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An Extraordinary Love por Jules_Mari

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Palavras: 4825
Acessos: 6231   |  Postado em: 27/11/2017

Capítulo 8 Uma Lady na mesa ...

Em pouco mais de 40 minutos, Delphine já estava pronta e dava aquela última olhada espelho. Usava um vestido preto acinturado, com a parte de baixo mais justa, acompanhando e valorizando suas curvas até um pouco acima dos joelhos. Na parte de cima, o tecido era mais maleável e leve, cobrindo todo o seu abdômen e busto, com mangas que estendiam-se até os antebraços, porém, não havia tecido na parte de trás e toda a extensão de suas costas estava à mostra até a base da coluna. Sem se esforçar ela já chamava muita atenção, se essa fosse a sua intenção então, o estrago seria grande!

Optou por uma maquiagem que expressasse seu humor naquele momento: Uma escura sombra nos olhos e um batom num vermelho intensamente escuro. Seu cabelo deslumbrante estava muito bem penteado e domado num coque perfeito e, para completar o visual, usava saltos 15 de bico fino. Um verdadeiro escândalo de mulher!  Furtivamente, a expectativa de como uma certa pessoa reagiria se a visse daquele jeito brotou em sua mente e, antes mesmo que pairasse por lá, balançou a cabeça, espantando o pensamento.

No entanto, a empolgação inicial que a levou a ligar para a sua colega de trabalho e as vezes de cama, já havia se dissipado àquela altura. Pensou em desistir umas três vezes, mas se obrigou a sair, tendo a impressão de que se ficasse enfurnada em seu apartamento iria enlouquecer, além de já ter feito a outra mulher desmarcar de última hora os planos que tinha. Era sempre assim, Delphine nem precisava se esforçar, ela só precisava querer. Revirou os olhos com a constatação.

Também não queria - e não iria -  reconhecer que estava sendo afetada pelo o que quer que fosse aquela situação ridícula. Não. Não ela! Não a “Toda poderosa Cormier” como costumavam chama-la. – Toda poderosa... – falou num tom sério enquanto se encarava no espelho, fazendo cara de mal. 5 segundos depois ela não se aguentou, explodindo numa gargalhada curta! ‘’Ridículo!’’  Ela sabia de todos os apelidos e expressões pelos quais era conhecida na Universidade e nenhum deles a incomodava ou tinham qualquer importância, contanto que nenhum deles chegasse perto de definir quem ela realmente era. Tudo aquilo ajudava a criar a personagem que ela precisava representar.

Apesar de todos a considerarem brilhante e terrivelmente linda, de um intelecto surreal e único, também a consideravam uma mulher fria, inalcançável, distante e praticamente inatingível. Sim, ela poderia ser isso tudo, mas a verdade sobre Delphine era muito mais perturbadora e inconcebível. O lugar onde sua mente, alma e coração estavam era muito mais escuro e sombrio do que qualquer um poderia imaginar. Não, eles não poderiam mesmo imaginar e esse pensamento a fez suspirar, visivelmente derrotada. Ainda assim, se obrigou a passar pela porta. – Vamos logo com isso, Cormier... – Sua voz era firme e convicta, quase como se fosse para encorajá-la. Queria e precisava retomar o controle sobre tudo a sua volta, embora no fundo, - bem lá no fundinho - sentisse uma persistente sensação de que isso não duraria por muito mais tempo. Deplhine Cormier era como um poderoso e inigualável ímã, atraindo tudo e todos que queria e principalmente, que eram necessários para manter o curso de seus objetivos.

Cogitou ligar para sua segurança, mas sabia que não seria justo com ela e decidiu não atrapalhar sua merecida folga, mesmo sabendo que se realmente precisasse, Helena não hesitaria em largar o que quer que estivesse fazendo para vir em seu auxílio. Sorriu de um jeito melancólico, agradecendo a devoção e lealdade de sua amiga, mas sabendo que jamais seria capaz de retribuí-la; não da maneira que ela merecia e muito menos da forma que Helena gostaria. Sabia que era imprudente sair sozinha, porém duvidava muito que seus inimigos voltassem a atentar contra a sua vida. A oportunidade já havia passado e o objetivo não fora alcançado. Ela estava ali, não é? Tinha conseguido e era uma sobrevivente, mesmo contra todas as possibilidades. Somente o fato de estar viva revelava e reafirmava quanta força ainda existia nela. O recado foi dado. E muito bem dado.

