Dávila

 

Iria levar a Bárbara para casa e enfrentar a minha mãe. Ela tem um coração bom e tenho certeza que essa implicância vai passar

 

-- Dávi tem certeza?  Quer mesmo que eu conheça sua família?

 

-- lógico que sim Pequena. Você vai ficar comigo, olha dá um tempo pra sua mãe digerir tudo isso.

 

-- não esperava tudo isso.

E nem tão rápido.

 

-- infelizmente essa é a vida.

Obrigada por confiar em mim, tá?

Vai ficar tudo bem.

Amanha mesmo eu irei providenciar tudo e vamos cuidar de você.

 

-- você é meu anjo só pode.

 

-- risos.

Aceito a função.

Vamos?

 

Bárbara

Estávamos em frente a casa dá Dávila e eu confesso que tinha um pequeno receio, mas logo ela tratou de me dá certa confiança.

Seguimos logo para á cozinha e lá encontrei uma senhora tão simpática.

 

-- Boa noite minhas filhas.

Você deve ser a Bárbara não é?

 

-- Oi, Boa noite. Sim sou.

(será que a Dávi já falou de mim)

 

-- Dinda, essa é minha pequena

 E meu amor, essa é minha Dinda.

 

-- filha se sente ai, antes do jantar eu tenho algo pra vocês.

 

-- já posso até adivinhar o que é.

Gosta de bolo de chocolate Bárbara?

 

-- amo Dávi.

 

-- então estamos esperando o que para atacar esse bolo?

 

Minha pequena estava mesmo com fome, acabei a deixando na cozinha com a Dinda e subi atrás da minha mãe.

Ela estava no quarto fazendo tricô

 

-- posso entrar?

 

-- entra filha.

 

-- está mais calma mamãe?

 

-- ainda não, mas se sente aqui.

Vamos tentar novamente.

 

-- ela já está lá embaixo.

E agora não tem como mais voltar mãe.

Por minha causa ela saiu de casa e, além disso, ela tem uma criança no ventre dela.

Você seria capaz de ser tão mal assim que não se sensibiliza com isso?

 

-- filha, você sabe que tenho um bom coração.

Tudo bem, eu não aceito isso ainda.

Mas eu vou tentar, tá?

Posso falar com sua namorada?

 

-- pode

Ela está na cozinha.

 

-- vou lá.

 

-- vamos mamãe.

 

Sabia que mexer no lado mais sensível da mamãe iria ser positivo.

E consegui, ela parece estar mais tranquila.

 

-- amor, eu quero te apresentar a mulher da minha vida.

Minha mãe.

E mamãe, essa é a Bárbara.

 

Bárbara

 

Estava me sentindo mais leve e relaxa.

A Dinda da Dávi é tão simpática gente.

E por incrível que pareça eu já me sentia em casa.

Não demorou muito para que a Dávi voltasse, com uma senhora logo atrás ela.

Era a mãe dela e meu coração quase sai pela boca.

 

-- Tudo bem menina?

 

-- Oi senhora, tudo bem.

Desculpe o mau jeito.

 

-- não se preocupe, não sabia que estava se alimentando.

Minha filha falou horrores de você.

Vamos ter tempo de conversar.

Só quero que saiba, se minha filha gostou de você e você gostar dela de verdade, já tem nosso apoio.

 

-- Senhora, eu não sei nem o que dizer.

E tenha certeza, meu coração falta sair pela boca quando estou com sua filha.

Ela mudou minha vida, e me arrisco até em falar: Deu-me novamente a vontade de viver.

 

-- Menina, já vi que vamos nos dá bem.

A casa é sua.

 

-- muito obrigada

 

-- viu pequena?

Nem foi tão difícil assim.

 

-- sua mãe parece contigo

 

-- você acha?

 

-- bastante

Risos...

 

-- Bárbara vem comigo que quero te mostrar o seu quarto.

 

-- vamos Dávi.

 

Dávila

Preferi um quarto de hóspedes.

Eu sei que o ideal seria ter um quarto só para-nos duas, porém eu não sei se ela se sentiria muito a vontade.

