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An Extraordinary Love por Jules_Mari

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Palavras: 5815
Acessos: 5430   |  Postado em: 27/11/2017

Capítulo 10 O Despertar da Besta

Em algum outro lugar de Paris, o domingo também irrompia preguiço e atmosfericamente mais tenso. O avançar da claridade vinda das grandes janelas já a incomodava.

- Qual o problema com a sua cama? – A indagação era divertidamente séria. Delphine logo reconheceu a voz de Helena, sua segurança pessoal e amiga, despertando-a pelo segundo dia seguido. Assim como na manhã anterior, dormiu novamente jogada em seu sofá. Esforçou-se muito para focar nos detalhes da noite anterior, querendo refazer os passos que a fizeram acabar ali, de novo, vestindo apenas sua calcinha. ‘’Merda....’’ Definitivamente aquilo não era do feitio dela, não nos últimos tempos, pelo menos.

Havia chegado muito tarde e, tomada por uma angustia que vinha crescendo – e muito - nos últimos tempos, tentou amenizar a dor com a famosa “cura etílica”, abusando de seu whisky favorito e então... Nada. Não se lembrava de mais nada e só conseguia assimilar o momento presente ali, conversando com Helena. ‘’Meus parabéns, Cormier...’’

- Eu... Eu acho que bebi um pouco mais do que deveria. ‘’Não mais do que eu queria.’’ – A voz era entrecortada, baixa. Fez menção a se levantar, mas seu corpo exigiu mais do que na manhã anterior. Claramente, se mover estava mais dificultoso e então, permaneceu deitada de bruços, de olhos fechados e sentindo o gosto amargo da ressaca. Sua dignidade? Essa era melhor nem comentar. Helena a encarava com preocupação e certo descontentamento.

- Um pouco a mais??? – A segurança estava ultrajada! -  Você detonou sozinha uma garrafa de Macallan, Delphine! Duvido que tenha ao menos apreciado essa raridade....– Falou com a voz amarga, indicando a garrafa vazia que trazia nas mãos. – Sem contar que você mais uma vez fez o que pedi para não fazer.... Saiu sem nenhum tipo de segurança, totalmente desprotegida! Sem comentários, Cormier.  – Seriedade era a principal conotação na firme voz de Helena e tinha mais um pequeno detalhe: Somente chamava Delphine pelo sobrenome daquela forma quando estava  visivelmente irritada. Ela havia percebido as roupas e os sapatos jogados pela sala, fora a maquiagem borrada no rosto dela, denunciando a aflição vivida na noite anterior. Que porr* tinha acontecido?

- O carro ser blindado não conta como medida de segurança? – Brincou com a voz esganiçada. A Helena imaginária da noite anterior iria se sentir melhor com esse detalhe, com certeza.

Helena balançou a cabeça negativamente, já preparando um arsenal de reprimendas àquela atitude inconsequente quando de forma brusca, a repreensão deu lugar à outra coisa. Delphine finalmente conseguiu reunir forças para se erguer do sofá, ficando de pé. Ela estava praticamente nua e Helena se pegou fazendo um tremendo esforço para não encarar demais as leves marcas que o sofá havia deixado nela... Na barriga... Num dos seios... Aiai.

“Inferno... Porquê ela tem que ser tão filhadaputamente linda?” Questionou-se. A muito tinha conseguido transformar todo desejo que sentia por ela em uma profunda admiração e amizade, quase beirando a uma cega devoção. Porém, ela tinha olhos, né?? Definição de impossível era olhar para aquele corpo absurdamente incrível e não admirá-lo. Como não se deixar trair – e se atrair – por alguém como ela?

A perfeição não chegava nem perto de definir a provocante harmonia daquela mulher. As pernas longas misturavam delicadeza e poder. Os músculos bem torneados e firmes sustentavam um abdômen escandalosamente majestoso. Os quadris elegantes formavam um magistral equilíbrio com a cintura bem marcada e uma barriga insultantemente perfeita era salpicada por lindíssimas pintas, beijando sua pele não somente lá, mas em todo o formidável corpo dela. O par de seios com certeza era o mais inacreditavelmente lindo que Helena já viu... No tamanho perfeito e numa firmeza impressionantes. Seus mamilos eram pequenos e de um rosado quase angelical, contudo, nem o mais belo dos anjos poderia se equiparar e ela. Helena não gostava de admitir aquilo, mesmo em pensamento, mas nunca tinha visto nada na vida como Delphine. Uma verdadeira obra prima.

O corpo de Delphine Cormier era uma Ode à Perdição!