Era muito mais provável que tentassem atingi-la de outra forma, exatamente da maneira que ela suspeitava: Uma provocante e tentadora armadilha que atendia pelo nome de Cosima Niehaus, porém, ela não pretendia se deixar capturar. A menção à sua nova orientada lhe provocou um friozinho na barriga. Tudo bem! Essa sensação estúpida já já iria acabar. Precisava acabar. Tinha acabado de trancar a porta quando lembrou que também havia dispensado seu motorista, uma vez que não tinha planejado sair naquela noite.

- Onde estou com a porcaria da cabeça?? Inferno! – Repreendeu-se, sabendo a resposta para a pergunta que fez a si mesma de forma quase retórica, mas sem a menor intenção de admitir ou mesmo pensar a respeito. Precisou voltar ao apartamento para buscar a chave de um de seus carros. Não pensou muito, pegando a primeira que encontrou, qualquer um estaria ótimo. Já no elevador, deu uma última conferida no visual, muito mais por hábito do que por necessidade. Delphine era essencialmente deslumbrante por natureza e a cada ano que passava, sua beleza já inacreditável se potencializava ainda mais, atribuindo-lhe a auto confiança e segurança de quem sabe exatamente o efeito que causa nas pessoas.

Alcançou a garagem, avistando o local diferenciado onde ficavam seus carros. Quatro na verdade, todos pretos e absurdamente lindos, exalando poder e soberania, assim como ela. Não sabia de qual deles era a chave e acabou se perguntando o porquê de ter tantos carros, ela realmente não sabia! Apertando o controle preso a chave, o terceiro deles piscou os faróis. Sorriu, aliviada e satisfeita. Temia que a chave aleatória fosse a de uma Ferrari esportiva que não combinaria em nada com seu visual. Esboçou uma careta-sorriso em resposta ao pensamento. Até parece! Delphine combinava com tudo! Qualquer lata velha ficaria bem ao lado dela.

Aproximou-se de um incrível Jaguar clássico e de ultima geração, adaptado para transporta-la, uma vez que era blindado e mais veloz do que os demais para caso de necessidade. Enquanto entrava no maravilhoso veículo, constatou que iria sentir-se menos exposta e mais protegida dentro dele, mesmo sabendo que em seu íntimo, ela não se importava... não mais. Certamente sua segurança e amiga agradeceria aquela atitude.  – Viu, Helena?! Não sou tão displicente assim.  – Disse enquanto arrumava o espelho retrovisor. O tom era divertido e Delphine achou graça de conversar com a versão imaginária de Helena.

A essa altura já não sentia mais tanto prazer em dirigir, nem mesmo aqueles modelos alucinantes e que qualquer homem mataria para ter. Imediatamente lembrou-se do primeiro carro que pilotou e a comparação com ultramoderno e confortável em que estava foi inevitável, seguido de um meio sorriso triste. Respirou mais fundo do que o necessário, conferindo as horas no sofisticado Cartier dourado que adornava o delicado pulso, já estava elegantemente atrasada.

Pouco mais de 10 minutos se passaram e ela já estacionava em frente ao edifício onde Marion Bowls morava. Não precisou esperar muito para que sua acompanhante irrompesse da porta giratória. Ela também havia caprichado na produção, avisada por Delphine de quais seriam os planos e se deixando levar pela absurda expectativa do que era estar ao lado de uma mulher como Cormier, se é que existiam outras mulheres como ela. Marion acreditava fielmente que não.

Sem a menor dúvida, a Srta. Bowls não era uma mulher qualquer e exalava charme e confiança. Tinha a mesma altura de Delphine, pele muito branca, contrastando com os longos cabelos, cacheados e negros. Seus lindos traços eram a representação de sua ascendência grega e turca, sem contar que sua forma física era totalmente invejável para as primaveras que a acompanhavam. Seus 45 anos lhe atribuíam uma confiança e maturidade absurdas, sendo características muito apreciadas por Delphine. Assim como ela, também era professora na Sorbonne, atuando no departamento de Ciências Políticas, de onde já se conhecem há alguns anos.

Marion já abria a porta do carro quando quase se deteve, disfarçando o semblante surpreso e deslumbrado.  Ela nunca se acostumaria com o soco na cara que era a aparência de Delphine! Definitivamente, uma mulher como aquela tinha era única. Chegava a ser afrontoso. Se recompôs em poucos segundos enquanto adentrava ao veículo e foi pega novamente desprevenida. O cheiro que Del exalava era inebriante e afrodisíaco, sem dúvida alguma.