Combinamos de tentar sem pressão, e é assim que vai ser.

 

 Bárbara

Eu imaginei que iria ficar no mesmo quarto que a Dávila...

Não somos namoradas?

 

-- pequena, esse vai ser seu quarto.

Espero que se sinta a vontade.

Eu estou no quarto ao lado e qualquer coisa é só me chamar.

 

-- certo Dávi.

Obrigada.

 

-- toma um banho que irei buscar uma roupa que possa dá em você.

Amanha vamos fazer compras.

 

-- ok

 

Sai e deixei-a no quarto.

Estava atrás de uma roupa que desse na pequena.

E agora?

Sou bem maior que ela.

Meu celular começa a tocar, me tirando atenção do que tenho que fazer.

 

-- Dávila, quanto tempo?!

 

-- Luciana?

O que você quer?

 

-- só queria ouvir sua voz.

Estou com tantas saudades.

 

--Olha lu, é ótimo falar com você.

Mas eu estou ocupada.

 

-- tudo bem.

Amanha eu ligo.

 

-- Beijo.

 

A ultima pessoa que quero nessa vida é a Luciana novamente.

Não nessas condições de chove e não molha.

Ela vai casar, e eu irei seguir minha vida.

Nem sei por quanto tempo fiquei sentada na cama perdida em meus pensamentos, só despertei com a Dinda entrando no meu quarto.

 

 

Bárbara

A Dávi me deixou no quarto e eu pude perceber o quanto era lindo.

Era tudo tão fino e elegante.

Eu me sentia pequena diante disso tudo, acabei indo pro banho com a esperança de que pelo menos a roupa eu encontraria no quarto.

Até agora a Dávila não retornou.

Meu coração dispara quando a porta se abre, mas não era quem realmente eu queria que fosse.

 

-- Minha filha, você não vai jantar?

Cadê minha menina?

 

-- ela foi buscar uma roupa pra mim, mas acho que não encontrou.

 

-- porque minha filha?

 

-- ela ainda não voltou.

 

-- minha menina é esquecida.

Perdoe sua namorada, ela tem dessas coisas.

 

-- risos...

Como eu posso lhe chamar?

 

-- como você quiser filha.

Eu vou atrás dela puxar as orelhas.

E como está essa barriga?

 

-- eu nem sei ainda direito, mas sei que um neném vai crescer aqui.

 

-- e será muito amado nessa casa menina.

Deixa ir atrás dá Dávila, se acostume que sua namorada é assim.

 

-- pode deixar dinda...

 

                                                         ******************************

 

 

-- filha que demora é essa?

A menina está só de toalha esperando.

 

-- gente do céu esqueci dá Bárbara.

 

-- filha, você tem que prestar atenção na sua vida.

Ainda mais com essa menina.

 

-- porque dinda?

 

-- ela precisa de apoio em tudo.

Ainda mais gravida. Isso mexe com os hormônios da mulher.

E com o sentimental também.

Você quer levar isso a diante mesmo?

 

-- eu não vou voltar atrás.

 

-- então cuide dela.

Você está praticamente com uma criança e depois que o neném nascer vai encontrar uma mulher.

Se ela for sua felicidade você já está jogando momentos maravilhosos fora.

 

-- tem razão dinda.

 

-- ela parece esta gostando tanto de você.

 

-- você acha?

 

-- sim, e senti até uma decepção quando eu entrei, ela esperava outra pessoa.

 

-- Dinda leva nosso jantar lá pro quarto dela.

 

-- tá bom minha menina.

 

A Dinda tem razão, eu não posso me descuidar de alguém que quis ao meu lado.

Não posso brincar com isso.

Não encontrei nenhuma roupa pra ela, então peguei um pijama que com certeza ficaria bem nela.

Não era nada sexy, pelo o contrario era bem simples e bem folgado.

 

-- Posso entrar?

 

-- claro Dávi...

Afinal a casa é sua.

 

-- Nada disso, a casa é nossa.

Minha, sua e do nosso filho.

