• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • O CASO DAS ROSAS
  • Capítulo 15 - A saudade do que nunca existiu

Info

Membros ativos: 9525
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,495
Palavras: 51,977,381
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Azra

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Entrelinhas da Diferença
    Entrelinhas da Diferença
    Por MalluBlues
  • A CUIDADORA
    A CUIDADORA
    Por Solitudine

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • O acaso
    O acaso
    Por caribu
  • Under The Influence Of Love
    Under The Influence Of Love
    Por Silvana Januario

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

O CASO DAS ROSAS por pamg

Ver comentários: 5

Ver lista de capítulos

Palavras: 3599
Acessos: 3691   |  Postado em: 09/02/2018

Notas iniciais:

Atendendo aos pedidos, adiantei um pouquinho o capítulo, mas o próximo fica para dia 12 mesmo, meninas.  Eu estou adorando a participação de vocês :) <3

Capítulo 15 - A saudade do que nunca existiu

Alycia. Alycia. Alycia. O nome da morena começou a ecoar na cabeça da loira que quando se deu conta do que estava acontecendo, empurrou a promotora e falou mais para si do que que para a outra mulher. — ALYCIA, eu não posso fazer isso com ela.

— Já fez! Sabia que você e a menina prodígio tinham algo.

— Você queria escutar sobre os meus sentimentos por você, Menecucci? Então vou te responder, estou pronta para falar sobre isso: EU TE ODEIO, SAIA DAQUI!

— Eu vou, mas eu volto!

— Escuta bem, Bárbara, porque eu pretendo nunca mais repetir essas palavras, se você se aproximar de mim novamente peço uma medida restritiva.

— Você não teria coragem? — A promotora disse com um meio sorriso que exalava arrogância.

— Me testa! Eu não tenho pretensões políticas, ao contrário de você. Exatamente por isso, não tenho o menor problema em me dirigir a uma delegacia, na primeira hora do dia amanhã.  Em menos de 2 horas, eu consigo esse documento. Ao contrário de você, o que não me faltam são amigos.

— Você está me trocando pela aquela mulherzinha sem graça?

— Não, você me trocou por aquele idiota. Eu estou seguindo a minha vida. Apenas isso. E nunca mais abra sua boca para falar de Alycia. Eu a conheço há poucas semanas e tenho certeza que ela é mais mulher, mais digna, mais profissional e mais digna do meu amor do que você nunca foi. Eu estou falando sério, Menecucci. Se você não sair agora, eu chamo a polícia e faço uma ocorrência por invasão.

Bárbara olhou para a loira com temor, talvez pela primeira vez ela tenha enxergado Emily da forma que ela realmente é. Ela não parecia estar blefando. A promotora, então, deu alguns passos para trás e a loira fechou o portão. Ficou parada por um tempo, sem saber o que fazer. Só conseguia pensar na morena. De repente, escutou uma mensagem chegando em seu celular:

Alycia: Fato nº1: estou me apaixonando por você.

Emily: Posso ir na sua casa?

Alycia ficou perdida com a resposta da loira. Não era isso que tinha pensado que aconteceria. Respondeu:

Alycia: Agora?

Emily: Sim!

Alycia: Aconteceu algo?

Emily: Posso, Aly? Quero conversar com você.
Alycia: Venha!

— Oi! — A morena disse se sentindo meio sem graça pela mensagem que havia mandado e pela reação da delegada. Olhou nos olhos da loira e teve um pressentimento de que as coisas não estavam bem.

— Oi, posso entrar?

— Claro! Eu quase fui em sua casa agora há pouco, mas quando estava saindo, Helena me ligou, nos convidando para ir a Ouro Preto amanhã, com a conversa demorou um pouco, acabei desistindo de sair.

Emily sentiu um frio percorrer sua espinha. Imaginou a morena vendo ela e Menecucci aos beijos. Seus pensamentos eram tantos que ficou aérea.

Alycia estranhou:

— Emy, aconteceu alguma coisa?

— Sim!

— Você está bem?

— Não.

— Emily, estou ficando nervosa, me conta o que aconteceu.

— Eu estou tentando pensar em como começar. — Respirou fundo.

— Que tal começar pelo começo. — A morena falou educadamente, mas estava muito apreensiva e esse prólogo não estava ajudando em nada. Emily olhou nos olhos de Alycia e começou seu relato.