-Boa noite, toda poderosa Comier! – O sorriso brincava em seu rosto. - A que devo a honra de suacompanhia nessa fria noite de fevereiro? – Indagou, da forma mais provocadora e insinuante que conseguiu. Delphine a encarou com divertimento, porém com mais intensidade do que normalmente encararia, fazendo Marion remexer-se no banco, visivelmente atingida. Iria jogar o joguinho dela. Intensificou ainda mais o olhar enquanto preparava a resposta.

-  Hum... Ao que parece, me peguei com uma súbita vontade de....- Fez menção em pousar um dedo em seu lábio inferior e a respiração de Marion falhou, audivelmente. - ...de desfrutar uma agradável noite na companhia de uma velha amiga. Posso? – O tom era igualmente provocante, mas sem ser forçado. Delphine tinha sensualidade exalando de cada um de seus poros, de maneira natural e fluída. Marion estreitou os olhos e mordeu levemente o lábio inferior, ansiosa e satisfeita com as promessas implícitas naquelas palavras.

Ela se gabava da vastíssima experiência sexual que possuía, com os mais variados tipos de pessoas. Se considerava uma predadora nata, entretanto, encontrara em Delphine uma concorrente mais do que à altura e muito além disso. Ninguém jamais seria como Delphine Cormier entre quatro paredes e a constatação de que ela estava ali, bem ao seu lado e desejando-a por qualquer motivo que fosse já a deixou extremamente excitada. Como Cormier conseguia? Inacreditável!

Logo estavam diante de um elegantíssimo e seleto restaurante, o Minipalais. Assim que o sofisticado Jaguar encostou na entrada diante de uma longa escadaria, todos que aguardavam as reservas na fila do lado de fora tiveram a atenção capturada. Todos. Os manobristas aproximaram-se, um de cada lado do carro para ajuda-las a descer. Dava quase para ouvir o barulho dos queixos caindo no chão quando finalmente puseram os olhos nas duas mulheres absurdamente sexys e elegantes que saltaram daquele carro, mesmo ainda estando vestidas com os luxuosos sobretudos.

Os olhares transitavam de Delphine para Marion e gravitavam novamente para Del, demorando-se nela. Marion fez questão de deixar claro o que aquilo significava, passando as mãos nas costas de sua desejada acompanhante, como se com aquele gesto ela denotasse algum tipo de posse. Delphine percebeu, obviamente, mas não se importou. Sabia perfeitamente que aquilo jamais seria possível e chegava a ser patético da parte da outra.

Com certeza a PhDeusa não precisaria esperar na fila com os mortais, portanto, já seguiram direto para a escadaria, deixando os demais para trás e ainda com os queixos caídos. No topo da ornamentada escada, as imensas portas de acesso ao interior do local foram abertas e o metre, um homem alto, magro e muito bem vestido, imediatamente reconheceu Delphine, saudando-a com uma leve reverência, disfarçando o brilho nos olhos ao apreciar uma beleza como a dela.

-  Espetacular noite, Mme Cormier. Seja muito bem vinda de volta. Sua mesa usual está pronta e a sua espera. – Falou com uma polidez incrível e seu tom era firme. Sinalizou para que um funcionário recolhe-se os sobretudos.

- Boa noite e muitíssimo obrigada, Philipe. – Agradeceu ao rapaz e saiu em direção à mesa, sendo guiada por uma lindíssima mulher negra, de corpo escultural e que deu uma sugestiva e apimentada encarada nas duas. A verdade era que Delphine nem precisava ser guiada até sua mesa, já conhecendo muito bem o lugar. Porém, os costumes do restaurante eram prezados e apreciados por ela e então, se deixava levar.

Por onde quer que fosse, Delphine Cormier era o centro das atenções e era acompanhada por Marion, que não ficava muito atrás e adorava aquilo, totalmente ao contrário de Del, que não fazia a menor questão. Havia se produzido por hábito e pela certeza de que aquele visual seria mais do que suficiente para seduzir sua acompanhante, como se a morena já não estivesse em chamas só de encarar as costas nuas da loira que desfilava a sua frente, com movimentos felinos e precisos, serpenteando seu quadril.

