-- O que existiu entre a gente foi maravilhoso, mas acabou. – balançou a cabeça em negação. - Isadora... – a loirinha sentiu o coração apertar e um nó na garganta quando ouviu seu nome. Melissa usou um tom brando, mas não deixava de ser sexy, como sua maneira de ser. – Você fez suas escolhas e não foi apenas uma vez por conta de chantagem, várias vezes preferiu esse caminho... – as lágrimas rolaram pelo rosto da loirinha. – Somos adultas, precisamos nos responsabilizar pelo que fazemos, não existe mais as duas adolescentes que resolviam tudo com um abraço ou um sorriso...

-- Não seja tão dura e orgulhosa Mel, podemos errar... – a morena a interrompeu.

-- Não! – amparou as lágrimas da loirinha. – Não sou orgulhosa quanto aos meus sentimentos, prova disso que fui atrás e pedi que voltasse... – afastou-se e a encarou melhor. – Aprendi que não podemos brincar com nossos sentimentos e se hoje estou aqui, conversando com você sem mágoas e atropelos, é porque fiz o que estava ao meu alcance para nossa relação ir adiante... – deu de ombros. – mas não deu. – forçou um sorriso. – O melhor de tudo é saber que estou bem, tinha medo desse dia chegar e veja você, ele chegou e estamos conversando como duas velhas amigas.

-- Está sendo cruel. – levantou-se irritada.

-- Tudo bem Isadora, o que esperava? Queria que me jogasse em seus braços e pedisse novamente para ficar e você, no seu momento ambição respondesse não? – passou a mão pelo cabelo. – Eu cansei de esperar pela minha chance... – foi interrompida. Isadora se aproximou dela, apoiando as mãos sobre a mesa e a encarou.

-- Diz que não sentiu nada quando eu beijei sua mão... – pediu com um tom de raiva contida. – Eu lhe conheço mais do que qualquer outra pessoa viva e vi que você reagiu ao toque do meu corpo... Seu coração disparou e eu sei que sentiu seu sex* implorar por mim, mas seu orgulho ferido falou mais alto. – sorriu com sarcasmo. – Afastou-se por orgulho, não foi?  – a morena a encarou e se ergueu sem desviar o olhar.

-- Eu senti meu corpo reagir sim, não vou negar... – Isadora esboçou um sorriso vitorioso. – Você foi a primeira mulher da minha vida, o meu primeiro amor e o que deixou tantas reticências, sem pontos e confesso que temia pelo final. Meu corpo reagiu porque vi a minha Isadora de antes, a mesma que me trazia alegria, mas não confiava em mim e no meu amor, então percebi uma coisa: o que faltava na nossa relação existe em excesso comigo e Camila.

-- O que? – perguntou sem desviar o olhar.

-- Confiança.

-- Por favor, Melissa Cristina! – afastou-se. – Confiança? – riu com sarcasmo. – Falou para ela que estou aqui?

-- Não falei porque não quero preocupa-la. Ela sabe da nossa história e nunca mentiria ou a trairia. – abaixou a cabeça e sorriu. Isadora percebeu a felicidade nos olhos azuis quando ela voltou a encara-la.

-- O que foi?

-- Não tinha certeza do meu amor por Camila, mas agora, diante do que acabamos de conversar, eu descobri o quanto ela é importante para mim. – Isadora estava irritada, pegou o copo para arremessa-lo, mas olhou para Enzo que dormia no carrinho e voltou a coloca-lo sobre a mesa.

-- Você está sendo orgulhosa e cruel. – falou entre os dentes e saiu enfurecida. Melissa deu de ombros e sorriu.

-- O mundo gira e o melhor de tudo é descobrir que ele gira em seu eixo e não ao redor de Isadora. – colocou um pouco mais de sopa e voltou a comer, estava orgulhosa de si mesma, havia se curado. Olhou para o filho sorrindo. – Mamãe está livre, meu amor.

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Isadora foi para seu quarto e chorou. Não conseguia acreditar que Melissa havia falado aquelas coisas. Ela pegou o celular e ligou para seu amigo.

-- Fran?

-- Oi minha gatinha ou seria Piu-Piu? – perguntou sorrindo. – Já está sentindo falta do seu Frajola?

-- Fran... – soluçou e só então o amigo percebeu.

-- Está chorando?

-- Fran, a Mel está aqui?

-- Ela lhe fez alguma coisa?

-- Não... Sim...

-- Fala logo Isadora, ela lhe bateu?