Delphine estava ciente que o intrigante silêncio de sua amiga indicava que – mais uma vez – ela a avaliava – e observava e absorvia. Não podia negar que aquilo á incomodava, já que sempre que a olhavam daquela maneira, viam apenas a exuberante e exterior casca, da qual todo mundo considerava ridiculamente linda, mas que para ela não fazia a menor diferença. Ela não se importava. Há muito tempo deixou de preocupar-se com o lado de fora. Estava realmente muito cansada da vida que levava.

Del não disse nada, apenas esperou que o suspiro resignado e impaciente que havia dado denunciasse seu desgosto com aquela avaliação. Helena percebeu de cara, recompondo-se enquanto mirava algo além das janelas. Não poderia ser tão difícil, poderia? ‘’Ela é sua amiga, Helena! E chefe, e totalmente impossível... Get over it¹’. Suavizou a expressão e sua irritação já estava mais contida.

- E... Como a impetuosa Marion está?? – Helena questionou num tom provocativo, fazendo Delphine parar de forma brusca antes de entrar no corredor em direção a seu quarto, virando-se para encará-la com certa interrogação no olhar. – Posso não estar ao seu lado o tempo todo, Cormier... mas certamente não a perco de vista.  ‘’Não outra vez’’’ – Conclui Helena, lançando uma atrevida piscada de olho enquanto recolhia as roupas do chão.

Delphine pensou em confrontá-la, puramente por sentir uma pontada de invasão em sua escassa privacidade, mas ponderou rapidamente a respeito e desistiu da ideia. Confiava cegamente em sua segurança, ousando dizer que Helena era a única pessoa a quem entregaria sua vida sem nem mesmo hesitar, totalmente convicta de que a própria não hesitaria em dar a vida por ela.  Delphine se lembrou de que isso quase aconteceu e seu corpo arrepiou-se em resposta, como se uma brisa mais gelada atingisse sua espinha. Detestava recordar aquele episódio e sempre que o fazia, uma aguda fisgada a ferroava num local muito específico, lembrando-a do quanto devia sua vida à Helena.

Sacudiu a cabeça para espantar o pensamento enquanto soltava os cabelos ainda parcialmente presos, permanecendo como uma lembrança da noite anterior. Helena claramente queria provoca-la, Del revirou os olhos.

- Ela está muito bem. – Suspirou, lembrando-se da noite de sex* com ela.  – Mas... Acredito que você já saiba disso. – Ironizou. – Ei, Helena... – Delphine a encarou. - Sabe o que  você poderia fazer por mim agora? – Semicerrou os olhos num meio sorriso, querendo suavizar o tom da conversa e afastar memórias ruins. Helena soltou uma gargalhada certeira! Conhecia muito bem a PhDeusa e sabia que sua amiga queria explorar – mais uma vez - os seus dotes culinários. Helena balançou a cabeça, caprichando na censura fingida.

- Qual o pedido de hoje, Madame? – A formalidade fingida na voz denotava a diversão do momento e para completar, simulou uma reverência exagerada, já entregando as roupas que recolhera. Com uma expressão engraçada no rosto, Del fingia analisar um cardápio mental.

- Ah... Surpreenda-me! – Disse por fim, estalando um beijinho na bochecha de sua amiga, deixando-a sozinha enquanto ia em direção ao tão desejado banho.

Para qualquer pessoa que ‘’conhecesse’’ a poderosa e megera Delphine Cormier, presenciar aquela cena seria a coisa mais absurda e estranha do mundo. Toda aquela gentileza, leveza e alegria não eram vistas por mais ninguém. Com Helena era diferente. Ela conhecia não só a angustia no coração de Delphine, mas também a grandiosidade e nobreza que tentavam coexistir ali. Entre elas as brincadeiras eram até constantes, uma vez que Helena sempre se esforçava para tentar suavizar o surreal e terrível peso que sua amiga suportava. Del era importante demais para ela.

 

******

 

            O café da manhã tardio transcorria de forma tranquila. Helena era uma ótima companhia para Delphine e em momentos raros como aquela descontraída conversa, ela até esquecia – mesmo que por um único momento-  toda a carga que insistia em morar em seus ombros. O teor agradável e leve que pairava na atmosfera fez com Del até achasse verdadeira graça da história que Helena contava sobre a última mulher com que tinha saído.

- Deixe-me ver a foto dela! – Exigiu Delphine, enquanto abocanhava mais um pedaço da deliciosa panqueca que sua amiga havia preparado e com a outra mão, pedia o celular de maneira exagerada. – Ah ...ela é simpática. – A cara mal escondia a ironia espirituosa, tentando reprimir um riso pela expressão ultrajada que Helena fazia ao observá-la enquanto dava um soco injuriado em seu braço, quase derrubando um pouco do seu café. Delphine gargalhou com a atitude birrenta de sua segurança!