Aquele lugar era uma atração à parte em Paris. Ocupava todo um prédio que outrora havia sido um palacete imperial, cercado por colunas em estilo grego e ornamentado com bustos de personalidades francesas e mitológicas. O interior era moderno e sofisticado, contando com vários ambientes para as mais diversas ocasiões. Lustres belíssimos pendiam do teto, proporcionando uma atmosfera de elegância e luxo. Tudo isso combinado à presença magnética e imponente de Delphine, proporcionava aos demais frequentadores do restaurante uma experiência intrigante e envolvente.

Passaram por um corredor envolto por cascatas de pequenas luzes brancas que vinham do teto ao chão. Enquanto caminhavam, a empolgação e excitação de Marion eram quase palpáveis, fazendo Delphine revirar os olhos. O corredor terminava numa área altamente luxuosa – mais do que os outros ambientes -  e com certeza a mais exclusiva do restaurante, onde Cormier possuía uma mesa cativa, uma vez que aquele era um dos lugares em que ela mais gostava de estar. Apreciava a excelente cozinha e a fabulosa carta e vinhos, porém, muito secretamente, adorava aquele lugar muito mais pela história que ele carregava, já que o frequentava muito antes de ser um local de alta gastronomia. Marion não evitou o ar de surpresa quando alcançaram a mesa num local ainda mais reservado e exclusivo, com baixa iluminação e uma maravilhosa cortina de flores e plantas verdadeiras.

Segundos depois de se acomodarem, um garçom já estava a póstos para atendê-las, já conhecendo um pouco das preferências de Delphine,  uma vez que já fazia algum tempo que era sempre ele que a atendia.

- Bonne nuit, Mme Comier. - O tom polido e absurdamente respeitoso do garçom atraiu a atenção de Marion. Delphine era de fato uma Deusa. Todos à admiravam ou a temiam. Impressionante.

- Bonne nuit, Jean. - Respondeu com igual cordialidade. A voz era cadenciada e um tanto rouca, provocando um frio na barriga da morena.

- Por favor, traga uma garrafa de Châteauneuf-du-Pape e para acompanhar um... – Virou-se para sua acompanhante. – Sardinillas en boîte, beurre aux algues de entrada e ... Hum... Saumon vapeur, choux vert, beurre gingembre et citron confit para o prato principal?

- Sempre confiei em suas escolhas e… agora não será diferente. – A resposta veio acompanhada de um sorriso atrevido enquanto apoiava o queixo sobre as mãos, entrelaçadas e de forma insinuante. De maneira elegante, Delphine devolveu o cardápio a Jean sem desviar os olhos de Marion. A pouco intensidade que imprimia no olhar foi suficiente para que o corpo da morena reagisse. Ela era fácil demais! Suspirou discretamente. ‘’O sex* é bom... Conforme-se.’’ Por fim, conformou-se, já que era disso, apenas disso que precisava… alguém para satisfazer seu corpo e suas necessidades físicas, embora soubesse que jamais passaria disso.

Aliás, sempre foi apenas isso e não somente com Marion. Ninguém conseguiu ou mesmo conseguiria o feito de despertar o amor em Delphine. Ninguém além dela... aquela que foi  - e ainda é -  soberana em seu coração, dona de suas fantasias mais secretas e íntimas e que ressignificou a definição do que era amar. Ela jamais seria alcançada, nem substituída. Piscou rapidamente no intuito de afastar da cabeça aquele pensamento e rapidamente se recompôs, ela precisava fingir interesse em sua acompanhante e essa, tagarelava incessantemente sobre seus últimos feitos acadêmicos e sobre sua mais recente aventura erótica com um de seus orientados. Ética não fazia muito o estilo de Marion.

- Hum… Mais um para a sua coleção, bravo. – Alfinetou Delphine, já degustando o magnífico vinho que acabara de ser servido. Seu tom era baixo e quase sem emoção. Marion a encarou, a cobiça dançando em seus olhos!

- Coleção da qual você é o item mais valioso, minha querida. – Gabou-se a morena, totalmente cheia de si. Delphine gargalhou em desdém, quase de maneira forçada. Ela sabia que era um tipo de troféu. Seus talentos e habilidades eram absurdamente disputados e desejados, e não somente no âmbito acadêmico.