-- Não! – respondeu chorando. – Não... Ela disse que não me ama mais... – Francisco respirou fundo e concluiu que as duas haviam conversado.

-- Ela falou com estas palavras? – Isadora pensou um pouco,

-- Não com estas palavras exatamente.

-- O que aconteceu? – Isadora falou tudo o que haviam conversado e a reação da morena diante da sua confissão. – Pelo amor de Deus Isadora, você acha que uma confissão de arrependimento a faria se jogar aos seus pés? Sério isso?

-- Pensei que ela ficaria feliz e a gente voltasse a se entender... Queria mesmo aproveitar esse tempo que estamos sozinhas e matar a saudade.

-- E?

-- O que?

-- Você a deixaria depois e voltaria aos Estados Unidos?

-- Até você Francisco?

-- Não Isadora. – respirou fundo. – Acredito que ninguém vá mais cair nos seus “momentos rompantes”. – enfatizou as duas últimas palavras. – Quer reconquistar a morena? Quer viver este amor? Faça estas duas perguntas a si mesma e depois voltamos a conversar. Enquanto isso deixe de ser uma garotinha mimada, limpe este rosto e aceite com dignidade o que ela lhe falou.

-- Pensei que me apoiaria... – soluçou - Você é meu amigo. – disse chorando.

-- Amigos verdadeiros falam a verdade e não o que se quer ouvir. – foi enfático. - Transmita segurança e erga esta cabeça, saiba perder a batalha e recue. Tenha certeza do que quer, antes de qualquer coisa e trace uma nova estratégia.

-- Como assim? – estava cheia de dúvidas.

-- Vá dormir Isadora, pense sobre o que realmente quer. O travesseiro é o melhor conselheiro. Reavalie tudo o que conversaram e pese na balança os efeitos deletérios que causou na máquina cardíaca desta morena maravilha.

-- Não acredita nos meus sentimentos?

-- Como alguém pode acreditar em algo que nem mesmo você sabe? O que realmente quer? Uma carreira bem sucedida no exterior ou uma vida de dona de casa, mãe de família amada e jornalista no Brasil? Sabe que as duas opções nunca poderão ser conciliadas, será sempre uma ou outra.

-- Eu só quero a Mel de volta. – confessou chorando.

-- Isadora não pense em Mel, ela tem um filho e para tê-la de volta terá que pensar em três. “Quero a Mel e nosso filho de volta”.

-- Ele não é meu.

-- Tem razão, é dela e da Camila.

-- Para Francisco.

-- Pare você e pense no que quer para sua vida, quando tiver a certeza me diga que lhe ajudo a reconquista-la. Beijos. – desligou sem tempo para Isadora responde-lo. Ela jogou o celular e se encolheu sobre a cama, pensou na conversa com Melissa e no que Francisco falou, não demorou a adormecer.

*******************************

Melissa terminava de arrumar suas coisas no quarto quando o telefone tocou e ela atendeu rápido para não acordar o filho.

-- Oi amor.

-- Cam... – disse sorrindo. – Estou com saudades de você. - Camila sorriu com o comentário.

-- Mas já?

-- Sempre. – deitou-se na cama. – Sabe disso.

-- Eu não sabia você nunca havia me dito.

-- E precisa? Não percebe como fico quando volta?

-- Claro que precisa. Sempre precisamos ouvir coisas estimulantes para alegrar nossas vidas.

-- E coisas doces?

-- Pensei em falar isso, mas sabia que você me responderia com brigadeiro, açúcar, caldo de cana... – respondeu sorrindo e Melissa fez o mesmo, mas a surpreendeu com sua resposta.

-- Eu lhe amo. – confessou e não recebeu resposta. – Camila, está ai? Camila... Aconteceu alguma coisa? – sentou-se preocupada. – Camila?

-- Repete... – pediu com um fio de voz.

-- Ufa! Pensei que havia acontecido alguma coisa, você não respondeu...

-- Repete Melissa. – pediu mais uma vez.

-- Eu lhe amo?

-- Como você fala isso assim?

-- Pensei que era para falar coisas doces e alegres.

-- Não Mel... Eu passei todos esses meses sonhando com esse momento, em ouvi-la falar isso e você fala quando estamos milhares de quilômetros de distância. – lamentou.

-- Mas não se preocupe de onde veio este tem outros “zilhões” de eu lhe amo para repetir até não querer mais. – Camila riu com a resposta, estava emocionada.

