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  • A cuidadora do apartamento 104
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A cuidadora do apartamento 104 por Sorriso

Ver comentários: 5

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Palavras: 2477
Acessos: 4735   |  Postado em: 20/12/2017

Capítulo 3

Enquanto eu preparava sua sopinha de ervilhas fiquei pensando como seria a vida da Tereza antes da doença, Lucia me relatou sobre os amigos que a cercavam o marido bem sucedido e a prosperidade financeira eu poderia não saber quase nada sobre sua doença por própria ignorância mesmo, mas eu daria o melhor de mim pra fazê-la voltar a ser um pouquinho da Tereza que a irmã conhecia.

 

 

Peguei um recipiente fundo despejando a sopa que estava com um aspecto bonito e bem apetitoso nada muito ralo, peguei uma garrafinha de água na geladeira coloquei tudo em cima da bandeja e caminhei em direção ao seu quarto, a porta estava encostada facilitando um pouco o meu trabalho entrei devagar, pois ela dormia coloquei a bandeja na mesinha ao lado e a acordei com cuidado seus olhos foram se abrindo lentamente e me fitando com o seu olhar vazio e confuso.

 

 

-Hora do jantar

 

 

Ela se sentou na cama enquanto eu posicionava a bandeja em cima da suas coxas pra poder ter um fácil acesso a comida, me sentei na cadeira ao lado a observando discretamente.

 

 

Ela olhou pra sopa e depois pra algum canto no quarto sua expressão era sempre a mesma seria fria e distante, fiquei um bom tempo calada esperando por algo que não viria então resolvi tagarelar um pouco.

 

 

 

-Esse seu quarto e muito bonito gostei da cor das paredes.

 

 

Tereza não me olhava seu atenção era apenas pra um canto especifico do quarto uma parede sem nada, a cor era cinza escuro bem escuro umas duas passadas de tintas isso deixava o quarto mais escuro e sombrio, entretanto eu não estava mentindo eu gosto dessa cor apesar que havia poucas coisas apenas um guarda roupa marrom bem antigo uma televisão de 30 polegadas na parede duas mesinhas de cabeceira sua cama de casal uma iluminação fraca sem tapete e eu ali sentada falando sem parar.

 

 

 

-Acredito que esse quarto precise de...

 

 

 

-Luz

 

 

Sua voz sou fraca e baixa quase inalditivel, por sorte o silêncio do apartamento era tão grande que a única coisa que poderia competir com a minha voz era o som do Tic tac.

 

 

 

-Resposta errada ela me fitou e novamente pro seu canto preferido.

 

 

-Eu ia dizer que esse quarto precisa de quadros.

 

 

 

Parece que desta vez consegui sua atenção ela me olhou tão seria que tive medo que ela gritasse comigo, o cheiro da minha sopa estava envolvendo o ambiente.

 

 

-Olha eu não vou sair daqui enquanto você não jantar.

 

 

Nada fez ela não tinha forças nem pra brigar comigo como fez de manhã tive a leve impressão que as coisas ficariam piores, mas eu não desistiria assim tão fácil.

 

 

 

-Se precisar eu dou comida na sua boca.

 

 

Seu jogo de olhares começou era engraçado isso talvez fosse um sinal de que ela ainda estava aqui comigo, e se isso estivesse dando certo eu tentaria sempre.

 

 

Olhei no relógio iam dar oito e meia o máximo de uma alimentação noturna, dona Maria que me ensinou ela trabalhou muitos anos em hospitais acabou se acostumando com os horários dos alimentos dos pacientes e aderiu pra sua vida, o som dos carros la fora me trouxeram de volta e nada da colher se mover um milímetro se quer.

 

 

 

-Um elefante incomoda muita gente, dois elefantes incomodam muito mais.

 

 

Seus olhos me fitaram novamente, mas algo tinha mudado a sua expressão de seria mudou pra que merd* essa garota estar fazendo.

 

 

-Quatro elefantes incomodam muita gente, cinco elefantes incomodam incomodam incomodam muito mais.

