• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • ACONTECEU VOCÊ
  • Capítulo 12: : O ARMÁRIO FICOU PEQUENO

Info

Membros ativos: 9524
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,491
Palavras: 51,957,181
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Thalita31

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell
  • 34
    34
    Por Luciane Ribeiro

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • Under The Influence Of Love
    Under The Influence Of Love
    Por Silvana Januario
  • I'm
    I'm in Love With my Boss
    Por Sweet Words

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

ACONTECEU VOCÊ por contosdamel

Ver comentários: 0

Ver lista de capítulos

Palavras: 5610
Acessos: 6482   |  Postado em: 07/12/2017

Capítulo 12: : O ARMÁRIO FICOU PEQUENO

Naquela noite, nos amamos de uma maneira diferente, a paixão não foi menor, mas existiam mais do que dois corpos banhados de tesão na cama de Marisa. Era almas se entregando completamente, deixando os sentimentos se fundirem com o desejo, os equívocos se desfazerem em esperanças e amor se encontrar naquele momento.

Marisa parecia antecipar-se ao meu desejo tocando-me exatamente onde me dava mais prazer, os movimentos do seu corpo, mãos e língua pareciam sincronizados com o pulsar do meu corpo que estremecia para o sorriso satisfeito de Marisa se fazendo ao sentir o líquido quente do meu sex* se derramando pelos seus dedos.

Nossos corpos suados entrelaçados, não deixavam a excitação cessar, deslizei minha língua pelos mamilos eriçados de Marisa, enlouquecendo com os gemidos dela, desci com minha boca encaixando-a entre as pernas de Marisa, sorvendo o líquido que saía do seu sex*, sugando, lambendo toda extensão de sua vulva provocando espasmos no corpo dela, movimentei minha língua praticamente numa massagem pelo seu clit*ris, enquanto penetrava dois dedos naquela cavidade encharcada, e Marisa se entregou num orgasmo pleno.

A noite foi quase inteira assim,nos amamos, duas, três, quatro vezes até nos entregarmos dessa vez ao sono, não conversamos muito, nem prometemos nada. Só trocamos olhares que por si diziam tudo. Como esperado, acordei atrasada, sair dos braços de Marisa chegou a ser doloroso, tive vontade de inventar uma desculpa e naquele dia não trabalhar, mas era impossível, dia de fechar a edição do jornal, e eu precisava fazê-lo de manhã para não atrasar a impressão.

Olhá-la dormindo ali, trajando apenas uma minúscula calcinha era de longe a visão mais sensual que eu poderia ter. Os cabelos lisos desalinhados espalhados pelo travesseiro, as bochechas rosadas iluminadas pela fresta de sol que entrava no quarto, aquela pele macia, quente, tiravam meu fôlego as oito da manhã... Oito? Meu Deus! Precisava mesmo ir.

Tomei um banho velozmente, vesti-me às pressas, enquanto Marisa dormia tranquilamente, na sexta de manhã ela não trabalhava, por isso nem me preocupei em acordá-la, beijei seu rosto suavemente, escrevi um bilhete carinhoso deixando-o sobre o criado mudo:

“Acordar nos seus braços é vislumbrar o paraíso com os olhos no retrovisor lembrando a noite perfeita que você me deu... Quero acordar do seu lado sempre, beijos meu amor, quando acordar me liga.”

No jornal minha equipe já me aguardava reunida na minha sala. Tentei ignorar os olhares atentos de todos, mas o comentário de Marcos não podia passar despercebido:

- Parece que a noite não acabou ainda para nossa chefinha...

Certamente se referia ao fato de eu usar a mesma roupa da noite passada.

- Vamos começar gente?

Desconversei, sentando no fim da mesa, dando início à reunião. Tudo acertado na diagramação exceto pela entrevista que Fernanda trouxe em cima da hora para Luiza transcrever. Quando nos preparávamos para encerrar a reunião, minha mãe nos interrompe com um sonoro:

- Xandinha! Quer me matar de preocupação? Onde você dormiu?

Minha mãe definitivamente era a personificação da “sem noção”. Ruborizei enquanto ouvi os risos baixos do pessoal tomarem de conta do ambiente.

- Mãe, pelo amor de Deus!

Trinquei os dentes caminhando em direção a minha mãe apertando as mãos nas pernas.

- Pelo amor de Deus digo eu! Você passou a noite em claro? E essas roupas amassadas? O mesmo vestido de ontem?

- Mãe!

