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LUZ por Marcya Peres

Ver comentários: 2

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Palavras: 2977
Acessos: 6627   |  Postado em: 13/12/2017

Capítulo 9

AFLOROU...TRANSBORDOU...PERMITIRAM-SE!


Lívia, você ainda está acordada ou desmaiou? Apagou as luzes!

Ana ria do constrangimento latente de Lívia. Entendia porque, afinal escondia o seu próprio constrangimento através da ironia. Coisas que a maturidade nos propicia.

- Como você sabe que apaguei as luzes? – Estranhou Lívia.

- Eu, assim como 99% dos cegos, conseguimos perceber a luz e a escuridão. A escuridão em que vivemos não é tão negra assim. Mas fique tranqüila, eu também só consigo dormir no escuro. – Riu muito da sua fina morbidez.

Ana aproximou-se da cama tateando pra sentir onde estava Lívia. Nesse momento tocou na perna dela e Lívia deu um pulo sentando na cama.

- Calma, querida! Só queria ver onde estava pra não deitar em cima de você! Não se preocupe que não costumo roncar nem distribuir sopapos durante o sono. Espero o mesmo de você.

Ana disfarçava sua tensão com ironias leves as quais o vinho proporcionava naturalidade. Mas no fundo também estava incomodada com a dubiedade de sentimentos que lhe vinham ao coração. Num momento estava feliz por dividir a cama com Lívia depois daquela noite tão agradável. No outro, era muito perturbador tê-la tão próxima e estar sentindo aquele turbilhão dentro de si. Sim, era exatamente isso! Um turbilhão de emoções tão díspares...era uma vontade louca de tocá-la e dormir colando seu nariz junto ao lóbulo da orelha de Lívia pra passar a noite aspirando aquele perfume delicioso que vinha dela. Ao mesmo tempo queria manter a distância necessária e segura para que não fosse mal interpretada e não afastasse sua querida amiga. “ Porque tenho esse conflito tão grande em mim? Porque sinto isso tudo? Eu nunca tive sentimentos tão fortes e dúbios dentro de mim desse jeito. Ela é uma criança! É assim que devo enxergá-la (sic)! É assim que ela deve ser pra mim! Então porque meu coração está batendo aqui na base do meu pescoço? Porque estou querendo tanto juntar meu corpo ao dela?! Deus, me ajude! Isso não pode estar acontecendo! É um delírio do vinho!”

Ana encolheu-se ao seu canto e ficou brigando consigo mesma. Lívia continuou sentada na cama, também brigando com seus pensamentos e tudo o mais que acompanhava aquele monte de sensações que a torturavam. “ É exatamente essa a palavra certa! Tortura! É o que faço comigo o tempo todo pensando, pensando...pior...sentindo, sentindo todo esse desejo louco que mexe com meu corpo, com minha mente, com minha essência! Eu não sou lésbica! Sempre gostei de homens, porque essa vontade anormal de beijar essa mulher ao meu lado, de fazer amor com ela como nunca fiz com ninguém, de amá-la...sim, amá-la toda...tê-la pra mim...pra sempre...eu quero ela pra sempre...”

Lado a lado, ambas viviam seus conflitos...era o mesmo conflito, as mesmas questões, os mesmos sentimentos se digladiando, fazendo com que razão e emoção travassem uma batalha silenciosa e dolorosamente perdida. Não havia vencedores entre mente e corpo, ambos estavam ali brigando e se dilacerando...só havia a dor...a dor do desejo não realizado...a dor de sufocar a boca que quer dizer algo...de parar no ar a mão que quer tocar...que precisa tocar...

Após alguns minutos, que pareceram horas, Lívia deitou o corpo suavemente na cama e começou sua batalha interna. Passou-se quem sabe meia hora, uma hora, sabe-se lá...quem consegue contar o tempo com tanto pra sentir?! As duas estavam deitadas, mas sabiam-se acordadas, sentiam-se como se seus pensamentos se tocassem, como se seus corações estivessem no mesmo descompasso, combinando o tormento que estavam causando.