 

 

 

-Olha eu posso ficar cantando isso a noite toda e só vou parar quando você começar a comer tudinho.

 

 

 

-Um elefante incomoda muita gente dois elefantes incomodam muito mais, quatro elefantes incomodam muita gente cinco elefantes incomodam incomodam incomodam muito mais.

 

 

 

-De novo Um elefante incomoda muita gente dois elefantes incomodam muito mais, quatro elefantes incomodam muita gente cinco elefantes incomodam incomodam incomodam muito mais.

 

 

 

Eu sabia que isso estava incomodando demais então continuei pra ver até a onde aquela teimosia iria, cantei a letra umas dez vezes sem me importar se estava cansada ou com a garganta doendo quando ia recomeçar eu vi nitidamente ela pegar a colher e levar lentamente até a boca.

 

 

Eu sorri com o seu feito quase bati palmas de pé, mas eu me contive ela acharia que eu além de catadora tinha fugido de um manicômio a fumaça da sopa não era tão nítida mais conforme ela ia mexendo se esvoaçava.

 

 

Contei varias colheradas que ela levava da sopa aos lábios minha comida era uma delicia aposto que bem la no fundo ela gostou, 15 colheradas quase a metade do recipiente ao deixou a colher em cima da bandeja e limpou os lábios com o guardanapo eu fiquei na espera.

 

 

-Ainda não acabou a água.

 

 

O olhar serio se fez presente e antes de poder voltar pra sua zona de conforto visual eu recomecei.

 

 

-Parece mesmo que você gosta da música do elefantinho, um elefante incomoda muita gente dois elefantes incomodam muito mais quatr..

 

 

 

Foi quando ela pegou a garrafa abriu com dificuldade a tampinha e bebeu me fitando com raiva por causa de tanta cantarolia, eu sorri mais ainda satisfeita pela sua determinação, ao terminar de beber a água toda me levantei caminhando até sua cama tirando a bandeja de sua mão desejei uma boa noite e disse que qualquer coisa eu estaria na sala, sai do quarto deixando a porta meio aberta apagando a luz.

 

 

 

Cheguei na cozinha eufórica fazendo minha dancinha da vitória peguei um pouco da sopa e comi quietinha observando a vida la fora, era estranho não estar nas ruas ouvindo buzina e pessoas mau criadas passando por mim como se eu fosse um nada, deixei minhas frustrações de lado e voltei a fazer o meu trabalho lavei a pouca lousa que tinha deixando tudo limpinho e em ordem.

 

 

Lucia me disse que tinha roupa de cama no armário e sabonete escova de dentes essas coisas no banheiro, ao entrar no quarto de hospedes que era pequeno ficou mais ainda com um monte de caixas empoeiras e empenhadas havia apenas um armário pequeno e alto uma cama de solteiro ventilador de teto e só pra mim era ótimo, mas se acontecesse algo de madrugada eu estaria dormindo pesadamente e não me perdoaria se acontecesse algo com ela, então peguei o necessário e sai em minha mochila eu sempre carrego uma mudinha de roupa ou duas desta vez havia três uma pra dormir outra pro dia seguinte e um casaco, entrei no no banheiro que era um pouquinho maior a prateleira repleta de medicamentos e produtos de enxaguante bucal encontrei na gaveta sabonete e escova de dente, prendi o cabelo num coque sentia a água gelada bater contra meu corpo cansado e repleto de marcas algumas leves outras mais pesadas, por fim terminei aquele banho trocando de roupa indo pra lavanderia lavar as minhas peças  olhei no relógio já eram 22:00 horas fiz uma caminha no sofá e desabei.

 

 

 

 

 

 

Eu poderia estar em meu quarto segura de todos os males das pessoas e das ruas, mas eu não podia fugir dos meus pesadelos constantes aquela sopa quase morna me aqueceu e eu não demorei muito pra pegar novamente no sono.

 

 

 

-Querida você fez a planilha que eu te pedi ?