- Você não deu notícias, vim visitar minha nova amiga Berta e ela me disse que você estava aqui, vim ver você trabalhar filhinha!

- Mas mãe, estou ocupada e...

- O pessoal não vai se incomodar fico aqui sentadinha, caladinha.

Bufei, mas sabia que não adiantava contrariá-la. Sentei-me junto à minha mesa, quando Luiza perguntou:

- Fernanda, preciso da entrevista para transcrever, onde está o gravador?

- Ah claro Lu, me deixaeu ver se está aqui na minha bolsa... – Respondeu Fernanda abrindo sua bolsa à procura do equipamento, quando Artur interrompeu:

- Não é esse na mesa da chefinha?

- Acho que sim. – Respondeu Fernanda não convicta.

Luiza pegou o gravador sobre a minha mesa, enquanto eu me distraía com as mensagens de texto no meu celular, enviada por Marisa, me dando bom dia. Quase caio da cadeira quando ouvi minha própria voz saindo do gravador ecoando na sala:

- Dra. Marisa, a senhorita está me fazendo de palhaça? O que a senhorita pretende comigo afinal?

- Alexandra, eu não sabia que o teor da sua entrevista era esse...

Era a suposta entrevista que fiz com Marisa há meses atrás, logicamente, não era o gravador da Fernanda. Os olhares de todos se voltaram para mim, o de minha mãe parecia um grande ponto de interrogação, mas não uma interrogação inocente, uma interrogação reprovadora, uma interrogação que me fazia ter a certeza que eu finalmente teria que assumir para ela meu namoro com Marisa. O conteúdo gravado por si não nos delatava, mas o tom de voz de ambas e a reação de todos na sala, inclusive a minha, tornava as frases gravadas muito suspeitas, especialmente depois do quase flagrante que minha mãe nos deu no dia anterior.

- Alexandra o que significa isso? – Perguntou minha mãe.

- Isso foi uma entrevista que fiz com a doutora Marisa Becker mãe, logicamente Fernanda, esse gravador é o meu. – Disse tensa.

- Sim Alexandra, tem razão, o meu está aqui. – Disse Fernanda exibindo o equipamento, entregando-o a Luiza.

Minha mãe continuava com uma expressão nada agradável, eu desviava meus olhos dos dela e quando ela demonstrava intenção de falar algo eu lhe reprimia com um gesto, pedindo silêncio, precisava ter o mínimo de controle da situação para pensar na melhor forma de revelar à minha mãe minha descoberta sobre minha sexualidade.

Como eu supunha minha mãe logo se entediou com os detalhes técnicos do fechamento da edição do jornal. Levantou-se e avisou:

- Vou pedir um cafezinho a Berta.

Não sabia se a folga que minha mãe me dava naquela manhã era um alívio para mim, ou, uma retirada estratégica para ela confabular com Berta acerca de meu relacionamento com Marisa. Em cima da hora, a nova edição do jornal foi concluída, pedi que Marcos levasse para a impressora, marcando uma nova reunião para tarde, para definir a pauta da próxima edição.

Interrompi a conversa de comadres entre minha mãe e Berta, convidando-a para almoçarmos. Durante o almoço, evitei a todo custo o assunto Marisa, não me sentia preparada para falar. Entretanto, o encontro com Elaine e Fábio no restaurante, trouxe o nome de minha namorada mais uma vez à tona:

- Então, Marisa não vem almoçar com você? Ela está de folga hoje de manhã não é? – Perguntou Elaine.

- É... Não sei...

Respondi sem graça, notando minha mãe estreitar os olhos, como se quisesse decifrar minha expressão de constrangimento. Na tentativa de mudar de assunto, aproveitei para apresentar o casal aos meus pais, mas isso não foi suficiente para cessar o clima constrangedor que se instalou.

- Por que eles perguntaram a você sobre o paradeiro da doutora?

- Não sei mãe...

- Eles sabem que ela e aquela enfermeira...? Deviam perguntar a ela sobre a doutora.

- Mãe, não sei!

- Angelina vamos comer em paz! – Meu pai interviu.

O almoço transcorreu nesse clima, eu não via a hora de sair dali e correr para os braços de Marisa, cobri-la de carinho, e experimentar a paz que eu sentia ao lado dela, buscando forças para me revelar para minha mãe enfim.

Deixei meus pais na minha casa, fugindo das perguntas de minha mãe, meu pai sabendo do meu segredo e conhecendo sua mulher, ajudou-me nas repentinas mudanças de assunto. Cheguei à casa de minha namorada meia hora depois do almoço, encontrando-a como sempre linda, sentada na varanda com um short minúsculo, camiseta de alça, lendo um livro.

