Capítulo 10
Capitulo 10
Voltei pra casa pensando no que a Aninha tinha me falado. E é verdade, se a Caroline for mesmo para Portugal, vai se apaixonar por la e nao volta. Mas por mais que eu nao quero que ela va, preciso desse tempo pra eu sentir o que quero, talvez sentir falta dela.
Cheguei em casa, o carro dela nao estava em casa. Apesar dessa briga toda, tinha esperança de chegar em casa e esbarrar com ela.
Entrei na sala de casa, estava vazia. Uma sensaçao de vazio. Acho que nunca reparei direito nas fotos que tem espalhadas pela casa, a Caroline que sempre coloca. Logo na parede da entrada tem três quadrinhos, com fotos nossa na minha formatura da faculdade. Subindo a escada tem mais fotos nossa. Pequenos detalhes que eu nunca reparei ou tentei demonstrar que gostava.
Ja estava tarde, eu precisava era de um bom banho e uma noite de sono legal para pensar se deveria mesmo ou nao mandar mensagem para a Caroline. Ainda estou brava por ela ter pedido um tempo. Tomei um banho gostoso, nao pensei em nada, apenas deixei a agua cair nos meus ombros, esfriando meu corpo tenso.
Sei que se a Carolina estivesse aqui, faria uma massagem no meu ombro. Mas do jeito que ela esta brava comigo, capaz de me largar aqui mesmo.
Deitei na cama, o corpo afundou. Essa agitação toda esta me fazendo mal, mas logo vou me recompor. Onde sera que esta meu album de formatura? Depois que reparei naquelas imagens na parede, me deu vontade de ver ele. Meu album de formatura que mais parece de casamento. Acho que tirando minhas fotos com a turma, todas as outras tem a Caroline de algum modo.
Me levantei quase que em um pulo, abri o guarda roupa e comecei a procurar. Faz anos que nao vejo esse álbum, mas sei que nao joguei ele fora. No meu quarto nao estava, mas achei varias fotos da Carol quando pequena, uma mais linda que a outra. Ela deve ter sido uma criança bem arteira, mas muito esperta e inteligente. Tem uma foto dela sentadinha na areia, com os cabelos ondulados voando com o bater do vento. Foto muito linda.
Enfim, mas nao é isso que estou procurando. Acho melhor procurar no escritório, a Caroline coloca tudo la. Ao entrar no escritório foi como se eu tivesse visto ela ali, sentada na cadeira, tomando um café e sorrindo pra mim. Como pode, mesmo ela estando ausente tudo está tão relacionado com ela. Meus olhos encheram de água. Sinto falta dela, mas dela sorrindo, brincando, a Carol de quando nos conhecemos. Sinto falta dela me fazendo cócegas, me enchendo de beijos, deitando no meu colo.
Comecei a mexer nas prateleiras procurando a porcaria do álbum. Não demorou muito achei ele, no fundo do armário de livros.
Apesar de termos nos formado no mesmo ano e na mesma faculdade, não era a mesma festa. A Carol nao fez festa, só a colação de grau, então de certo modo, a minha festa de formatura foi a dela também. Logo na capa do álbum, tem o simbolo da Universidade. Só de abrir o algum me lembrei de muitas coisas gostosas desse período, principalmente da festa.
Era janeiro de 2011, minha festa de formatura seria em um salão de festa de um grande time de futebol paulista. Eu só estava preocupada se meu penteado iria se manter no lugar e se a Caroline, que ja estava trabalhando, conseguiria chegar na festa na hora.
Lembro-me que meu pai estacionou o carro no tal clube. Desci eu, quase tropeçando no salto 15 e minha mãe, na porta do salão, enquanto o sr. Geraldo, meu pai, foi estacionar o carro. Logo na entrada, encontrei alguns familiares meus e o irmao da Carol, o Lucas. Entregamos nossos ingressos e subimos. Enquanto subimos eu ja puxei o Lucas e perguntei:
- Lu, cadê sua irmã? Já são 22:30. Se ela perder a valsa nao viajo com ela. Serio. Sabe onde ela está?
- Crisi, segura as pontas, a Carol atrasa mas nao falha, vai chegar em cima da hora.
Logo na entrada o fotógrafo já pediu para que eu tirasse fotos em alguns papéis de parede, simulando o hospital, depois a própria faculdade. Tirei foto com meu pai, todos os parentes, com o Lucas, enfim, tirei varias fotos.
De tempos em tempos eu olhava meu celular pra ver se tinha alguma mensagem da minha namorada, mas nada. Apenas as 19:00 tinha me avisado que saiu do hospital e ja estava indo se arrumar. Eu estava com uma expectativa absurda, ela me avisou essa semana que no dia seguinte a formatura, ou seja amanhã, iriamos viajar. Ela organizou tudo da viagem, pagou tudo, eu apenas precisava estar pronta pra ela. Acho que devo esperar boas coisas dessa viagem.