— A Menecucci foi lá em casa. Na verdade, quando eu cheguei, ela estava me esperando em frente a minha casa. Quando eu abri o portão para guardar meu carro, ela saiu do carro dela e ficou  de pé no portal,  me impedindo de fechá-lo. Ela  queria conversar. — Manteve seus olhos fixos nos de Alycia, tentava passar sinceridade, sabia que suas próximas palavras poderiam mudar tudo. — Ela me beijou!

A detetive não desviou o olhar e não disse nada. Esperou a loira continuar. — Eu fui tirar ela da garagem à força e ela me virou e me beijou. Por um segundo, eu cedi, mas no segundo seguinte, eu só conseguia pensar em você. Eu não quero te assustar, mas eu te amo e tudo o que conseguia pensar era em você.

Alycia levantou, andou de um lado para o outro em silêncio. Depois de alguns instantes falou:

—  Esse um segundo, esse pequeno um segundo que você cedeu era o que eu tinha medo. Desde que ela chegou, você nunca falou o que sente por ela.

 

Emily lembrou que Bárbara havia dito algo semelhante “Você nunca conseguiu dizer que não me ama”. Foi trazida para a realidade por Alycia que continuava a falar.

—  Quando eu te perguntei o que você sentia por ela, você disse que traição era algo que não poderia ser resolvido. Quando sua prima te perguntou como você estava se sentindo, você disse que não poderia mudar o fato de Bárbara estar em sua vida de novo. O fato é, você nunca disse que não a amava e esse um segundo que você cedeu é exatamente aquela pontinha sua que não consegue encerrar sua história com ela.

As lágrimas começaram a brotar, incontrolavelmente, no rosto de Emily. Alycia não derramava uma lágrima, sua voz transmitia segurança e calma. E, na verdade, ela realmente estava segura e calma, ela não estava passando por nada que fosse uma surpresa. Ela sempre soube que relacionamentos estavam destinados ao fracasso. Acabara de ter mais uma confirmação. Então, resolveu encerrar aquela conversa.

— Não se preocupe comigo ou com aquela mensagem boba.

— Não fala isso. Não foi boba. Eu esperei tanto por isso. — Se aproximou da morena e tentou segurar suas mãos. Alycia não permitiu.

— Na verdade, Emily, eu é quem fui boba. — Olhou para Emily que observou nos olhos de Alycia aquela distância de antes. A morena continuou. — Sempre soube que não deveria me meter em relacionamentos. Isso não funciona.  

— Por favor, não fala isso. Eu te amo.

— Amor é fraqueza, Emily. — Caminhou em direção a sacada, ficou olhando para fora e continuou: — É engraçado, eu sei que você está sendo sincera comigo. A questão não é o que sente por mim, mas o que sente por ela. Você precisa resolver isso, Emily.

— Eu já resolvi, eu estou aqui para você e com você.

— Não, você não tem que resolver isso por mim, eu não sou mais uma opção. Você tem que resolver isso por você.

As últimas palavras de Alycia doeram em Emily, que se desesperou. A morena, entretanto, se mantinha impassível e pediu:

— Você poderia, por gentileza, sair?

— Aly, por favor.

— Não vou entrar nesse drama, Emily. Eu nem mesmo acreditava nessa coisa de amor até há poucos dias. Não vai ser difícil desacreditar. Agora, saia, por favor, saia. Eu não quero ser grossa, mas… por favor. — Foi até a porta e abriu.

Emily saiu e foi direto para a casa da prima. Elize e Helena já estavam deitadas. Elize se  assustou quando escutou o barulho da porta de seu apartamento sendo aberta. Ela não esperava ver Emily ali novamente. Principalmente, porque a prima sabia que ela estava com Helena.

— Li, desculpa entrar em sua casa assim...  — Parou e viu Helena vindo na direção da sala. —  Ai, meu Deus! Helena, me esqueci que você estava aqui. Ai gente, eu vou embora. — Disse aos prantos.

— Nada disso! Fique! — Foi Helena quem deu a ordem.

A ruiva olhou pra Helena e teve mais certeza de que estava apaixonada por ela. Adorou sentir o cuidado dela com sua prima.