– Mas também, o que você queria, Helena? Conhecer pessoas nesses aplicativos de relacionamentos dá nisso! – O tom era divertido e descontraído enquanto brincava com sua amiga, que só conseguia pensar no quanto Delphine ficava ainda mais deslumbrante sorrindo daquele jeito, mesmo estando vestida tão casualmente, com uma calça branca e larga, de tecido maleável e impertinentemente transparente nas pernas, combinando perfeitamente com um casaco cinza de cachemira.

- Aaah, pega leve, Del! Você deveria tentar qualq... – Antes mesmo fosse capaz de terminar a frase, Helena sentiu a abrupta mudança na atmosfera do ambiente. Até mesmo o céu pareceu ficar mais escuro à medida que observava Delphine se levantar da banqueta, completamente atordoada. O corpo dela tremia e era possível ver seus músculos retesados de tensão. O olhar era obscuro e completamente na defensiva. A boca era uma linha fina e rígida e os punhos estavam cerrados, os nós dos dedos ainda mais brancos com a tensão palpável que percorria o corpo dela. ‘’O que está acontecendo?’’

Helena percorreu o olhar de uma Delphine aturdida e concentrada para o foco da atenção dela, encontrando a TV que estava ligada numa das paredes da cozinha. ‘’MERDA!’’ Um frio percorreu sua espinha e seu corpo imediatamente entrou em estado de alerta enquanto procurava o controle remoto para aumentar o volume.

O canal passava um noticiário, informando que o presidente francês havia acabado de nomear o mais novo Ministro da Cultura e Educação e este era focado por dezenas de lentes, visto a coletiva de imprensa que estava para começar.  Com o volume da TV já ajustado, assim que ouviu a primeira saudação daquele que se pronunciava com um bom dia e um agradecimento a todos os presentes, Delphine estremeceu por inteira, cerrando os punhos com mais força ainda e mordendo o lábio inferior com demasiada intensidade. Um agouro percorreu o ambiente e Helena ficou em estado máximo de vigilância para qualquer coisa que pudesse acontecer a sua chefe. A tensão era quase sufocante.

Ali, na inofensiva tela de TV, o rosto nem tão inofensivo de John Lamartine era focalizado, fazendo Helena engolir em seco.

Naquele momento, Helena temia encarar o rosto de Delphine, sabendo que ela estaria completamente fora de si. Não estava enganada. A expressão estampada no olhar de sua chefe era de puro ódio, causando um frio em sua espinha. Aquela era uma Delphine completamente sombria e sua segurança sabia que se existia alguém em todo o mundo que era capaz de desestabilizar a centrada e praticamente inabalável Cormier, esse alguém era ele... A pessoa contra quem ela lutava a muito tempo. Tempo demais.

Antes mesmo que a matéria apresentando toda a trajetória filantrópica e política de Lamartine chegasse ao fim, o celular das duas começou a tocar incessantemente, seguidos pelo aparelho fixo convencional. Aquela overdose de sirenes enervou uma Delphine já em seu limite, pronta para explodir e jogar tudo pro alto, porém, ela sabia que precisaria lidar com aquele homem e que para isso, teria que agir com calma e concentração para digerir e analisar o que aquilo significava. Aquele infeliz pretendia algo grande para uma cartada como aquela, restava descobrir o que, exatamente.

- Delphine...? – Helena soltou, tentando alertá-la, mesmo sabendo que não precisaria esperar muito. Ela praticamente podia ouvir as engrenagens funcionando a toda velocidade dentro da cabeça de Delphine e sabia que muito em breve receberia as instruções de como proceder. Sua chefe não perdia tempo e a expertise com que lidava com quase tudo era impressionante. A insistência dos telefones não ajudava muito, porém Delphine não se deixou abalar e, um milésimo de segundo depois, ela finalmente ergueu a cabeça e Helena soube que algumas decisões haviam sido tomadas. Lá estava a postura rígida, porém confiante que Delphine tanto precisava assumir. Numa troca rápida de olhares, Helena jogou o celular para ela que o segurou já atendendo a ligação enquanto num outro gesto rápido, indicou para que sua segurança atendesse o telefone fixo. Ambas disseram ‘’alô’’ simultaneamente já em direção ao escritório.

-  Alô… Sim, Genevieve. Eu vi. – Disse Delphine, objetiva e urgente.

- Alô?... Sim, estou com ela ao meu lado e ela está na linha com a Sra. Cormier.

– Respondeu Helena à outra mulher na linha. – Aguarde um momento, por favor. 

– Prosseguiu após um sinal dado por Delphine, que dava continuidade a conversa com sua mãe.