- Boa tarde minha doutora!

- Boa tarde namorada...

- Já almoçou?

- Comi qualquer coisa, acordei tarde... Teve gente que me arrasou ontem...

Sorri, enquanto me aproximava dela beijando seus lábios suavemente.

- Senta aqui do meu lado linda.

Obedeci, Marisa fechou o livro e envolveu seu braço no meu ombro, recostei minha cabeça no seu colo, desabafando:

- Minha mãe está desconfiada, vou contar sobre nós, como dizem por aí: sair do armário! Não há por que esconder dela a mulher que me faz tão feliz.

Senti Marisa me abraçar forte, mas ela nada disse. Contei o que aconteceu durante a manhã, e pude escutar o riso dela imaginando a cena no jornal.

- Você não apagou essa entrevista? – Perguntou.

- Não podia apagar, tem que ficar arquivada, mas não lembrava de ter gravado esse trecho de nossa conversa, e nem muito menos de não ter tirado a fita do gravador, Luiza sempre digitaliza tudo...

- Por que você acha que ela está desconfiada?

- Não parou de fazer perguntas sobre você, notei ela de cochichos com Berta...

- Berta sabe da vida de todo mundo... Deve ter um livro de anotações sobre a vida de cada habitante dessa cidade...

- Será?

Marisa riu-se da minha ingenuidade.

- É melhor que sua mãe saiba por você sobre nós Alex...

- Eu sei... Vou contar, contei ao meu pai, ele vai ficar do meu lado.

- Você contou ao seu pai? – Marisa perguntou surpresa.

- Na verdade, não precisei contar, ele sacou tudo...

- Como foi?

Narrei para Marisa os detalhes de minha conversa com meu pai, notando os gestos de aprovação de minha namorada.

- Então meu sogrão me aprova? – Perguntou Marisa divertida.

Encarei-a encantada como sempre:

- Quem não te aprovaria meu amor?

- Sua mãe?

- Minha mãe não é uma megera preconceituosa, só precisa de tempo pra aceitar. E meu pai, não só te aprovou, como se derreteu em elogios ao meu bom gosto...

- Ah é? Seu bom gosto é?

- Claro... Olha só a namorada linda que eu arranjei...

Marisa roçou seus lábios nos meus, despertando arrepios na minha pele.

- De repente me deu uma fome sabe... – Marisa sussurrou.

- Ah é? E o que exatamente eu posso fazer pela doutora?

Marisa mordeu os lábios e sussurrou ainda mais suavemente:

- Minha fome é de você... Dá pra mim?

- Sou toda sua meu amor...

Marisa levantou-se e me puxou pela mão até o interior de sua casa, não me dando tempo de sequer de respirar, e já me jogou no sofá, avançando na minha boca com urgência, tomando posse do meu corpo com sua língua e suas mãos me despindo habilidosamente. Arqueei meu tronco como se pudesse me oferecer ainda mais para o deleite de minha namorada, Marisa então tomou pela sua boca meus seios, lambendo meus mamilos com movimentos circulares alternando com fortes ch*padas me inundando de tesão.

- Eu quero que você goze na minha boca minha gostosa. – Marisa sussurrou.

Desceu com sua boca e alcançou meu sex* molhado, lambeu com sofreguidão toda extensão dos pequenos lábios, empurrando sua língua dentro de mim ch*pando aquele líquido com volúpia despertando mais do que gemidos, mas gritos de prazer e o tremor tomando de conta de cada músculo meu.

Minhas mãos se perderam no corpo quente de Marisa, tirando as peças de roupa que bloqueavam meu acesso aos pontos mais sensíveis dela, carícias suaves entre suas coxas e no seu bumbum funcionava praticamente como um botão “on/off” da excitação, e eu me aproveitei disso, provocando ainda mais, arranhando delicadamente essa área. De frente uma para outra, no pequeno espaço do sofá, introduzi meus dedos no sex* molhado e pulsante de Marisa, sorri cheia de malícia e desejo, movimentando meus dedos entre o líquido abundante que jorrava do seu sex* dizendo:

- Nossa... Que delícia meu amor...

Marisa gem*u, respondendo:

- Tudo pra você minha gostosa... Vai... Sou toda sua, me faz goz*r.