“Preciso dormir! Tenho que estar inteira e perfeita pra saber argumentar em frente ao Juiz. Não posso perder uma causa importante como essa por conta de uma noite mal dormida. Tenho que me controlar. Que droga! Durma, Ana, durma!!!” - Ana mexia-se a cada minuto, mudando de lado e respirando profundamente, como que para pôr em ordem suas confusões mentais. Lívia também virava para lá e para cá, sem conseguir concatenar idéia alguma por mais que meio minuto. Vez ou outra, uma tocava sem querer alguma parte do corpo da outra...braço, perna, pé, mão...e a cada toque, vinha um afastamento abrupto, cheio de medo, de tensão.

De repente se voltaram para o mesmo lado e se aquietaram um pouco. Pareciam estar em choque. O hálito de uma invadiu o respirar da outra. O cheiro de uma se misturava ao da outra...o floral e o cítrico...tudo virou um só cheiro! A respiração de ambas estava pesada, com suspiros longos seguindo o arfar mais curto da ansiedade. Lívia não conseguia mais pensar em nada. O torpor leve do vinho apagava aos poucos tudo o que estava em sua mente. Só deixava ficar o sentir...quase que podia ouvir o coração de Ana, como ouvia sua respiração. – “Hummm...que hálito gostoso! Quero entrar nessa boca e não sair mais! Me devora!” – Quando conseguia pensar algo, Lívia só pensava aquilo que acabava condenando logo depois – “Sua vadia louca! Ela é casada, sua chefe e ainda por cima cega! Nunca te viu, não pode ter desejo por você! Pare de fantasiar! Você vai ser demitida!”

Ana também sentia o hálito de Lívia próximo ao seu e, assim como ela, também delirava e tentava esmagar seus delírios: “ Que hálito bom! Essa mistura do vinho com a menta do creme dental, ainda por cima tem o cheiro cítrico dela. Chega mais perto! Sinta um pouco mais perto. Ela não irá levar a mal, afinal está frio mesmo!” – Ana aproximou um pouco mais o corpo e o calor que vinha de Lívia era sentido como se formasse um campo magnético cheio de energia térmica. Ela sentia o contorno de todo o corpo de Lívia, quase podia medir cada centímetro mentalmente, só pela aura de calor que formava. – “Eu preciso tocá-la, senão não vou conseguir dormir. Tenho que me acalmar, relaxar e acordar bem amanhã. Preciso segurar sua mão pelo menos. Ela não está conseguindo dormir também. Sinto isso perfeitamente!” – Ana estendeu a mão só alguns centímetros e tocou o ante braço de Lívia tão levemente, que demorou alguns segundos até que Lívia percebesse que uma pequena parte de seu corpo tocava Ana. Ficou imóvel, com medo de quebrar o encanto daquele momento. “ Ela está me tocando! Será que é involuntário? Eu sinto que ela está acordada. Não consegue dormir, assim como eu! Quero senti-la mais...”


Sem sair do lugar, Lívia levantou lentamente o joelho e tocou na perna de Ana. Teve a impressão de sentir um leve tremor. Ana permaneceu estática! Deu um longo suspiro, pra recuperar-se. “ Não posso me deixar levar pela languidez do vinho. Tenho que ter controle sobre mim, sobre meu corpo!” – Mas Ana permitiu que seu corpo a contrariasse e se mexesse em direção a Lívia pra que suas pernas se tocassem por inteiro. Não se entrelaçaram, tinham medo, apenas se tocavam em toda a extensão. A perna direita de Ana, que deitara de bruços, com a perna direita de Lívia que se encontrava de peito pra cima. Lívia sentia uma pressão tão grande no ouvido, era a tensão do momento! Tinha medo de mexer muito o corpo e afastar Ana de si...queria ela ainda mais perto...queria abraçá-la...tocar seus cabelos... “ Não seja tola, Lívia! Ela só está com frio! Só quer aconchegar-se pra dormir melhor!” – Pensava e inclinou um pouco mais o tronco pra direita, a fim de que todo seu braço tocasse a mão de Ana e não somente alguns milímetros.

