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  • A VINHA E O GIRASSOL
  • Capítulo 10

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A VINHA E O GIRASSOL por Marcya Peres

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Palavras: 3329
Acessos: 5960   |  Postado em: 13/12/2017

Capítulo 10

ACORDA, AMOR!

 

 

Acordou sentindo uma pontada aguda em seu ventre!  A dor era tanta que a fez ficar sentada num só movimento e dobrar-se sobre a barriga!  Olhou assustada para o lado e viu Constance dormir!  Esticou a mão e a sacudiu.  Constance abriu os olhos, mas como sempre continuou fitando o teto.  Nesse instante outra onda violenta de dor a assaltou e fez com que desse um grito de horror!  Olhou para o lado e viu o corpo de Constance tremer!  Começou a tentar controlar a respiração para ver se a dor cessava, mas no instante seguinte outra forte contração a atingia!  Quase sem conseguir falar pelas fortes dores, Iara suplica…

 

– Con…Constance, por favor…v…vai chamar Emma ou Gigio…tra…traz eles aqui urgente!

 

O olhar dela continuava parado grudado no teto, mas o corpo tremia involuntariamente cada vez mais forte!  Iara sentiu medo!  Achou que ela estava tendo uma convulsão e justamente na hora em que as contrações haviam começado e de forma tão forte!  Não sabia se pedia ajuda pra ela ou pra si mesma!  Percebeu que algo não estava bem!  Apesar de nunca ter sido mãe, teve a sensação de que aquelas não pareciam contrações normais!

 

Arrastando-se pela cama, tentou se erguer, mas outra contração a fez quase perder os sentidos!  Só que dessa vez veio acompanhada de um forte jato de água morna escorrendo pelas suas pernas!

 

A bolsa havia estourado!

 

Gritou pedindo ajuda, mas não conseguia ouvir nenhum ruído vindo do andar inferior da casa.  Emma poderia estar lá fora ou ter ido até sua casa pegar algo!

 

O pânico começou a tomar conta de todo seu ser!

 

Estava arriada no chão segurando o ventre e sentindo como se todo o líquido de seu corpo estivesse esvaindo por baixo de si!  Começou a se arrastar para tentar alcançar o telefone!

Com a voz entrecortada clama…

 

– Me…me ajuda meu Deus!  Con…Conca, me…me ajuda!  Aco...corda!

 

Mas antes que pudesse chegar ao aparelho, outra dor lancinante sacudiu seu corpo!  E foi quando viu filetes de sangue escorrer pelas suas pernas junto com o liquido amniótico! Juntou as últimas forças que ainda lhe restavam e soltou o grito mais forte que conseguiu…

 

–  Acordaaaaaaa, Constance….me ajudaaaaaaa…não deixa minha filha morreeeer!!!

 

E tudo escureceu!  Perdeu os sentidos!

 

 

Em flashes as imagens vinham à sua mente como um filme entrecortado, meio sem sentido!  Não sabia se aquilo era real ou apenas delírio!

 

Sentia um corpo em baixo do seu que tremia sem cessar!  A pessoa a segurava e balançava a cabeça chorando convulsivamente!

 

Tentou focar a visão e conseguiu definir o rosto desesperado de Constance!  Era ela quem a amparava com seu próprio corpo, mas era como se ela não possuísse ainda o controle total de seus movimentos. 

 

E de fato não tinha!

 

Não conseguia pegar o telefone e discar, não conseguia sair dali e pedir ajuda, a mente não ditava ordens ao seu corpo e o corpo não obedecia a instinto algum!  Não havia voz! A única coisa que conseguiu fazer foi sair da cama, sentar Iara no seu colo e chorar balançando a cabeça em negativa involuntariamente! 

 

O olhar já não fitava mais o vazio!  Olhava Iara, olhava a barriga, olhava o sangue!  Tremia…tremia...tremia!

 

Iara recuperou mais uma vez os sentidos!  As dores não mais iam e vinham, elas passaram a ser constantes e eram tão fortes que a fazia ter pequenos desmaios!  Olhou Constance com os olhos embaçados pelas lágrimas de dor e murmurou suplicante…

 

– A…a…juda!  Me…me salva!  A...a…mor!

 

E mais uma vez desfaleceu!