-- Eu sempre vou querer meu amor. Ouvi-la assim e ter o sorriso de felicidade do nosso menino é tudo o que mais desejo para nossa vida.

-- Não quer mais nada? – perguntou com malícia.

-- São as coisas que mais desejo na vida: o seu amor, a saúde e felicidade do nosso filho, o resto eu corro atrás.

-- Por isso eu lhe amo. – pensou nas palavras da médica que sempre incluía Enzo na vida delas.

-- Por falar nisso, onde está o meu moreno?

-- Dormiu com a mamadeira na boca e não acordou mais.

-- Está exausto, aposto que não dormiu durante a viagem.

-- E quem conseguia? Muita turbulência.

-- Eu perguntei para o piloto e ele me garantiu que a viagem seria tranquila.

-- E tem como adivinhar estas coisas?

-- Tem como se comunicar via rádio e saber dos outros pilotos como está o tempo.

-- Cam, agora está parecendo àquelas mães neuróticas com seus filhos.

-- Melissa, ele transportava as duas pessoas que mais amo, os dois pedaços do meu coração como quer que me comporte? – ela não esperava por esta resposta, disfarçou a emoção, olhou para o filho que dormia tranquilamente e mudou o assunto.

-- Eu só queria você aqui... – usou um tom mais sexy.

-- Não fala com este tom. – respondeu sorrindo.

-- Ué, por quê? – fingiu não entender. – O que está fazendo?

-- Assistindo filme de Natal. – foi à vez de Melissa sorrir. – Ei, sei que você gosta disso.

-- E gosto mesmo, mas pensei em uma situação. – respondeu com malícia.

-- Que situação?

-- Em uma mamãe Noel dançando para mim, com uma roupinha sexy... – usou o mesmo tom de malícia de antes.

-- Fala sério meu amor... – Camila estava rindo.

-- Estou falando... – respondeu quase com um sussurro. – Mas a minha mamãe Noel... Bem, ela é morena, tem um corpo escultural, está com lingerie vermelha... Uma cinta-liga e vai retirando tudo enquanto dança e canta. – Camila ficou excitada com o tom de voz de Melissa.

-- E depois que sua mamãe Noel retira tudo, o que você faz?

-- Não imagina? – esfregou as pernas e sentiu uma vontade imensa em se tocar.

-- Sabe que está me provocando, não é?

-- E o que tem isso?

-- Não está aqui para saciar a minha vontade. – Camila estava muito excitada e apertou um dos seios o que a fez soltar um gemido.

-- O que está fazendo?

-- Substituindo você... – deixou a mão escorregar pelo corpo até sentir a umidade entre as pernas.

-- Acho que irei lhe imitar... – Melissa colocou a mão dentro do pequeno short do pijama e sentiu a umidade. – Fala para mim o que está fazendo... – pediu com a respiração mais ofegante.

-- Estou substituindo sua boca com minha mão. – respondeu enquanto se tocava. Melissa ouviu a respiração de Camila e isso a deixou mais molhada.

-- Ai Camila sente minha boca lhe ch*pando bem gostoso. – sussurrou.

-- Meu amor, você ch*pa muito gostoso... – falou com dificuldade, sua respiração estava acelerada.

-- Seu gosto é bom... Amo quando gem* para mim... – Camila gemia e isso levava a Melissa a se tocar mais rápido. – Seu pontinho fica inchado e bem durinho, adoro passar minha língua antes de ch*par gostoso, você curva seu corpo e me deixa louca quando grita.

-- Me... Mel...

-- E me pede para ir mais rápido e lhe tocar enquanto ch*po gostoso...

-- Melissa... Amor... Eu tô quase goz*ndo, amor...

-- Isso... Sente seu pontinho duro, sente ele e imagina que é minha língua... – Camila começava a contrair o corpo.

-- Amor... Amorrr... – gritou goz*ndo. Melissa sentiu o mesmo e seu corpo todo se contraiu e relaxou em seguida. Ainda estava se recuperando quando ouviu a voz de Camila. – Mel, você consegue me deixar louca, levar do céu ao inferno.

-- Que inferno doutora? Sempre ao céu.

-- Inferno porque agora não está aqui, para sentir seu gosto.

-- Mais dois dias querida.

-- Dois longos dias... – lamentou. – Eu sei que consigo suportar. – completou com pesar o que fez Melissa rir. – Não faz isso... – choramingou.

-- Não usa essa voz, sabe que me dá mais vontade. Vamos dormir e já teremos seis horas a menos.