 

 

 

-Planilha ? perguntei confusa

 

 

 

-É planilha aquela que eu te pedi a quatro dias então ela estar pronta, meu esposo me fitava serio impaciente com a planilha que eu ia ajudá-lo.

 

 

-Ai meu Deus sua planilha, querido eu.. eu

 

 

 

-Já sei você esqueceu novamente, que Inferno Tereza eu pensando que podia contar com você, é agora o que eu vou dizer pro meu chefe.

 

 

 

-Não precisa se alterar pra tudo tem uma solução você diz que se atrasou e que entregara semana que vem, caminhei em direção a mesinha a onde ficava o computador o ligando.

 

 

 

-Eu não vou falar isso pro meu chefe já estou na mira dele a muito tempo.

 

 

 

 

Procurei por vestígios da planilha e realmente eu não tinha nem salvado algum projeto parecido, olhei pro meu marido que afrouxava a gravata ele pegou sua maleta e me disse antes de sair.

 

 

 

-Esquece Tereza

 

 

 

E saiu batendo a porta com força me deixando mais uma vez sozinha e frustrada com meu esquecimento temporário, resolvi anotar num papel tudo o que ele me pedisse daqui em diante pra não esquecer.

 

 

 

 

Conversei com uma das minhas melhores amigas naquele mesmo dia sobre o que estava acontecendo comigo e em troca ouvi palavras como:

 

 

 

-Há vai sair viajar se distrair sabe faz uma segunda lua de mel com ele isso tudo e estresse daqui a pouco passa, e nada nunca passou me vi perdendo meu marido aos poucos me sentia muito cansada e desmotivada tudo era limitado conversas sex* e compromissos.

 

 

 

-Isso tudo e frescura sua eu te chamo pra sair e você quer ficar em casa enfurnada nesse quarto, eu tenho uma esposa ou não.

 

 

-Você não tentar mudar Tereza, se  o nosso casamento terminar a culpa é sua ouviu bem sua!

 

 

 

 

Risos conversas das quais não me interessavam mais gargalhadas barulho de taças se juntando pra um brinde, promoção no trabalho barulhos de champanhe sendo abertos.

 

 

 

-E ai Tereza estar se divertindo ?

 

 

-Você tem uma vida boa parabéns você e demais, te amamos.

 

 

 

 

 

 

 

Na manhã seguinte..

 

 

 

Acordei bem cedinho preparando um cafezinho com torradas e geléia, ouvi a porta sendo aberta era Lucia trazendo uma sacola de Paes fresquinhos.

 

 

 

-Bom dia Sandrinha

 

 

-Bom dia Lucia

 

 

- Me desculpe por fazer você dormir aqui ontem ainda mais no seu primeiro dia, eu tive um imprevisto em casa.

 

 

 

-Há não precisa se desculpar esse e meu trabalho por enquanto.

 

 

 

-Mesmo assim muito obrigada.

 

 

 

-Ela já acordou ?

 

 

 

-Ainda não.

 

 

 

-Há isso e bom assim eu tenho umas coisas pra conversar com você sobre a minha irmã.

 

 

-Claro.

 

 

 

Nos sentamos enquanto Lucia preparava seu pão com manteiga eu saboreava o cafezinho fresquinho ela começou a falar sobre as possíveis necessidades da irmã.

 

 

 

-Tereza toma muitos remédios antidepressivos por isso ela vive com sonu, e bom a depressão dela possuem altos e baixos e se um dia ela chegar a ser agressiva com você eu vou entender de verdade se quiser ir embora.

 

 

-Eu não vou abandoná-la disse convicta.

 

 

Lucia me olhou surpresa com a minha resposta em apenas um dia quem falaria uma coisa dessas, ainda mais convivendo com o gênio difícil da irmã.

 

 

 

-Muitas pessoas a abandonaram e eu não serie mais uma, eu sei que ela não me quer aqui ela mesma me disse isso ontem varias vezes acredito que tudo isso seja questão de tempo, sabe reaprender a viver não é fácil.