Apesar da dona Caroline nao me responder ou aparecer, eu resolvi aproveitar minha formatura. Logo encontrei a Ana, ela estava com um vestido longo, verde escuro, brilhante, encaixou perfeitamente com os cabelos dela, um arraso essa minha amiga. Um pouco ao fundo, minha ex namorada, Danielle, estava linda também, mas dispenso conversa.
No palco ja estava tocando um DJ maroto, muito bom. Eu e a Ana fomos ao bar, só bebida de ponta. Quando a Caroline resolver chegar, certeza que ja vou estar bebada.
Por volta das 23:30, o mestre de cerimônias avisou que os formandos deveriam ir com seus padrinhos e madrinhas para a escada, a valsa seria as 0h e teriamos trinca minutos para nos organizar. Olhei a ultima vez no celular, nao havia nenhuma mensagem da minha namorada. Entreguei meu celular para o para a minha mãe e segui com o meu pai para a escada, para sermos posicionados para a valsa.
Nessa concentração estava uma zona só, pensa, 80 formandos, mais seus pais/mães. Era muita gente para se organizar. Levamos um bom tempo ate estarmos todos posicionados na fila e ordem alfabetica. Por volta da meia noite, fomos conduzidos para o salão, onde o mestre de cerimônias iria nos apresentar. Apesar de Christiane ser um nome no começo do alfabeto, eu estava quase no meio da fila. Meu pai estava super distraído, conversando com o pai da colega da frente.
Procurei a Caroline entre as pessoas. Olhei para a direita, passando o olho em pessoa por pessoa. Nada. Minha namorada nao estava ali. Virei para a esquerda, procurando a mulher da minha vida, quando então percebi um par de olhos mel, ao lado da minha mae. Meu mundo parou exatamente naquele momento. A Caroline sorria pra mim, com um ar de leveza, mas também de felicidade. Estava vestindo um vestido longo, vermelho, brilhante, de alcinha, que deixou seu colo levemente exposto, delicioso. Seus cabelos castanhos estavam presos no topo da cabeça, entrelaçados, fazendo um x, que depois caia pelos ombros, mantendo o ondulado natural dele. Ela estava com uma maquiagem leve, mas que a deixava muito mais linda do que eu sempre fui capaz de ver e desejar. Estava com um salto, sandália, super alta, mas extremamente elegante. Aquela era a mulher que eu desejei para a minha vida.
Quase precisei que meu pai me puxasse para eu acordar de volta de ir para a valsa. Nao fui capaz de tirar os olhos daquela gostosa por um segundo, assim como percebi que ela me olhou todo o tempo. Eu ja estava bem alcoolizada aquele horario, estava tentando me concentrar para nao fazer feio na valsa, mas a Caroline me comendo com os olhos nao estava ajudando.
Por mais que a maioria das pessoas deseje ardentemente dançar a valsa na formatura, esse momento me pareceu uma eternidade. Primeiro dancei a valsa com o meu pai, que nada falou ou comentou. Nem deve ter reparado nela. A segunda valsa foi com o meu padrinho de formatura, que foi o Lucas, irmao da Carol.
Quando o moço da cerimônia chamou os padrinhos, o Lusquinha, como chamavamos ele, ja chegou dando risada.
- Chris, convenhamos, é minha irmã, mas esta um pitelzinho hoje. Você tirou a sorte grande com essa gata. Até valeu o atraso dela.
- Se ela ficar linda desse jeito sempre, pode passar a vida toda atrasada. O vestido esta perfeito no corpo dela.
- Deixa ela aproveitar essa noite, também é a formatura dela, nem comenta nada sobre os meus pais. Deixa ela se distrair. Hoje não é dia de fossa. Ainda mais porque amanhã vocês vão viajar e essa viagem terá muitas surpresas pra você.
O Lucas colocou mais uma pulguinha na minha orelha, mas nada apagou ou me distraiu da imagem dela olhando pra mim enquanto eu dançava a valsa.
Terminei de dançar a valsa. Houve um momento para fotos com todos os formandos, falar o grito de guerra da faculdade. Depois disso uma moça passou com a garrafa de tequila, virando doses na boca de quem queria. Eu claramente quis. Aquele era o meu dia, e tequila estava bem nos planos.
Tinha que sentar na cadeira, inclinar a cabeça para trás, ai a moça jogava uma dose e depois sacudia a cabeça do formando. A Ana foi primeiro, e eu logo em seguida. Pensa, minha ultima refeiçao foi as 17 horas, nao mais que isso, agora ja passa da meia noite, pelo tanto que bebi, louca é elogio.
