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Linha Dubia por Nathy_milk

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Palavras: 3246
Acessos: 4361   |  Postado em: 02/01/2018

Capítulo 8

Acordei e ja era tarde. Olhei para o lado e a Caroline estava apagada, praticamente na mesma posição em que tinha dormido. Levantei o mais em silêncio que podia. Tomei cafe da manha e depois subi para o escritório, minha tese precisa que alguém termina ela.

       Fiquei por la um tempo, quando vi uma carinha na porta. Era a Carol, tinha acordado. Estava com uma cara de ressaca. Mas nao falei nada.

       - Bom dia delicia. Conseguiu dormir? Ja esta mexendo na tese? - falou isso me abraçando por trás e me dando um beijo no pescoço.

       - Dormi sim Carol. Alguem precisa mexer na tese. - ela parecia bem mais descansada que ontem. Fico feliz que tenha descansado.

       - vou comer alguma coisa e ir correr um pouco. Quando eu voltar, quer ir almoçar la na cantina do sr. Giovanni?

       - Nao sei Carol, vamos ver o que eu consigo adiantar da tese.

       - Claro. Obvio. - e saiu do escritorio. Continuei mexendo na minha tese mais um tempo. Ela nem se despediu, apenas ouvi o barulho da porta e depois do portao. Nao estou na vibe de ir almoçar la na cantina. A Carol operou e acompanhou a esposa do sr. Giovanni ha um tempo atras, desde entao sempre vamos na cantina dele. Fica perto do Anhangabaú, até é um ambiente bem gostoso, mas nao estou na vibe de ir, estou cansada do trabalho.

        Acho que vou aproveitar esse tempo que a Carol saiu e vou ligar la no hospital. Ontem eu perguntei pra uma colega minha do centro cirúrgico sobre a cirurgia da Malu. Ela me disse que durou umas 4 horas, depois mais 2 pra ela acordar da cirurgia. A Malu foi encaminhada depois pra uti, como perdeu muito sangue, precisava ser monitorada bem de perto.

       Mas quero ligar agora ver se ela esta melhor. Amanhã que estarei de plantão vou la visitar ela. Ela nem deve lembrar de mim da hora que chegou, mas vou la conversar um pouquinho.

       Na uti também tem uma colega de turma minha, minha turma definitivamente dominou o hospital.

       - Uti, enfermeira Gabriela.

       - gabs, é a chris do ps. Tudo bem?

       - opa, oi chris. Tudo certo. Quanto tempo.

       - verdade, nessa correria toda acabei nunca mais indo visitar vc na uti. - jogamos conversa fora um certo tempinho, perguntei dos filhos dela e tals - Gabs, sabe a Malu Lopes? Deu entrada ontem com fratura de femur..

       - Sei claro. Esta aqui ainda. Mas esta bem melhor ja. Ta sonolenta, mas bem responsiva. Amanha deve ir pra ortopedia provavelmente. Voce que recebeu ela no PS?

       - Foi sim, peguei ela logo que saiu da ambulância, tava quase chocada. Como ela quebrou isso? Nao é facil fraturar o fêmur.

       - Nao mesmo, eu ouvi o medico dizendo que o treinador forçou de mais a barra, colocou ela pra carregar alguma coisa. Ai a menina nao deu conta, caiu e fraturou. Enfim, so ela pode falar o que aconteceu mesmo.

      - Verdade. Obrigada por voce me atualizar. Ela indo para a ortopedia eu vou fazer uma visita. Vou deixar voce trabalhar tranquila ai. Abraços.

   

         So de saber que ela esta se recuperando bem, já me da um alivio. Gosto muito dela, sei la, coisa boba de fã. Acompanho a carreira dela ha um tempao. Nao tem como não torcer pra ela melhorar.

É so eu pensar na Malu que me desconcentro. Nada que um belo cafe nao resolva.


          Desci para preparar mais uma xicara de cafe pra mim. Por mim ja deixava a máquina no escritório mesmo, mas a Carol nao deixa. Ela é muito organizada, diz que café no local de trabalho não pode, so podemos beber no escritório.