-- E volto a sentir sua boca. – completou pensativa.

-- E eu a sua. – Enzo chorou chamando sua atenção.

-- Amor, ele acordou?

-- Só remexeu, acho que fez xixi.

-- Ele sempre dá essa choramingada quando a fralda fica molhada.

-- Conhece bem as manias do filho.

-- E da mãe dele. – sorriu. - Vai dá uma olhada para ele não ficar com assadura.

-- Vou sim. – despediram-se e Melissa examinou o menino, constatando o que Camila havia previsto. Sorriu com a observação da namorada. Trocou a fralda do menino e ouviu a chuva aumentar. – Espero que o vô consiga atravessar esse rio a tempo de passarmos um dia todo aqui com ele.

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Isadora ouviu a chuva forte e os trovões, não gostava deles, levantou-se amedrontada e olhou pela janela, observou em direção ao rio, conseguia vê-lo com a claridade causada pelos raios.

-- Meu Deus, esse rio vai causar estragos. – saiu do quarto examinando a casa que permanecia escura, em silêncio que só era cortado pelo barulho da chuva. Foi até a cozinha e pegou água, depois voltou para sala e permaneceu em frente à janela, olhando a chuva.

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Melissa acordou com sede, olhou para o berço onde seu filho dormia e saiu do quarto, percebeu a porta de Isadora aberta, foi em direção à cozinha, quando passou pela sala viu a loirinha sentada em uma poltrona, aproximou-se e sorriu ao constatar que estava dormindo, foi até a cozinha, bebeu água e retornou, parou diante dela e se abaixou.

-- Ei Isa... Isadora... – a chamou com delicadeza. – Isadora, vem dormir na cama. – a loirinha abriu os olhos com dificuldade e viu os olhos azuis. – Vem dormir Isadora, precisa ir para cama.

-- Os trovões...

-- Eu sei que tem medo deles, vem comigo.

-- Não Mel, eu prefiro ficar aqui.

-- Amanhã não vai conseguir andar. – levantou-se e estendeu as mãos, mas Isadora ponderou e aceitou depois. Quando chegaram ao quarto, Melissa a chamou para entrar no seu. – Vem, dorme comigo. – a loirinha a olhou e ergueu uma das sobrancelhas com ar vitorioso. – Só dormir.

-- Não falei nada.

-- É bom mesmo, estou cansada e com sono. – seguiram até a cama. – Não faz barulho para não acordar o Enzo.

-- Ele dorme até amanhã?

-- Acorda para mamar e adormece em seguida.

-- Ainda mama... Ele ch*pa seu seio... Quer dizer... – estava atrapalhada, Melissa sorriu com o embaraço da loirinha.

-- Eu ainda dou de mamar, mas só à noite para não precisar preparar leite. – deu de ombros. – Estou retirando os seios, mas este horário da madrugada é difícil – Melissa apontou para cama. – Pode dormir deste lado, o outro fica perto de Enzo e não lhe incomodamos quando ele me chamar.

-- Não vai me incomodar.

-- Sei... – ajeitou o travesseiro. – Pode deitar, não vou lhe agarrar.

-- Jura? Ainda tinha esperanças. – brincou, mas Melissa não achou graça e não puxou muito assunto, deu-lhe as costas e voltou a dormir. Isadora sentiu o cheiro da morena no travesseiro e se abraçou a ele. – Cheirinho bom este aqui. – Melissa desligou o abajur e optou por ignorar o comentário. – Entendi o recado, mas não desisti de você. – ajeitou-se na cama, mas, ficou olhando para o corpo da morena. Melissa sentiu a respiração da loirinha, diferente do que queria e imaginava aquele contato a incomodou.

“Você ama Camila... Mantenha-se tranquila, amo Camila... Vou sonhar com ela...” – tentou retirar a ideia da cabeça e relaxar. Contrariando seu desejo, Melissa teve um sonho tumultuado com Isadora e seu pai, Timóteo. Passava das quatro da manhã quando Enzo chorou, ela pegou a criança e sentou na cama, após acomodar os travesseiros. Isadora tentou ser discreta, mas a morena percebeu que ela observava a tudo.

-- Pode voltar a dormir, isso foi só um intervalo para comer. – declarou em um tom baixo.

-- Tudo bem. – ajeitou o travesseiro e sentou. – Ele é mesmo muito parecido com você. – passou o dedo indicador na testa da criança. – Ele tem a mesma marquinha que a sua. – Melissa a olhou e foi fisgada pelas lindas esmeraldas, permaneceram por alguns segundos se avaliando.