Com dois dedos penetrei o sex* de Marisa num ritmado movimento de vai e vem, enquanto meu polegar massageava o clit*ris dela, Marisa tremia na minha mão, enquanto um sorriso de gozo se desenhava no seu rosto intensifiquei as estocadas, impondo mais velocidade e mais força, até ouvir um gemido mais forte de prazer e o corpo de Marisa amolecer com sua respiração ofegante.

- Você é maravilhosa Alex...

- Você é deliciosa Mah.

Ficamos ali abraçadas, até nossos corações voltarem ao ritmo mais compassado, adorava sentir o corpo nu de Marisa abraçado ao meu, o perfume de sua pele era algo tão intenso, me inebriava, me acalmava... Adorava roçar meu rosto no colo dela, inspirando esse cheiro que me encantava.

Aquele momento de paz,foi interrompido por uma ligação, Marisa atendeu seu celular apreensiva com sentenças evasivas:

- Sim, entendo, farei isso... Não se preocupe, vou me cuidar.

Marisa desligou o telefone com ares de preocupação, o mistério tomou de conta do seu olhar e não resisti:

- Aconteceu alguma coisa meu amor?

- Nada não...

Ela nem se quer me olhou nos olhos, e eu mergulhei mais uma vez no mundo de hipóteses e teses que eu criei para o envolvimento dela com a morte da família do embaixador, a relação com a morena fatal. Minha vontade era cobri-la de perguntas, esclarecer de uma vez por todas aquela nuvem de dúvidas que existia na expressão dela e na sua mudança repentina de comportamento.

A duras penas, me controlei. Levantei-me e envolvi sua cintura por trás, beijando sua nuca, confortando-a não sabendo exatamente do que, quando senti que ela retribuía meu gesto acariciando meus braços.

- Alex... Eu sei que você está louca para saber quem me ligou não é?

- Foi ela não foi? A Larissa?

- Sim, foi. Eu te juro que não tenho nada com ela... Um dia você vai entender...

- Shi... Quando você quiser ou puder me falar, eu estarei aqui para te ouvir.

Até eu mesma quase acreditei em mim, em tanta conformação, quando na verdade eu me roia de curiosidade por dentro. Voltei para o jornal, deixando Marisa com uma expressão preocupada, isso foi o suficiente para me fazer esquecer o meu dilema atual em contar sobre meu namoro a minha mãe, e voltar a especular o mistério de minha namorada.

No jornal, depois da reunião de pauta, perdi-me nos arquivos no meu notebook sobre a investigação da morte da família do embaixador. Minha consciência pesava como se eu traísse Marisa, mas mesmo assim, eu insistia em divagar entre minhas suposições. O expediente chegou ao fim, e eu, relutava em voltar para casa, evitando encarar minha mãe e seu interrogatório.

Como uma adolescente que esconde o boletim dos pais, entrei em casa em silêncio, na ponta do pé subindo para meu quarto sem avisar que havia chegado. Era hora de atualizar meu romance na web, e me divertir com os comentários das minhas leitoras. Notei um comentário mais ousado, com um nick: doutora.

“Fico imaginando o que é ter na vida real uma autora que me excita só na escrita...”

Arregalei os olhos, e disse:

- Nossa...

Nunca poderia imaginar que minha escrita inspirasse esse tipo de fantasia sobre mim, inocência talvez, mas era verdade. Ocorreu-me que a tal leitora ousada poderia ser a minha doutora, a própria Marisa a instigar-me com aquelas insinuações e só o fato de lembrar o que era estar ao vivo com minha doutora, já me acendia inteira.

Lembrar das sensações que minha namorada me provocava, e ressentir o prazer que eu tinha quando Marisa goz*va na minha mão, na minha boca, me excitava profundamente. Algo inexplicável, transcendental, sentir as reações do corpo dela ao meu toque, aos movimentos de minha língua no seu sex*, era praticamente um gozo na alma.

Tomada dessas sensações eu sentia meu corpo suar, corri para um banho, deixando meu notebook ligado sobre a cama. No banho só pensava em Marisa, a queria dentro de mim mais uma vez, e queria estar dentro dela com urgência. Apressei-me para ir ao seu encontro, quando saí do banho, encontrei o inesperado: minha mãe sentada na minha cama, lendo meu romance lésbico.

Ela estava pálida, olhos esbugalhados, e eu atônita não ousei sequer respirar mais forte.

- Alexandra Castro, o que diabos é isso nesse computador?

Minha voz não saía. Minha mãe ergueu-se subitamente da cama, berrando:

- É isso que essas suas amizades estão te ensinando? A ser uma sem vergonha pervertida?

- Mãe, calma...