—  Emy, o que a Bárbara fez? — A ruiva quem perguntou.

— Como você sabe que foi ela?

— Aquilo é o capeta em forma de gente, Emily. É claro que ela faria algo.

Emily contou tudo para as amigas, da chegada em casa até a conversa com Alycia. Quando terminou, chorava como criança. Helena se dispôs a fazer um chá para acalmá-la. Serviu Emily e ficou por ali dizendo algumas palavras de consolo.

Helena estava com a cabeça em Alycia, imaginou como sua amiga estava sofrendo também. Explicou sua preocupação para sua namorada e para amiga e disse que queria ir para a casa de Alycia.

— Liga pra ela antes, amor.  — A ruiva pediu.

— Ela não vai me atender, mas quando eu tocar o interfone, ela vai ter que abrir.  Eu a conheço e amor, eu não vou voltar hoje, tá?

— Tá bom, mas me avise quando chegar lá.

Se despediram. As primas ficaram sozinhas e Elize se sentiu à vontade para conversar com a prima.

— Emy, senta aqui perto de mim, a gente precisa conversar. Me conta, o que você sente por Bárbara?

— Ódio! — Sentou ao lado da prima.

— Tá isso é o que você tem que dizer para todo mundo, agora me fala a verdade. — Emily ia se levantar em protesto, mas Elize segurou seu braço impedindo-a. — Emy, estamos apenas nós aqui, tá na hora de você começar a ser sincera sobre isso para fechar as portas.

A loira deitou no colo da prima e começou a desabafar, sem parar de chorar por um minuto:

— A verdade é que eu nunca elaborei isso. Doeu tanto, mas tanto, que eu enterrei tudo em algum lugar, eu acho. Por várias noites, eu sonhava com a aliança que eu havia comprado para ela. Outras, eu revivia a cena de chegar em casa e vê-la na cama com aquele idiota. Quando ela tentou se aproximar para conversar, eu percebi que ela não ia me pedir perdão, o papo era algo sobre nosso relacionamento ter caído na rotina. Cortei antes que ela concluísse e nunca mais quis saber de sentar e falar sobre isso. Você sabe, Li, eu não falava nisso nem com você. Eu não sei… Doeu tanto que eu apaguei isso da minha cabeça. Mas eu estava bem. Pelo menos até ela aparecer, eu estava bem. Eu me apaixonei por Alycia. Eu sei que parece exagero, mas não é. É como se eu a conhecesse há anos.

— E o segundo em que você cedeu ao beijo? — A ruiva perguntou sem qualquer tom de acusação queria entender o que estava acontecendo com a prima e também queria que ela elaborasse melhor o que estava acontecendo.

— Saudade do que nunca existiu. Eu acho que isso define o que aconteceu, sabe?! Li, eu ia me casar com aquela mulher, eu já amei ela. Eu queria construir uma família com ela. Bárbara já foi meu porto seguro. Seu beijo me fez relembrar daquele conforto que eu achava que tinha. Eu sei que tudo foi mentira, mas a capeta mentia tão bem que vivemos juntas por anos. Quando Alycia veio à minha mente, senti nojo de Bárbara. É como se Alycia fosse uma mulher real e Bárbara um reflexo de pessoa, sem caráter…  — Em meio à soluços completou. — Li, Aly não vai me perdoar. Ela é a pessoa mais fechada que eu já conheci. Meu caramujinho. Pensou.

Elize sentiu-se triste com a situação da sua prima. — Calma, meu bem. Nós vamos resolver isso. Vem cá!
__________________________________________________________________________

Enquanto se dirigia para a casa da detetive, Helena lembrou de algo, foi em casa e pegou seu antigo aparelho celular. Guardou na bolsa e seguiu em direção ao prédio de Alycia. Chegou e  tocou o interfone três vezes, a morena não atendeu. Por fim, mandou uma mensagem:

-Não vou embora, Aly. Estou sozinha, abre aqui pra mim, por favor.

Alycia não respondeu, apenas abriu o portão. Helena ia dizer que queria guardar o carro na garagem, mas achou melhor entregar para Deus a segurança do veículo, a morena não estava muito receptiva ao que parecia, não era o momento de pedir para guardar o carro. Resolveu entrar, subiu.

Helena chegou e encontrou a porta aberta.

— Aly? — Entrou.