Me sentei na cadeira, inclinei a cabeça pra tras. Fechei os olhos e senti um toque leve e ao mesmo tempo firme que eu bem conheço, a Carol pegou a garrafa da moça da formatura, e virou uma dose grande na minha boca. Enquanto o líquido queimava na minha garganta, eu olhava fundo nos olhos cor de mel da Caroline. Eles estavam ardendo, o que me deixou bem com vontade de agarrar ela.
Depois que bebi a tequila, ela sacudiu minha cabeça, quando tentei levantar, percebi o quanto alcoolizada eu estava. Meus labios ja estavam formigando. Sem pudor nenhum, proporcionado pelo alcool, puxei a Caroline ali mesmo e beijei ela. Senti seu cheiro adocicado. Enquanto ela mordia meus labios, eu ficava mais excitada. A sensaçao da dormencia pelo alcool, acompanhada pela dor da mordida, era deliciosa.
- Acho melhor voce comer alguma coisa gostosa, bebeu demais e ja esta perdendo a linha do juizo, vem! - lembro- me brevemente dessa parte. Ela me levou para comer, todo o tempo sem tirar os olhos de mim e sempre dizendo - Você esta linda de mais Chris! Tirei a sorte grande com esse mulherão! Ta muito gostosa! Come um pouco, preciso de você bem acordada para a viagem de amanhã!
Depois que eu me abasteci de glicose e devidamente hidratada, voltamos para a pista de dança. Ficamos em uma rodinha com meu cunhado, a Ana, seu namorado, a irmã dela e alguns amigos da faculdade. A cada dança minha vontade era aproximar mais o toque com a Caroline, eu sei o quanto ela gosta dessa provocação e o quanto ja estava perdida nessas sensações.
Para nao me atacar aqui na festa mesmo, o que não seria anormal pra gente, ela me largou na pista de danças e foi pegar uma bebida. Um tempo depois eu percebi ela sentada na mesa, batendo um super papo com a minha mãe. Aquela cena me dava uma calma surreal, saber que a minha namorada tinha sido bem aceita e bem recebida pela minha familia. Eu nao tenho contato nenhum com o pai dela, pra falar a verdade nem ela praticamente, entao fico feliz da Caroline se sentir bem com a minha familia.
Continuei dançando e aproveitando minha formatura, quando senti um toque. Virei pra ver quem era e me deparei com a Daniele, minha ex namorada, parte do meu passado que eu queria afundar e esquecer na faculdade.
- Chris, podemos conversar?
- Claro que nao. Nao temos nada para conversar.
- Por favor. Juro que é coisa rapida e eu ja te libero. E nao te incomodo, nunca mais.
- ok. Coisa rapida Danielle, vamos la fora, nao quero que a Caroline me veja falando com você.
- tem medo dela? - senti como uma pergunta bem ironica
- nao, tenho medo do que ela pode fazer com voce.
Levei a Dani ate o mezanino, um espaço de fora do salão de festas. Realmente tenho medo do que a Caroline pode fazer se ver ela.
- Pronto, voce tem 2 minutos pra falar comigo. Depois nunca mais na sua vida você me incomoda ok?!
- por que você tem tanta raiva de mim?
- voce ainda pergunta?! Eu amei voce e amei de verdade, voce me machucou fisicamente como destruiu minha autoestima e tudo que eu acreditava. Talvez eu precise te agradecer na verdade, hoje sou uma pessoa muito muito mais forte que a idiota que voce maltratava e pisava em cima.
- Cristiane, quem ver essa cena, vai pensar que voce é a coitada da história, que nao aprontou nada.
- Nao importa o que ela fez ou deixou de fazer. Você nunca mais na sua vida chega perto da minha namorada - isso foi o que a Caroline falou, abrindo espaço entre eu e Dani que se aproximava de mim.
- voce acha que é quem caroline? Me poupe. Estou conversando com a cris.
- pra você é Cristiane e nao, vocês nao estavam conversando nada. Da licença. - minha namorada, simplesmente colocou um ponto final com classe e elegancia em cima de um salto gigante. Sério. Eu amo a Carol. Pegou na minha mão, com carinho, mas forte, me puxou e saiu andando.
Nao sabia para onde ela estava me levando eu apenas segui. Caroline me levou ate atras do palco, nao tive nem tempo de falar e ela me empurrou, claro que do jeito mais doce e sedutor que ela poderia. Eu fiquei olhando ela, mais encantada que nunca. Essa mulher ainda vai me enlouquecer. Passou a mao no meu pescoço e me levou para um beijo, calmo, intenso, leve e delicioso.