 

Acordou minutos depois sendo arrastada junto ao corpo de Constance!  Ela a abraçava por trás, a segurando pelo tronco e arrastando seus pés.  Quando chegou junto à porta começou a socar e gritar desconexamente!  Soltava grunhidos de desespero e a pouca força que tinha era usada para fazer barulho junto à porta.  Parecia que Constance não conseguia falar!  Os olhos já fixavam diretamente o rosto de Iara, o desespero estava estampado neles misturado às lágrimas que corriam abundantes!  Mas ela não tinha controle sobre a fala e sua coordenação motora também parecia comprometida, o corpo estava por demais fragilizado e não conseguiria carregar Iara por muitos passos mais!

 

Finalmente o barulho produzido por Constance junto à porta surtiu efeito!

 

Ouvem passos apressados subindo as escadas e antes que perdesse novamente os sentidos, Iara conseguiu ver os rostos aflitos de Emma e Gigio!

 

- Meu Deus!  Gigio, peça ajuda! Liga pro Doutor e pede o Helicóptero pra levar as duas para Siena!

 

Constance então escorregou pela porta com Iara nos braços e desceu até o chão acomodando-a em seu colo.  Não deixou que ninguém as tirasse dali até que o helicóptero da emergência chegou para levá-las ao principal hospital de Siena.

 

 

Iara foi direto para a UTI e Constance encaminhada pelo Doutor Giane à psiquiatria para exames e medicação.  Ela havia sido arrancada da sua catatonia de forma involuntária e repentina e isso nunca havia acontecido antes!  Normalmente ela levava alguns dias voltando à realidade, a focar os objetos, as pessoas, a interagir aos poucos com todos na casa.  A fala sempre era a última coisa a voltar ao normal e quando acordava da catatonia levava cerca de uma semana para recuperar completamente a articulação da voz.

 

Dessa vez foi obrigada a não apenas emitir sons, mas a gritar para pedir ajuda e esse foi um teste para saber até que ponto o ambiente ou as pessoas conseguiriam influenciar em sua recuperação.  Até que ponto um choque poderia fazer com que ela voltasse imediatamente à realidade da mesma forma que um choque emocional a havia conduzido até o estado catatônico.  Até mesmo os médicos tinham muitas perguntas a serem respondidas pelas reações da própria paciente.

 

Iara, por sua vez foi submetida a uma cesariana bastante delicada.  Diversas complicações levaram seu organismo a responder muito mal às últimas semanas da gravidez que culminou numa forte hemorragia e na antecipação em duas semanas do nascimento de Beatriz!

 

Mas a menina nasceu completamente saudável e linda!  Com o tamanho e peso certos, parecia não ter sentido as dificuldades físicas e emocionais pelas quais sua mãe havia passado no parto!

 

Constance apesar de ainda estar debilitada fisicamente, já conseguia movimentar-se sem dificuldade alguma.  O único empecilho da sua completa reabilitação ainda era a voz.  Os pensamentos vinham aos montes, mas as cordas vocais não obedeciam às ordens da mente.  Ela conseguia murmurar, soltar pequenas exclamações, mas a voz não articulava uma palavra sequer e ela sabia que isso ainda levaria alguns dias até vir de uma vez!

 

No dia do nascimento de Beatriz conseguiu que entendessem que ela precisava ver a menina e Iara, mesmo que de longe, para acalmar seu coração.  Chorou ao olhar Iara e vê-la ainda inconsciente, tão frágil e quase não conseguiu conter a emoção de ver sua irmã pela janela de vidro do berçário!  Não pode tocá-la, mas a felicidade de vê-la saudável e perfeita compensou o desespero daqueles momentos em que pensou que fosse perder as duas ali em seus braços!

 

Doutor Giane acalmou sua paciente dando os detalhes do estado de Iara.  Ela deveria ficar na UTI por conta da quantidade de sangue que havia perdido e do parto difícil que havia minado suas forças, mas estava respondendo bem ao tratamento e a qualquer momento recuperaria a consciência.

 

Todos os dias Constance ficava o tempo que era permitido com Iara e em seguida ia acompanhar a irmã nas mamadas.  Beatriz mamava em outra mãe que estava no hospital aguardando o filho prematuro ganhar peso suficiente para ir embora.

