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Uma Pequena Aposta por Rafa

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Palavras: 6467
Acessos: 5233   |  Postado em: 28/01/2018

Capítulo 69

-- Fuck!

-- Amo quando baixa a american woman em você, ui! – declarou de forma afetada.

-- Fred não é o momento para brincadeiras.

-- Desculpa gata, mas não podemos fazer nada.

-- Isso que me incomoda... – passou a mão pelo cabelo - Ele avisou a Melissa?

-- Ainda não e nem sonha que lhe falei. Vai contar a ela?

-- Não sei... – estava pensativa. – Estava tudo tão bem ontem...

-- E que tom de bem comida foi esse? – brincou com a amiga que acabou sorrindo.

-- Não é hora de brincadeiras... – declarou sorrindo.

-- Fala... – gritou – Querida, ele foi solto e nós não podemos fazer nada, pior são os dois que estão escondidos. – gritou novamente. - Fala logo o que aconteceu sua veada. – Camila jogou a cabeça e resolveu falar.

-- Ela estava carinhosa, feliz...

-- E?

-- O que?

-- Aconteceu mais coisa e eu quero os detalhes sórdidos, totalmente podres. – ela deu uma gargalhada.

-- Isso eu não posso falar, mas... – deu outra gargalhada.

-- Mas... – deu alguns pulinhos de curiosidade.

-- Preciso que faça um favor para mim. – Camila contou todo o plano para o amigo que prometeu ajuda-la. – Depois acertamos os detalhes.

-- Mila, você vai falar para ela? – a veterinária ponderou.

-- Vou conversar com Enrico, eu sei que ele não quer avisa-la, irei respeitar, mas a Mel precisa saber da verdade. – os dois conversaram amenidades por mais alguns minutos.

***********************************

-- Bom dia minha filha! – José se levantou para receber Camila que iria acompanha-lo durante a visita as fazendas.

-- Bom dia! – sentou-se e forçou um sorriso em agradecimento.

-- O que vai querer para o café?

-- Senhor José, antes de qualquer coisa eu quero saber uma coisa. – o velho avaliou a expressão da médica e concluiu.

-- Enrico falou com você?

-- Ele não queria me preocupar, mas eu já sei.

-- Ele tem muita gente de “rabo preso”, foi fácil conseguir esse merecimento. – fez aspas com as mãos.

-- Eu não acredito mais na justiça. – declarou irritada. – Antes quando a Mel falava em agir por conta, eu... Eu sempre a repreendi, mas agora... – estava nervosa e José tentou acalma-la.

-- Não pense nisso agora, já tomei as devidas precauções.

-- O senhor não vai falar para Melissa?

-- Enrico não queria preocupa-la... – bebeu um pouco do café. – Acho uma bobagem, quando ela souber vai ficar irritada.

-- Também acho, até porque eu sei e vai me cobrar.

-- Então vamos contar para ela?

-- Melhor Enrico falar, não quero criar problemas entre os dois.

-- Então vamos pedir que ele conte a infeliz novidade. – sorriu. – Agora coma que o dia hoje será exaustivo. Perdemos quase o dia inteiro ontem com esta turbulência e mal tempo no caminho, agora vêm mais problemas. – deu uma gargalhada, mas Camila ainda estava apreensiva.

**********************************

Isadora acordou mais cedo e viu Melissa dormindo, permaneceu deitada ao seu lado, admirando-a. Passou de leve o dedo contornando o rosto angular. Sorriu quando a morena sentiu e se mexeu. Aproveitou a oportunidade de estarem tão próximas e de frente uma para outra e a beijou. Melissa não correspondeu, estava dormindo, só sentiu quando Isadora ajeitou uma mecha do cabelo negro.

-- O que está fazendo? – perguntou assustada com a aproximação entre as duas.

-- Bom dia Isadora, você dormiu bem? – foi irônica com a pergunta que ela mesma respondeu. – Sim Mel, eu passei a melhor noite do último ano. – Melissa se ergueu e sentou apoiada ao travesseiro.

-- Sabe a hora? – Isadora pegou o relógio.

-- Quase nove horas.

-- Nossa! – pulou – Enzo nunca dormiu assim. – aproximou-se do berço e viu o menino dormindo, colocou a mão em sua testa.

-- Alguma coisa?

-- Não. Achei estranho, ele nunca dormiu tanto assim.

-- Deve ser pelo estresse de ontem.

-- É... – pegou o celular e viu várias ligações de Enrico e seu avô. – Aconteceu alguma coisa.

-- O que?

-- Não sei. – olhou para loirinha. – Várias ligações de Enrico, isso significa problemas.

-- Que tipo de problemas?

-- Não sei, mas a minha intuição diz que tem dedo do infeliz do seu pai e da dupla de miseráveis. – parou para observá-la melhor. – Isadora, você sabe de alguma coisa?

-- Eu? Que ideia! – levantou-se irritada. – Vou fazer um café, quem sabe seu mau humor não dissipa. – Melissa esperou que saísse e ligou para o amigo.

-- Oi Rico. – ele falou sobre a novidade e Melissa se lembrou do sonho. – Miserável!

-- Mantenha a calma.

-- Estou calma. – respondeu com um tom sério. - Quero esperar por ele com muita calma.

-- Meu pai reforçou a segurança na casa e com você... – ela o interrompeu.

-- Aqui não tem perigo, estamos praticamente ilhados com a cheia do rio, além dos colonos... – olhou em direção a porta. - Eles sabem o que fazer a qualquer movimento estranho. Só que...