Nao me soltou, apenas chegou com os labios pertos do meu ouvido, serio, sempre me arrepio com isso, mordeu minha orelha e falou.
- Se voce quer isso sempre e quer mais beijos assim amanhã, nunca mais chega perto daquela garota. Entendeu bem Cristiane? - apesar de ter sido uma bronca, o tom lascivo me fez derreter mais do que eu ja estava. Respondi com um sorriso e um sim com a cabeça.
O resto da festa fluiu lindamente.
As 11:00 eu ja estava em pé. Incrivelmente, minha mala estava pronta, claro que uma zona, mas pronta. Eu deveria encontrar a dra as 12:00 no embarque do aeroporto de Congonhas. Iriamos viajar, mas apenas a Caroline sabia o lugar, fez questão de me fazer essa surpresa.
Quando eu cheguei ao aeroporto estava com tanto sono que nem se eu tomasse um balde de cafe estava dando para ficar em pé. Passei em uma cafeteria e peguei um cafe bem forte pra mim. Peguei um para a Caroline tambem e um salgado, duvido que ela tenha se alimentado hoje.
Pouco tempo depois encontrei a dra, ela estava tao linda! Olhar sereno, com um coque bagunçado, olhos brilhando, mas uma olheira cabulosa e gigante. Dei um beijinho nela e entreguei o cafe, ela me agradeceu com um sorriso lindo. Se eu sempre pensar nesse sorriso talvez meu casamento se salve. Por que puta merd*, que sorriso tesao minha esposa tem.
Depois disso ela fez nosso check in e despachamos a mala. A única coisa que eu sabia sobre o lugar é que era quente e eu deveria levar biquine. Quando acessamos a area de embarque ela deixou eu ver a passagem, destino: Fortaleza. Fiquei encantada, nunca fui para o nordeste. Se eu pudesse agarrava ela no aeroporto mesmo em agradecimento, mas ela estava com tanta carinha de sono que deixar ela quietinha já seria um agradecimento.
Quando deu o horario, a empresa aérea abriu para o embarque. Eu sabia que a Carol tinha medo de avião, mas por ser nossa primeira viagem assim, nao tinha noçao exata desse medo todo. Ao entrarmos no aviao, ela pediu para que eu ficasse na janela. Antes mesmo da maquina levantar voo, minha namorada já estava dormindo no meu ombro.
Chegamos em Fortaleza, eu ja estava com a expectativa a mil, amando o lugar ja do aeroporto. Mas a surpresa foi que ainda tinhamos mais umas 3 horas de viagem ate o hotel.
- Amor, estamos indo pra onde? Jura que você não está me sequestrando?
- Claro que nao sua boba. So que nao tem aeroporto na cidade que vamos. Entao tem que descer em Fortaleza e ir de onibus ate la. Estamos indo para Canoa Quebrada, muito sol, praia e agua de coco para comemorarmos nossa formatura e uma vida juntas.
- Posso ficar com esse sorriso bobo na cara?
- hahaha, claro que nao, as pessoas vao olhar voce. E voce é so minha! - me deu um beijinho casto e encostou a cabeça na janela, olhando o movimento da rua. Mas pelo que conheço a dra, logo estaria dormindo de novo.
Entre o aeroporto e o hotel foram quase 3 horas e meia. Quando finalmente chegamos eu ja estava mais quebrada que a canoa. Fizemos o check in em um hotel que a Carol tinha feito reserva. Apesar do cansaço, dava para ver nos olhos dela a empolgação, ela adora praia.
- Amor, vamos tomar um banho juntas e depois jantar aqui mesmo no hotel? Ai amanha ja estaremos bem recuperadas para curtir bem a praia e a cidade. Pode ser? Topa.
- Topo muito bebe. A viagem foi bem cansativa. Vamos tirar essa noite para descansar e ficar juntas. Estou morrendo de vontade de deitar agarradinha com voce enquanto voce me enche de cafune Carol.
- está carente mocinha? Pode deixar que eu acabo com essa carência facil facil. - tomamos um banho juntas, coisa rápida. Eu coloquei uma bermuda e camiseta para descer para o jantar, a Carol colocou um dos vestidos simples mas elegantes dela. Acho que mesmo se ela vestisse uma fronha do elfo doméstico eu ainda acharia ela linda.
Jantamos no hotel mesmo, com comidas regionais maravilhosas. Depois ficamos um tempo no bar do hotel, apenas bebericando um vinho e jogando conversa fora. Falamos sobre tudo e mais um pouco. Esses momentos com a Caroline sao simples, mas fazem eu ser e ficar a cada minuto mais apaixonada e encantada pela minha namorada. Nao quero perder isso com ela nunca.