 

Segurar em seus braços aquele pequeno corpo com os olhos verdes mais brilhantes que já tinha visto trazia para ela uma dose de energia e de vida impossíveis de serem traduzidas em palavras!  Sentia-se tão acordada...forte...completamente viva!!!

 

E toda essa vivacidade só não estava completa porque Iara ainda não estava ali com elas!

 

Iara só recobrou a consciência dois dias depois de sua entrada na UTI.  Olhou em volta estranhando o ambiente e pensando estar num sonho confuso.  Foi quando viu o rosto emocionado de Constance bem perto do seu!  Ela sorria e os olhos brilhavam como nunca Iara havia visto antes, pareciam duas esmeraldas reluzentes!  Ela segurava com força sua mão e fez um sinal para que Emma chamasse alguém!

 

Em segundos entravam no quarto Dr. Giane e uma enfermeira rechonchuda, que muito animados passaram a examinar minuciosamente Iara.  Ela olhou em direção à sua barriga e exclamou apavorada...

 

- Minha filha!!! Cadê minha filha?! Minha barriga...

 

Nesse instante Constance larga a mão dela e corre para fora do quarto.  Iara fica ainda mais preocupada...

 

- Aonde ela foi? O que aconteceu com minha filha?!

 

Dr. Giane medindo sua pressão calmamente diz, esboçando um sorriso condescendente...

 

- Calma, menina, mais um minutinho e já vai saber porque Constance saiu correndo...

 

Em seguida entra Constance com Beatriz nos braços acompanhada de uma enfermeira ofegante que dizia...

 

- Dona Constance, não pode tirar a neném do berçário desse jeito!  Eu estava preparando ela para ser amamentada e...

 

Parou quando viu que Iara estava acordada!

 

Constance aproximou-se da cama de Iara e estendeu na direção dela a filha enrolada em uma manta acolchoada.  A menina fazia caretas de desagrado por ter sido arrebatada de seu conforto de forma tão repentina, mas foi só Constance chegar ela bem perto do rosto da mãe e Beatriz abriu seus belos olhos brilhantes fitando intensamente o negro do olhar materno.  E como acontece com a mágica do instinto filial, foi como se a pequena reconhecesse o cheiro e a fisionomia da mãe, abrindo de imediato um sorriso largo na pequena boca sem dentes!

 

Completamente emocionada Iara estendeu os braços e pegou pela primeira vez o pequeno corpo de sua filha, aconchegando-a junto ao peito.  Começou a examiná-la em todos os detalhes, o rostinho redondo e rosado, os cabelos cheios e pretos, a boca pequena e vermelha, os olhos verdes escuros, brilhantes, como os do Pai...como os de Constance naquele momento!

 

Fitou-a surpresa!  Os olhos que antes eram apagados e opacos pareciam ter ganhado um banho de brilho estelar!  O rosto todo de Constance parecia iluminado! E Beatriz tinha aqueles olhos!  Exatamente da mesma cor, com o mesmo brilho intenso!

 

Sem conseguir mais se conter exclamou...

 

- Os olhos...são idênticos aos seus, Constance! Exatamente da mesma cor!

 

Com um sorriso de holofote, Constance abriu a manta que cobria a pequenina e levantou a perna da criança mostrando um sinal de nascença bem escuro, em formato de coração, que ficava na lateral da panturrilha de Beatriz.  Depois fez um gesto para que Iara olhasse para ela e mostrou-lhe um sinal idêntico, apenas maior, no seu ombro direito. Iara sorriu surpresa e disse...

 

- Acho que ela é sua filha por osmose, Conca!  Os mesmos olhos, a boca faz um biquinho em forma de cereja como a sua e ainda por cima um sinal de nascença em formato de coração exatamente igual ao seu!  Como pode ela sair tão parecida com você se nem com Lorenzo ela parece assim?!

 

Constance sorria feliz com a constatação de Iara!  Então começou a apontar na criança e na mãe o que ela achava que tinham parecidas.

Fez o contorno do rosto das duas, as linhas das sobrancelhas, o queixo em formato de almofadinha, as mãos, o nariz altivo e, virando Beatriz de bruços, apontou o bumbum dela num gesto que dizia que era tão redondo e proeminente quanto o da mãe!

 

Todos no quarto gargalharam com a cena e Iara disse, sentindo-se extremamente feliz...