— Não quero ser mal educada, Lê, mas está tarde, porque não está com sua namorada?

— Eu sei o que aconteceu.

Alycia não esboçou qualquer reação. Apenas recostou a cabeça no sofá e fechou os olhos. Diferentemente da loira, a morena estava com as emoções extremamente controladas.

— Aly, fala comigo. — Helana sentou-se ao lado dela.
— Eu não tenho nada a dizer. —  Disse sem abrir olhos.

— Aly...

— Lê, você já nadou em uma piscina onde não havia outras pessoas e depois deixou seu corpo ser conduzido pela água, tipo ficou boiando?

— Já!

— É como me sinto agora, não estou confusa, nem desesperada... Nada disso. Sinto um imenso silêncio dentro de mim, há poucas horas eu travava uma conversa interna com meus sentimentos, eu precisava ter coragem pra assumir para mim e para Emily que gostava dela. Decidi isso, até falei com ela. Por mensagem, mas falei. Depois que fiquei sabendo do beijo, toda a euforia passou, não tenho mais dilemas internos, na verdade, não tenho nada. É apenas um grande silêncio. Sem sentimentos, sem sentido, sem desejos, sem nada. Me sinto exatamente isso, um nada. É como se estivesse boiando em uma piscina sem nem ninguém por perto, sem barulho… Sem nada além da água. Me sinto em paz.

Helena se aproximou de Alycia, fez com que ela colocasse a cabeça em suas pernas. A morena não resistiu, mesmo sendo fechada e dizendo estar bem, aquele gesto foi bem recebido. Helena apenas escutava a morena e passava a mão em seus cabelos.

Depois de um tempo, resolveu se manifestar:

—  Quando minha mãe morreu, eu entendi pela primeira vez a finitude da vida e isso não me trouxe a vontade de fazer cada dia valer a pena, como as pessoas fazem por aí. Não! Pelo contrário! Eu comecei a pensar que se a vida poderia acabar a qualquer momento, não valia a pena fazer nada. Eu pensava: para que eu vou ter filhos, pois se algo acontecer não poder criá-los, sabe? Coisas desse tipo... Em resumo, era algo como, acho que vou esperar a morte aqui, já que ela é inevitável. E tudo ficou sem sentido, sem cor, sem sentimento. Aly, eu sei qual é a sensação... Ela não é de paz, nem de silêncio, é que o barulho dentro de você está tão grande que seu cérebro desligou. Para não pensar ou sofrer você desligou seus sentimentos.

Alycia abriu os olhos, mas não olhou para Helena. Parecia pensar no que a sua amiga havia dito. De repente quebrou o silêncio:

— Eu a amo.

— E ela te ama.

— Eu sei, mas o que foi aquele um segundo em que cedeu ao beijo de Bárbara?

— O que significa ela cruzar a cidade para te contar sobre esse um segundo?

— Só teve que me contar porque ela cedeu.

— Depois que cedeu por um segundo, veio direto para sua casa. Sem nem mesmo ter um compromisso formal com você. Te contou e pediu perdão.

— Ela não sabe definir o que sente por Bárbara.

— Ela tem certeza sobre o que sente por você.

— Eu não confio mais nela.

— Deixa ela tentar reconquistar sua confiança?

— Ela me traiu.

— Aly, eu entendo o que você está falando, mas ela não tinha um compromisso com você. Ela poderia ter ido direto para a casa da prima se quisesse apenas desabafar, mas ela não fez isso. Veio para sua casa, assumiu o erro e te contou sobre um único segundo em que se sentiu perdida. Foi um segundo, Aly e mesmo assim ela quis te contar.

— Eu... - Uma lágrima caiu de seus olhos.— Eu… eu…. — Ela não conseguia falar mais nada. Helena sabia que sua amiga  estava em um momento decisivo e precisava se manter calma para ajudá-la a pensar racionalmente. A morena a surpreendeu com uma pergunta:

— E se fosse a Elize? Não digo hoje, porque hoje vocês se comprometeram, mas e se ontem ela tivesse uma recaída com um ex, o que você faria?