-- O que?

-- Isadora está aqui.

-- Oi?

-- Isadora...

-- Tá já ouvi. – respondeu preocupado. – Camila...

-- Eu não tive coragem de falar para ela, prefiro fazer isso pessoalmente.

-- Espero que não dê problemas, ela estava muito preocupada com vocês, não sei como ainda não ligou.

-- Não fale nada, essa conversa é minha, certo?

-- Eu não sei de nada e nem quero me intrometer nisso... As duas são grandes, fortes e geniosas. – brincou e fez Melissa sorrir.

-- Eu não quero estragar nada, amo Camila e não vou magoa-la.

-- Cristina, você está falando sério? Isadora não revirou nada aí dentro?

-- Não acredita? – Enrico parou por um minuto e pensou.

-- Quando chegar nós conversamos.

-- Não acredita mesmo em mim?

-- Quando você voltar. – despediu-se e desligou.

************************************

Melissa trocou de roupa e preparou o banho de Enzo, esperou o filho acordar. Quando os dois chegaram à cozinha ela deu graças a Deus por encontrar Lurdes.

-- Dotôra, a senhora veio.

-- Prometi, não foi? – respondeu sorrindo.

-- E esse menino? Como ele cresceu. – pegou o menino e olhou para a filha que ajudava preparando o café. - Fia, pega lá a cadeirinha para ele sentar.

-- Eu vou fazer a comida...

-- Vai nada. – sorriu - Eu já fiz a mamadeira. Dona Isadora disse que vocês “tavam” aqui. – Melissa olhou ao redor.

-- E onde ela está?

-- Pegou uma caneca de café e saiu.

-- Foi arrumar alguma confusão. – pensou alto.

-- O que dotôra?

-- Nada não Lurdes. – sorriu. – O que temos para comer?

-- A senhora senta que já tá tudo na mesa. – Melissa pegou uma xícara e se serviu de café.

-- Lurdes e os estragos com essa chuva?

-- Oh dotôra, eu nem sei viu? Passei ali pelo rio e parece que o negócio foi feio “lá pra os lado” do Querêncio e dona Dalva.

-- Eu disse para não construir naquela área, mas acharam que ficava melhor por ser próximo ao rio.

-- Seu Liezer disse para fazer uma “tá de rigação” que a dotôra falou, mas eles são “teimoso que só”.

-- Fia, você pode chamar seu Manoelzinho?

-- Vou sim dotôra. – baixou a cabeça em concordância e saiu. Melissa olhou para a velha senhora e explicou o que pretendia.

-- Eu vou fazer o levantamento dos estragos e dependendo, ele vai no armazém comprar o material.

***********************************************

-- Oh menina, você tem que aparecer mais, seu avô adora.

-- Eu sei seu Manoelzinho, mas é muito difícil ter tempo.

-- Tempo pra visitar os “vivo que se ama”? Coisa mais estranha. Depois que morre reclama da falta. – Isadora ficou pensativa.

-- Oh pai... – a menina o chamou. – A dotôra tá chamando o senhor lá na casa.

-- Diga que já vou. – Isadora esperou a menina sair e voltou à conversa.

-- Melissa vem muito aqui?

-- O que? Isso aqui “tava” acabado, eu mesmo “tava” em uma fazenda e seu vô sozinho pra dá conta de tudo. – sorriu - A dotôra chegou e chamou “nós todo” de volta e “organizo” tudo. “As terra” hoje tem cerca, pasto, plantação. Olhe, tem vaca leiteira e “nós produz” uns queijo artesanal muito do bom que é vendido na feira todo sábado. Não volta um.

-- Que coisa boa! – estava feliz, mesmo assim, forçou um pouco mais a empolgação. - Então ela ajuda assim?

-- Mas olhe, ela tem autoridade com todo mundo aqui, ninguém tira brincadeira com ela. É uma pessoa justa e séria. – completou com sincera devoção a morena.

-- Imagino... – respondeu pensativa.

-- Eu vou lá, ela mandou me chamar e “tô” demorando. – olhou para Isadora e arriscou. – Dona Isa, a menina devia pensar.

-- Em que?

-- A menina gosta da “dotôra”, pegue ela de volta. – Isadora deu uma risada.

-- Ela não me quer mais Manoelzinho.

-- Quer sim, só tá esperando a menina ter mais tempo e “mostra” o que quer.

-- Ela tem a doutora. – afirmou com tristeza.

-- Dona Isa, eu “tô veio”, já vi muita coisa nessa vida que “começo” cedo, com “doze ano tava na lida”, estudo tenho não senhora, mas aprendi a olha. Dotôra Melissa gosta muito da dotôra, só que sentimento forte “mermo” só com a senhora. Preste atenção naquelas “lâmpada azul” que tem no lugar dos “zoio”, ele se derrete pela senhora. – o homem saiu e foi ao encontro da morena, enquanto Isadora sorriu com a revelação. Ela foi para rede, onde se deitou e ficou observando a movimentação dos colonos trabalhando, não demorou muito e Melissa saiu ao lado do velho homem. Trouxeram dois cavalos, a morena montou em um deles e saiu em velocidade. A curiosidade a dominou e foi até a cozinha verificar para onde os dois haviam ido.

-- Oh menina, você ainda não comeu. Senta aqui que lhe sirvo. – Isadora sorriu e fez o que ela havia lhe dito.