O bar ficava na beirada da piscina. A lua no céu estava linda, cheia, ceu limpo. Os olhinhos da Carol brilhavam ao falar dos primeiros plantões que ela teve. Eu sabia que ela estava amando a profissao que escolheu e eu, amando ela.
- Carol, eu te amo! Acho que nao falei isso hoje.
- Eu tambem te amo sua boba. Nao quero te perder nunca. Quero uma vida ao seu lado. - foi a primeira vez que ela falou isso, que queria ter uma vida ao meu lado. Acho que depois dessa frase, meu sorriso deve ter ido de orelha a orelha.
Quando o sono começou a bater resolvemos subir para o quarto, afinal o dia foi longo e a viagem estava apenas começando.
No dia seguinte acordamos cedo. Depois de um café mais reforçado fomos para a praia. Iriamos começar a semana passeando de jangada ou balsa, não sei exatamente o nome da embarcação.
Fomos andando ate a praia e de la até um pequeno porto, onde as embarcações estavam estacionadas. A Caroline que negociou tudo com o moço. Fomos em um barquinho com mais pessoas, a ideia era fazer 6 paradas, 4 em praias e duas no mar mesmo, para nadar.
O barco era simples, nem tao aconchegante assim, mas bem divertido. Tocava musica ao vivo e havia bebidas a bordo. O almoço ocorreria entre a 3a. e 4a. parada. Delicadamente puxei a Carol para tentarmos na rabeira, onde havia um banco gostoso para ficar.
O vento batia forte, ao mesmo tempo que o sol queimava, o vento esfriava. Ficamos la vendo o mar e as ilhas ao redor. Como a natureza pode ser tao linda? Estou encantada por esse mar azul. Recebi carinho da Carol, praticamente todo o tempo. Ela estava com o pensamento meio longe, mas sempre que eu puxava ela para um beijo, era correspondida na hora.
Quando houve a primeira parada, eu estava morrendo de medo de descer. O moço do barco disse que havia uma profundidade de pelo menos 10 metros, mas que ficar com aqueles macarrões de piscina davam conta de boa. Primeiro a Carol desceu e depois deu a mao pra mim e me segurou.
- Estou morrendo de medo amor. Nao me solta.
- Christiane, nao vou te soltar. Olha pra mim, segura minhas mãos. Agora relaxa o corpo. - o sorriso dela me encantava cada vez mais, eu aceitaria muito passar uma vida ao lado dessa garota- Agora é so sentir o mar. Esse lugar é lindo. Amei.
Durante todas as outras paradas ela me ajudou a descer do barco e a me sentir mais segura. Nas paradas que foram praia, ela ia nadando do barco até a areia, enquanto eu ia de bote. Tiramos varias fotos embaixo d’agua.
Voltamos para solo firme ja se passava das 18 horas. Fomos direto para o hotel. A Caroline nao passou protetor solar e ficou parecendo um pimentão. Toda dolorida que eu nem podia encostar. Nosso jantar foi em uma feira popular da cidade, perto da praia mesmo.
Voltando ao hotel eu bem achei que ela estava cansada e que iria dormir. Que nada, nem entramos no quarto, ela ja me puxou para um beijo forte, voraz.
Suas mãos passaram pelo meu cabelo e levemente ela puxou eles, me deixando com o pescoço esticado exposto. Logo em seguida senti sua língua explorando a pele, intercalando as lambidas com ch*padas e mordidas. A cada toque dos lábios da minha namorada eu ficava mais arrepiada, com mais vontade. Ela sabia disso, a cada arrepio meu ela me mordia mais forte no pescoco ou arranhava mais minha cabeça, por baixo do cabeço.
Ficamos nesse beijo gostoso por um tempo, apenas sentido o sabor da outra, enlaçando as linguas, mordendo os labios, sentindo no próprio corpo a reaçao da outra.
Ali em pe, derretendo na porta, Carol levantou minha blusa e abocanhou meus seios, da forma bruta que eu adoro. Primeiro ela passou a lingua em volta do mamilo, sentindo ele endurecer, quando sentiu ele duro, mordeu, uma mordida leve, mas ardida, que doeu, mas me excitou. Eu quero mais disso, muito mais.
- Tira essa blusa Christiane, quero ver seus peitos. Quero ch*par gostoso eles. - passou a mao pela peça que ja estava levantada e arrancou. Jogou na outra ponta do quarto. Eu estava sem sutia, o que facilitou a exploraçao.
- eles estao com saudades de voce amor. Morde eles, por favor. - nao precisei pedir d3 novo, ela sem cerimonia foi ao outro mamilo e mordeu. Eu gemi, gemi forte, de dor. Sou meio estranha talvez, mas esses lapsos e picos de dor, me deixar mais excitadas. Eles tem efeito direto com meu sex*.