 

- Sim...se isso não é uma fralda...acho que além do formato do rosto, das sobrancelhas, do queixo, das mãos e do nariz pontudo...ela saiu com o bumbum da mãe também!

 

Nesse instante Beatriz começa a fazer o gesto típico dos bebês quando querem mamar, roça as mãozinhas no seio da mãe e abre a boca faminta para buscar o alimento.  Quando Iara já pensava instintivamente em retirar o seio para alimentar a filha, foi interrompida pelo médico...

 

- Ainda não, Iara!  Você teve que tomar antibióticos fortes para evitar uma infecção e ainda está sendo medicada, portanto não vai poder amamentar sua filha agora, somente daqui alguns dias!  Ela tem uma mãe de leite aqui no hospital e teremos que levá-la até ela agora, assim que terminar a traremos de volta pra você.

 

A enfermeira então saiu com a criança.  Preocupada Iara perguntou...

 

- Mas e meu leite? Vai secar?

 

- Não!  Fique tranqüila que todos os dias a enfermeira irá tirar leite dos seus seios para que você continue produzindo bastante e assim que acharmos que não há mais vestígios da medicação, você já poderá alimentar sua filha normalmente!  Acho que antes de sair do hospital, já estará amamentando!

 

- Mas vou ficar aqui muito tempo, Doutor?

 

- Vai depender da recuperação do seu organismo, mas pela quantidade de sangue que perdeu e das complicações de seu parto, não antes de uma semana!

 

Nessa hora Iara ficou desolada!  Saber que ainda ficaria um bom tempo naquele hospital a deixava desanimada!  Olhou Constance e perguntou...

 

- Você vem nos ver todos os dias?

 

Emma que estava no quarto e até então apenas observava emocionada a tudo, falou acarinhando os cabelos de Iara...

 

- Constance ficará aqui até irem todos para casa!  Ela ainda está em tratamento também.  Não consegue falar, mas logo a voz voltará!  O mais importante aconteceu, minha querida, vocês trouxeram a vida dela de volta!  Ela acordou de verdade agora!

 

E olhando para Constance completou...

 

- Não é Conca?

 

A mulher olhou intensamente Iara e aquiesceu com a cabeça.

 

Sem tirar os olhos da expressão de ternura com a qual Constance a olhava, Iara perguntou ao médico...

 

- Porque ela perde a fala?

 

- No acidente ela levou uma forte pancada na cabeça, que criou um edema na região do cérebro responsável pela fala, então sempre que ela entra em choque a primeira coisa que ela perde é a capacidade de comunicar-se e a última coisa que ela recupera é a articulação da voz!  Mas não se preocupe, ela logo estará falando pelos cotovelos tudo o que deixou de falar essas semanas em que esteve recolhida em outro mundo, não é Constance?

 

Ela deu um leve sorriso e acarinhando o rosto de Iara, fez um gesto que dizia “nem tanto”  - não era de falar pelos cotovelos!

 

O carinho que recebia das mãos de Constance fez Iara relaxar, fechou os olhos e seu corpo ficou mole!  Sentiu os pelos dos seus braços arrepiarem e sem querer soltou um gemido de satisfação!  Constance a olhou intensamente e titubeante parou a carícia que fazia!  Iara se deu conta da situação e ficou extremamente embaraçada!

 

Como que disfarçando o seu embaraço também, Constance fez gesto de que iria ver se Beatriz já havia terminado de mamar para trazê-la de volta ao quarto da mãe.

 

Se algum dos presentes percebeu a rápida cena entre as duas, não houve demonstração alguma!  Continuaram a conversar animadamente até que Constance voltou com Beatriz nos braços, na posição vertical, e dando leves tapinhas nas costas para que a menina arrotasse.

 

Iara esticou os braços e pegou a filha novamente, evitando olhar diretamente para Constance, estava envergonhada pela fraqueza de minutos atrás!  Resolveu focar sua atenção totalmente no seu bebê e isso era muito fácil.  Beatriz era uma criança adorável, rechonchuda e parecia bem tranqüila, estava louca pra poder amamentar logo sua filha!

Verbalizou para todos um pensamento que a acometia naquele momento...