-- Lurdes, onde está Enzo?

-- Ele tá com a Fia. – sorriu. – Quando a “dotôra tá aqui ela paga pra Fia tomar de conta dele”.

-- E para onde Melissa foi?

-- Ela foi com Manoelzinho vê “os estrago” da chuva. – a loirinha comeu quieta, estava pensativa. Melissa havia realmente ocupado o lugar de neta do velho Eliezer. Pensava no avô quando ele apareceu.

-- Seu Liezer... – bateu as mãos e foi em direção ao velho homem. - O senhor voltou!

-- Oi Lurdes. – entrou na cozinha e sentou. – E você minha linda.

-- Estou ótima! – respondeu com sarcasmo. - O senhor sabe quem me fez companhia?

-- Sei sim. – sorriu sem graça enquanto se servia de café. – Eu não sabia que ela chegaria ontem. – olhou para neta. – Estou feliz que as duas estejam vivas.

-- E como sabe que ela está viva?

-- Eu me informei sobre a situação, e sei que ela está verificando os estragos.

-- A sua neta maravilha!

-- Sinto cheiro de ciúmes no ar?

-- Não enche vô.

-- Não é por mim esse ciúme, pelo visto. – deu uma gargalhada.

-- Seu Liezer, o senhor sabe se a dotôra Camila vem? – Isadora se levantou e saiu irritada.

-- Lurdes, não sabe que o nome Camila é censurado perto de Isadora?

-- Elas ainda “tão” nessa? Meu Deus, a dotôra tá tão bem com a dotôra Camila.

-- Está mesmo, mas vamos ficar fora disso, ou acaba sobrando para nós dois. – bebeu um pouco de café. – Ninguém sabe o se passa dentro dessas duas.

**********************************

-- Vô... – desceu do cavalo e foi em direção ao velho.

-- Minha filha... – abriu os braços para recebê-la. – Se soubesse que chegaria ontem não teria saído.

-- Não tem problema.

-- Eu vi o meu neto... – disse sorrindo. - Ele cresceu muito desde a última vez.

-- Ele está muito danado. – os dois sentaram e Melissa falou sobre o filho e os estragos da chuva, Lurdes veio chama-los para almoçar e Isadora estranhou quando viu uma imensa mesa posta.

-- Quem vem mais almoçar? O exército da salvação? – brincou e logo se arrependeu.

-- Aqui comemos todos juntos, como uma família. – Melissa respondeu sem disfarçar o mau humor.

-- Ah... – Eliezer viu o clima e resolveu interceder.

-- Melissa deixe meu neto aqui ao meu lado.

-- Ele vai bagunçar... – respondeu sorrindo. Lurdes colocou Isadora de frente para Melissa, enquanto Eliezer sentava na ponta, Enzo e Melissa ao seu lado esquerdo. O almoço transcorreu com alegria, todos falavam e brincavam como uma família, e até mesmo Isadora que estava mais quieta, acabou se entregando as conversas e brincadeiras. Melissa a observava feliz por perceber que sua loirinha de antes havia realmente voltado. Quando terminaram, Fia pegou Enzo para limpa-lo, já que havia brincado com sua comida e sujado tudo ao redor. Isadora usou uma desculpa e os acompanhou, na verdade estava encantada com o menino que lhe sorriu e chamou para brincar durante o almoço.

Melissa se aproveitou quando Isadora saiu e comunicou a todos sobre a situação de Timóteo.

-- Mas “deixaro” esse “homi” solto? – Lurdes perguntou aflita.

-- Um absurdo essa justiça! – Eliezer bateu forte na mesa.

-- O que quero? Qualquer vestígio deste homem por aqui... – olhou para o avô e os outros homens em volta. – Quero que o peguem e me chamem. – forçou um sorriso e concluiu. - Prometo uma boa recompensa se pegarem...

-- Melissa... – Eliezer tentou interrompê-la.

-- Vô, ele aprontou todas e extrapolou minha paciência. Quero pegá-los, um por um. – Isadora entrou e todos mudaram de assunto.

-- Aconteceu alguma coisa? – os homens saíram em silêncio, a loira olhou para Melissa e depois para o avô. – Tudo bem, quem vai começar dos dois?

-- Vô, eu vou tirar uma soneca com meu filhote. – levantou-se e coçou a barriga de forma preguiçosa. – Vou deixá-los papeando. – Melissa chegou até a porta, mas Isadora a impediu.

-- Pode ficar aí dona Melissa Cristina. – a morena fez uma careta e Eliezer sorriu, gostava de Camila, mas sabia que essas duas se completavam.

-- Você sabe que eu...

-- Odeia quem lhe chama assim, só que eu não estou nem aí. – afirmou interrompendo-a e cruzando os braços. – Agora fala o que vocês estão me escondendo. – a encarou e Melissa ergueu uma das sobrancelhas olhando de forma desafiadora para baixo. Eliezer riu com a situação e fez sinal para Lurdes não se meter.

-- Está mesmo me intimando a responde-la?

-- Você é grande e pode até tentar, mas não tenho medo. – fitaram-se por segundo e Eliezer resolveu falar.

-- Minha filha, seu pai foi solto. – Isadora passou a mão na testa e olhou para os dois.

-- Como é?

--- Ele conseguiu o privilégio de passar as festas de Natal em casa. – Eliezer explicou enquanto Melissa permanecia calada, Isadora a olhou e se aproximou.

-- Fala qual a recepção que você está preparando.

-- Eu? – respondeu com inocência.

