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  • O CASO DAS ROSAS
  • Capítulo 4 -O fim de um longo dia

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O CASO DAS ROSAS por pamg

Ver comentários: 5

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Palavras: 3306
Acessos: 3900   |  Postado em: 16/01/2018

Capítulo 4 -O fim de um longo dia

— Isto não é um seriado de televisão. Sei que muitos de vocês nunca acompanharam a atuação de um serial killer na vida real.

 

A detetive começou a falar. Ela estava com seu pessoal em uma sala própria para reuniões. Há menos de vinte minutos tinha terminado a conversa com Robson e Márcia. O local já tinha o quadro com a linha do tempo dos homicídios, fotos das vítimas e anotações do caso. A assistente da delegada havia providenciado tudo, em poucos minutos, inclusive. A morena continuou.

—  No Brasil, graças a Deus, eles não são tão comuns, mas existem e nesse momento estamos lidando com um. Ele já atuou antes. — Fez uma pausa. Respirou fundo e tomou coragem para falar de si, realmente não gostava disso. Continuou. 

— Na verdade nem eu mesma acompanhei um caso como esse antes, entretanto, me dediquei a estudá-los. Vocês vão receber agora o arquivo do caso, sei que temos pouco tempo, mas leiam tudo o que for possível. Um olhar novo pode achar novas pistas. Foi assim que descobri a relação entre a exposição dos pais na tv e o tempo de vida das crianças em cativeiro. Além disso, ao contrário dos outros anos, já temos mais uma pista. — Todos a olharam surpresos. — Uma testemunha nos disse que a suspeita estava vigiando a saída da casa de Júlia em um gol vermelho, modelo antigo com vidros escuros. Precisamos levantar quantos veículos desses temos na cidade. A testemunha disse também que o carro estava em excelente estado de conservação, então podemos acrescentar uma verificação a lojas que vendam peças para esse tipo de carro. — A morena parou um pouco e olhou para a loira que escutava a tudo calada. Tomou fôlego e continuou. — Nossa delegada já providenciou um comunicado a imprensa. Não tem como segurarmos isso por mais tempo, outras crianças correm risco. Se vocês olharem para o quadro verão que, no passado, o maior tempo das vítimas em cativeiro foi de três dias. Ou seja, Júlia tem mais dois, se tiver sorte. Precisamos contar com isso, mas como se trata de um elemento com temperamento instável, vamos soltar o comunicado pensando em proteger outras crianças.

A loira gostou do que ouviu, sabia que Alycia estava tomando uma decisão difícil. Dizer que outras famílias corriam perigo era o mesmo que assumir que Júlia morreria. Embora fosse mórbido, não era uma atitude de quem havia perdido a guerra, apenas de alguém que sabia que haveria novas batalhas. Ela sabia que a morena estava sendo pragmática. 

— Estou à disposição para quem quiser tirar dúvidas, mas a partir de agora vamos focar em controlar a narrativa da imprensa e achar o gol vermelho.

Um agente levantou a mão.

— Diga Mendonça. — A loira falou e se posicionou ao lado da morena, não queria tomar o lugar dela, mas queria que os seus subordinados entendessem que estavam trabalhando juntas.

— Vamos colocar no comunicado à imprensa que a “Dama das Rosas” está usando um Gol vermelho?

— Mendonça, nunca mais repita esse apelido. — Emily disse alterando seu tom de voz. A loira, tinha uma aparência muito jovial, era magra, estatura mediana, cabelo ondulado na altura do ombro, seu rosto tinha traços finos: olhos pequenos levemente puxados, cor de mel, a boca era naturalmente rosada e pequena, assim como nariz, que além de pequeno era arrebitado. Ela, de fato, tinha um ar de patricinha, como a morena dizia para si mesmo. Assim, quando alterou o tom de voz causou susto ao grupo todo. Inclusive à morena que a observava atentamente.

Alycia sabia o porquê da atitude da sua chefe, admirou-a, mas nada falou. Manteve sua atenção na loira que após respirar fundo, voltou a falar:

— Nós não somos telespectadores ou personagens da Netflix, vou repetir a sábia fala da detetive Alycia, não estamos em um seriado. Apelidos incentivam doentes como essa mulher a agir. Qual é! Vocês sabem disso, quando foi que trabalharam em algum caso em chamavam o meliante pelo apelido dado pela imprensa? Acho que estamos entendidos!

Todos balançaram a cabeça afirmativamente!

— Agora, respondendo sua pergunta, vamos divulgar marca, modelo, de acordo com o que sabemos, e a cor. Esse não é um carro comum. Acredito que receberemos algumas denúncias.  Mais alguma pergunta?