- Calma Alexandra? Como você pode me pedir calma depois de eu ler essa sujeira?

As veias sobressaltadas do pescoço de minha mãe, e seu rosto vermelho evidenciavam a alteração do seu estado emocional.

- Estou falando com você Alexandra! Responde!

Os berros de minha mãe chamaram atenção de meu pai que apareceu na porta do meu quarto assustado ordenando a minha mãe:

- O que você pensa que está fazendo gritando desse jeito com sua filha no quarto dela? Saia do quarto, deixe a menina vestir uma roupa, baixe seu tom e converse civilizadamente com sua filha!

- Alexandre não se intrometa! Você não sabe o que eu vi, nem sonha o que está acontecendo com sua filha!

- O que quer que esteja acontecendo com nossa filha, pela força do grito que você vai resolver!

Engoli seco, baixei os olhos, e senti meu pai se aproximando de mim dizendo com um tom seguro:

- Não se intimide com esse jeito de sua mãe minha querida, vista-se com calma.

Caminhou até minha mãe, colocou a mão nas costas dela, praticamente empurrando-a para fora do quarto. Bufando minha mãe saiu do quarto, sentei-me na cama, pensando comigo:

- Não tem jeito, chegou a hora.

Segui o conselho de meu pai, e me vesti com calma, me preparando intimamente para me assumir para minha mãe. Quando eu saía do quarto meu telefone tocou, era Fernanda, repórter do jornal:

- Alexandra, estamos encrencados, eu e o Artur fomos presos em um dos galpões da madeireira Ramos.

- Mas... Vocês são loucos? O que vocês fizeram?

- Alex, a gente precisa de um advogado, depois explico melhor...

- Tudo bem, estou indo, meu pai é advogado, vou avisar ao Daniel também.

Liguei para Dan comunicando o acontecido, troquei de roupa e desci às pressas pedindo ao meu pai:

- Pai, preciso do senhor, vem comigo.

- Onde você pensa que vai Alexandra? – Minha mãe perguntou irritada.

- Resolver problemas de trabalho mãe.

- Você não sai daqui antes de me explicar o que eu vi no seu computador!

- Mãe essa conversa vai ter que ficar para depois.

Minha mãe então segurou meu braço dizendo:

- Não vai não!

Meu pai interviu:

- Angelina pelo amor de Deus!

Desvencilhou meu braço, envolveu seu braço no meu ombro e me disse:

- Vamos filha. E você Angelina, fique aqui!

Nem ousei olhar para minha mãe, temendo ser fuzilada com o olhar. Segui com meu pai para a delegacia da cidade vizinha, onde Fernanda e Artur estavam detidos. No caminho explicava ao meu pai o motivo da prisão de meus funcionários. Falei sobre a reportagem investigativa que eles faziam acerca da extração ilegal de madeira rara de árvores em extinção, e que os repórteres foram presos por invadirem as terras para buscar provas desse crime.

Daniel chegou praticamente ao mesmo tempo que eu, acompanhado de outro advogado.

- Alex que loucura foi essa? – Dan perguntou preocupado.

- Ainda não sei detalhes, Fernanda me falou muito pouco, mas tem algo com a madeireira Ramos, eles estão investigando algo sobre extração ilegal de madeira...

- Meu Deus!

Dan empalideceu, e continuou:

- Vocês mexeram em um vespeiro...

O advogado que o acompanhava balançou a cabeça confirmando a observação do meu amigo. Seguimos para o interior da delegacia, mas somente meu pai e o Dr. Jorge entraram para se apresentarem ao delegado. Enquanto isso, Daniel comentou:

- Sardenta, graças aos céus que a polícia os prendeu se ficasse nas mãos dos seguranças da Ramos, há essa hora, seus repórteres já teriam virado pó de serraria...

Esperamos cerca de uma hora, até Fernanda e Artur saírem da sala do delegado, acompanhados do meu pai e do Dr. Jorge.

- E então? Estão liberados?  - Perguntei.

- Por enquanto sim, vamos tentar livrá-los do processo, mas, devo adverti-los de uma coisa: fiquem longe de confusão, e nem preciso dizer, bem longe das propriedades da Ramos! – Dr. Jorge disse sério.

Fernanda e Artur me prometeram grandes revelações, que me faria apoiá-los mesmo parecendo uma loucura. Com a presença deles no carro, meu pai não pode entrar no assunto da conversa com minha mãe, mas eu não teria essa desculpa por muito tempo.

Como pensei, ao chegar a casa, minha mãe nos aguardava no sofá, não deixou que eu sequer sentasse e logo abordou:

- Agora somos nós Alexandra, explique-se!