-- Fala que conheço esse tom e essa expressão. – Melissa olhou para Eliezer pedindo ajuda, mas o velho sorriu.

-- Esse assunto é de vocês, estou fora. – saiu deixando-as sozinhas e levou Lurdes junto.

-- Isadora, eu não estou preparando nada para seu paizinho querido. – a loira se aproximou e segurou a mão da morena.

-- Eu só estou preocupada com você, nem ligo com o que pode acontecer com os outros. – Melissa revirou os olhos com enfado.

-- Sei bem como se preocupa comigo. – virou-se para sair, mas sentiu a mão da loira lhe puxar, voltou-se sem tempo para reagir ao beijo inesperado. Isadora invadiu sua boca com gula e saudade, sentiu o corpo de Melissa reagir e se afastou com um sorriso vitorioso.

-- Agora sabe como me preocupo com você. – saiu deixando-a sozinha. Melissa bateu com força na parede e depois passou a mão pelo cabelo.

-- Merda!

***********************************

A visita de Melissa chegou ao fim, ela retornou para São Paulo, Isadora preferiu não ficar para despedidas, arrumou uma desculpa e foi se deitar. A morena achou melhor evita-la depois do beijo.

-- Vô deixa um abraço para Isadora. – disse abraçando-o.

-- Pode deixar e você avise quando chegar sabe como fico preocupado com essas coisas que voam sem explicação. – referia-se ao helicóptero. Melissa deu uma gargalhada e o acalmou.

-- Pode deixar. – deu-lhe um beijo. – Feliz Natal! – entrou na aeronave e partiu.

***********************************

-- Camila... – ela olhou para o seu chefe. – Será que posso lhe pedir um favor?

-- Claro.

-- Ainda não consegui comprar os presentes de todos para o Natal...

-- Precisa de ajuda?

-- Será que você pode me ajudar nisso?

-- Claro. O que está pensando?

-- Bem, só pensei em alguma coisa para Cristina, vou precisar da sua avaliação.

-- Minha avaliação? – perguntou curiosa. - É um animal?

-- Uma égua, a Imperatriz para aquela mula presenteada pelo velho babão. – Camila riu com José.

-- E onde está? – José explicou como havia pensado em fazer a negociação, passaram o resto do voo planejando o que comprar para cada um.

***********************************

-- Cristina coloque seus presentes na árvore.

-- Mãe, ainda tem tempo. – estava na piscina brincando com o filho.

-- Não temos mais tempo, suas tias chegaram e seus primos logo estarão aí, também. Quero que deixe tudo organizado.

-- Mãe, relaxe e entre nesta piscina conosco.

-- Sabe como seu pai implica com os mínimos detalhes. – Daniel se aproximou a tempo de ouvir a conversa.

-- Eu?

-- É. – saiu irritada.

-- Ela está uma pilha.

-- Não ligue, ela sempre fica assim quando a bruxa está por perto.

-- Pai, a tia Estela não é tão terrível assim. – respondeu sorrindo.

-- Eu sei, ela não usa vassoura, ainda. – fez uma expressão de enfado. - Elas amam competir, agradeço por Emília existir. – Melissa saiu da água acompanhada do filho, no mesmo momento que sua mãe retornou acompanhada da irmã mais nova, Emília.

-- Arrume todos os seus presentes na árvore, até mesmo os de Enzo. – Melissa revirou os olhos, mas foi pega de surpresa ao sentir uma mão sobre seu ombro, ela sorriu após aspirar o cheiro de perfume.

-- Quem é esta moça Ester?

-- Minha futura nora. – respondeu sorrindo e nem percebeu a expressão de surpresa da irmã.

-- Cam... – disse ao se virar.

-- Essa moça linda tem compromisso para hoje?

-- Com a minha namorada. – respondeu sorrindo. - Saudades amor! – abraçaram-se.

-- Ei, vamos fazer sanduiche de moreninho. – beijou o menino que ao vê-la sorriu chamando-a com as mãozinhas. – Mamãe chegou meu filho. – beijou no rosto, barriga e nas mãozinhas.

-- Cristina precisa terminar de arrumar suas coisas. – Ester falou mais uma vez.

-- Que coisas? – Camila perguntou enquanto beijava o menino.

-- Mamãe quer que deixe todos os presentes na árvore. – revirou os olhos.

-- Camila isso serve para você também, caso tenha algum presente por aí. – piscou para morena que sorriu.

-- Os meus e do senhor José estão todos na sala... – Melissa a olhou com surpresa. – Arrumamos na árvore.

-- Viu como não dói ser organizada, Cristina? – pegou o neto e saiu.

-- Está bem, mamãe. – revirou os olhos e olhou para veterinária. – Você me paga.

-- Jura? – perguntou com malícia.

-- Vamos subir. – fez um gesto chamando-a com a cabeça.

-- Amor, eu não posso demorar.

-- Como é? – perguntou irritada. Camila sorriu e passou a mão pelo rosto que estava sério.

-- Ainda não passei em casa e preciso fazer algumas coisas antes.

-- O que?

-- Mel...

-- Poxa Cam, pensei que você ficaria direto, assim poderíamos conversar. – passou a mão pelo corpo da veterinária que se segurou.

-- Conheço as suas conversas.

-- Ué, antes não tinha reclamações.

-- Mas hoje tenho. – sorriu.

-- Eu só quero conversar.

-- Está bem, mas tem que ser jogo rápido. – Melissa sorriu e a puxou pela mão.