- Não sei o porquê disso agora! Ele esteve “hibernando” nos últimos três anos, mas alguma coisa mudou… -  Ponderava de maneira quase predatória e continuou. - Alguma coisa aconteceu e fez com que ele saísse de sua toca. – Delphine falava entre dentes enquanto já no escritório, sentou em sua mesa, digitando rapidamente a senha do notebook que estava ali. – Sim, é obvio que ele deve ter sentido falta do gostinho de poder…. Mas não sei se é apenas isso, mãe. Por que diabos a Duncan não nos alertou sobre isso? - Uma visível irritação se instalou na voz de Delphine e o breve silêncio que antecedeu a resposta de Genevieve pareceu uma eternidade.

- Não sei, minha filha…. Mas precisamos nos encontrar com urgência. – A voz era firme e apenas endossava o que Delphine já estava providenciando naquele momento. Já havia digitado a mensagem que seria disparada por e-mail, porém, o nome do remetente não era o de Delphine Cormier. A identidade da vez era Alisson Hendrix, assim como os destinatários não correspondiam as reais pessoas que receberiam aquela mensagem.

Essa estratégia havia sido criada por Helena no intuito de evitar que o conteúdo existente nas mensagens que Delphine trocava com os demais envolvidos naquela questão fossem rastreadas, da mesma maneira o teor da mensagem também não fornecesse indícios de seu real significado. A intenção estava completamente codificada.

‘’Aos observadores de pássaros, estaremos realizando mais um evento onde poderemos trocar nossas novas experiências e discutir como prevenir a ação de parasitas.

O endereço, hora e local seguem anexo.

Aguardamos a presença de todos.

 

Atenciosamente,

Alisson Hendrix

Presidente da Associação Internacional dos Observadores de Pássaros.’’

- A mensagem foi enviada, mãe. Onde você está? – A concentração absurda de Delphine era inabalável, já se levantando da cadeira e cedendo o lugar  à Helena que já tratava dos preparativos para o deslocamento de emergência que precisariam fazer. – Certo, então você irá de trem e provavelmente chegará antes de mim. Espero que todas consigam chegar a tempo…. Nos vemos em breve e…  - Suspirou profundamente enquanto passava uma mão frenética nos cabelos dourados. -  ... Tome cuidado na viagem, por favor. - Desligou. Seu olhar se fixou no vazio por um breve segundo. Se tinha uma coisa que afligia Delphine ao extremo, era a segurança dos que eram importantes pra ela estar ameaçada. Piscou duas vezes, retomando a ação que o momento exigia.

Deixou Helena terminando os preparativos da viagem e seguiu apressadamente para o quarto. Precisava se preparar para a reunião que estava por vir e enquanto já providenciava uma pequena mala com o necessário para a ocasião, de súbito, um pensamento lhe ocorreu, fazendo-a parar bruscamente a arrumação.

- É claro... Agora tudo faz sentido! – Sussurrou as palavras tão baixo que não tinha certeza se as tinha pronunciado. – Não pode ser coincidência... – O tom voz ganhou força e Delphine já resmungava, catando o celular em cima da cama e já buscando um número na agenda. Pressionou o discar no exato momento em que Helena a alcançou.

- Delphine... Será que isso significa que... – Avistou os olhos faiscantes dela e antes mesmo que completasse seu questionamento, a expressão no rosto de Del era sombria, indicando que ela havia chegado à mesmíssima conclusão. Observava atenta enquanto ela insistia na ligação que demorava a ser atendida, até que a expressão obscura deu lugar a um confuso estranhamento, mas que logo foi superado, cedendo vez a um semblante impassível.

 - Oiu... Srta. Niehaus? – ‘’Essa aspirantizinha à intelectual de meia tigela… será que… ela me paga!’’ Helena pensou enquanto encarava sua chefe com certa intensidade, assistindo atentamente o desenrolar daquela conversa. O fato é que tanto ela quanto Delphine perceberam a “coincidência” da chegada de Cosima justamente no momento em que John Lamartine voltava a colocar suas garras de fora. - Espero não estar atrapalhando nada – Era uma pontada de insegurança aquilo que Helena estranhamente sentia na voz de sua amiga?

- Hum... É sobre a nossa reunião de orientação marcada para amanhã. Infelizmente tive um imprevisto pessoal e precisarei me ausentar. – Aguardou, esperarando alguma resposta que acabou não vindo. Suspirou curtamente sem emitir qualquer som e continuou – Todavia, precisamos dar início a sua pesquisa com brevidade. Sendo assim, solicito que prepare uma breve apresentação de seu projeto que deverá ser exposto em minha aula na próxima quarta-feira. 