         Essa salinha que montamos para a gente é a coisa mais linda. Tem escrivaninha rodeando 3 paredes do espaço. Na outra temos um armário com todos nossos livros e apostilas. Esse é um lado apaixonante da Caroline, esses livros dela são lindos. Do lado oposto dos livros, na parede tem uma foto gigante nossa, ela que mandou fazer, é uma foto do nosso casamento. A sala era toda séria em tons marrons e beges. Ela não decorou nenhum cômodo da casa, apenas o escritório, que segundo ela, seria nosso espaço profissional dentro da nossa zona de conforto. Nao abriu mao de jeito nenhum desse escritório

 

      - Hummm… Café fresquinho amor. Senti o cheiro la de baixo. - acabei me assustando e ela riu. Carol havia voltado da corrida, pingando de suor, vestindo a bermuda de treino e o top. Ela tinha essa mania deliciosa de chegar em casa e ficar só com o top do treino. Apesar de toda a briga que tivemos ontem, ela parece normal, agindo como sempre age. Achei que fosse me cobrar uma resposta rápida quanto ao continuar ou nao o casamento. Mas nao, esta normal.

       - conseguiu correr bastante?

       - o parque estava cheio, mas deu sim pra correr. Eu estava precisando disso, pra extravasar um pouco sobre ontem. Que plantao absurdo.  Vou ir tomar um banho pra ir la no sr. Giovanni. Voce decidiu se vai?

      - Ai amor, nao vou nao. Vou ficar na tese hoje.

      - Claro Cristiane. Você sabe o que é melhor pra voce. Licença. - quando eu falei que nao ia, o sorriso dela de pos corrida murchou e apagou. Ela saiu e foi se arrumar. Ah, nao gosto da comida de la e nao estou muito na vibe de ir hoje. Nao vou me forçar a ir.


       Desci pra cozinha pra preparar mais um cafe pra mim. Vi a Carol descendo as escadas sair. Ela havia colocado um vestido azul ate o joelho e uma rasteirinha. Aqueles cabelos castanhos meio secos, meio molhados caiam sobre seus ombros.

       - voce vai mesmo.no giovanni?

       - porque deixaria de ir? To com vontade de tomar um belo vinho com aquela massa delicia que ele faz.

        - achei que nao fosse mais. Sei la, nao ia topar ir sozinha.

         - Eu chamei a Clara pra ir comigo. Ela mora la perto.

         - A Clara? Bem tipico chamar a secretaria para almoçar quando a esposa nao vai.

        - Eu aceito quase todo tipo de frescura e patada que voce me da. Mas não vou aceitar você espetar a Clara. Você sabe a menina simples que ela é. Nao vou admitir seus surtos de ciúmes com ela. Te convidei pra ir almoçar comigo, aproveitar o dia, para tentarmos esquecer a porr* da briga de ontem. Mas você faz questão de ouvir as coisas e não absorver nada. Vou sim com a Clara. Ela estava sozinha na casa dela, estudando as coisas da faculdade e me deu um puta trabalho convencer ela a ir no final de semana almoçar com a chefe. Nao vou aceitar esse tipo de grosseria sua. Nao mesmo. E pensa logo sobre o que você quer. Sinto que só te atrapalho. Pensa bem se você ainda quer estar casada comigo. - pegou a bolsa que estava no sofá e saiu. Nao olhou pra trás.


       Quer saber eu vou aparecer lá nessa cantina, nao creio que seja apenas amizade o que ela tem com a Clara. Justificaria bem as cirurgias até a madrugada. Sei que é loucura o que eu estou fazendo, mas pulga na orelha nao aparece por pouca coisa. Quando uma mulher sente algo, quase sempre é verdade.


      Cheguei na cantina do sr. Giovanni já era quase 15 horas. O lugar estava cheio. Como sempre, aparentava ser aconchegante, tocava uma música italiana ao fundo, que integrava bem com o barulho da cascata de agua caindo no salão e do chafariz próximo as janelas, mas pelo lado de fora.

       Logo que cheguei ja bati o olho na mesa ao fundo. Estava a Caroline, sentada de um lado e a Clara do outro, minha esposa estava bebendo vinho de novo. Carol sorria, tinha um brilho no olhar, parecia estar se divertindo, relaxada. A Clara estava de costas pra mim, eu nao conseguia ver, apenas reparei que estava de jeans e um all star, uma blusinha simples, mas muito bonita.