A escuridão tomava conta do ambiente e Lívia pensou: “Estou sentindo o que ela sente. É assim que ela vive. É nessa escuridão que passa cada segundo de sua vida. Mas é essa escuridão que apura tanto seus outros sentidos. Que a faz capaz de perceber que quero estar mais perto. Assim como ela quer...é isso mesmo! Sinto que ela também me quer mais próxima! Deve ser essa escuridão que me faz mais sensível. Ou então a minha insanidade!”

Ana decidiu não mais impedir seu corpo de ir...aproximou-se mais um pouco e pôs a outra mão no braço de Lívia, segurando-o firme. Seus dedos se amoldaram no formato do braço de Lívia e o seguraram como se dele fizessem parte. “ Preciso estar mais perto. Quero estar mais perto. Chega! Quero sentir esse cheiro nas minhas entranhas! Quero esse calor me queimando a pele. Quero sugar o suor que ele produzir! Eu definitivamente perdi a razão! Estou louca! Completamente louca! E é tesão o que estou sentindo! Sim, é muito desejo, muito tesão!” – Ana baixou a guarda, deixou cair por terra todo o resto de sanidade que ainda pensava possuir.

Lívia não pensava mais...era só sentido...só desejo...virou o corpo e entrelaçou as pernas na de Ana. Parecia estar num estado de torpor que não a deixava mais raciocinar. Era puro instinto, pura febre! Ana segurou o rosto de Lívia. Passou os dedos em cada milímetro de pele, fez o contorno do rosto, olhos, nariz, boca e estancou aí! Naquela boca que já havia imaginado articulando as palavras, comendo, fazendo caretas, sorrindo, beijando....passou os polegares várias vezes e sentiu a língua de Lívia molhando os lábios e entreabrindo-os. Lívia segurou a mão de Ana e lambeu a digital de cada dedo. - “Era com eles que ela podia enxergar e seria com eles que Ana sentiria todo o seu desejo.” – Ana sentia toda a pele do corpo arrepiar. Era como se estivesse sendo tocada pela primeira vez. Queria sentir aquela língua dentro da sua boca, precisava dela, queria sugá-la...agarrou Lívia pelos cabelos e trouxe sua boca pra junto da dela.


Mas o beijo não foi sôfrego como se esperava...foi lento, leve, torturante...as línguas se tocavam como numa música de Mahler...linda, etérea, mas doída! Sim, doía na alma, no ventre pelo desejo reprimido, doía pela conseqüência...então, voltava a ser linda, etérea e esqueciam a dor.


As bocas não queriam se largar, não podiam...precisavam uma da outra, se agarravam com medo e se buscavam em toda sua extensão...sentiam-se por dentro...os lábios, o céu da boca, os dentes, a saliva...se queriam com tanta voracidade que nem perceberam que o resto do corpo também vinha buscar saciar seu desejo...as bocas se sugavam, queriam alcançar algo além do físico, queriam a alma uma da outra.


Os corpos se colaram e as mãos começaram a desenhar o caminho do prazer. Queriam conhecer o que cada uma mais gostava, mas não era racional. Tudo era puro instinto. Trilhavam na escuridão, guiadas apenas pelo desejo. Estavam em igualdade de condições. O breu era absoluto e Lívia queria sentir o que Ana sentia.


Nada era dito.