Eu ficaria como você está, mas eu tentaria não me afastar do mundo e evitaria a todo custo entrar nesse caminho onde não sentir nada é melhor do que sentir a dor profunda da decepção. Porque isso que você está sentindo parece paz, mas é dor anestesiada. E quando você está assim não sente nada e nós seres humanos não fomos feitos para não sentir nada. Então a gente faz besteiras para sentir algo. Eu fiz muitas.

— Eu não lembro disso. —  Disse a morena cabisbaixa.

— Nos conhecemos pouco depois, Aly. E bom, as meninas não sabem, mas conheci Bárbara nessa época. Ela e Emily estavam se conhecendo, como Emily era pupila do meu pai, ela sempre aparecia lá em casa. Certo dia, ela foi apresentar essa capeta para nós.

— Calma, não entendi, as meninas não sabem que você conheceu ela, mas foi a Emily quem te apresentou ela.

— Emily nos apresentou a Bárbara, sua namorada. Ela era nova, mas exalava segurança, conversava com meu pai como se fossem iguais. Falava sobre suas pretensões políticas. Enfim… Emily olhava para ela com admiração, quase adoração. Eu, por outro lado, estava achando um tédio aquilo tudo, Bárbara era linda mexeu um pouco comigo, mas eu não conseguia sentir nada além disso. Assim, pedi licença e me retirei para o meu quarto.

Bárbara pediu licença para ir ao banheiro, mas foi ao meu quarto sem que ninguém soubesse.

_________________________________________________________________

Alguns anos antes

— Ah! Oi, desculpa, achei que aqui fosse o banheiro.

— Já viu que não é, pode fechar a porta, por favor?

— Claro. — Bárbara fechou a porta atrás de si, permanecendo no quarto. Ela olhava para a jovem Helena com desejo e falou: — Não quero me intrometer, mas você precisa viver. Não é saudável, viver como você está vivendo.

— O que você sabe sobre a minha vida?

— Emily me contou que está de luto. —  Se aproximou de Helena e pegou a sua mão. — Eu até acho que esteja mesmo, mas vi algo em seus olhos agora há pouco. — Bárbara se aproximou provocativamente de Helena e tentou beijá-la. Helena se assustou e se afastou. Bárbara começou falar: — eu sei que você me quer, eu te quero. Imagina que dupla nós seríamos, a filha do delegado e a futura promotora pública.

Helena reagiu. — Eu não te quero, sua louca, me larga. Você é namorada da Emily, ela como se fosse minha irmã.

— Ah! Para, eu vi que você me queria.

— Eu te quero longe daqui, sua louca. Sai do meu quarto ou eu vou gritar!

— Tá bom gatinha, mas não se esqueça que eu sempre estarei disponível para você.

__________________________________________________________________________

De volta ao apartamento de Alycia

 

— Você queria ficar com ela?

— Não, na verdade não. Ela me beijou e eu não sentia muita coisa. Nem por ela, nem por ninguém. Mas também foi nesse momento que meu estado de anestesia sumiu.

— Como assim?

— Emily era quase uma irmã. Só de pensar em magoá-la, eu me senti muito mal. Inclusive, agi errado, ao nunca contar isso para ela. Talvez, assim, ela tivesse cortado essa capeta da vida dela. Espera.

Helena levantou e pegou um telefone celular em sua bolsa, era um modelo não muito atual. Entregou para Alycia.

— Que isso, Lê?
— Quando estava vindo para cá, resolvi passar em casa e pegar esse telefone. Era o meu antes deu ir viajar.

— E?

Helena pegou o aparelho de novo e ligou-o.

— Tem um pouquinho de bateria, vai dar para eu te mostrar. Vem cá, Aly. — Puxou a morena para perto de si novamente.

— Toma, abra as mensagens.

— Pra quê?
— Eita mulher teimosa! Abre, sô.

— Okay!

Alycia abriu e viu que havia mais de 100 mensagens, todas do mesmo número. Em todas a pessoa assediava Helena.

— Helena, quem te mandou isso?

—  Bárbara.

— Quando?

— Desde o dia em que nos conhecemos até o dia em que eu fui viajar. E creio que só parei de receber porque desativei esse número quando saí do país. Agora toma. — Entregou o aparelho atual. — Minha senha é 1411. Vai nas mensagens.

Alycia fez o que Helena disse. Novamente várias mensagens de Bárbara.

— Então, ela faz desde que começou a se relacionar com Emily e nunca parou?