A agente Bianca Prates levantou a mão e já começou a falar. — Porque todos tratam esse doente como se fosse mulher? Como chegaram a essa conclusão?

Foi a vez da morena entrar em cena:

 

— Na época dos crimes, em 2012, o encarregado do caso pediu ajuda para uma equipe americana composta de investigadores e psicólogos, dentre esses estava a doutora em psicologia evolutiva Marissa Harrison, que liderava, na época, um estudo no qual eram analisadas 64 assassinas em série que atuaram nos Estados Unidos entre 1821 e 2008.  Foi dela a constatação de que nosso criminoso era, na verdade, uma criminosa. A doutora Harrison traçou um perfil no qual ficou claro que a assassina em questão mata por poder. Uma atitude típica de  psicopatas mulheres. Ela rapta crianças, que são mais facilmente controláveis, as tortura e depois, como em um ato final de demonstração de poder, comete os assassinatos. Antes do ato final,  se alimenta da dor dos pais que, a todo momento, figuram na tv implorando para terem seus filhos de volta. Ela sabe que tem o poder sobre a vida da criança e o futuro dos seus pais. Além desse padrão, a assassina sempre usou métodos “limpos” para cometer os homicídios: algumas crianças foram envenenadas e outras asfixiadas. Outra característica de mulheres assassinas. Por fim, ela deixava as rosas brancas amarradas por uma fita e em todas as ficas havia a palavra: “obrigada”. Sempre no feminino.

 

A loira sabia que era impróprio, mas escutar aquela “aula” da morena lhe deixou excitada! 
Tratou de espantar os pensamentos impróprios: 

— Excelente, Alycia! Alguém tem mais alguma dúvida?

Ninguém se manifestou. A loira virou para a morena:

— Detetive, quer acrescentar algo?

— Não, senhora.

— Então, peguem seus arquivos, acionem seus contatos e localizem esse Gol vermelho. Ao trabalho.

A loira viu que todos já estavam lhe obedecendo, passou bem perto da morena e sussurrou, pegando-a de surpresa:

— Nada de senhora, pra você é Emily.


Piscou e saiu em direção à sua sala sem olhar para trás.


___________________________________________________________________________

 

Um hora depois. Duas batidas na porta.

— Entra! — A loira disse em um tom um pouco mais alto.

— Com licença.

 

A morena entrou no ambiente, ambas estavam com o coração acelerado e nenhuma conseguia admitir para si o motivo.

 

— Ah, oi Alycia! Já ia mandar te chamar. Desculpe por ter me alterado com o Mendonça, não quero que tenha problemas com sua equipe, mas em um caso envolvendo crianças, acho inadmissível um agente experiente cometer um erro tão trivial como aquele.

 

A loira falou tudo rapidamente e sem respirar, só então percebeu que não havia oferecido uma cadeira para a morena, tampouco perguntou o que ela foi fazer ali. Desculpou-se:

 

— Desculpe, você veio até mim e não o contrário e não te deixei falar. Sente-se, Alycia. Diga, em que posso ajudá-la?

 

A morena, que sempre foi muito calma e centrada, olhava aqueles olhos cor de mel e sentia o ar lhe faltar. Emily, tinha a aparência de uma menina, conseguia facilmente transitar entre a doçura de uma jovem e a autoridade de uma chefe experiente. Alycia soube naquele momento porque Furtado a escolhera como sucessora. Balançou a cabeça para se livrar de tantos pensamentos (e sentimentos) e começou a falar:


— Dout…é... Deleg…é...é... Emily — A Loira sorriu com embaraço da morena e isso dificultou ainda mais a vida da detetive. Entretanto, ela prosseguiu:

 

— Eu vim me desculpar. Eu fui grossa quando você falou sobre a imprensa, mais cedo. Me perdoe. Às vezes sou assim, mas não é por mal. Nessa unidade somos poucas mulheres, então vivo em estado de alerta, não dá para ser muito doce. Se eu fizer isso, será como colocar açúcar em uma sala cheia de formigas, em poucos instantes não sobraria nada de mim. Ai, tô falando bobagem. Enfim, eu queria me desculpar. Se me der licença eu vou….

Já estava próximo a porta, quando foi interrompida pela loira que agora estava com um sorriso maior ainda.