-- Mãe, você vai ficar com Enzo?

-- Pode deixar ele aqui mais um pouco. – beijou a cabeça do neto. – Ele não precisa arrumar as coisas. – usou de sarcasmo.

-- Tá mãe... Eu vou colocar tudo lá. – saiu com a veterinária ao seu lado. Assim que entraram no quarto, Camila puxou a morena e retirou a parte de cima do seu biquíni. – Você não está com pressa?

-- Quer que eu pare?

-- Se fizer isso, eu termino tu... – Camila não deixou concluir a frase e voltou a beijá-la.

-- Saudades desse corpo gostoso... – mordeu de leve a barriga da morena. – Deixa sentir essa boca... – beijaram-se e foi à vez de Melissa tentar retirar a roupa da veterinária. – Não... – a impediu. – Primeiro eu que vou matar a saudade, depois você. – a jogou sobre a cama e retirou a parte de baixo do biquíni, colocando-se depois entre suas pernas.

***********************************

 -- Gertrudes, por favor, você pode pegar Enzo e leva-lo para o quarto? Cristina depois vai dá um banho nele.

-- Deixe que faço isso dona Ester. – pegou o menino e o levou para cima.

-- Camila chegou? – Ester olhou para trás e viu o marido.

-- Sim. – Daniel olhou ao redor.

-- Onde estão suas irmãs?

-- Emília está na casa de hóspedes, Estela saiu.

-- Amém! – fez um sinal juntando as mãos e saiu.

-- Está muito engraçadinho.

-- Engraçadinho vai ser o momento “família”. – resmungou antes de sair.

-- O que você falou?

-- Nada meu amor.

***********************************

-- E minha vez? – perguntou após Camila se levantar da cama, estava surpresa.

-- À noite eu deixo fazer o que quiser. – sorriu.

-- Só à noite? E o que faço agora?

-- Brinca como fez algumas noites atrás. – piscou e lhe mandou um beijo.

-- Isso é pura sacanagem! – resmungou. Camila foi até ela e a beijou.

-- Quero ajeitar algumas coisas. – a olhou nos olhos. – Está tudo bem?

-- Está sim. – respondeu desviando o olhar.

-- Como foi o passeio? Seu avô está bem? – Melissa respondeu olhando para cama e Camila achou estranho. – Aconteceu alguma coisa? – segurou o queixo da morena, fazendo-a olhar nos olhos. – Acho que a pergunta certa é: o que aconteceu? – perguntou pausadamente. Melissa relutou um pouco antes de falar.

-- Isadora estava lá. – Camila respirou fundo, soltou o rosto da morena, mas não desviou o olhar. – Eu não sabia... Quando cheguei ela estava lá. – a veterinária permanecia observando-a. – Cam...

-- Aconteceu alguma coisa?

-- Claro que não. – estava na defensiva. Camila avaliou a expressão da empresária e depois concluiu.

-- Quanto ao pai dela?

-- Sabe que teremos de colocar você no esquema de segurança, não é?

-- Seu avô me explicou. – levantou-se e ajeitou a roupa. – Mas eu lhe conheço e não quero que se meta nessa história.

-- Cam...

-- Eu confio em você. – disse olhando-a nos olhos. – Não quero mentiras ou meias verdades em nossas vidas.

-- Eu lhe amo. – levantou-se para beijá-la. – Queria que ficasse mais. – pediu fazendo um bico.

-- Amor, daqui a pouco eu volto. – beijou seu rosto. – E você vai arrumar os presentes na árvore e ajeitar nosso menino para o primeiro Natal dele.

-- Você é maravilhosa. – beijaram-se. – Eu vou lhe pegar...

-- Não.

-- Camila, você acabou de falar que vovô lhe explicou.

-- Combinei com Enrico, ele vai passar lá no apartamento e me pegar. A ordem é: ficar longe de você até a noite.

-- Não faz assim... – sorriu. – Achou que apenas usar este corpinho adiantaria? Tudo tem seu preço, apesar dessa vez ser “completamente de grátis”, mas depois tem troco. – piscou. –

-- Sempre será. – voltou a beijá-la e sorriu. Pelo menos tenho o corpinho para usar. – respondeu brincando. Melissa a puxou para um abraço.

-- Camila, tem uma corja de bandidos em nosso rastro. – forçou o sorriso. – Vamos ser cuidadosas, está bem?

-- Tudo bem.

-- Não demora. – pediu em um sussurro.

-- Não. – mordiscou os lábios da empresária e completou quase em sussurro. – Não se esquece de colocar os presentes na sala. – Melissa fez uma careta.

-- Deixa só começar a hora “família”. – brincou.

-- Depois você me fala sobre esta hora. – piscou. - Agora tenho que ir. – beijou a morena e saiu antes que ela reclamasse. Melissa coçou a cabeça e saiu em direção ao banheiro.

-- Cristina, juízo ou coloca tudo a perder. – pensava na loirinha enquanto beijava Camila.

 

***********************************************

-- Gata, que demora! – reclamou quando a morena entrou.

-- Melissa estava insaciável. – respondeu sorrindo e piscou.

-- Poupe-me deste filme de horrores. – Camila empurrou o amigo.

-- Besta! – Fred também a empurrou.