O silêncio só era quebrado pelos suspiros e gemidos que as duas deixavam escapar quando alguma nova parte do corpo era deliciosamente tocada. O beijo era longo e profundo e demoraram muito até deixar que as bocas conhecessem novos prazeres. Lívia desceu a boca pelo pescoço de Ana e começou sua viagem por aquelas curvas que admirava há tanto tempo! Chegou nos seios e os beijou, sugou com leveza e deu leves mordidinhas nos mamilos, que estavam duros de desejo. Ana suspirava e agarrava os cabelos de Lívia querendo aproximar ainda mais aquela boca do seu corpo. Lívia fazia um passeio sem pressa, torturava a amada com as mãos, a boca, a língua...Ana era invadida de uma maneira que a fazia querer cada vez mais aquela mulher...queria sentir todo o corpo molhado pela saliva de Lívia....queria ainda mais as mãos a acarinhando firme e leve em alguns pontos...a língua ousada lambendo pedaços de seu corpo que ela mesma raramente tocava...as axilas, a parte interna das coxas, atrás do joelho...


Ana sentia a boca de Lívia em todo o seu corpo e seu ventre doía de desejo...o tesão escorria e molhava o lençol...Ana gemia e nada dizia...não precisava...Lívia sabia o que fazer...
Ana abriu-se sem pudor! Entregou seu corpo àquela mulher como nunca fizera antes com ninguém! Abria seu sex* com as mãos para que Lívia a invadisse, entrasse nela e arrancasse aquela dor de desejo do seu ventre e só deixasse o gozo. Era tão bom sentir aquela mulher se entranhando nela com a língua, com os dedos...ela sugava aquele pedacinho de carne que trazia em si todos os prazeres de ser fêmea...Ana rebol*va o sex* na boca de Lívia e gemia gostoso, mostrando o quanto aquele momento era único, o tanto de tesão que sentia por aquela Mulher, que agora invadia sua intimidade como há muito já invadira seus pensamentos. Agarrou com força Lívia pelos cabelos e gozou em sua boca, soltando um grito de prazer, como nunca fizera antes.
O coração parecia querer saltar pela boca...o corpo tremia todo e não conseguia sentir direito seus pés e mãos...a descarga de goz*r tão gostoso havia sido muito forte e Ana ficou mole, com alguns músculos tremendo involuntariamente. Mas aquele delicioso embate físico estava apenas começando....

Lívia subiu no corpo de Ana, deu-lhe um longo beijo molhado pelo gozo e abriu bem suas pernas, ajeitando-se entre elas com as suas próprias pernas também bem abertas. Formavam um desenho diferente, como dois bodoques encaixados pelas hastes. Seus sex*s se encontraram com perfeição, o toque era no ponto exato e Lívia começou uma dança sensual e gostosa em cima de Ana. Ana segurou-a pelos quadris começaram a esfregar seus sex*s com muito tesão...o barulho que faziam inspiravam ainda mais o desejo e o cheiro de sex* invadiu o ambiente. Ana inclinou o corpo um pouco pra frente e abocanhou o mamilo de Lívia...sugou, lambeu e beijou aquele seio, que descobria ser tão lindo, redondo, do tamanho certo.
Ana agarrou a bunda de Lívia e começou a sentir que ela aumentava o ritmo dos quadris...estavam tão molhadas que o som da trepada parecida ecoar por toda a montanha...Lívia rebolou em cima de Ana com muita vontade, e Ana sentiu que um novo gozo chegaria pra ela também. Ter Lívia montando nela como uma amazona e fazendo aquela dança do prazer era simplesmente maravilhoso e os gemidos que saíam de sua boca, entravam em sua mente provocando mais vontade, mais querer...

Lívia estava em êxtase absoluto! Amar fisicamente aquela mulher, que desejara por tanto tempo, mesmo somente no inconsciente, era a sublimação de um sentimento maior que o físico...instintivamente subiu nela, encaixou-se por entre suas pernas e fez dela o gatilho do maior prazer que já sentira até então. Era como se nada nem ninguém tivesse existido em sua vida antes daquele momento. Estava nascendo! Era o dia do seu nascimento pelo corpo de Ana. O prazer que estava sentindo com ela era inigualável a tudo que vivera antes...não, não era a parte física somente, já havia tido muitos gozos antes!