Caroline me puxou e me jogou na cama. Assil que eu cai, ela subiu em cima, continuando a beijar meu pescoço, morder o caminho ate os seios. Simplesmente me torturar, ate eu estar excitada.
Soltou meu peito da boca e foi me enchendo de beijos na barriga, sempre mordendo de leve, chegou ao meu shorts, soltou o botao e abriu o zíper, tirou minha bermuda sempre olhando nos meus olhos, com aquele olhar intenso e devastador que apenas a Caroline tem.
Quando a bermuda saiu, ela nao demorou a começar a morder minha virilha, descendo ate a perna entre ch*pões e mordidas. Eu ja estava me sentindo molhada, cada vez que a boca dela encostava na minha pele eu tinha um reflexo diferente. Puxei ela pelo pescoço e falei na orelha da Caroline:
- Acho que ja estou bem molhadas. Quero seu dedo dentro de mim, me comendo gostoso. - nao precisei falar mais nada, la com a carinha mais safada do universo, desceu a mao e arrancou minha calcinha. Eu realmente estava molhada, tive certeza quando ela olhou minha ppka e sorriu de volta pra mim.
Voltou para a minha boca e me encheu mais de beijos. Desceu aos seios com mais selinhos, na virilha me mordeu, eu automaticamente tive um reflexo de tirar a perna, mas como castigo por isso, ela me mordeu de novo.
Desceu ao meu sex*, começou beijando ele por fora, sem tirar o contato visual comigo. Depois deu uma lambida so, separando os grandes labios e entrando. Logo começou a explorar minha área de lazer, procurando no mei clitoris o lugar que mais me deixava excitada. Quando ela achou, foi automatico meu gemido.
- Exatamente ai meu amor. Nesse lugar mesmo, ai eu gosto. - ela nao respondeu verbalmente, mas segurou minha mao e apertou, enquanto aquela lingua deliciosa continuava subindo e descendo no meu clitoris. As vezes a língua hábil da minha namorada era colocada na minha vagin*. Essa era a melhor sensaçao de todas, a lingua dela me penetrando. Em todo momento respondi com gemidos e apertando a mão dela.
Sei o quanto ela adora sex* oral, sempre deixo ela fazer. Ela sempre falou que adora isso. Enquanto ela me ch*pava, começou colocando um dedo, logo depois mais um. O vai e vem dos dedos, acompanhado dela lambendo e ch*pando meu clitoris estava me deixando louca e em pouco tempo eu iria perder a linha.
- Carol, continua amor. Eu adoro voce me comendo. Continua metendo nessa ppka que é sua. Só sua. Vai amor, com força, poe fundo, por favor. Vai, fundo.
Ela nao tirou a boca de la em nenhum momento, apenas continuou me ch*pando forte, duro. Apenas respondia apertando minha mao.
Quando ela sentiu meu sex* começando a contrair em seus dedos, soltou a boca e começou a me tocar com os dedos. Rapido as vezes, leve em outras. Fazendo o que mais amo nela, mandando eu goz*r em tom bem autoritario, pra mim isso é essencial.
- Continua Cris. Forte vai. Aperta meu dedo. Vai gostosa.. Continua. - eu estavaa cada vez mais entregue aquela sensaçao, sentindo meu corpo responder. - Eu mandei voce apertar meu dedo Cristiane. Nao para sua puta. Vai.. Isso amor… Continua… goz* pra mim piranha. Continua vagabunda, vai, vai.. Isso… isso amor… Continua.. Deixa vir, deixa.
- Ta vindo bebe, vou goz*r pra voce. Ta vindo. Continua me tocando. Toca essa bucet*. Toca forte. Isso amor. Assim… Carol, Carol vai.. Forte… Forte… Ai.. Ai amooooor.
- g*zei gostoso na mao da Carol. Ver o sorriso dela de satisfeita, de serviço bem feito nao tem preço. Ela esperou um pouquinho e depois delicadamente tirou os 2 dedos de dentro de mim. Passou o dedo no meu clitoris so na maldade de me ver tremendo de novo.
- Cristiane, adoro essa carinha que voce faz quando vai goz*r. Me deixa mais apaixonada por voce, a cada vez que vejo. Caraca.
- sempre faz um sex* gostoso assim comigo que te faço essa carinha sempre. - e dei risada. Mas é verdade, se gosta da cara que faço pra goz*r, me faz goz*r sempre.
Ficamos ali deitadinhas olhando uma pra outra um tempo. Eu ainda estava ofegante. Precisava acalmar minha respiração antes de comer minha namorada delícia que ainda estava vestida.
Pouco tempo depois recomeçamos nossos trabalhos. Rolou sex* ou amor, nao sei o nome correto, mais algumas vezes. Quando finalmente estávamos exaustas, dormimos. Eu enroscada na Caroline e nos duas enroscadas em um lençol amassado. Mas as duas com uma expressão de leve e descansadas.