 

- Eu achava que não tinha o menor instinto maternal, mas bastam poucos segundos com o filho no colo e todo o egoísmo, o individualismo que pensava ser uma característica imutável da minha personalidade se esvai diante dessa nova vida que passa ser sua vida também!

 

- É isso mesmo, meu bem! No momento em que nosso filho existe no mundo, já não seremos jamais o que éramos no minuto antes dele nascer!  A maternidade muda nossa visão de vida quase que instantaneamente!

 

Disse Emma com sabedoria!

 

 

No dia seguinte Iara foi transferida para o quarto e o contato com Beatriz e Constance tornou-se ainda maior.  Elas podiam ficar o dia todo praticamente juntas e somente na hora de dormir Constance voltava para o seu quarto e Beatriz para o berçário.

 

Emma vinha toda a tarde ficar com elas e também receberam a visita de Francesca, Pietro e Marcelo, que ficaram impressionados com a semelhança da criança com a irmã.  Gigio não saiu da Vinícola, afinal alguém tinha que tomar conta do lugar!

 

Já havia passado quase uma semana que Iara estava no hospital.  O organismo apresentava uma recuperação surpreendente e o médico decidiu liberar para que ela pudesse amamentar a filha!  A enfermeira trouxe a criança que já resmungava faminta!  O momento era especial para Iara e então perguntou aflita àquela mulher antes de pegar a neném no colo...

 

- Onde está Constance? Ela saiu daqui fazendo gesto de que voltaria logo e até agora nada!  Quero que ela esteja aqui nesse momento tão especial! Vá buscá-la, por favor!

 

A enfermeira respondeu...

 

- Antes de chegar ao berçário eu a encontrei descendo as escadas em direção à recepção, será que não foi pegar alguém que veio visitá-las?

 

Iara ficou pensativa...quem poderia ser?

 

Ficou aborrecida por ela não estar ali para ver aquela cena que esperaram por tanto tempo!  Mas Beatriz estava inquieta e esfomeada!  Assim que Iara a pegou ela logo fez o gesto de abrir a boquinha e procurar agitadamente o seio da mãe!  Então Iara o tirou para fora da camisola que vestia e permitiu que a filha sugasse o seu alimento!

 

A primeira sensação foi de dor, mas logo foi substituída pela satisfação de olhar aqueles olhinhos vivos e brilhantes fitando-a diretamente como a lhe agradecer o néctar doado!

 

De repente a porta se abre e Jordi aparece na sua frente com um enorme calhamaço de flores numa das mãos e um urso gigante na outra!  Atrás dele vinha Constance com um sorriso no rosto esperando a reação de Iara diante da surpresa de ver o amigo, mas quem ficou surpresa foi ela, com o sorriso congelado na hora em que visualizou a cena de Iara amamentando Beatriz!

 

E então a mágica novamente acontece, Jordi está mudo e de onde menos se esperaria ouvir algo, sai a exclamação...

 

- ma...ma...mamando! Bi...Bia tá...tá ma...mando!!!

 

Nesse instante a surpresa de ver o amigo é substituída por outra maior, a de ouvir Constance voltar a falar!

 

- Conca...sua voz...voltou! Você tá falando!

 

- É...é...a ale...gria de v...ver i..isso!

 

- Meu Deus! É emoção demais gente! Deixa eu ver a minha princesa linda!

 

O jeito afetado de Jordi preencheu todo o ambiente e ele se aproximou embevecido da pequena, beijou a amiga e tocou de leve a criança para que nada incomodasse aquele momento único e tão cheio de significados entre mãe e filha!

 

Iara estava muito feliz!  Ver Jordi, ouvir novamente a voz doce de Constance, alimentar sua filha no próprio seio...sentia-se radiante!  Disse fingindo falsa mágoa...

 

- Vocês dois estavam aprontando pelas minhas costas!  Eu falei com Jordi todos esses dias e nenhum de vocês me avisou que ele chegaria hoje aqui!  Jordi, sua bicha traíra, não sei porque ainda te amo!  E você Dona Constance, sem conseguir falar me enganou, imagina agora podendo contar histórias!

 

E todos se entregaram aquele momento de suprema alegria!

 

Fim do capítulo


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Comentários para 10 - Capítulo 10:
brunafinzicontini
brunafinzicontini

Em: 02/01/2018

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