-- Vai tomar banho... – abriu os braços para falar. - A transformação vai começar! – gritou com entusiasmo. Camila tomou um banho rápido e quando saiu contou sobre o encontro de Isadora e Melissa. – Jura? Passei estes últimos dias pensando sobre isso... – a veterinária o olhou com curiosidade e ele se explicou. – Quando me pediu para comprar os itens, eu pensei sobre ela e fui pesquisar.

-- E encontrou o que?

-- Uma mulher linda e de fibra. Ela é muito fotogênica, tem um perfil maravilhoso, além de muito simpática. – Camila observava o amigo falar e gesticular.

-- Ótimo! – forçou o sorriso. – Fred, você está me enchendo de autoestima.

-- Não é assim... – pegou o rosto da morena. – Se existe uma mulher que faria meu “Barney” subir... – fez uma pausa e pensou. - Fora a sua Melissa, seria você. – Camila sorriu. – Só estou falando que ela é linda, mas não tem a morena e isso é vantagem para você. Quer saber? Faça como a minha avó falava: “minha filha, seja uma lady na sociedade e uma puta na cama.”

-- Sua avó lhe dizia isso?

-- Falava sim. – sorriu. – Para minha irmã e não para mim. – deu de ombros. – Ouça, quando fui pegar as suas “encomendas” vi um vestido lindo e não resisti: passei meu cartão.

-- Vai usar vestido? – brincou.

-- Não! E se prepara que você vai pagar minha fatura no próximo mês. Agora fica quieta e me escuta.

-- Só fiz isso até agora. – foi irônica.

-- Tá. Vai usar este vestido e depois fazer aquela surpresa. – pegou uma bolsa. – Comprei algumas coisas novas e farei sua maquiagem, quero aproveitar para arrumar logo seu cabelo? – Camila se aproximou e pegou as mãos do amigo.

-- Obrigada! – beijou as mãos. – Eu lhe amo. – Fred estava com os olhos úmidos.

-- Uma “sapa” emotiva... – limpou os olhos. – Não se esqueça de ser a puta selvagem. – Camila deu uma gargalhada.

 

***********************************

 

A casa estava cheia, Ester reuniu toda família. Melissa conversava com seus primos enquanto Daniel falava sobre roteiros de viagens com seu cunhado. José e alguns amigos relembravam velhas festas de Natal. Felipe chamou a atenção dos primos quando interrompeu a conversa para falar sobre a mulher ao lado de Guido.

-- Caralh* veio que mulher gostosa! – Melissa ia repreender o primo quando olhou em direção a porta e ficou sem ação.

-- Guido também achou gostosa... – sorriu e concluiu. - Já está sobrevoando a área.

-- Não por muito tempo. – Melissa interrompeu a conversa e saiu em direção à namorada.

***********************************

-- Oi, procurando alguém? – Camila entrou e procurou Melissa entre os convidados quando ouviu Guido falando. – Quer ajuda?

-- Na verdade... – um par de olhos azuis chamou sua atenção. – Não precisarei. – Melissa se aproximou e pegou outra taça quando o garçom passou. Guido acompanhou o olhar da morena e viu sua prima.

-- Conhece Cristina? – antes que ela respondesse a própria Melissa o fez.

-- Vejo que conheceu a minha namorada. – ele olhou de uma para outra e ficou sem jeito. – Camila, esse é meu primo, Guido.

-- Oi Guido. – disse sorrindo. – Na verdade, eu estava procurando por ela. – completou aliviando a tensão entre os primos.

-- Eu não sabia, pensei que fosse alguma amiga da família.

-- Não deixa de ser. – Melissa completou sorrindo.

-- Felipe está me chamando, vou lá. – saiu deixando-as sozinhas. Melissa olhou com malícia para veterinária.

-- Será que mereço essa mulher tão linda? – perguntou com o mesmo tom de malícia.

-- Posso responder depois? – sorriu.

-- Depois de?

-- Dos presentes? – brincou.

-- Camila, eu acho melhor você não provocar.

-- Por quê? – sussurrou olhando-a nos olhos. Melissa sorriu e se aproximou mais.

-- Quer que lhe agarre aqui, na frente de todo mundo? 

-- Você não teria... – os olhos azuis mudaram de intensidade e por um momento Camila viu faíscas de fogo e achou melhor não provocar mais. – Mel, eu acho melhor deixar esse fogo para mais tarde.

-- Eu acho que deveríamos subir. – Fred percebeu as intenções de Melissa e comentou com Enrico.

-- Amor, eu acho melhor a gente ir até aquelas duas antes que a família fica escandalizada.

-- Nem brinca, Ester mataria as duas e a nós dois por cúmplice.

-- Ela é tão legal e hoje parece pilhada. – Enrico olhou a cunhada e concluiu.

-- Deixa chegar o momento “família”. – Fred passou as mãos pelos braços.

-- Quero “tá” longe nessa hora. – falou baixinho. - Credo! – Enrico sorriu e o chamou com a cabeça para ir até as meninas.

***************************

-- Garotas, vocês não preferem se comer lá no quarto?

-- Estou falando isso e Camila prefere ficar aqui. – Melissa respondeu com falsa inocência.

-- Acabar com essa maquiagem perfeita e deixar de chamar atenção com esse decote lindo? – Fred perguntou de forma afetada. – Eu mesmo respondo: não.

-- Fica na sua, baixinho. – Melissa brincou falando próximo ao rapaz. – Essa gata é minha, não tem motivos para alguém ficar de olho nesse decote. – apontou para os seios da veterinária que sorriu.

-- Por favor, vocês três querem se comportar? – Enrico chamou atenção. – Cris, sabe que não podemos fazer parte do momento “família”.