No dia seguinte acordamos um pouco mais tarde, afinal, dormimos de madrugada e relaxadas. A Carol estava meio agitada, estranha na verdade. Mas escolhi desconsiderar e nao ficar preocupada. Ela sabe bem o que faz.
Pedimos café da manhã no quarto. Enquanto eu tomava um banho ela pedia o cafe. Eu vesti o biquine por baixo, novamente uma bermuda e uma blusinha. A Carol quis me copiar e colocou tambem uma bermuda e uma blusinha.
Por volta do meio dia, ja alimentadas, saimos do hotel. Alugamos um carro, coisa simples, só para facilitar nosso deslocamento. Perguntei mil vezes para a dra qual a programação de hoje, mas ela dava risada da minha cara e falava que na hora certa eu ia descobrir. De tanta curiosidade eu fiquei brava, resolvi ficar olhando para a rua enquanto ela dirigia ate o lugar tao especial que ela nem poderia me contar. Palhaçada. Andamos uns 20 minutos de carro, até chegarmos a um pequeno porto. As embarcações desse lugar eram mais elegantes, lanchas ou iates.
Carol me deu um beijinho e pediu para eu esperar no carro. Fiquei, claro, com um super bico, chateada. Nao gosto de surpresas, mas tenho certeza que ela programou algo bem legal. Alguns minutos depois ela voltou para o carro. Quando viu meu bico, automaticamente deu risada e um beijinho casto. Estacionou o carro na lateral do porto.
- Vem bicuda. Vamos passear. Juro que voce vai gostar. E tira esse bico da cara, se eu contasse ia perder a graça.
- Nao gosto de surpresas amor. Sabe disso.
- Para de bobagem. Voce vai gostar dessa. Eu prometo. Vem bebe.
Ela pegou minha mao e quase me puxou pelo deck. Paramos em frente a uma lancha, simples mas elegante. Uma moça sorriu pra mim, acho que ela deve ser a dona do barco ou algo do tipo.
Subimos na lancha. A Carol sempre sendo linda e me ajudando. Ela consegue ser delicada e medrosa, ao mesmo tempo que é forte e corajosa, sou definitivamente apaixonada por essa mulher. Sentamos na parte do fundo da lancha, enquanto a moça se ajeitava para dirigir. A sensação do sol quente, e do vento frio, juntos, era deliciosa. Fiquei abraçadinha na Carol todo o tempo. Ela faz eu me sentir segura, protegida e amada.
Ficamos navegando, ou sei la qual o nome disso, por volta de uns 20 a 30 minutos. Como no dia anterior, o mar estava lindo, azul praticamente. Eu realmente estou encantada por esse lugar. Cerca de meia hora depois, a lancha começou a desacelerar, na frente havia uma ilha se aproximando, com uma praia de areia branquinha.
Logo que a lancha parou, a Caroline tirou a bermuda, ficando só de biquine. Ela me convidou, eu medrosa nao aceitei, entao ela mergulhou. Que imagem linda, Caroline com o corpo gostoso que tem, pulando no mar lindo que estávamos. A moça manobrou a lancha e me deixou o mais perto possível da praia, onde desci apenas molhando as pernas. Minha namorada piadista dava risada do meu medo de mar, enquanto eu ia andando ate a praia, mas morrendo de medo sempre.
- Nao acredito que você, tao bruta como gosta de ser, morre de medo de mar hahahhaha. Na proxima viagem vamos pra um lugar de neve, pra voce ficar com medo do pé grande - falava isso garganhando, enquanto eu fazia caretas.
- Você tem medo de avião e eu nao dou risada de voce!
- Avião pode cair. O mar vai fazer o que com voce? Nada!
- voce me trouxe aqui só pra ficar fazendo piada do meu medo de mar mocinha?
- claro que nao bebe. Longe me mim rir dos seus medos.
- Bobona - puxei ela para um beijo, salgado - Esse lugar é o que? Uma ilha deserta? Vai me sequestrar ou me abandonar aqui?
- Te sequestrar é ate uma opção, te abandonar aqui jamais. Voce eu quero é pra vida toda junto comigo. Isso sim.
Puxou minha mao e entramos na ilha, na verdade estavamos na praia, mas sentadas um pouco maid afastadas do mar. A areia era macia, branca. Uma delícia para sentar ou deitar e ficar descansando.
- Senta um pouquinho aqui comigo meu amor. Preciso conversar uma coisa seria com voce.
- Aff Caroline, tenho ate medo quando voce diz que precisa falar serio comigo. Nao acredito que voce me trouxe ate uma ilha deserta para me dispensar e terminar comigo. - falei isso fazendo uma cara de incredula, mas acho que nao deve ser isso.