Perdoa-me a demora, eu não estava conseguindo achar uma roupa que desse em você minha pequena e sua namorada é tão distraída.

 Risos...

 

Bárbara

Ouvir essas pequenas frases que saíram da boca da Dávi, que me fizera esquecer tudo, não tem preço. Minhas pernas ficam bambas com ela perto de mim e eu preciso aprender a controlar isso.

 

-- está perdoada.

Dávi posso?

 

-- logico que sim, vá se vestir que quero vê se ficou bom em você.

 

-- tá bem

 

E não demorou muito para que eu experimentasse a beleza que há na inocência de uma garota.

Ela está tão meiga.

O pijama deu certinho nela, e ela parecia uma bonequinha.

 

-- amor, você está linda.

 

-- Dávi, com pijama?

 

-- sim, desse jeitinho.

Você é muito linda, sabia?

(Falei me aproximando e a puxando para perto de mim)

 

-- assim você me deixa sem jeito Dávi.

 

-- por quê?

 

-- porque sim.

 

-- risos...

Isso não é resposta.

 

-- logico que é.

 

-- é?

Posso te roubar um beijo?

 

-- deve

 

Sorri com uma quase ordem dela.

Não resisti e acabei enchendo de beijos essa figura linda na minha frente.

Uma garota que está se transformando em uma mulher e com isso, me faz sentir sensações antes não sentidas.

A beijei com cuidado e delicadeza.

Queria sentir o gosto dela em minha boca por toda minha vida.

Era uma inocência misturada com uma leveza que eu não conseguia explicar. Só sei que nossas línguas já sabiam o caminho a se tomar e nossos corpos já davam sinal que estávamos no caminho certo.

 

-- Rum Rum

 

Só paramos com a Dinda na porta trazendo nosso jantar.

 

-- meu deus Dávila, que vergonha.

 

-- risos...

Amor, para.

A dinda é a pessoa que mais torce por nós.

 

--fechem a porta da próxima vez.

Essas crianças...

 

-- risos...

Viu?

Agora vamos jantar que preciso cuidar de você.

 

-- vamos Dávi.

 

Nosso jantar foi tranquilo e descontraído.

Estava encontrando nessa pequena uma vontade a mais de viver.

Amanha iramos ter um novo dia e já estava ansiosa para isso.

 

-- Bárbara, precisamos de seus documentos.

Vamos marcar consulta e você vai ser acompanhada por especialistas.

 

-- ficaram lá em casa

E agora?

 

-- amanha vamos buscar.

 

-- e minha mãe Dávi?

 

-- vai ficar tudo bem, amanha é outro dia pequena.

 

-- vamos deitar tá?

Não esquece que eu estou com você e não vou te deixar.

 

-- obrigada.

 

-- vou tomar um banho e já volto amor.

 

Deixei minha pequena no quarto e segui para tomar um banho.

O dia foi longo, mas estava feliz por ter alguém no fim do dia para contar.

 

 

-- demorei?

 

-- mais ou menos Dávi.

 

-- risos...

Fui rápida baixinha.

Vim lhe da boa noite

 

-- fica comigo um pouquinho?

 

-- fico sim.

Vamos deitar minha vida.

 

-- você é tão carinhosa Dávi.

 

-- sou?

 

-- uhum bastante.

 

-- e você gosta?

 

-- adoro.

 

-- então deita aqui comigo minha pequena e descansa.

Você teve um dia corrido.

Durma bem (falei dando um beijo em sua testa)

E durma muito bem também meu amor (falei beijando a barriga desta vez)

Bárbara

Eu me derretia toda com essa mulher.

Sinceramente eu estou flutuando de amor gente.

Eu não poderia querer ninguém mais, agora eu me sinto transbordando.

E tenho certeza, meu filho vai ter a melhor pessoa do lado dele.

Não demorei muito a pegar no sono, pois senti a Dávila me fazer carinho de leve.

Eu deitei sobre ela e ela me fazia carinho no rosto com uma delicadeza tão grande.

Eu me sentia alguém amada e estava adorando isso.