— Sim!

— E como ela sabe seu número novo?

— Não sei como ela descobriu nem o primeiro, quanto mais esse que ativei há poucas semanas.

— Porque não contou para Emily?
— Medo.  Não acho que a Bárbara é burra para mandar isso do número dela mesmo, deve ter um chip para fazer esse tipo de coisa. Seria difícil provar para Emily que era ela mesmo. Emy estava muito apaixonada. Depois que terminaram, eu desencanei, sabia que ela ficaria melhor sem essa promotora capeta, passei apenas a ignorar.

— Você percebeu que ela sempre cita o fato de você ser filha de um delegado conhecido? — Alycia continuou passando as mensagens e lendo.

— Sim. Bárbara é ambiciosa, ela acha que nós seríamos um casal poderoso. É uma louca. Desde que Emily descobriu quem ela era, eu fiquei bem mais tranquila, sabe?! Eu acho que essa promotora é tão doente que chega a ser perigosa.

— Elize sabe?

— Ninguém, além de você, sabe! Se qualquer pessoa souber, meu pai saberá. Se meu pai souber, ele manda matar essa mulher ou prendê-la.

— Não seria má ideia.

— Aly, viu com quem você está lidando?

— Nossa!

______________________________________________________________________________

 

No apartamento de Elize

 

— Li.

— Oi.

— Preciso de um favor.

— Qualquer coisa.

— Preciso que você e Helena convençam Alycia a passar o final de semana em Ouro Preto com nossas mães?

— Pra quê?

— Amanhã, vou resolver isso de uma vez por todas.

— O que você vai fazer?

 

A loira não respondeu.

 

Fim do capítulo


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 15 - Capítulo 15 - A saudade do que nunca existiu:
Mascoty
Mascoty

Em: 22/02/2018

Nossa um turbilhao de emoçoes! nao sei o que seria pior Aly ve Emily os beijos com a Barbara ou Emly ter falado pra Aly o que aconteceu! Achei nobre  a decisao de Emily de ter falado com a Alycia o que aconteceu! essa mala da Barbara tem que ter o fim bem dado! acho que Emily precisa resolver o sentimento que tem pela barbara para encerrar essa relação! E ter um novo começo com Alycia! No funo Emily precisava desse baque para ter certeza dos seus sentimentos!

Eu se fosse helena tetava denunciar esse capeta que é a Barbara! to com ódio dela, rss

Gostei da conversa da Helana com a Alycia e da conversa da Emily com a Elize! o que seria de nós se nao fossem nosso amigos verdadeiros?!

Espero que elas se acertem!

beijos

Fica na paz

Mascoty

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Dessa
Dessa

Em: 10/02/2018

Essa Bárbara causa hein..

Adorei a sinceridade da Emily . Espero que elas se acertei logo .

Bjs e bom carnaval


Resposta do autor:

Ei, Dessa!
Obrigada por acompanhar (desculpe a demora para responder)! 
Um bjo! <3

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Minerva
Minerva

Em: 10/02/2018

Mano do céu, essa Bárbara é uma the monia mesmo... Agora fiquei com dó da Emily


Resposta do autor:

Sim, uma capeta! ahahahah
Um bjo, Minerva! :)

Responder

[Faça o login para poder comentar]

rhina
rhina

Em: 09/02/2018

Cara que história massa você criou para mostrar que a Bárbara é uma canalha.....me amarrei.....Helena soube usar na hora certa.

Demais. ....parabéns 

Rhina


Resposta do autor:

Obrigada pelo retorno, Rhina! Fico feliz que esteja gostando!! <3

Responder

[Faça o login para poder comentar]

preguicella
preguicella

Em: 09/02/2018

Pelo menos Aly não teve o desgosto de presenciar o beijo, mas tb o segundo de beijo que Emy retribuiu, coisas que não tem uma devida finalização ficam assim, abrindo espaço para contenderem situações como o beijo.

Enfim, o bom é que elas de fato se gostam e vão se entender! E já percebi que a promotora vai se ferrar e feio. Espero que o quarteto e o povo da delegacia pegue ela de jeito! 

Bjão, até dia 12 é bom carnaval! 


Resposta do autor:

Adorando seus comentário, preguicella! ahahah :)
Um bjo e bom carnaval para você também!!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web