou com um sotaque português bem intenso, bem nativo, que tive dificuldade para entender as palavras dela.
- Eu mesmo. Mas eu estava aguardando a dra Marcela, ela falou que vinha no aeroporto.
- Sim, ela pede desculpas. Teves uma reuniao importante e não conseguiu vir, entao me enviou para recepcionar-te. Tudo bem?
- Claro. So estou com uma dificuldade pra entender o que você fala, seu sotaque é bem forte. Mas vou pegando aos poucos.
- Enquanto se adaptas ao meu jeito de falar, vamos indo que o carro nos aguarda la fora.
- Vamos para Úrros daqui?
- Nao, a viagem para Úrros leva 8 horas. Vamos primeiro para a base, um local que usamos para administraçao. Quando chegarmos lá, a dra Marcela te explica as coisas.
Entre o aeroporto e a tal base foram uns 40 minutos. Durante todo o trajeto observei aquele novo espaço. A paisagem é urbana, as casa com um estilo mais antigo, mas ainda com cara de centro, cidade grande.
A base era um pequeno prédio, de no maximo uns 5 andares. O carro estacionou na garagem deles e subimos um lance de escada. Entrando no lugar havia um escritório, nada muuto diferente do Brasil, escrivaninha, computador, papeis. A mocinha que me recebeu, que no caminho eu descobri que chamava Alicia, pediu para que eu sentasse em um sofa e ficasse aguardando. Ela me contou que era portuguesa, mas sempre viveu em Úrros. E pela vila ser praticamente na fronteira com a Espanha o sotaque dela é misturado entre o portugues de portugal e o espanhol nativo.
Vi la no fundo, algo que muito me lembrava da minha terra, uma garrafa termica com café. Eu não pensei 2 vezes, levantei e peguei um copinho. Foi o cafe mais delicioso da vida, talvez por eu estar cansada num limite quase irreconhecível e por eu estar longe de casa. Enquanto eu tomava o cafe, aproveitei pra mandar mensagem pro Lucas e pra Clara, avisando que eu havia chegado bem, acredito que sejam os 2 que se preocupam comigo.
- Caroline?! Tudo bem? Seja bem vinda.- eu estava tao viajando no cafe delicioso que eu estava tomando, que eu nem reparei em quem me chamava.
- Eu mesma. Obrigada.
- Sou a Marcela. Fico feliz que tenha vindo. Fez boa viagem? - quando parei para olhar, reparei em uma mulher de meia idade ou um pouco mais, baixinha, de bochechas volumosas, um cabelo pouco acima da altura do ombro, bem chanel, com uma expressao severa, mas amavel. Tenho certeza que ela realmente é a Marcela, bem diferente da imagem que eu projetei na minha mente todos esses anos, mas bem simpatica. Fui com a cara dela.
- Morro de medo de avião, tirando algumas turbulencias de Porto pra ca, foi boa a viagem. - ela tambem tinha um sotaque portugues bem forte, não tanto quanto o de Alicia, era um Portugal misturado com Brasil.
- Você deve estar cansada. Vou mostrar o alojamento, você pode descansar o tempo que precisar. Quando acordar, provavelmente amanha, te mostro todo a lugar e te explico o planejamento desse seu periodo aqui. Sei que você pretende ficar apenas um mes Caroline, mas espero que depois desse tempo, você queira ficar de vez.
- Dra, vim pra conhecer o projeto, ajudar como posso. Tenho certeza que sera um otimo periodo aqui.
- Não precisa me chamar de doutora. Aqui somos colegas, só Marcela já esta otimo. Venha comigo. - subimos varios lances de escadas, enquanto ela rapidamente ia me explicando o que tinha nos andares.
- Como você já sabe, uma parte da equipe fica lá em Úrros, e a outra parte fica aqui. Como estamos sempre indo e vindo e como a maior parte da equipe é de outros paises ou ate mesmo de Portugal, mas de regiões distantes, temos um alojamento aqui e um outro la em Úrros. O feminino fica no 4o. Andar. O masculino no 5o. O refeitorio fica la em baixo no zero, la no fundo.
Entramos no dormitório do quarto andar. Eu me senti em um acampamento infantil ou de adolescentes. Eram pequenos quartos com 2 beliches em cada, no canto tinham 2 guarda roupas de 2 portas para nos arrumarmos. Eu tinha uma ideia de como era, mas por estar mexendo mais com rede de atendimento, protocolos e assistência aos pacientes, sei pouco sobre essa parte da vivencia da “base”.
- Vou te deixar nesse quarto, esta praticamente vazio. Em uma das beliches fica a Dra. Fernanda, ela é pediatra e vai com nós pra Urros daqui 4 dias. Depois tu ve com ela sobre o guarda roupa. No final do corredor tem os vestiários, tem chuveiro, tudo que você precisar. Tira esse periodo para você descansar. Deve estar destruida da viagem do Brasil, pelo menos eu sempre fico.
- Obrigada Marcela. Daqui eu me ajeito. Amanha começamos o trabalho?