  • Boa tarde srta, mesa para quantos?

     -     Eu vou me sentar com a minha esposa, e apontei para a mesa que a Carol estava ao fundo do salão.

     - Pois nao, me acompanhe. - o garoto então me levou ate a mesa da Carol. Minha esposa sorriu quando me viu, nao posso dizer que foi um sorriso radiante, parecido com aqueles que ela soltava na faculdade. Mas tudo bem.

    - Dona Cristiane. Eu nao sabia que a sra vinha também. Me desculpe. Se quiser eu vou embora, deixo as sras a vontade.

    - Clara, pode se sentar e ficar a vontade. A Cris veio de surpresa. Vai almoçar com a gente?

    - Sim, vocês já pediram? - disse isso me sentando ao lado da minha esposa,  confesso que a calma toda da Caroline me incomoda. Tentei colocar minha mao na coxa dela, como carinho, mas minha mão foi empurrada.

    - vou chamar o garçom e você pede seu prato ok?! Esta dirigindo? Caso nao, prova esse vinho aqui, é delicioso. A Clara estava contando sobre a primeira visita dela no centro cirurgico, ela ficou encantada.

       O almoço seguiu assim, a Clara falando sobre a faculdade, mas notavelmente sem graça com a minha presença. A caroline tentando manter o clima amigável do almoço, sempre fazendo piadas e dando risada. Ela bebia aos poucos esperando a comida chegar. De certo modo eu invejo a Clara e a maneira como ela tem a carol, sem filtros, parecida com a que conheci na faculdade e que a muito nao vejo em casa.

      A história da Clara não é surpreendente, é simples. Ela deve ter hoje uns 21, 22 anos. Veio do interior tentar a vida em São Paulo quando estava com uns 18. Chegou só com o ensino fundamental, sem caminho pra la nem pra cá. Ela foi acolhida pela dona Rosa, uma senhora que nos ajuda na organização da casa e que é conhecida da família da Clara. A dona Rosa, conversou com a Caroline, perguntando se havia chance de arrumar um emprego para a menina. Minha esposa, gente boa que é, ao ouvir a história dela, nao pensou duas vezes falou que ajudaria como pudesse e assim fez.

     Logo no dia seguinte conversou com a Clara, e eu estava junto. A Carol faz questão de antes de contratar alguém pro consultório, conversar comigo, para que não tenha chance de eu ter ciúmes da garota. A Clara apareceu para conversar, estava bem ansiosa, precisava do emprego e da oportunidade. Com uma educação absurda, encantou a Carol em pouquissimo tempo.

     Para ser contratada e trabalhar como recepcionista no consultório, a Carol colocou uma condição, a Clara deveria terminar o ensino médio e em nenhum momento parar de estudar. Minha esposa se responsabilizou por tudo, encontrar escola para ela, ajudar com um kitnet próximo a clinica. A Carol ofereceu o que estava ao seu alcance para ajudar a menina. Hoje ela esta cursando enfermagem, diz a lenda que para depois poder ajudar a Carol na instrumentação cirurgica, mas enfim, essa é a breve história dela.

       Ela sempre foi muito respeitosa comigo e com a Carol, criaram uma amizade forte, apesar de manter o completo respeito. A carol demorou um tempo pra convencer a garota a parar de chama-la de dra e sra em todo e qualquer lugar.

       O almoço rolou nesse clima, as duas conversavam, eu fiquei quase que de fora da conversa, dava um sorriso aqui, uma risada ali.

       Em um dado momento o sr. Giovanni apareceu na mesa para conversar com a minha esposa. A Carol é muito carinhosa com os pacientes e familiares, perguntou da dona Nair, esposa do sr. Giovanni, dos netos.

        Quando era por volta das 17h, as tres satisfeitas, Caroline pediu a conta e educadamente pagou a refeição da mesa.

        - vou pedir um uber pra gente, so espera um pouquinho Clara.