- Para amor. Que pensamento bobo. Acha que eu gastaria esse dinheirão todo pra te dispensar? Pra te dispensar, eu faria isso em São Paulo.
- Entao gastou um dinheirão todo pra que? Pra me pedir em casamento? Duvido!
- Claro que foi. Você aceita? - falou dando risada. Serio, a Caroline poderia ir pro stand up e largar a Medicina.
- Claro que nao, nao tem nem anel. Nao acredito nessas suas piadas.
Ela puxou a bolsinha dela, que estava jogada na areia e tirou de la uma caixinha vermelha, de papel. Automaticamente meus olhos encheram de lagrima. Eu realmente achei que a Carol estava brincando.
- Jura que é verdade? Voce esta me pedindo em casamento?
- Vem ca delicia, chega mais pertinho. - segurou as minhas maos e olhando nos meus olhos, sem nem piscar praticamente - Christiane, eu me apaixonei por voce no seu trote. Voce nem me dava bola. Quando pude ficar com voce, nunca mais te larguei. Quero uma vida toda ao seu lado, nao só para muito sex* e diversão, mas pra poder te encher de carinho depois de um dia de trabalho, poder te acolher em uma crise e poder ser feliz ao seu lado. Seus olhos me conquistaram, seus labios me encantam. Seu beijo me enlouquece. Crisiane, voce aceita passar todos os dias da sua vida me aguentando? Topa casar comigo bebe?
Eu estava tao encantada e assustada ao mesmo tempo que nao saia a resposta.
- Amor, pelo amor de Deus, responde. To entrando em pânico. Fala logo se aceita ou nao.
- Claro que aceito meu amor. Essa sera a maior alegria da minha vida. Claro claro que eu aceito. Eu te amo muuuito. Aceito aceito - falei tudo isso enchendo minha namorada, ops, noiva de beijos, um monte de beijinhos nela.
- ufaaaa, voce travou de um jeito que eu achei que nao ia aceitar. Caraca… Que medo!
Ela abriu novamente a caixinha das alianças. Tirou uma aliança dourada, puxou minha mao direita, colocando a aliança no meu dedo anelar. Me entregou a caixinha, tirei o anel dourado e coloquei na mao delicada da minha namorada delicia.
Selamos esse compromisso com beijos deliciosos, mergulhos naquele mar lindo e muito carinho.
Amei a forma como a Caroline me pediu em casamento, foi maravilhosa a viagem, a forma como planejou tudo e me fez surpresa. Tenho a namorada mais encantadora do mundo, que faz de tudo para me deixar feliz e apaixonada. Uma vida ao lado dela sera pouco. Pela Caroline, estou apaixonada.
Como me sinto bem lembrando dessas coisas gostosas que vivi com a Carol, em que momento nosso casamento acabou? Meus olhos estao cheios de agua. Nao acredito que deixei a Caroline sair de casa.
Automaticamente peguei meu celular. Vou ligar para ela. Nao vou deixar minha esposa ir pra Portugal. Nao mesmo. O número dela obviamente já estava nos favoritos. Nao demorei e liguei. Liguei 1, 2, 3, 4, 5, 10 vezes, mas nao tive nenhuma resposta.
Opçao 1) nao atendeu por que esta de plantao de deixou o celular no armario?
Opçao 2) nao atendeu porque nao quer ouvir minha voz?
Nao sei bem qual é a opçao ou a resposta disso. Vou mandar uma mensagem pra ela, essa ela vai ver.
Carol, amor… Precisamos conversar. Quando voce puder, me liga ou me avisa pra eu te ligar. Nao quero nos duas brigando desse jeito, muito menos voce viajando assim, de cabeça quente. Por favor baby, me liga quando voce puder ok?! Lembre-se sempre que eu te amo e nao quero te perder.
Agora é esperar ela ver e me responder. Se ela nao responder amanha cedo eu ligo mais um montao de vezes, uma hora a Caroline vai ter que me atender e conversar comigo. Não posso deixar as coisas acontecerem desse jeito.
Fiquei com o celular na mao todo o tempo, nao quero perder quando ela me responder. De tanto esperar acabei pegando no sono. Nao sei quanto tempo depois, meu celular vibrou. Deve ser uma mensagem da Caroline, tem que ser uma mensagem dela.
Linda, obrigada por você ter vindo me visitar hoje. Adorei, de verdade. Essa foi a melhor parte do meu dia. Posso te esperar amanhã? Beijos, Malu.
Nao era uma mensagem da Caroline, mas meu sorriso surgiu no rosto como se fosse. A Malu gostou da minha visita.
Fim do capítulo
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