— Alycia, sente-se. Acalme-se. Eu sei que esse dia não está sendo fácil para você, sei que todos olham para você depositando expectativas sobre esse caso, eu mesmo fiz isso e peço desculpas. Fique tranquila! Nós erramos às vezes. Hoje nós duas fizemos isso: eu me esqueci que você é humana e, embora seja linda, brilhante e competente e… — Ficou vermelha ao perceber que estava quase cantando a outra. — Enfim, você tem suas qualidades, mas é humana e despejei um caminhão de responsabilidade sobre você. Em outra ponta, ao me escutar falar sobre a imprensa, você me julgou mal.

A morena estava parada observando a loira enquanto essa falava, gostou de ouvir tantos elogios, embora não soubessem de onde viam, afinal elas não se conheciam direito. Por fim, resolveu se pronunciar:

— Sim, julguei, me desculpe. Você foi incrível hoje, em cada momento. Peço desculpas por isso e aceito suas desculpas. — Se olharam por alguns segundos. — Enfim, vou me juntar aos colegas no QG.

 

A morena se referia a sala de reunião, que agora tinha todos os agentes envolvidos no caso, os arquivos, o quadro com a linha do tempo etc. Alycia estava saindo quando escutou um pedido da loira:

 

— Alycia, gostaria que se juntasse a mim na entrevista coletiva, será em vinte minutos. Lerei o comunicado e não responderei às perguntas. Será tudo muito direto e rápido. Como você está chefiando o caso, acho justo que esteja lá.

A detetive queria dizer que não, mas já tinha pisado na bola uma vez.

— Como a senhora… digo, como você quiser, Emily.

— Te mandarei uma mensagem quando for o momento.

A morena balançou a cabeça afirmativamente e já ia saindo, quando novamente foi interrompida:

— Ei, moça, preciso do seu número. Eu mesma quero mandar a mensagem, não gosto muito de tratar minha assistente como se fosse minha assessora particular.

 

A morena achou a situação meio engraçada. A loira falou a última frase fazendo uma careta, quase como uma criança que constava que algo era errado. Alycia riu, o que não passou despercebido da loira, e em seguida ditou seu número que foi rapidamente anotado. Saiu da sala. Nos cinco segundos seguintes, ambas pensaram a mesma coisa:

 

— Tem uma criança em cárcere privado nesse momento e eu estou me sentindo e agindo como uma adolescente. Que diabos está acontecendo? Preciso focar!

__________________________________________________________________________

20 minutos depois.

— A delegada responsável pelo departamento falará com vocês agora. Por se tratar de um caso em andamento, ela e a detetive responsável pelo caso. — Apontou para a Alycia e continuou. — Não responderão a nenhuma pergunta. Isso ocorrerá em outro momento. — Patrícia, a assessora de comunicação, terminou essa frase e passou a palavra para Emily. — Delegada Rios, pode falar!

Emily cumprimentou a todos e leu o comunicado. Ao terminar, os repórteres começaram a lhe fazer várias perguntas, Ignorando a instrução inicial. Patrícia tomou a frente e novamente disse que aquele não era o momento para as perguntas. Emily passou por Alycia, segurou sua mão e saiu rapidamente dali, levando a morena consigo. O contato fez o coração de ambas acelerar. A loira soltou a mão da morena, assim que estavam foram do alcance das câmeras.

— Obrigada por estar comigo, Alycia!

— Não fiz absolutamente nada, mas de nada.

— Fez sim. — A loira falou parecendo entregar os pontos. – Hoje não seria meu primeiro dia, eu acompanharia o Furtado e me familiarizaria com o departamento. Apenas isso! Porém, em menos de 10 horas eu assumi um departamento, um caso de um serial killer, fiz dois discursos, dois interrogatórios e acabei de falar com o Brasil inteiro. Além disso, não temos uma pista do paradeiro dessa criança e… desculpe o desabafo.

A loira se deu conta de que transparecia desespero e sabia que isso não deveria acontecer. Respirou fundo e tentou mudar o tom:

— Eu só queria agradecer pelo companheirismo nesse primeiro dia. Sei que não nos conhecemos e nas poucas vezes que nos esbarramos tive a impressão de que você não gostava de mim. Hoje, com esse caso nas mão, você me apoiou o dia inteiro.

A morena não gostava muito de momentos sentimentais, mas as palavras da loira a tocaram, ela sabia o que era ser uma novata, mulher e jovem, em um departamento como aquele. Então disse para descontrair:

— É…e você tinha razão –  a loira ficou confusa – eu não gostava de você!

A morena disse e soltou uma gostosa gargalhada. A qual loira não ficou imune, estava encantada com a morena. Disse fingindo mágoa:

— Poxa, eu abro meu coração para você e recebo uma piada em troca.