-- Verdade. – José se aproximou acompanhado do filho mais velho.

-- O momento “família” será depois dos presentes. – Daniel avisou.

-- Eu tenho certeza que será antes. – foi a vez de Enrico opinar.

-- Eu dou quinhentos. – Daniel apostou.

-- Caso com mais quinhentos. – Enrico completou.

-- Eu cubro os dois e afirmo que será amanhã. – Melissa disse sorrindo.

-- Eu concordo com minha neta e caso com a aposta dela.

-- Mas o que é este momento família? – Camila perguntou sem entender.

-- São bobagens deles, Camila. – Ester os interrompeu. – Agora se espalhem e divirtam esta festa. – Daniel foi o primeiro a se afastar em companhia do seu pai.

-- Ainda não vi o meu moreninho. – Camila ficou nervosa com a ameaça da sogra.

-- Eu lhe acompanho... – olhou para mãe. – meu amor. – saiu puxando Camila. – Mamãe está um saco.!

-- Ela quer que tudo saia bem. – Melissa parou de andar e olhou para namorada. – Com a família que tem? Muito difícil.

-- O que é o momento família? Para que aquelas apostas? – Melissa deu uma gargalhada.

-- Amor, quando chegar a hora, você mesma só vai me olhar.

***********************************

-- Isa, telefone para você. – Rute chamou a filha que estava sentada na varanda observando as estrelas.

-- Telefone para mim? – perguntou surpresa e foi atender. – Alô.

-- E aí gata? – Francisco parecia muito animado. – Feliz Natal!

-- Fran? – começou a rir e chorar.

-- Ei, você está chorando? A gata siamesa já foi?

-- Não brinca... – forçou um sorriso.

-- Já olhou bem nos olhos de uma gata siamesa? – Isadora sorriu.

-- Ela foi embora e agora “tá” nos braços daquela...

-- Daquela? Nunca teve curiosidade de vê-la? Além de bonita tem um currículo... – sorriu. Francisco queria provocar a amiga para que ela reagisse, assumindo seu amor pela morena.

-- Francisco, eu não estou bem e você ainda vem derrubar mais?

-- Compreenda meu amor, estou aqui para lhe ajudar a entender seus sentimentos. Não adianta falar que ama e depois voltar para o outro lado do continente e pegar metade das mulheres do pedaço.

-- Eu não saio pegando assim... – defendeu-se.

-- Imagina se pegasse... – revirou os olhos. – Isadora, pensa direito.

-- Não quero pensar mais, isso torna latente a ideia de que ela tá com aquela mulher.

-- Pesquisa o nome Camila Sanders.

-- Eu sei quem é aquele projeto de Angie Harmon. – declarou fazendo careta e ouviu a gargalhada do amigo. – O que?

-- Por isso você não quis fazer parte daquela coletiva lá em Los Angeles sobre a série Rizzoli & Isles. – comentou entre gargalhadas. – Eu nunca tinha prestado atenção, mas ela parece mesmo, uma versão mais cheinha.

-- Cheinha está minha paciência com suas bobagens. Sou jornalista investigativa e nunca gostei de fazer coberturas bobas, como a estreia de uma nova temporada dessa série. – Francisco permanecia sorrindo. - Eu não quero mais falar sobre essa... Essa veterinária. – concluiu irritada.

-- Gata mais irritada. – permaneceu na brincadeira. – Liguei para desejar um feliz Natal e que seus sonhos se realizem...

-- No ano que vai nascer... – falou balançando a cabeça. – Isso é letra de música.

-- Eu sei, mas seu humor não me deixou concluir a brincadeira.

-- Não estou boa para brincadeiras hoje.

-- Relaxa e curta sua família, fazia tempo que estava longe deles.

-- Eu sei... – passou a mão pelo cabelo. – Ainda tem essa coisa do meu pai.

-- Ele lhe procurou?

-- Não.

-- Acha que vai atrás de Melissa?

-- Espero que não faça isso. – conversaram mais um pouco e se despediram. Ela desligou o telefone e logo depois voltou a tocar. – Esqueceu alguma coisa?

-- Isadora?

-- Papai?

-- Feliz Natal minha filhinha. – desejou com deboche.

-- Pai...

-- Sua namoradinha está aí? – interrompeu. – Liguei para falar com ela, também.

-- Olha senhor Timóteo... – falou o nome mais alto e chamou atenção do avô e da mãe. – fique longe de Melissa.

-- Dela posso ficar, mas do filho... – deu uma gargalhada. – Tenho um grande amigo que pretende pegá-lo.

-- O senhor não vai chegar perto de Enzo, ou a conversa será comigo. – ameaçou e Eliezer pegou o telefone.

-- Seu crápula! Nunca conseguirá colocar as mãos em Enzo. – o homem sorriu e desligou o telefone, deixando-o no vácuo.

-- Vovô, vamos falar com Melissa.

-- Não minha filha, tenho alguém com quem falar nesta ocasião, não podemos preocupa-la na noite de Natal.

-- Com quem vai falar?

-- Deixe-me pensar, vá aproveitar o jantar.

-- Como vovô? – foi abraçada pelo velho homem.

-- Relaxe e aproveite, hoje é uma noite de festa e onde Melissa está, não existe risco do seu pai sonhar em chegar perto. – Isadora se afastou e foi para varanda.