        - Carol, eu estou de carro. Levo vc e dou uma carona pra Clara - senti que a carol olhou pra menina, não queria que ela se sentisse desconfortável em pegar carona. Mas ela acenou que sim.  Pedi meu carro para o manobrista.  Logo que ele chegou entramos, a Clara foi no banco de tras e a Carol no passageiro.

        Da cantina ate a casa da menina foi rápido, nao deu nem 10 minutos, gastei mais tempo fazendo o retorno na rua da Consolação do que efetivamente chegando na casa dela.

         Chegando la, ela educadamente ofereceu para a gente entrar e tomar um cafe, mas nao aceitamos. Seguimos o caminho pra casa, em um silencio quase que fúnebre, tirando os poucos momentos que eu tentei puxar assunto e a Carol respondeu apenas sim ou nao. No meio do caminho a Caroline pediu para que eu desviasse o trajeto e deixasse ela na loja do Starbucks.

      - Chris, por favor, vira ali na proxima a esquerda. Logo em seguida vai ter um starbucks, voce pode me deixar la.

       - vai parar pra tomar café?! Nao tem em casa?

       - o que eu quero tomar nao tem em casa. Quero ficar me distrair mais um tempinho.

       - tudo bem, vou estacionar e desço com voce, pode ser?

       - Na verdade nao precisa parar nao. Vamos pra casa. Lembrei de algo que preciso resolver.

        - nao quer mais o cafe?

        - café tem em casa, voce mesmo disse isso. - mais uma patada e o silêncio voltou a retornar no carro.

         Chegamos em casa uns 15 minutos depois. Nao conversamos mais nada. O silencio era assustador. Por mais que eu nao queira aceitar acho que sei o que vai acontecer. Enquanto eu nao tomei minha decisao sobre resgatar o casamento ou largar, a Caroline deve ter tomado a dela. Pelo menos é isso que o meu coração apertado diz. Logo que chegamos em casa, eu fui pra cozinha, preparar um café,  a Carol subiu pro 2 andar, onde ficava os quartos e o escritorio.

       Respirei fundo e tentei me manter calma. Mas na verdade nao estava dando, meu coraçao estava apertado e eu sei que tenho culpa em tudo isso. Quando os cafés ficaram prontos, subi as escadas com as duas xícaras na maos, tomando cuidado pra nao cair. A porta do nosso quarto estava fechada, fui entao direto para o escritorio, apoiei as duas xícaras na escrivaninha.

       Apesar de ser meu quarto, eu bati na porta, eu sabia bem o que estaria atras dela. Dei duas batidinhas na porta e ouvi la de dentro um entra.

       A cena que eu vi fez de certo modo minhas pernas tremerem. Em cima da cama estava uma mala de viagem da Carol, vermelha, com algumas peças dentro e algumas espalhadas na cama. O rosto dela estava vermelho e inchado, contudo o queixo flexionado mostrava o quanto com raiva ela estava.

      - Cris, senta aqui, precisamos conversar algumas coisas. - minha perna nao se mexeu. Confesso que apesar de toda a merd* que estamos vivendo, nao pensei que isso fosse realmente acontecer, nunca imaginei a Carol saindo de casa.  Ela veio ate mim, puxou minha mao. Me sentei na beirada da cama e ela se ajoelhou para ficar na mesma altura que eu estava.

      - Cris, eu preciso de um tempo da gente. Hoje foi o limite pra mim. E em nome do respeito e companheirismo que sempre tivemos, eu estou saindo. Nunca pensei em pedir esse tempo ou espaço pra voce, mas acho que nos duas precisamos pensar se esse casamento é mesmo o que queremos. Eu me sinto sufocada, atrapalhando voce. Resolvi aceitar aquela proposta de estagio em Portugal, sera o tempo de eu me organizar e ir. Acho que isso nos dara pelo menos uns 2 meses longe para pensar. Para sentirmos falta uma da outra.

      Eu não conseguia falar nada. Ao mesmo tempo que meus olhos cheios de água transbordavam, meu coração se abria e respirava.

     - Nao quero que nenhuma das duas encare isso como um término ou um fim, pelo contrário, devemos encarar isso como um tempo para pensarmos. Um tempo para crescer. Tudo bem?