-- Vai dormir porque o papo aqui é rápido. – quebrou o silêncio com um sorriso.

-- Posso ficar o resto da noite lhe observando e não me canso. – Melissa olhou para o filho e beijou sua cabecinha. Ficou quieta como se pensasse em algo.

-- Isadora... – a loira sentiu um frio na espinha ao ouvir seu nome. – Por quê?

-- Alguma dúvida?

-- Diz você.

-- Eu quero você de volta.

-- Capricho?

-- Eu lhe amo, já falei. – sorriu.

-- Eu vou pedir a Camila em casamento. – o sorriso da loirinha se desfez e ela a olhou com uma expressão de pânico.

-- Isso é brincadeira, não é? – engoliu em seco. Melissa respondeu falando baixinho.

-- Eu não sou a idiota que pensa. Isadora, eu li em um jornal que você e a tal produtora ou empresária estão noivas. Depois disso Júnior viu uma entrevista com vocês duas em um desses programas de canal pago...

-- Mel, eu posso resolver isso se você quiser... – pulou na cama ficando de joelhos. – Amanhã mesmo volto lá e termino tudo e...

-- Isadora...

-- Eu resolvo tudo por lá, mas se você quiser ir...

-- Eu não vou sair daqui. - foi direta. Isadora a olhou sem entender e concluiu.

-- Então eu volto para o Brasil.

-- Vai voltar?

-- Se você disser que sim, eu volto. – sorriu. – Eu passo uns seis meses e volto.

-- Em seis meses, se Camila aceitar, estarei casada. – voltou a beijar o filho.

-- Você não a ama... – Melissa voltou a observá-la. – Sei que está fazendo isso para me punir.

-- Por que tudo tem que ser por você? Para você? Com você?

-- Mel...

-- Não Isadora.

-- O que?

-- Não quero mais viver nesta incerteza. – olhou para o menino que já havia adormecido e se levantou.

-- Droga! – bateu no travesseiro. – Olha para mim. – falou mais alto e assustou Enzo que acordou chorando. Melissa a olhou com reprovação.

-- Obrigada. – agradeceu embalando o menino. – Calma... – beijou o menino. - Mamãe tá aqui. – voltou para cama e tentou colocar o menino para mamar.

-- Desculpe... - Melissa a olhou e resolveu não culpa-la.

-- Tudo bem.

-- Mel mais cedo você lembrou o filme que assistimos quando começamos a namorar, aquele da loirinha... – estava nervosa. – Reese Witherspoon e do cara que faz o Hulk... – tentou lembrar o nome estalando os dedos. - Just Like Heaven.

-- O que tem isso?

-- Se não fosse importante, entenda de uma vez por todas, se não estivesse ai... – apontou para o coração da morena. – Não se lembraria destes pequenos detalhes. – Melissa revirou os olhos.

-- Ele voltou a dormir. – levantou-se e colocou o menino no berço. – Parou os trovões, melhor voltar para seu quarto.

-- Está vendo Mel? Tem medo que fique aqui e não consiga se segurar.

-- Está bem, pode dormir ai. – voltou para cama e lhe deu as costas. – Só não faça barulho ou os trovões serão os menores dos seus problemas. – ela voltou a deitar e bufou. – “Não vá para luz, Elizabeth.” – Isadora jogou o travesseiro sobre ela e bufou mais uma vez, Melissa sorriu. – Eu amo Camila.

-- Virou mantra agora para se convencer? – Melissa devolveu o travesseiro.

-- Estou dormindo.

 

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Camila acordou feliz, pegou o celular e viu a hora, sorriu com as ideias que teve antes de dormir.

-- Sete horas... – sorriu. – Tenho certeza que os dois ainda estão dormindo. – levantou-se e foi até o banheiro, não demorou e seu telefone tocou, atendeu preocupada após ler o nome. – Fred?

-- Oi, estava dormindo?

-- Acordei faz uns minutos. Aconteceu alguma coisa?

-- Olha, o Enrico me pediu para não falar porque ele não queria lhe preocupar e até brigamos por isso e...

-- Aconteceu alguma coisa com Melissa? Enzo?

-- Não. – tentou tranquiliza-la. – Não é nada com eles, diretamente.

-- Fala logo...

-- Timóteo conseguiu ou conquistou, não entendo “PN” dessas coisas, mas Enrico disse que ele vai passar o Natal em liberdade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fim do capítulo