Capítulo 4
Meu relógio biológico devia estar de sacanagem comigo, todos os dias era um martírio para acordar e justo no que posso dormir até mais tarde eu desperto antes das 5:00h da manhã, meu domingo já começou bem... afundei a cabeça no travesseiro grunhindo de raiva, não tinha muito o que fazer além de esperar que o sono voltasse.
Minhas noites andavam ruins, fazia alguns dias que meus sonhos estavam cada vez mais estranhos, normalmente eu tinha um sono sem sonhos ou então mal conseguia me lembrar deles, mas de uns dias pra cá vinha tendo muitos pesadelos, por isso andava com um péssimo humor, sem contar que os dias andavam puxados nos treinamentos e meu corpo não descansa o suficiente, pensei que essa noite colocaria meu sono em dia, mas pelo visto meu plano falhara, passei meu dia dentro do quarto estava em um daqueles dias onde não queria olhar pra cara de ninguém, tinha acabado de pegar uma de minhas apostilas quando escutei batidas na porta.
-Isa acorda. - as batidas ficaram mais altas. -Isa eu sei que você está acordada, vou ficar te irritando até abrir. –minha intenção era realmente ignorá-la, mas tive que ceder quando Renata praticamente começou a esmurrar minha porta.
–O que você quer Rê?
–Se troca garota, nos vamos sair.
–Sair? Eu não quero, obrigada pelo convite mais estou passando – me joguei na cama a ignorando e voltei a pegar minha apostila.
–Anda logo Isa as meninas estão esperando agente. –ela abriu minha cômoda e começou a separar uma roupa, pelo visto minha recusa entrou por um ouvido e saiu pelo outro.
–Eu não vou.
–Você prefere essa blusa azul ou a preta? –ignorada novamente, essa garota deveria me ouvir, a tal da intimidade é assim você deixa a pessoa te chamar pelo apelido e ela já acha que pode escolher sua roupa. –esquece você vai com a preta, combina mais com você e com o bar.
–Não esta meio cedo para bar Renata?
–Isabel já passou das 16:00h, pelo amor de deus melhora essa cara, um dos poucos dias que coincide de nenhuma de nós ter alguma tarefa nesse bendito quartel e você quer passar a folga assim .
–Se eu não for você vai me deixar em paz?
-Eu vou.... já a Cris...
Estendi a mão em rendição pegando as roupas que ela me passou, bufei indignada demonstrando toda minha insatisfação antes de entrar no banheiro, tomei um banho rápido e me troquei, mal havia passado pela porta e Renata já me puxava para o corredor, nós praticamente corremos até a saída do quartel, Cris já nos esperava apoiada no seu Gol 1.0, junto dela estava Ângela e Paula também do nosso pelotão, disse um oi meio chocho e me atirei no banco de trás, Renata sentou do meu lado e Ângela se juntou a nós.
Cerca de vinte minutos depois paramos na frente de um barzinho meio rústico, pude ouvir o barulho de musica sertaneja antes mesmo de descer do carro.
–Que tipo de bar é esse? –Paula perguntou, franzindo o cenho quando um daqueles arrochas que estavam na moda começou a tocar. –me diz que você não arrastou a gente pra uma daquelas festinhas de faculdade Cris.
-Que nada, é um bar livre, mas soube por ai que o publico maior é GLS. –Cris respondeu tomando a dianteira do grupo e já indo para entrada. –Andem logo, vai ter a fruta que todo mundo gosta.
Seguimos atrás dela ainda meio receosas pela escolha, assim que entramos uma garçonete bonitinha nos levou até a mesa, sorrindo super simpática.
–Então o que vai ser? –ela perguntou assim que olhamos o cardápio.
–Suco de laranja –respondi.
–Dois. –Renata resolveu me acompanhar.
–E pra você? –ela se dirigiu a Cris, até a pessoa mais devagar teria percebido tom diferente que ela usou, meio sexy até, estava explicado a escolha pelo bar.
–Talvez uma vodka o que acha? Ou talvez você possa me oferecer outra coisa...
–Talvez sim, mais isso com certeza não estaria no cardápio. –e dando uma piscadela se virou para anotar os pedidos de Paula e Ângela, sorriu para Cris uma ultima vez e foi buscar nossos pedidos.