     - Nao sei o que falar Caroline, o que voce quer que eu fale? Voce sabe o que é bom pra voce. Voce sempre quis ir pra Portugal, fazer esse estagio. Segue em frente. Talvez seja bom esse tempo pra nos. De verdade. Pra voce saber o que é mais importante, eu ou seus pacientes.

    - Cris, nao vou discutir sobre isso de novo com você. Precisamos desse espaço para pensar exatamente sobre essas pequenas coisas que estao afundando nosso casamento. É melhor esse espaço e começar do zero que tentarmos forçar algo.

    - Quando você vai?

    - Será apenas o tempo de me organizar, encaminhar meus pacientes e comprar a passagem. Depois disso eu vou, provavelmente fico um mês la. Esse será um tempo para pensarmos. Esse nao é um tempo pra voce ou eu sairmos pegando geral e curtindo a vida, nao esqueça somos casadas. Apenas estamos dando um tempo pra pensar.

    - Fácil isso pra você. Estará na Europa, longe de tudo, onde eu nao posso ver nada. Estará sozinha para curtir a vida. Sai de casa, me deixa na reserva e ainda fala que nao posso curtir a vida. Muito fácil pra você.

   - Faça o que seu coração e sua consciência acharem adequados. Daqui 2 meses, voltamos a conversar. Você sabe melhor que ninguém o que mais deseja. Pensa com calma sobre a gente.

   - Quer saber… Faz ai sua mala. Eu vou dar uma volta, quando eu voltar nao quero mais ver suas coisas ou sua mala. Se você acha que fugir é o melhor jeito, faça isso. Mas não espere que eu esteja aqui linda e bela quando você voltar da sua viagem da Europa.

    -Cristiane, pelo amor, cresce. Escuta uma vez o que eu estou falando. Não foi você outro dia que falou que estava cheia do casamento e que precisava de um espaço seu. Pois então, estou te dando esse espaço. - segurou minha mão, eu estava na porta, pronta para sair- Baby, eu te amo, e amo como nunca amei nenhuma mulher. Mas em todos esses anos, jurei que eu sempre viria antes de qualquer relacionamento. Se fosse em outros tempos eu simplesmente estaria sumindo, terminando tudo. Mas cris, estamos juntas há muito tempo, um tempo que vale lutar por estarmos juntas. Pensa bem na gente e se quer mesmo ficar junta, e eu vou fazer isso também. Dois meses para sentirmos falta uma da outra.

     - Carol, eu respeito sua postura. Ok. Mas nao acho que esse seja a melhor saída. Mas você sabe o que faz. Vai pra onde?

     - essa noite vou dormir no consultório, depois vejo o que eu faço. - ela quis me dar um beijo, mas eu virei o rosto. Estou brava e sinto ela fugindo. Mas ok. Talvez seja valido esses 2 meses livre. - Cris, eu vou indo. Espero que dê certo isso pra gente. Por favor não me odeie por isso, não estou fugindo, apenas dando e tendo um tempo para pensar. Nao esquece, eu te amo.

 

     Eu continuei sentada na cama, atônica. Com raiva, alívio, frustração, culpa, todos os sentimentos juntos. Eu apenas senti as lagrimas caindo do meu rosto enquanto a porta da sala se fechava e ao fundo eu ouvia o barulho do portão se abrindo e do carro da caroline saindo e se distanciando.  


Fim do capítulo


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Comentários para 8 - Capítulo 8:
rhina
rhina

Em: 16/02/2020

 

Incrível a Cris consegue deixar tudo sob uma ótica como se ela estivesse certa.....e a Carol fazendo merdas.......ela não tem consciência de sim mesma nem do que está fazendo.

É estranho......

E acho que ela, Cris vai cair de boca na Malu pela qual ela é apaixonada mas não admiti.

Rhina

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Penelope
Penelope

Em: 02/01/2018

A cris não merece a carol.

Certamente ela vai correr atras da malu e ainda vai dizer que a culpa é da carol que largou ela.

Espero que essa malu pise e faça a cris sofrer para caramba, aí quando ela se der conta que a carol quem presta, a carol já esteja em outra e super feliz! 

 

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