***********************************************

 

Os dois casais conversavam animadamente, falavam sobre viagens e experiências desastrosas. Melissa estava com um braço envolta a cintura de Camila, que acariciava sua mão e algumas vezes lhe dava alguns beijos rápidos no rosto. Não se importavam com os olhares lançados por algumas pessoas. Um dos seguranças que circulava discretamente pela festa, aproximou-se e lhe chamou.

-- Doutora Cristina, seu avô está lhe chamando e pediu que o senhor Enrico a acompanhe. - Melissa agradeceu e olhou para o tio.

-- Começou. - revirou os olhos. - Falar de negócios na véspera de Natal não é meu sonho de festa.

-- Dê um desconto, esta é a vida dele. - Enrico amenizou. Melissa olhou a namorada e sorriu com carinho.

-- Espera por mim? - antes que ela respondesse, Fred interrompeu.

-- Olha que ela tá uma gata, demora que vem um gavião e leva a prenda. - a empresária rosnou e olhou com uma expressão feia para o fotógrafo. - Aí Camila, ela vai me matar! - correu para trás da veterinária, usando-a como escudo.

-- Vai lá querida. - beijou o rosto da morena que desfez a expressão. - Não demora porque ainda não matei toda a minha saudade. - Melissa olhou o fotógrafo e apontou os dois dedos para os olhos e depois para ele, saiu em seguida.

-- Aff que mulher brava. - disse olhando a amiga. - Isso não é de Deus não! - Camila sorriu. Estavam conversando quando foram interrompidos por um moreno muito bonito e de olhos claros.

-- Camila Sanders?

-- Maurício Caládio? - sorriu para o homem que veio em sua direção e a abraçou. Fred olhou o entrosamento dos dois e interrompeu.

-- Frederico Ouriques. - esticou a mão que foi recebida pelo homem.

-- Mauricio Caládio.

-- Sei quem é você. – sorriu com educação. - Indústria de equipamentos agropecuários Caládio.

-- Eu mesmo.

-- Fred é meu melhor amigo, Maurício. – a veterinária explicou.

-- Então é um prazer conhecê-lo. - apertou mais forte a mão do rapaz que logo soltou. - Estava me sentindo estranho e desconfortável nesta festa enfadonha. - olhou de um para outro. - A única pessoa que tenho mais intimidade é Cristina e ela, praticamente,  só disse um “oi” e saiu. - sorriu. - Nem me deu bola... – deu de ombros e falou baixinho. - Essa família é esquisita. - Fred olhou para a amiga e sorriu.

-- Camila faz parte dessa família esquisita. - afirmou sorrindo. - Bem gente, eu vou pegar uma bebida, antes que dois metros de fúria recaiam sobre mim. - Maurício olhou para Camila sem entender.

 

-- Dois metros de fúria? - olhou para veterinária. - Desde quando você tem parentesco com esta família? 

Fim do capítulo

Notas finais:

Novas possibilidades e surpresas... Beijos e boa semana!!!!!!!!


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Comentários para 69 - Capítulo 69:
mari86
mari86

Em: 02/02/2018

No Review

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patty-321
patty-321

Em: 30/01/2018

 e os salafrarios tao soltos. A baixinha roubou um beijo ds grandona q ficou mexida. E os pilantras ainda estão ba surdina esperando o momento pra atacar. Se cuida mel.

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vickviegas
vickviegas

Em: 29/01/2018

Olá,Rafa. Boa tarde. 

Bom!!!! Li a primeira história e, estou acompanhando esse teu "novo olhar" .

Paradigma,  pra quê?

Parto da premissa explanada em comentário anterior.  

(...) "Com o passar das minhas primaveras, a visão sobre amor que tenho, talvez seja mais sofrida, madura " (...)

Bem isso. Estamos em constante evolução, ou seja, mudanças.  

Escolhas e renúncias. 

"Pagamos" o preço  de nossos atos. Sejam bons ou ruins.

A Isa, infelizmente esta colhendo o plantado. Não olhou,  ou se preocupou com a dor do outro em momento algum.

Egoísmo impera de forma  latente. 

Acho que precisamos soltar as amarras e nos permitir... como falei, mudanças ocorrem. Mesmo sem nossa permissão.

Contudo, não quer dizer que seja algo ruim.

Obrigada por dividir conosco tua maravilhosa escrita. 

Sou fascinada por tuas histórias. 

Obrigada!!!!

At. te; Drika. 


Resposta do autor:

Obrigada Drika! Vivemos em constantes mudanças, mas neste caso, sendo comigo, sei não.... KKKKKKKKKKKK Sem adiantar o assunto. Beijos e hoje à noite tem mais.

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Baiana
Baiana

Em: 28/01/2018

Hum... tô achando que a Isa vai colocar a vida em risco para proteger o Enzo,e por mais que a Mel esteja feliz com a Camila,o amor verdadeiro dela sempre foi e sempre será a loirinha. Creio que o final dessa festa pegará muita gebye de surpresa.

Já estou ansiosa pelo prodimo capítulo


Resposta do autor:

Será? Não posso falar muito, sempre dou bola fora! kkkkkk Hoje à noite tem mais.

 

Beijos

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Mille
Mille

Em: 28/01/2018

Olá Rafa

Estou achando que essa festa vai terminar com algum rapto e a Camila será a isca para a Melissa ir salva-lá.

Bjue e até o próximo capítulo 


Resposta do autor:

Oi Mille, será? kkkkk... Não posso falar muito, acabo entregando a hsitória. Bjs e boa semana

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