–Poxa Cris, maior sacanagem arrastar a gente pra paquerar a garçonete, vacilona. –com aquele comentário Paula só fez Cristina rir e dar de ombros como se disse que não tinha nada demais.
A garçonete voltou com os pedidos e fez um discreto aceno para Cris antes de sair em direção ao banheiro.
–Com licença garotas mais o dever me chama. –ela levantou em um pulo e foi atrás da moça.
O fim de tarde passou rápido, até esqueci que estava chata enquanto riamos muito das situações, por duas vezes Renata deixou a mesa e sempre que voltava era toda sorriso.
–Desculpe incomodar senhorita. –eu me virei e outra garçonete me olhava meio constrangida.
–Eu?
–É que a moça da mesa 16 me pediu para entregar isso para senhora. –ela depositou um coquetel na minha frente e se foi.
-Gente ainda existe isso de mandar bebida? –disse Ângela virando o pescoço cara caçar minha remetente. –Mulher bonita, se deu bem Isa.
Eu olhei por entre as mesas e a localizei, era muito branca, tinha cabelos escuros e muito lisos, olhos puxados como o de japonês de um verde meio azulado intenso, devia ter uns vinte anos, mas nunca se sabe, os orientais sempre parecem mais novos do que são então fiquei na duvida, era meio gordinha mais não deixava de ter um corpo bonito, sorri pra ela.
-Bom garotas, acho que o dever me chamou dessa vez. -elas riram muito enquanto eu levantava da mesa com a taça na mão, fui até a mesa da japonesa. –Foi você quem me mandou isso – gesticulei com a taça e ela sorriu.
–Prazer, Suy. –a moça se levantou me dando um beijo no rosto.
– Isabel.
–Senta por favor, quer comer alguma coisa?
–Não obrigado, e eu também não posso beber nada alcoólico, mas adoraria se trocasse isso por um suco.
Suy era uma mulher realmente envolvente, conversamos sobre vários assuntos supérfluos e sem sentindo, descobri que seu pai era japonês e a mãe alemã, eles se conheceram no Brasil e casaram ela tinha 25 anos e tinha começado a pouco tempo uma pós-graduação em direito, falei sobre mim, o quartel e a vida no regime militar, Suy ficou bem impressionada quando falei sobre meu sonho de ser piloto, percebi que já estávamos nessa por algumas horas, olhei para o relógio fazendo um calculo rápido, eram 20h meu toque de recolher era as 22h isso me dava 1:30h com ela descontando o tempo de viagem até o quartel.
–Você quer ir? –ela perguntou vendo que eu ainda olhava para o relógio.
– Bem eu só tenho mais 1:30h pra ficar com você, depois tenho que voltar para o quartel...
–Melhor nos apresarmos então.
Ela pagou a conta enquanto eu ia avisar que iria embora com ela, nós caminhamos até seu carro de mãos dadas, Suy me puxou para um beijo antes de partimos dali, continuamos nossa conversa até chegarmos a um motel, pegamos uma suíte qualquer, nem me importei com isso, minha atenção era toda da japa que acariciava minha cocha enquanto estacionava o carro, assim que passei pela porta a japonesa me atacou, seu beijo era violento, ardente, bem diferente do trocado na saída do bar, não chegamos nem a cama, eu a despia enquanto meus lábios beijavam cada pedacinho do seu corpo, derrubei-a no chão com facilidade, evitei beijar as áreas entre suas cochas fazendo nosso desejo aumentar cada vez mais. Ela se esfregava em mim e gemia meu nome entre os beijos, desci mais uma vez pela sua barriga, Suy me empurrou para baixo dizendo algo como “-Pare de me torturar” ali eu fiz tudo que queria desde a primeira vez que bati meus olhos naquela mulher, senti ela goz*r varias vezes em minha boca, em meus dedos, quando por fim se deu por satisfeita foi a vez dela de me torturar...
Suy me deixou enfrente ao quartel alguns minutos antes do toque de recolher, fui direto para meu quarto e praticamente desfaleci na cama, adormeci com um sorriso no rosto me lembrando dos beijos da japonesa...
Fim do capítulo
Meninas um FELIZ NATAL pra vcs...
um aviso, infelizmente o carregador do meu notebook resolveu morrer e não sei quando vou comprar outro, mas... como a historia só precisa ser betada sempre que eu arrumar algum meio vou estar postando...
me digam se estão gostando, espero voltar logo, bjs pra vcs
Ams
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