Delphine tinha a clara intenção de testar Cosima Niehaus. Queria pressioná-la ao máximo e por isso, decidiu convidá-la para um confronto direto e não em um lugar qualquer, mas sim, na arena onde era imbatível. Helena sentiu uma pequena pontada de satisfação, já que desde que as desconfianças começaram, ela passou a desenvolver uma crescente antipatia pela nova orientada de Delphine e certamente adoraria vê-la desmascarada e colocada em seu devido lugar. A confusão e o estranhamento voltaram a arranhar a expressão de sua amiga.

 – Srta. Niehaus? Ainda está ai? – Que droga de ruga era aquela na testa de Delphine? Não era possível que ela já estava se deixando afetar por aquela impostora! Era? ‘’Me poupe, Cormier… me poupe!’’ Helena retesou o queixo e o semblante de sua chefe se alterou. A tal Niehaus certamente deu sinal de vida e Delphine respondeu.

- Exato. Todos os meus demais orientados receberam as mesmas instruções. – O tom de voz era impassível e a isca havia sido lançada. De repente, sem que Helena entendesse o porque, Delphine quebrou o contato visual com ela, como se temesse que algo pudesse transparecer em seus olhos, denunciando-a através deles. – E... Como está o seu pé? ‘’O que? Qual a necessidade dessa pergunta agora, Cormier??’’ – Delphine se repreendia, mas já estava de costas para sua segurança, fingindo pegar outra peça de roupa para colocar na mala.

A amarga verdade era que, misturado a todo o turbilhão e confusão que representava a volta do sádico do Lamartine, Delphine não conseguia ignorar a ridícula pontadinha de frustração por não poder reencontrar Cosima amanhã como ela esperava e esse incomodo se tornou um pequeno nó em seu estômago no exato instante em que ela atendeu a ligação. Engoliu em seco e fechou os olhos ao se atentar àquela sensação. Que inferno era isso? Como ela podia se incomodar por uma idiotice como aquela? ‘’ Desde quando você ficou doida, hein, Cormier? ‘’ 

A intenção era ser o mais distante e fria possível, dando vazão à toda a sua formalidade polida. Por que demônios então ela vacilou em seu objetivo? Delphine começava a duvidar de sua sanidade mental! Suspirou silenciosamente. Cosima respondeu informando estar tudo bem e uma breve tensão percorreu seu corpo ao ouvi-la mencionar sua mãe. O que aquilo significava? Hesitou, mas preferiu desconversar.

- Fico contente em saber. Bom, nos vemos na quarta, então. Tenha um bom domingo, Srta. Niehaus. – Recuperou a seriedade no tom de voz e aguardou a despedida de Cosima para enfim desligar. Ela daria um jeito naquilo! Não se permitiria afetar – mais – por aquela estranha. Soltou o ar com força, virando-se para olhar Helena, encontrando-a de braços cruzados e lhe encarando de forma inquisitorial. Era só o que faltava!

- O que foi? - Perguntou de maneira impaciente.

- O que foi?? Sou eu quem pergunto! Que porr* foi essa, Delphine? – Helena estava visivelmente confusa e levemente irritada. Del bufou exasperada.

- Deixe de bobagens, Helena. Temos coisas muito mais importantes para nos preocuparmos.  - O tom era sério e não abria brechas para questionamentos. - Cuidarei da Srta. Niehaus assim que eu voltar. – Retomar sua postura altiva e confiante de sempre. – Quando conseguiremos decolar?

 

******

 

Já passava das dez horas da manhã de segunda-feira quando o jatinho particular da família Cormier pousou no Aeroporto Internacional de Dublin, trazendo consigo uma ansiosa e tensa Delphine e uma Helena cautelosa e extremamente alerta. Ambas tiveram grandes dificuldades em conciliar o sono na noite anterior e no caso de Delphine, em nada teve a ver com sua habitual insônia. Cada uma por seus motivos, porém convergiam para a mesma origem: John Lamartine.

Ainda na área de desembarque, uma SUV de luxo preta as esperava. Helena e Delphine seguiram apressadamente em direção ao carro. O tempo era frio e a garoa gelada caía tranquila; Característica corriqueira do inverno irlandês. Abrindo a porta do veículo para que entrassem, o motorista as cumprimentou pelo nome.

-  Sejam bem-vindas de volta a Dublin. - O tom era respeitoso e objetivo.

- Obrigada, Benjamim. – Helena quem acabou respondendo, já que Delphine estava ao celular e mal prestava atenção no motorista, o que fez sua segurança abrir uma carranca, achando aquela atitude extremamente rude da parte dela. Helena lembrava-se muito bem do quanto aquele homem havia feito para ajudar Delphine quando ela mais precisou – desesperadamente -  e se arrepiou com a lembrança. Tal recordação sempre vinha à tona quando precisavam voltar àquela cidade. Era uma das lembranças mais assustadoras que tinha... A noite em que Delphine quase morreu. Um gelo percorreu a espinha de Helena que encarou Delphine profundamente e suspirou, ajustando seu casaco e constatando que realmente não gostava daquela cidade.