- Sim, estamos organizando o envio de mais alguns materiais pro hospital de Úrros, e com a sua chegada, arrumando a fila de pacientes gestantes pars você dar uma olhada nelas. Sei que será apenas um mes sua estadia aqui conosco, mas nesse um mes, muitas mulheres e gestantes, sem atendimento algum, podera ser cuidada por ti. Úrros esta aguardando sua visita Dra Caroline.
- Pode me chamar só de Carol, sem o dra tambem. Estou ansiosa para ir. Preciso desse tempo em trás os Montes, estando perto de quem precisa de mim, de quem posso ajudar.
- Eu estou pessoalmente muito feliz pela sua vinda Carol, e a vila de Úrros vai ficar tambem. Te conheço ha um relativo tempo, mesmo que não seja pessoalmente, sei de sua competência e capacidade. Te desejo todo o sucesso nesse tempo aqui conosco, mas confesso que no fundo, desejo que se apaixone pelo nosso projeto e fiques aqui.
Não vou lhe incomodar mais. Tome um banho e descanse, amanha temos muito o que fazer.
Recebi um abraço muito gostoso da Marcela, na minha cabeça era dna Marcela, de certo modo ela me lembrava minha mae. Firme e decidida quando se tratava de deus pacientes, mas doce, delicada e meiga com as pessoas, sempre vendo atras dos olhos, vendo a alma das pessoas.
Quando a dna Marcela saiu, eu acabei dando uma olhada rapida no quarto, o beliche direito estava super organizado, com a cama feita, sem nenhuma dobra fora do lugar, havia um livro em cima do travesseiro e um ursinho na parte oposta, onde fica os pés. Essa cama deve estar sendo usada. Coloquei minha mala na cama da esquerda e comecei a me organizar.
Puxei uma toalha, kit de higiene, enfim, coisas que eu precisava para me arrumar. Essa situação me fez me lembrar da minha graduação, quando anualmente eu ia para uma cidade distante, ficar uma semana fazendo atendimento. Nesse periodo, dividia alojamento com os outros alunos, comia em refeitório, dividia vestiario. Era cansativo, claro, mas extremamente gratificante.
Segui para o vestiário. Me arrumei e entrei em uma das 5 cabines que havia. Apesar de dentro de casa estar quentinho, meus pés estavam sentindo bem o frio. Tomei um banho rápido, realmente estava frio. Retornei para o meu quarto e fiquei lá um tempo, olhando pro nada, sem pensar em nada. Meu cansaço estava tão grande que até pensar está difícil, dormi que nem percebi, apenas apaguei.
Em um dado momento acordei assustada, com a luz do quarto que foi acessa. Uma claridade que me incomodou. Olhei rapido assustada para a figura feminina que estava parada na porta. Logo a mulher apagou a luz e se desculpou, eu estava tao perdida no meu cansaço e na minha alteraçao de fuso horario, que voltei logo a dormir.
Acordei no dia seguinte. Ainda estava tudo escuro, mas eu estava bem descansada. Vi na cama do lado um corpo jogado, deve ser a minha companheira de quarto. Me organizei no maximo de silêncio que eu consegui e fui para o vestiario, estava vazio como ontem. Tomei um banho rapido, me troquei. Voltei ao dormitório apenas para colocar minha roupa em cima da cama e sai. Lembrei que a dna marcela disse que o refeitório era no térreo, entao desci rapidinho. No meio do caminho fui achando algumas, mas poucas pessoas acordadas, para todas eu disse bom, mas de praticamente nenhuma recebi a resposta para o bom dia. Pode ser algo cultural passou na minha cabeça.
Quando cheguei ao refeitório senti um cheiro maravilhoso. Olhei rapidamente o local, era realmente um refeitório de acampamento, variad mesas compridas, la no fundo um balcao para pegar os alimentos. Adorei esse lugar, não so o refeitório como a base toda.
-
O que desejas de pequeno-almoço?
-
Oi?
-
O que queres comer?
- Ah, um pedaço de bolo e um copo de café. Obrigada
Uma senhora com cara de poucos amigos me entregou um pedaço de bolo e uma caneca de plastico com cafe. Eu sentei na mesinha da merenda escolar. Fiquei zapeando meu celular, deve ser madrugada no Brasil entao nem o Lucas, nem a Clara devem estar disponíveis para conversar.
Enquanto eu tomava meu “pequeno-almoço”, acabei me perdendo no assunto que mais penso: Christiane. Ela iria odiar esse lugar, somos tao diferentes. Ela jamais aceitaria dividir o quarto com uma desconhecida, muito menos sentar numa mesa assim para comer. Espero que o meu dia seja bem corrido, assim não pensarei na Christiane ou em nada envolvendo ela.
Enquanto eu enrolava com meu cafe, dna Marcela apareceu.
- Bom dia Carol. Dormistes bem?
- ah, bom dia Marcela, dormi sim, estaba cansada da viagem. Já estou pronta pra trabalhar.