A morena riu mais um pouco, mas logo falou:

— Emily, é uma piada, mas também é sério. Eu sou muito fechada e, às vezes, por mera falta de vontade de me aproximar e conhecer melhor, eu julgo as pessoas precipitadamente e coloco elas em um caixinha. Guardo essa caixinha com meus “achometros” e nunca mais olho para ela. Desculpe se, em algum momento, nesses rápidos encontros da vida, eu fui grossa com você. Agora, sobre hoje, você foi perfeita, cada passo foi irretocável. Se esse foi um dia em que você agiu sem planejamento, eu imagino que o nosso departamento está nas mãos da melhor delegada de Belo Horizonte. Que Furtado não nos ouça!

 

Ambas sorriram, a loira corou ao escutar o elogio. A morena sentiu novamente aquele turbilhão de sentimentos e achou melhor interromper o momento.

 

—  Bom, doutora, senhora, chefa, Emily Rios, tenho que voltar para o QG. Já são quase 21h, o tempo de vida da Júlia pode estar acabando.

 

A loira que até então estava encantada com o lado brincalhão da morena, sentiu a realidade bater à porta e fez um sinal com a cabeça, indicando que morena estava liberada.

__________________________________________________________________________

Ao entrar em sua sala, a delegada resolveu mandar uma mensagem para Elize.

Emily: Amiga, não vou sair do departamento hoje. Desculpa. Aliás, nem sei quando sairei. A garota ainda está desaparecida. Como não estava preparada para isso, preciso de um favor, você poderia buscar duas mudas de roupa em minha casa e trazer aqui?

Elize: Te vi na tv .Que morena linda era aquela à sua esquerda? (Eu vi vcs saindo de mãos dadas ahahah danadinha, se faz de santa, mas no primeiro dia já arrumou namorada). Aposto que o motivo de você querer conversar hoje é morena, tem olhos verdes, cabelos longos e uma boca que olha…. que boca! ahahah

Aos ler a amiga falando da boca de Alycia, sentiu uma pontada de ciúmes e, ao mesmo tempo, concordou com Elize. A boca da morena era maravilhosa!


Emily: Boba!!! Li, e as roupas? 
Elize: Claro, Emy. Mas ainda vamos falar sobre a morena da boca tentação ahahahah

Devo aparecer aí em mais ou menos uma hora. 
Bjo!

Emily riu sozinha. Lembrou do impulso que teve de sair rápido daquela coletiva levando Alycia consigo. Ficou feliz ao perceber que a detetive não repudiou o ato. Resolveu parar de pensar besteira e levantou para ir ao QG.  Passou por sua assistente e avisou da “visita” de Elize. Pediu que fosse avisada quando ela chegasse.

 

_________________________________________________________________________

Ao chegar no QG, a delegada quase foi atropelada pela detetive que encerrava uma ligação e entrava na sala falando para todos ouvirem:

— Gente, temos uma pista quente. Alguém acabou de ligar no disque-denúncia passando informações sobre um veículo que bate com o nosso, no bairro felicidade. Não souberam passar a placa, mas cruzando os dados no sistema,  na região há um senhor com um carro Gol vermelho.

 

A morena não estava acreditando que tudo estava dando certo. Em anos, essa era a primeira vez que conseguiam isolar uma região. Ela não notou a presença da loira.  Já ia continuar a falar quando percebeu, na TV ligada no canto da sala, que uma pessoa falava sobre o caso.

 

— Que merd* é essa aí?  — Todos se espantaram, Alycia era fechada e um pouco grossa, mas não costumava usar esse linguajar.  — Mendonça aumenta o volume da TV! — A loira ordenou, assustando a todos, inclusive a morena.

 

Acabamos de receber informações que o carro que levou a menina Júlia Alcântara, na manhã de hoje, foi visto nas imediações do bairro Felicidade. Nossa fonte revelou que o carro é de um idoso, já falecido, que morou na região. Ninguém sabe se ele deixou algum parente ou quem é o atual dono do veículo…


Ao terminar de escutar a repórter, a loira sentiu o sangue ferver.

— Quem diabos faz uma denúncia anônima e em seguida liga para a tv para contar a mesma informação? —  Esbravejou irritada.

Todos no ambiente estavam igualmente irritados, sabiam que essa era basicamente a sentença de morte da criança. A assassina precisaria se livrar do carro e de Júlia rapidamente. Alycia chamou a todos:

— Atenção! Agora estamos correndo contra o tempo. Mendonça, quero todas as unidades disponíveis no bairro Felicidade. AGORA! Fonseca, quero a ficha do dono do veículo. Vital, quero saber quem são os parentes vivos desse homem, todos! Bianca, quero ver o atestado de óbito dele. Gente, tudo para ontem, vão me enviando no celular assim que localizarem. Mendonça, vou com você. Quero tudo para ontem! Mexam-se!