Com o carro já em movimento, Benjamim transmitiu a informação de que a mãe da Delphine havia chegado a pouco mais de trinta minutos e somente então Delphine lhe dirigiu a palavra.

- Muito obrigada, Benjamim! – O olhar focava a estrada e antes mesmo que Helena pudesse começar a repreendê-la pela frieza, Delphine emendou. – E como a Morgana está? – O tom era sinceramente preocupado, fazendo Benjamim esboçar um meio sorriso.

- Ela está muito bem, Srta. Cormier. Está terminando os estudos e disse que quer ser professora igual a Srta. – Ele completou todo orgulhoso, olhando para trás e sobressaltando Helena.

- Ótimo Benjamim. Certamente a Srta. Cormier está lisonjeada, agora foque na estrada! – Delphine a olhou de forma carinhosa. Nunca seria capaz de agradecer ou mesmo retribuir tudo o que Helena havia feito por ela. Era sua grande amiga acima de tudo e estarem ali, e de volta a Dublin, constava ainda mais essa certeza. Del repousou os olhos e respirou fundo. ‘’Você está viva, e bem. É apenas uma lembrança ruim...’’. Como um soco na cara, a recordação daquela fatídica noite a acertou em cheio, fazendo-a levar a mão instintivamente até o seu abdômen, apertando-o com força.

Assim que voltou a abrir os olhos, Delphine se voltou para Helena e uma cúmplice troca de olhares aconteceu. Aquela rápida e totalmente desagradável viagem no tempo era um lembrete vívido, alertando-as de que não poderiam brincar e muito menos subestimar o lunático do Lamartine.

A neve começava a cair quando finalmente chegaram a um imenso casarão no estilo medieval localizada nos arredores de Dublin. Na entrada, uma placa dourada fixada no alto de um imenso e pesado portão com lanças pretas indicava que haviam chegado à sede da Fundação Ártemis. Uma organização de âmbito internacional e filantrópico que atuava no desenvolvimento e financiamento de programas de apoio às mulheres em todo o mundo, especialmente nos países menos desenvolvidos. O portão foi aberto e assim que cruzaram, um barulho estrondoso capturou a atenção dos três, levando Helena a por a mão na arma pendurada em  seu personalizado coldre de cintura enquanto já se adiantava e se colocava diante de Delphine, numa clara posição de defesa.

Del soltou um risinho nervoso. - Fique calma, Helena! – Pediu, já afastando sua amiga com delicadeza. Helena a encarou confusa. – Devem estar providenciando o nosso almoço, pode relaxar. – Delphine observou piscando de forma divertida para Helena, que revirou os olhos! Em seu íntimo, agradeceu nova e profundamente a dedicação de sua segurança e amiga. Seu palpite sobre o almoço se confirmou assim que desceram do carro e foram surpreendidas por uma mulher imponente e acolhedora.

- Sejam muito bem-vindas a Dublin, queridas! Uma pena que a visita seja por um motivo não tão agradável. –  Viraram-se para encarar quem as saudava.

- Siobhan! Como vai?! – Delphine a cumprimentou com carinho e cordialidade, dando-lhe um abraço tímido.

- É muito bom revê-la, Sra. Sadler. - Helena disse. O tom respeitoso e gentil.

Siobhan Sadler era a presidente da Fundação Ártemis. Uma mulher extremamente inteligente e perspicaz, com uma rede de conhecimentos e contatos a ser invejada por qualquer agência de inteligência do mundo. Seus cabelos castanhos escuros adornavam um rosto lindo, emoldurados por marcantes olhos azuis. Seu porte era de uma mulher forte e determinada. Naquele momento, numa mão ela portava o seu majestoso e inseparável rifle de caça e na outra, um pequeno grupo de aves mortas que certamente seriam a refeição naquele dia frio. Vestia botas e calça escuras de caça, um pesado casaco também de caçador, ornamentado por pequenas ferramentas e um chapéu para completar o visual.

- Todas já estão aqui? – Delphine perguntou enquanto subiam as escadas na entrada do casarão, seguidas por Benjamin que trazia a bagagem.

- Quase todas… algumas vieram às pressas e conseguiram chegar. As demais irão participar por vídeo conferência.  Estávamos apenas aguardando sua chegada. - Encarou Delphine e seus olhos eram um misto de compaixão e admiração. Siobhan prosseguiu. - Caso prefira, podemos esperar que você descanse. – O tom era de sincera preocupação. Uma das características que Delphine mais admirava naquela mulher era justamente o cuidado que ela transmitia as outras.