Era o todo! Como se toda a sua sensibilidade houvesse estado adormecida até então, e nascera pelo entregar-se de Ana. O modo como ela viveu aquele momento, como ela se permitiu e se entregou àquela insana batalha de prazer...o jeito de gem*r, de sibilar seu tesão por entre os dentes...ela era tudo o que sempre quisera!-“A minha Florzinha!”


Tinha noção naquele instante que Ana era o que só lera nos livros, que só conhecia dos poemas que tanto amava, e que se materializava de súbito na sua frente. Amor! Via tão claramente que o medo, por uma fração de segundos, quase que encobriu o desejo que sentia; mas esqueceu-se dele quando Ana novamente colou-se a sua boca e abafou com um beijo profundo o medo que espreitava o peito de Lívia.

Mas ela não estava só no seu medo! Ana não se permitia pensar mais que sentir. A escuridão em que vivia, fez com que Ana incrementasse seus outros sentidos ao ponto de ter o tato, o olfato, o paladar e a audição mais apurados que o normal. E entregando-se a Lívia daquele jeito tão sem reservas, pôde perceber que todos esses sentidos estavam no seu auge de sensibilidade. Ouvia os sussurros de Lívia em todos os seus micro decibéis; sentia cada poro de sua pela delicada e o contorno bem talhado do seu corpo rijo; estava em sua boca o gosto de cada parte daquelas entranhas, de cada gota daquele suor deliciosamente perfumado; trazendo por fim, o cheiro de Lívia, seu toque cítrico entre os seios e o pescoço, o odor gostoso que vinha do sex* bem cuidado. Ela fazia seus quatro sentidos restantes gritarem em alerta todo o tempo. Mas o sexto sentido tinha medo...um medo que calou com seu desejo, que sufocou com seu prazer! “Não quero pensar agora...quero só sentir...estou tão viva...tão feliz!”

E mais uma vez se amaram, se entregaram àquela Paixão sem reservas, sem pudores...completamente perdidas naqueles novos sentimentos que se permitiram viver...que se permitiram realizar, tornar físicos, palpáveis, latejantes...goz*ram!

Depois, enroscaram seus corpos de um jeito, que pareciam um só. Novamente veio o medo pra cada uma delas, e simultaneamente, ambas se entrelaçaram ainda mais uma à outra. Decidiram não pensar...o momento era único, mágico...tinham que aproveitar o encantamento da escuridão. Eram iguais naquele instante. Possuíam apenas quatro sentidos funcionando a plena capacidade. O silêncio era Rei! As palavras seriam um excesso! Não se faziam necessárias diante da enormidade do que estavam sentindo. E nada foi dito! Então, adormeceram...

Adormeceram! E as palavras do que sentiam naquele instante, veio em forma de poema que num dia qualquer, Lívia lera num livro qualquer...


PEDAÇO DE MIM


Eu sei quando te amo:
é quando com teu corpo eu me confundo,
não apenas nesta mistura de massa e forma,
mas quando na tua alma eu me introduzo
e sinto que meu sangue corre em ti,
e tudo que é teu corpo
não é que um corpo meu
que se alongou de mim.

Eu sei quando te amo:
é quando eu te apalpo e não te sinto,
e sinto que a mim mesmo então me abraço,
a mim
que amo e sou um duplo,
eu mesmo
e o corpo teu pulsando em mim.

Affonso Romano de Sant'anna

Fim do capítulo


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Comentários para 9 - Capítulo 9:
Lea
Lea

Em: 26/05/2022

Eita...o vinho deixou desabrochar o desejo que uma estava sentindo pela outra. Que delícia de momento.

O dia seguinte será de arrependimento...

A Ana não poderia ser solteira,tinha que ser casada com um babaca!

Só quero que Ana descubra as traições dele e se separe!

Responder

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Gleicy Clara Dourado
Gleicy Clara Dourado

Em: 22/11/2020

Uauuuuuuuu!!!  Essa história é toda linda. Que delícia de capítulo. 

Responder

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cidinhamanu
cidinhamanu

Em: 16/12/2017

No Review

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