— Pessoal, todos de colete. TODOS!

Foi Emily quem falou dessa vez.

— E Alycia, vou com vocês!

Sairam correndo, pegaram seus coletes e entram em uma Range Rover que já os aguardava. Mendonça foi quem assumiu a direção. No rádio e nos celulares, as informações iam chegando e eles foram direcionados para a residência do dono do veículo.  

__________________________________________________________________________

Chegaram no local e a casa aparentemente estava abandonada. Ainda sim, Emily e Alycia orientaram a equipe a esquadrinhar a residência. Queriam passar o lote em um raio x.

Alycia, pela primeira vez estava se entregando às emoções de um dia tão carregado. Resolveu voltar para perto da viatura que os levou até ali. Foi quando escutou um chamado no rádio:

— QAP, Alycia Dias ou Emily Rios, na escuta?
— Detetive Alycia Dias na escuta.

Respondeu rapidamente.

— Detetive, algumas ligações no disque-denúncia dão conta de um Gol vermelho em chamas, no bairro em que vocês estão, há apenas alguns quarteirões daí, rua: Navalha. Repetindo, carro suspeito em chamas na rua Navalha. O Corpo de Bombeiros já está no local, QSN?

—  Copiado central, estamos indo para lá.

Emily chegara há pouco e escutou tudo. Ambas tiveram a mesma sensação ruim. Se a criminosa estava se livrando do carro, a criança estava com os segundos contados. A delegada falou para a morena:

—  Entra, eu dirijo.

A loira olhou rapidamente no GPS, colocou o cinto, ligou o carro e saiu. Ambas em total silêncio. O trajeto era curto. Emily, olhou para o lado e viu que Alycia estava tensa. Pousou sua mão sobre a mão da morena, que não recusou o contato.

Chegaram e o Corpo de Bombeiros já estava no local.  Alycia olhou para a chefe e para suas mãos agradecendo o gesto de consolo, sem dizer uma palavra. Interrompeu o contato e saiu do carro apressada, se identificou e perguntou ao chefe dos bombeiros ali:

—  Há alguém no veículo?

A loira, que seguia sua subordinada de perto, temia pela resposta do homem. Soltou o ar quando ele disse.

—  No momento não é possível dize, senhora, mas já estamos controlando a chamas.

—  Quero uma equipe cobrindo o perímetro. Vasculhem tudo!

A delegada ordenou para a equipe que chegava com Mendonça.


Alguns minutos depois.

– TEM UMA MENINA CAÍDA ALI!!

Fim do capítulo


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Comentários para 4 - Capítulo 4 -O fim de um longo dia:
rhina
rhina

Em: 19/01/2018

 

Uma fatalidade com o desfecho mortal

Correr contra o tempo quando não se sabe em qual direção ir.....

É fatal.....

Rhina

Responder

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josi08
josi08

Em: 17/01/2018

Nossa que história tensa ein?estou amando esse mistério.  Muito boa mesmo sua historia parabéns. ;)


Resposta do autor:

Oi, Josi! 
Que bom que vc tá gostando <3 Obrigada pelo retorno! :)
Amanhã tem mais.
Bjo pra vc!

Responder

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patty-321
patty-321

Em: 17/01/2018

Que tensão. A estória ta super bem escrita. Parabéns. Adorando.


Resposta do autor:

Eu fico feliz com o retorno!
Muito mesmo <3
Amanhã tem mais :)

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Arin Machado
Arin Machado

Em: 16/01/2018

Ansiosa para ver o resultado desse caso, é pouco! Sério,  você nos prende na história de uma maneira, que no momento não sei explicar. 


Resposta do autor:

ahahah que bom que está gostando <3

Responder

[Faça o login para poder comentar]

RafinhaS
RafinhaS

Em: 16/01/2018

Então, autora, nunca fui de comentar alguma história, mas tive que dessa vez vir aqui para lhe dizer o quanto estou gostando de sua história, sobretudo, da frenquência á qual o capitulos estão sendo postados, mas não apenas isso! Adorei as personagens e espero ansiosamento pelos próximos capitulos. Um abraço! 


Resposta do autor:

Oi, RafinhaS! Boa tarde!
Eu fico muito feliz com esse retorno. Essa é a primeira vez que escrevo e a insegurança é inevitável. Continuarei tentando postar diariamente.  :)
Um forte abraço e sinta-se livrar para comentar aqui! <3

Responder

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