 

 

 

-Como sabe de tudo isso, pelo que você me disse não possui conhecimento nessa área indagou tomando um pouco do café.

 

 

 

-Eu sei que pras pessoas la fora um diploma e importante e nele se prova sua inteligência e astucia em situações difíceis, o problema e que muitas pessoas querem resultados rápidos pra não precisarem esquentar a cabeça.

 

 

-Uau quanta sabedoria.

 

 

 

Sorri

 

 

 

-Eu sou vivida dona Lucia quando eu faço marabalismo no sinal eu percebo o quanto as pessoas estão entediadas nervosas e com presa, se não existisse um semáforo eles passariam por mim que nem um foguete começamos a rir.

 

 

 

-Nem tudo e questão de sobrevivência por isso eu gosto de fazer as pessoas rirem.

 

 

 

-Você e incrível.

 

 

 

-Acho que a incrível aqui tem que começar o seu trabalho se não a Dama de preto não vai gostar, recolhi as coisas da mesa enquanto Lucia me olhava atentamente.

 

 

 

-Dama de preto ?

 

 

 

-Sim ela só usa preto.

 

 

 

-Há usa até demais.

 

 

 

Lavei a louça enquanto pegava minha roupa e me trocava na área de serviço em menos de um minuto já estava devidamente vestida e apresentável, Lucia fez questão de levar o café da manhã pra irmã e me deu um dinheiro.

 

 

 

-Olha esse e por ter dormido aqui em casa o restante dou no final do mês, agora este e pra compra as coisas que a Tereza precisa aqui estar a listinha.

 

 

 

-Tudo certo eu vou num pé e volto no outro, mais será que antes disso eu posso dar um bom dia pra ela ?

 

 

 

-Tem certeza disso ela acorda com um mau humor do cão.

 

 

 

-Sim, pra ela saber que ainda continuou aqui.

 

 

 

-Vá em frente então.

 

 

 

Caminhei em direção ao quarto por onde passavam um filete de sol pelas persianas de cor azul escuro, me aproximei com cuidado pra não assustá-la.

 

 

 

-Bom dia Dama de preto, sorri.

 

 

 

Nada disse apenas continuou olhando o vazio que parecia ser um amigo bem legal.

 

 

 

-Sua irmã chegou ela vem trazer o seu café, me deu uma listinha de coisas pra comprar pra você disse tudo bem devagar e com bastante calma pois ainda se encontrava sonolenta, toquei em seu braço isso a fez me olhar com aqueles azuis lindos.

 

 

 

-Eu vou voltar,  desviou o olhar novamente mais não por muito tempo.

 

 

-E com a música do Elefantinho na bagagem.

 

 

-Tenha um bom dia.

 

 

 

Sai do quarto com um sorriso de orelha a orelha passando por Lucia que não entendeu nada.

 

 

 

-A dama de preto e toda sua.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Ola meninas vai sair outro capitulo mais tarde quando eu chegar no oitavo capitulo vou analisar e avaliar pra ver se consegui colocar a metade das coisas que eu estou pensando de inicio ela será uma estoria curta espero não alongar estou colocando  o ponto de vista de cada uma :)


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Comentários para 3 - Capítulo 3:
Elanunes
Elanunes

Em: 12/07/2024

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rhina
rhina

Em: 04/02/2018

 

É  uma ótima visão. ...uma realidade que ninguém leva a história diariamente. ...to gostando.

Rhina

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patty-321
patty-321

Em: 20/12/2017

A Sandrinha me encanta. A tereza e difícil mas ela e persistente.

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lis
lis

Em: 20/12/2017

Olá autora, tudo bem? Gostando demais de acompanhar a sua estória, ta muito interessante parabéns

Responder

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SaraSouza
SaraSouza

Em: 20/12/2017

kkkkkk Sandrinha e otima...a bangagem que ela tem sobre da vida e sobrevivencia vai ser um ponto alto pra ela e dama de preto e os efefantinhos 

 


Resposta do autor:

E branca de neve agora né :)

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