Respirei fundo, sentei-me e disse:

- Tudo bem mãe. Vou me explicar. Aquilo que a senhora viu no meu notebook, é um site especializado em romances, contos, e eu estou escrevendo uma estória lá.

- Mas o que tinha escrito lá era uma imoralidade! Imoralidade entre mulheres!

- Mãe a essência do conto não é o erotismo, mas sim, existem alguns trechos que...

- Alexandra! Pornografia, imoralidade, é doentio! Entre mulheres! A influência dessas suas amizades, coisa daquela doutora não é?

- Mãe, aquela doutora tem nome, e a senhora sabe. E até dois dias atrás a senhora fez até um jantar para agradecer o atendimento dela ao pai...

- Até eu descobrir que ela... Ela é...

- Lésbica mãe, assim como eu.

Notei o rosto de minha mãe tomar uma expressão de pavor. Aproveitei o susto e o silêncio dela para prosseguir falando:

- É isso mãe que a senhora ouviu, sou lésbica. Eu sei que não é algo fácil de aceitar, que não é o sonho de nenhum pai ou mãe, mas essa é a verdade. Estou tranqüila e segura com essa minha descoberta, gostaria muito que a senhora entendesse.

- Nem morta! Nem morta entenderei isso!

- É uma pena mãe que a senhora não entenda...

- Você enlouqueceu depois que Fernando fez o que fez... Isso eu posso entender, por que isso que você está me dizendo é uma insanidade completa!

- Mãe, não é loucura, o que Fernando fez me abalou, mas, não enlouqueci como a senhora está dizendo.

- Então foi a má influência daquela doutora! Você é só um bebê inocente, se deixou seduzir por aquela...

- Mãe! O nome dela é Marisa, e ela não é má influência na minha vida! Ela influencia tudo de melhor que tenho, ela me faz feliz!

- O quê?

- É mãe, eu e Marisa estamos juntas, e estou apaixonada e feliz ao lado dela.

Minha mãe partiu para cima de mim segurando forte nos meus braços me sacudindo enquanto repetia:

- Essa fase vai passar! Vamos te tirar dessa maldita cidade!

Desvencilhei-me das mãos de minha mãe, quando ela chamou a atenção de meu pai, que até então apenas escutava nossa conversa:

- E você Alexandre? Não vai dizer nada? Está tão chocado com sua filha que não vai me ajudar?

Meu pai se aproximou de mim, colocando seu braço em volta do meu ombro e disse:

- Minha maior preocupação sempre foi que Alexandra fosse feliz, e o que eu vi quando cheguei aqui foi a felicidade nos olhos dela, se realizando como jornalista, voltou a escrever, está amando e sendo amada, isso é o bastante para apoiar qualquer decisão dela.

A segurança que meu pai me passou naquele gesto e com aquelas palavras me deu novo ânimo naquela conversa tensa. Minha mãe calou-se por alguns segundos caindo sentada no sofá com o rosto banhado em lágrimas, sentei-me ao seu lado, segurei suas mãos e disse:

- Mãe, eu não enlouqueci, isso não é uma fase, nem tampouco a Marisa é culpada por minha homossexualidade, ela é culpada sim, pela minha felicidade, pelo meu sorriso, por minha vontade de crescer... Ela me devolveu esperança, me fez acreditar em mim de novo, no amor, no meu futuro... O fato da senhora não aceitar não vai mudar o que sou, mas vai me deixar triste...

Muito friamente minha mãe me respondeu:

- Então conviva com essa tristeza. Não vou aceitar isso, nunca.

Baixei meus olhos, e com eles marejados retruquei:

- A senhora não é obrigada a aceitar, mas deve respeitar.

- Eu não estou conseguindo se quer olhar para você. Não reconheço mais a filha que criei com tanto amor. Se você quer continuar com essa loucura, então, esqueça que tem mãe.

- Mãe!

- Angelina não diga algo que você se arrependerá para o resto da sua vida!

- Vou arrumar minhas coisas, não vou ficar nessa casa.

Minha mãe parecia estar surda ao que eu e meu pai dizíamos. Subiu as escadas sem olhar para trás, enquanto meu pai me abraçava tentando me acalmar:

- Ela falou essas coisas sem pensar minha querida, vai se arrepender, tenho certeza disso. Fique calma, tudo ficará bem.