 

Dávila

A Bárbara não demorou a pegar no sono e eu também não.

Antes de isso acontecer fiz questão de mima-la um pouco com muito carinho.

Percebi que ela foi ficando em paz e logo dormiu.

Não demorou para que eu fizesse isso também.

Acordei no meio da noite e tentei ir pro meu quarto, porém sem sucesso.

Ela se agarrou ainda mais em mim, e quer saber?

Eu irei agarrar quem me quer.

Não sai da cama, nem desse quarto que ganhou vida com a presença da minha loirinha.

 

https://www.youtube.com/watch?v=8_JF61lGDKk

Melhor deixar você ver como quiser

Melhor falar de outra coisa qualquer

Me faz tão bem

Me faz tão bem

Te ver aqui sempre me fez tão bem

 

                 ****************************************************************

 

Acordei bem cedo como de costume, tentei sair do abraço da Bárbara, porém sem sucesso.

Foi tanto mexe e remexe que acabei acordando também minha pequena.

 

-- vai pra onde amor?

Ainda é madrugada.

 

-- desculpa pequena, eu te acordei.

Iria me arrumar minha vida, é o habito de acordar cedo.

 

-- com escuro ainda?

 

-- sim, mas fique deitadinha tá?

Só vamos sair lá pelas as dez da manha.

 

-- vai trabalhar?

 

-- vou passar rapidinho lá e volto pra te buscar.

Pode ser?

 

-- pode.

 

-- descanse mais.

Você e nosso filho precisam disso.

 

Acabei me dando conta de que estou me deixando ser levada por um sentimento que me aquece o peito.

Chamar essa criança de minha está me dando uma paz.

Arrumei-me como de costume e antes de sair voltei pro quarto onde minha pequena estava.

Ela havia cochilado novamente então não fiz muito barulho.

 

-- Descansa meu amor.

E você meu neném, cuida bem da sua mãe pra mim.

Mais tarde volto pra pegar vocês.

(beijei a Bárbara e sai)

 

Sai sorrindo comigo mesma, a criança ainda nem tinha previsão de nascer, mas só em saber que uma pequena vida estaria ali dentro eu já me sentia feliz.

E confesso que estou começando a gostar da ideia de ser mãe.

Meu dia começou tendo que enfrentar uma senhora que queria meu pescoço.

 

-- Filha, a Mãe da Bárbara está pedindo pra falar com ela.

 

-- Bom dia pessoal.

Onde ela está Pai?

 

-- lá dentro e já pediu as contas.

 

-- meu deus do céu.

Eu vou falar com ela.

 

-- Dona Catarina, Bom dia.

Sua filha está descansando ainda.

Mas ela está bem

(Não terminei de falar, pois senti uma bofetada no rosto).

 

 

-- você foi uma perdição na vida dela.

Eu exijo que você a traga de volta, eu não quero meu neto se perdendo na vida como você.

E não criei a Bárbara para andar com outra mulher.

Eu tenho nojo de gente como você.

 

-- eu peço que a senhora se acalme e ponha-se em seu lugar.

Seu preconceito não me atinge senhora, e sua filha sabe já o que quer.

 

-- eu quero a Bárbara aqui agora ou vou busca-la pelos os cabelos.

 

-- não vai mesmo.

Não vai tocar em nenhum fio de cabelo dela.

Isso eu não vou deixar.

 

-- o que está acontecendo aqui?

 

-- pai, essa senhora está alterada.

Irei buscar a Bárbara em casa, e, por favor, fique com ela que já eu volto.

 

Voltei pra casa na mesma pisada como dizem.

Não queria que fosse assim, mas é assim então vamos ter que enfrentar.

Iria ter que trazer a Bárbara e elas vão tentar conversar.

Quando cheguei ela estava despertando.

 

-- Bom dia amor.

Pequena, senta ai que precisamos conversar.

 

-- Dávi o que foi isso em seu rosto?

Meu deus está vermelho, o que aconteceu?

 

-- Continua...

 

 

 

 

 

 

 

Fim do capítulo