Estou bem, Siobhan. Não preciso descansar... Nem sei se isso seria possível. – A segunda parte foi dita num tom mais baixo, quase um sussurro. A mulher mais velha apenas deu de ombros. Sabia que não adiantaria insistir.

Continuando a caminhada já dentro da grande casa, por onde passavam eram saudadas e as vezes até reverenciadas pelos funcionários daquela fundação. A grande maioria era composta por mulheres das mais variadas partes do mundo. Mulheres que foram ajudadas pela fundação e conseguiram deixar para trás um passado cruel, marcado pela violência, perseguição religiosa e a misoginia² tão presente e mais acentuada em países mais pobres. Estavam ali por um elo e um ideal comum. Faziam parte do chamado “Exército de Ártemis”, nome dado pelas próprias mulheres que o compunham. Era uma alcunha criada devido às inúmeras batalhas que travaram em suas vidas e continuavam travando para ajudar outras mulheres pelo mundo.

O lugar era belíssimo, contando com quadros e artefatos antigos e de valor histórico preso às paredes. As grandes janelas iluminavam o ambiente e proporcionavam um ar de liberdade e bem estar. Assim que alcançaram a sala diante da grande porta de madeira, Siobhan deu o sinal. Helena e Delphine precisariam se separar. Del virou-se para encarar sua segurança.

- Helena… Sabe que daqui eu preciso seguir sozinha. – Observou os olhos de sua amiga. Um pesar e uma triste expectativa pairavam sobre eles. Delphine suspirou. – Você pode aproveitar e descansar um pouco. Essa reunião muito provavelmente será bastante demorada. Helena retribuiu a preocupação no olhar.

- Descansarei quando você descansar. – Essa era exatamente a resposta que Delphine sabia que teria. Cogitou questionar aquela atitude, mas sabia que era uma batalha perdida. Helena era dura demais na queda. Por fim, Del apertou gentilmente o ombro de sua amiga, como que para lhe transmitir força e despediu-se, cruzando a imensa porta de madeira enquanto Siobhan a encarava, totalmente complacente.

- Você a ama, não é? – Sra. S. Era assim que Siobhan era conhecida por todos ali, sempre direta e incisiva. A pergunta era praticamente uma afirmação e pegou Helena de surpresa, completamente. Não conseguia reagir… Chegou a abrir e fechar a boca algumas vezes, mas nenhum som saiu dali. Só conseguiu encolher os ombros e comprimir a boca numa linha rígida, obviamente, não precisaria – tentar - dizer mais nada. S intensificou o olhar. – Lamento muito por isso. – A gentileza e complacência deram lugar a uma frieza e objetividade que assustaram Helena, que só teve condições de assentir com um leve aceno de cabeça.  

Assistiu Siobhan depositar seu rifle junto à um pequeno arsenal localizado sobre a lareira que ficava próxima a sua mesa. A sala que antecedia a imensa porta de madeira era a sala dela, a presidência da fundação. Em seguida atravessou a grande porta, deixando Helena para trás.  Com um pesado suspiro ela encarava aquela porta. Ansiava mais do que tudo poder atravessá-la e ficava imaginando como seria do outro lado. Mesmo sendo algo que muito desejava, sabia que ainda não era merecedora. Resignou-se com aquela constatação. ‘’Respire, Helena… tudo no seu tempo.’’

Do outro lado das portas, Delphine caminhava decidida, – e exuberante - contemplando uma série de quadros e retratos de grandes e importantes mulheres que fizeram parte daquela batalha. Ao final do corredor, uma nova porta dava acesso a um elevador em modelo antigo, com grandes nas portas. Ainda esperou que S a alcançasse para que seguissem juntas. O pensamento de Delphine era um turbilhão.

Alcançado o destino, as grades foram abertas, deixando-as diante de antessala que acolhia uma outra porta, guardada por duas mulheres que impressionavam por sua postura e aparência. Assim que avistaram Delphine e Siobhan, as reverenciaram em uma saudação formal e respeitosa e abriram o portal que tinha como puxadores as duas faces de um Labrys.

Assim que as portas revelaram seu interior, depararam-se com uma grande e ostensiva mesa oval, cercada por cadeiras moldadas em uma grossa madeira escura e algumas delas já estavam ocupadas por mulheres imponentes, que conversavam discretamente. Assim que perceberam a entrada das duas, ergueram-se e realizaram a mesma saudação formal desempenhada pelas guardas na antessala. O punho direito fechado sendo lançado em direção ao peito esquerdo e depois devolvido ao lado do corpo. Essa era a saudação que identificava as mulheres que pertenciam aquele grupo específico.