Eu soluçava abraçada ao meu pai, nunca imaginei que a reação de minha mãe fosse a mais dura mostra do preconceito e da intolerância. Depois que me apaixonei por Marisa, ainda não tinha experimentado o temido monstro do preconceito, e como doeu enfrentá-lo trajando a forma de uma pessoa que eu amava tanto.

Minha mãe desceu em poucos minutos com as malas na mão:

- Você vem comigo, ou vai ficar aqui Alexandre?

- Você não pode estar falando sério Angelina!

- Você acha que estou com cara de quem está brincando meu bem?

- Não seja ridícula Angelina!

- Não vou conseguir ficar nessa casa, deve haver um hotel nessa cidade para passarmos a noite, amanhã voltamos para a capital.

Meu pai andou de um lado para outro, até que eu falei mais calma:

- Vá com ela pai, ficarei bem.

- Mas filha...

- Ela precisa mais de você do que eu nesse momento.

- Eu vou filha, mas por um motivo: para conversar com ela, e fazê-la se arrepender das coisas que ela disse para você hoje.

Balancei a cabeça positivamente, beijei sua face e subi as escadas, antes deles deixarem a minha casa eu disse:

- Mãe eu amo a senhora, e não vou esquecer que tenho uma mãe que amo tanto.

Ela se manteve de costas, saindo pela porta sem olhar para trás. Caí na cama sentindo uma ferida se abrir na minha alma, como se adivinhasse que eu precisava de colo, Marisa me ligou:

- Meu amor? Ligando pra te desejar boa noite...

- Oi Mah...

Minha voz chorosa chamou a atenção de Marisa que perguntou imediatamente:

- Que voz é essa minha linda? Aconteceu alguma coisa?

- Minha mãe Mah... Contei a ela sobre nós, ela me disse coisas horríveis, disse que não sou mais filha dela, e saiu daqui de casa...

Não agüentei terminar a frase e me entreguei a um choro angustiado.

- Alex meu amor...

- Mah, ela me olhou com nojo... Meu pai foi com ela para tentar convencê-la a aceitar... Mas...

- Foi um choque para ela minha linda. Dê um tempo para que ela aceite melhor a idéia. Está sozinha em casa então?

- Sim...

- Então abre a porta pra mim, estou chegando aí.

Só deu tempo eu descer as escadas, quando abri a porta Marisa estava estacionando o carro, quando me viu com o rosto inchado de chorar, andou rápido até meu encontro me abraçando forte, acariciando meus cabelos.

- Estou aqui com você meu amor...

Fechou a porta e me levou pela mão até o sofá, coloquei minha cabeça no seu colo, e delicadamente Marisa enxugou minhas lágrimas com o dorso da mão num gesto extremado de carinho.

Aos poucos meu coração ia experimentando a paz que eu só tinha ao lado de Marisa, e mais calma contei para minha namorada os acontecimentos da noite.

- Então sua mãe não se tornou mais uma fã do seu conto... Que pena.

Marisa esboçou um sorriso, e eu tentei retribuir o gesto.

- Alex, eu imagino o que você está sentindo, mas a reação de sua mãe é a mais comum. Agiu sobre o impacto da notícia, claro que magoa, mas não pense que é definitivo.

- Mas doeu ouvir aquelas coisas dela Mah.

- Eu sei linda... Mas vai passar...

Marisa me abraçou forte, roçou seus lábios nos meus, beijando minha boca com suavidade. Beijou meu rosto, colhendo no beijo uma lagrima que caía e disse:

- Vamos lavar esse rosto, vestir uma roupa confortável, e dormir?

Concordei e perguntei curiosa:

- Como você chegou aqui tão rápido?

- Eu estava aqui perto, saindo do hospital, fui cobrir duas horas no ambulatório, Elaine me pediu para substituí-la enquanto ela jantava com o Fábio, aniversário de namoro, algo assim.

- E por falar em aniversário de namoro... Você sabe quando é o nosso?

- Claro que sim... Amanhã a gente completa um mês de namoro, mas já fazem quase três meses que nos conhecemos...

- Nossa...

Não vou negar que saber que Marisa sabia desse tipo de detalhe do nosso relacionamento me comoveu, ser cuidada por ela com todo aquele carinho foi como um bálsamo para a dor que assolava minha alma.

Marisa sorriu tenramente e me puxou pela mão até meu quarto. Sem nada dizer, foi tirando as peças da minha roupa, vestiu uma camisola de seda, afastou os travesseiros, me levou até a cama e fez com que eu me deitasse. Sentou ao meu lado, segurou minha mão e disse:

- A gente vai enfrentar muita coisa ainda... Mas o importante é que estamos juntas.