- Fico muito feliz. Hoje e amanha continuaremos nossa rotina administrativa aqui mesmo, gostaria que você acompanhasse as reunioes, tanto porque precisamos te atualizar sobre a população da vila.
- Claro. Participarei sim.
- procure a Alicia no segundo andar. La ela te passara o cronograma das reunioes de hoje. Amanha por volta das 23 horas, saira o transporte para a vila de urros. Como você ficara la os demais dias de sua estada, pode levar todos seus pertences. Por mais que eu tenha a esperança de que daqui 6 semanas você já esteja tao apaixonada por Úrros que queira ficar.
Conversamos mais algumas amenidadades, depois eu sai. Procurei a Alicia, a mesma moça que havia me buscado no aeroporto. Ate a primeira reuniao eu teria uma hora. Voltei para o meu dormitório. Pensei em ficar la enrolando.
Quando entrei no quarto uma garota estava em pe, mexendo na cama ao lado da minha, deve ser a minha colega de quarto, que acendeu a porr* da luz ontem.
- Ola?! Tudo bem? Sou Caroline, cheguei ontem.
- Ah, Caroline, a ginecologista brasileira que vai salvar a vida das grávidas de urros?
- isso ela falou em um tom tao ironico.
- Quanto a salvar a vida das gravidas eu não sei, quanto a cuidar delas, sim.
- Todos falam tanto de você que ate parece que tem a cura do cancer. Nem sua cama você arrumou, como vai salvar o mundo? - praticamente cuspiu essa frase e voltou a mexer na cama.
Era só o que eu precisava, uma colega de quarto chata e insuportável. E eu não arrumei a minha cama para não atrapalhar o sono dela. Mal sabe ela como sou organizada e metódica com as minhas coisas. Arrumei a porr* da minha cama, peguei algumas coisas na minha mala e sai. Nem me dei ao trabalho de me despedir da grossa. Ah, tenho certeza que ela é brasileira, até tem um sotaque portugues, mas bem leve.
Fiquei na sala de reunioes por quase uma hora antes de começar. Conforme as pessoas iam chegando, me falavam oi ou bom dia. A minha grossa colega de quarto entrou na sala, mas nem na minha cara olhou, ficou conversando com um rapaz de barba bem feita. Quando a dna Marcela entrou, ela comprimentou todos e começou:
- Acredito que todos devam se lembrar que vos avisem quanto a vinda da dra Caroline? Correto? Eis que ela chegou ontem e vai estar em nossas atividades pelo proximo um mes. Gostaria primeiro que ela se apresentasse e depois cada um de voces.
- Bom dia a todos. Como a dra Marcela disse, vou acompanhar o trabalho de vocês por cerca de um mês. Eu sou a Caroline, sou brasileira, de são Paulo. Tenho 33 anos, sou ginecologista de formaçao, atuo frente a ginecologia oncologia e a obstetricia. Acompanho e participo deste projeto desde sua formaçao ha 6 anos, contudo sempre foi a distância. E agora tive a oportunidade de vir conhecer o projeto pessoalmente. - fiz uma apresentação padrao sobre quem eu era. Não deixei de ver a menina chata dando risadinhas de canto, devo ser uma piada pra ela, só pode.
Os demais profissionais da mesa foram se apresentando, tinhamos cirurgião geral, clínico, assistente social, psicólogo, algumas outras profissões. Quando chegou a vez da minha adoravel colega de quarto ela começou a falar:
- Eu sou Fernada, 35 anos, estou aqui.no projeto ha 6 anos. Sou pediatra e acompanho as crianças da vila de Úrros. - enquanto ela falava, que eu nem prestei atenção, reparei na garota. Ela tinha um jeito bruto, firme de lidar com as coisas. Uma boa gesticulaçao enquanto falava. Devia ser da minha altura ou um pouquinho mais baixa, 1,60/1,65, olhos castanhos, intensos. Um cabelo ondulado, até a altura do ombro, que ela deixou solto. Uma garota muito bonita, mas completamente antipática. Conheço a menos de uma hora e já não vou com a cara.
Se todas as pessoas forem igual ela, esse mês em Portugal será um martírio. E cacete, aguentar gente chata e a saudade fudida que estou da Chris, vai ser foda. Tudo bem, um passo por vez, apenas um passinho por vez.
Fim do capítulo
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Dessa
Em: 12/02/2018
Ihh essa Fernanda , adorei kkk
Amo essa história..
Parabéns
Resposta do autor:
Hahaahaha A Fernanda é um mistério. Acho que adoro ela tambem, e ela nem estava na historia, surgiu do nada, mas tá fazendo super bem sua participação.
Obrigada pelo comentário. Fico muito feliz que vc goste da historia. Isso me da mais motivação para continuar escrevendo.
Beijoo
Resposta do autor:
Hahaahaha A Fernanda é um mistério. Acho que adoro ela tambem, e ela nem estava na historia, surgiu do nada, mas tá fazendo super bem sua participação.
Obrigada pelo comentário. Fico muito feliz que vc goste da historia. Isso me da mais motivação para continuar escrevendo.
Beijoo
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