Delphine seguia para ocupar uma das cadeiras naquela mesa e já retirava seu pesado sobretudo de couro marrom, revelando um terninho preto muito bem alinhado, mas sem emoção alguma. Retomou a postura altiva e imponente de sempre.

- Muito bom dia, Senhoras. Peço desculpas por minha demora, mas só conseguimos a autorização de voo até agora pela manhã – Caminhou em direção a mulher que estava sentada na extremidade da mesa. Uma figura de elegância e imponência memoráveis e que lembrava Delphine. Os cabelos ondulados já eram brancos, e estavam perfeitamente alinhados em um meio rabo de cavalo. Vestia uma espécie de bata branca adornada por um encantador medalhão que pendia como joia, além de alguns anéis e pulseiras igualmente majestosos. Adereços que eram comuns às demais participantes. Aquela era Genevieve Cormier.

Assim que Delphine a alcançou, repetiu a clássica saudação e assim que iniciou uma reverência, Genevieve há impediu.

- Saudações, grande Mestra. - Delphine proferiu de maneira altamente respeitosa. Antes que fosse capaz de beijar um dos anéis de sua mãe, a mulher a puxou pela mão, erguendo-a.

- Não se curve, minha Senhora. Por favor, sente-se em seu lugar de direito –  Complementou, afastando-se da cadeira e oferecendo-a à Delphine. Esta, aparentou confusão.

- Não, Genevieve. - O tom era sério e carregado de convicção. -  Essa cadeira é sua e você é a Mestra desse Conselho. – Concluiu, assumindo a familiar postura rígida e soberana enquanto encarava sua mãe.

- Perdão, minha Senhora... Mas este título é seu por direito – Disse uma das mulheres presentes no recinto e, assim como as demais, permanecia de pé desde  o momento em Delphine entrou no ambiente.

Del suspirou resignada, fitando cada uma das participantes. - Há muito tempo eu abdiquei desse direito e o fiz em nome de Genevieve. Ela tem sido uma grande Mestra altamente competente, mais do que eu jamais poderia ser. –  Voltou o olhar carregado de ternura para a mulher a quem chamava de mãe.

- Nesse exato momento o menor de nossos problemas é quem deve ou não ocupar esta cadeira, não é mesmo? – Exasperou-se Shioban.  Sua praticidade era uma de suas características mais evidentes e ela sabia que aquela discussão em relação a títulos não levaria e não ajudaria em nada. – Temos uma questão infinitamente mais séria para debatermos. – O tom de voz era carregado de comando, indicando que Delphine deveria sentar-se de uma vez por todas. Del, visivelmente incomodada e a contragosto, sentou-se na cadeira que outrora fora ocupada por sua amada mãe. Com um gesto curto e rápido, pediu que as presentes também se acomodassem.

Além de Delphine, Shioban e Genevieve, outras 3 mulheres também estavam presentes. A primeira era japonesa e já tinha lá os seus 50 anos, Akemi Irata. A segunda delas era uma belíssima negra de origem Somali conhecida como Waris Dirie. A terceira era uma mulher ruiva, de pele muito branca e uma certa corpulência. Tratava-se de Anna Pietrova. Para além dessas, outras 3 eram mostradas em um grande monitor de tela plana que pendia do teto.

- Muito bem… - Iniciou Delphine, seguido de um suspiro pesado. -  Agradeço a disponibilidade e presteza de todas pelo comparecimento nesta reunião. - Breve pausa. A atenção direcionada a Delphine era quase palpável e ela continuou - Temos uma questão de natureza bastante urgente. ‘’Aquele filho da p...’’ John Lamartine está de volta.

- A besta finalmente despertou... – S complementou de forma sarcástica, fazendo com que todas a encarassem com expressões pensativas. Era claro e notório o receio de todas ali presentes. Mesmo já cientes, o anúncio verbalizado por Delphine tinha um peso sufocante. Elas tinham perfeita ciência do que aquele homem inescrupuloso era capaz e o seu retorno certamente não significava boa coisa.

- Sim, a besta despertou. – Endossou Delphine. – Mas, para o azar dele, nós nunca dormimos. - Sorriu com toda a majestade que lhe cabia, imprimindo a força e segurança que lhe eram tão características e que tinham a capacidade de apaziguar e fortalecer os corações aflitos - Portanto, eu declaro aberta a sessão extraordinária da Ordem do Labrys!

 

**********

Glossário:

 

¹ Get over it: Expressão americana utilizada para endossar o significado de ‘’Supere isso’’, ou mesmo ‘’Largue isso pra lá’’

² Misoginia: É a repulsa,  ódio ou aversão contra as mulheres, estando relacionado a tudo que tenha a ver com o mundo feminino. 

Fim do capítulo


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