Comovida, puxei-a para mais um abraço e pedi que ela deitasse ao meu lado. Deitou-se e eu imediatamente envolvi minhas pernas nas suas, e de testas coladas, ficamos por minutos trocando carícias delicadas no rosto até eu não resistir, e beijar sua boca com toda paixão que eu sentia naquele momento.

Não demorou muito para nossas mãos explorarem o corpo uma da outra. A roupa que Marisa vestia já estava no chão, junto com a minha camisola de seda, nos amamos até a exaustão, Marisa conhecia meu corpo, sabia como me tocar, sabia meu ritmo, e quanto a mim, dar prazer a ela era como acender uma fogueira de tesão em cada centímetro da minha pele. Dormimos abraçadas, de conchinha, envolta no seu braço, eu me sentia segura, e só por estar aninhada no seu corpo, eu consegui descansar.

Era sábado, não precisávamos nos preocupar com hora para acordar. Até notei o sol entrar pela janela, mas não ousei sair da posição que estava sentindo a maciez da pele de minha namorada junto da minha, eu poderia ficar naquela cama para sempre. Senti Marisa roçar seu nariz na minha nuca, e acariciar minha barriga, encaixando suas pernas entre as minhas.

- Nossa... Que jeito maravilhoso de ser despertada...

Disse praticamente gem*ndo, sentindo meu corpo arrepiar-se imediatamente como resposta às carícias de minha namorada.

- Bom dia meu amor... Ou seria boa tarde? – Disse Marisa beijando minhas costas.

- Ai nem sei que horas são meu amor... Não pensei se quer que eu conseguisse dormir, mas dormi tão bem com você aqui.

Disse me virando na cama ficando de frente para Marisa, acariciando seus cabelos desalinhados, mas não menos encantadores.

- Que bom meu amor... Dormi muito bem também, adoro dormir sentindo seu cheiro...

Marisa beijou meu pescoço, mordiscou minha orelha, acendendo meu corpo ainda mais. E quando nossas bocas se encontraram em um beijo urgente ouvi passos fortes adentrando o quarto: minha mãe nos surpreendeu.

Não disse nada, mas não me intimidei diante do ódio, asco, que minha nos olhava, passei meu braço em volta dos ombros de Marisa como um gesto de coragem de assumir que aquela era a mulher que eu amava e que lutaria por ela mesmo contra a ira de minha própria mãe.

- Eu vim para tentar conversar, mas essa cena me deu náuseas. Pensei que você estivesse sofrendo como seu pai me convenceu, mas eu estou vendo que você está se lixando para o fato de magoar ou não sua mãe.

- Mãe...

- Não tente se justificar Alexandra, não há como você se justificar.

- Mas eu não quero me justificar, não há por que eu fazer isso, não estou fazendo nada errado.

- Você não é a minha filha! É outra pessoa...

- Você tem razão, sou outra pessoa, mais feliz, mais segura, mas ainda sou sua filha.

 

- Essa mulher virou sua cabeça! Você não se envergonha disso doutora?

Apertei minha mão no braço de Marisa, como se quisesse transmitir meu amor naquele momento tenso.

- Eu não me envergonho de amar dona Angelina, a senhora deveria saber o quanto é maravilhoso amar e ser amada e ficar feliz por sua filha ter encontrado isso depois do que passou.

- Como ousa! Como ousa sugerir como eu devo me sentir ao ver minha filha com uma pessoa como você...

- Mãe já chega! Você não vai ofender minha namorada na minha casa. Se foi para isso que a senhora veio aqui, é melhor a senhora ir embora.

- Você está me expulsando da sua casa?

Minha mãe estreitou os olhos indignada.

- Não mãe, não estou te expulsando, estou colocando um limite nessa situação. Se a senhora não é capaz de sequer me respeitar, e respeitar quem eu amo, então, é melhor que evitemos mais trocas de farpas, isso só vai nos magoar ainda mais.

- Eu nunca esperei isso de você Alexandra!

- Sinto muito mãe por a senhora não me aceitar.

 

Minha mãe saiu pisando forte, batendo a porta, enquanto eu amarguei mais uma vez lágrimas de rejeição e intolerância, dessa vez, abraçada com minha namorada.

Fim do capítulo

Notas finais:

Achei! O capítulo perdido!

Obrigada meninas


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 12 - Capítulo 12: : O ARMÁRIO FICOU PEQUENO:
cidinhamanu
cidinhamanu

Em: 21/12/2017

No Review

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web