- Não irei contradizê-la… - Delphine mirava a taça enquanto depois de sorver mais um gole do vinho. -  Tenho planos para você essa noite. – Lentamente levantou o olhos para encará-la. Lá estava... o penetrante olhar semicerrado e escandalosamente provocante, capaz de enlouquecer qualquer mortal – qualquer um. Marion engoliu e seco, como Delphine conseguia fazer aquilo? ‘’uma loucura de mulher...’’. Cogitou cancelar o jantar naquele exato instante e arrancar aquela mulher dali. Queria devora-la pedaço por pedaço e sentiu-se ainda mais excitada com essa possibilidade.

Porém, como toda excelente predadora, Marion muito apreciava aquele jogo incrível de sedução que sempre antecedia as rodadas de sex* entre elas, sem contar o prazer que sentia ao desfilar ao lado de Delphine, de vê-la atuando tão naturalmente  naquele ambiente. O mistério, o magnetismo e a elegância que fluíam de Cormier eram fantásticos e viciantes.  Delphine era uma verdadeira Lady à mesa. Marion sorriu com o comparativo, pensando no complemento desse dito popular.

Todo o jantar transcorreu  naquele clima de sedução. Delphine conseguia o que queria sem o mínimo de esforço e isso não era nada estimulante para ela.. ‘’Vamos lá, Marion.. você faz melhor do que isso.’’ O único esforço que fazia era pra manter o foco no decote insinuante de sua acompanhante. A morena usava um vestido vermelho de alças finas cujo corte favorecia - e muito - suas curvas mediterrâneas.

Decidiram pular a parte da sobremesa, cada uma por um motivo diferente. Marion, por querer fazer a PhDeusa de sobremesa e Delphine, por querer acabar logo com aquilo. A expectativa afundava o estômago de Marion enquanto iam em direção a saída do restaurante. Era sempre assim quando se tratava de Cormier. A morena experiente parecia uma adolescente vibrando de excitação!

Já do  lado de fora, no pé da escadaria, não precisaram aguardar como os demais que esperavam por seus carros. A confiança e poder que emanavam de Delphine parecia afetar um por um! Chegava a ser engraçado. A singela neve já começava a cair e 15 segundos depois, o carro de Del estava pronto, aguardando por ela.

Assim que entraram no carro, a morena tocou o joelho à mostra de Delphine, que a olhou com uma expressão indecifrável, porém, Marion era ousada e sem a menor noção de perigo e era exatamente isso que a atraia. Decidiu se permitiu apreciar aquele toque e deixar que ele fosse o ponto de partida para outras agradáveis e conhecidas sensações. Suspirou aliviada e discretamente. Constatar que seu corpo ainda respondia às carícias de Marion era tudo que precisava para que aquilo funcionasse.

Chegando ao prédio da Srta. Bowles, essa orientou que Delphine estacionasse seu carro em uma de suas vagas. Não trocaram uma palavra sequer enquanto caminhavam para o elevador, apesar de Marion não fazer nenhuma questão de disfarçar o desejo pulsante que sentia. Se entreolhavam fixamente enquanto subiam os 10 longos andares dentro do elevador e Delphine precisava fazer um esforço quase que sobre humano para manter seu foco em naquela mulher, e não em nenhuma outra em que recusava-se com veemência a pensar, até mesmo em seu nome, por achar idiota e absurdo demais. Tentou ao máximo evitar, mas... a imagem impertinente e escandalosamente sensual de sua mais nova orientada completamente suada e intensamente sexy invadiu sua mente. Fechou os olhos, mordendo o lábio inferior em resposta e se sentiu que… sentiu que estava realmente molhada. ‘’Pura que pariu...’’ Marion mal conseguir evitar que sua boca se abrisse involuntariamente, delirando com a cara que Delphine fazia. Mal sabia ela que a dona daquela fantasia não estava naquele elevador. A porta se abriu, arrancando Delphine daquele devaneio louco.

Assim que Marion destrancou a porta de seu apartamento, dando passagem à tentação de mulher que a acompanhava, não teve tempo nem mesmo de oferecer uma alguma bebida e muito menos exercer a boa hospitalidade. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, Delphine lançou-se sobre ela, virando-a de costas e pressionando-a contra a  grande janela à frente, na sala de entrada mesmo, causando-lhe um delicioso sobressalto.

- Meu Deus, Delphine...! Quanta urgência! – Quase arfava já louca de tesão, tentando virar seu rosto para beijá-la. Contudo, Cormier não queria seu beijo. Sendo assim, com certa violência e habilidade invejáveis, ergueu o vestido vermelho da morena, arracando-o por cima de sua cabeça, revelando sua calcinha de um vinho escuro, ainda pressionando seu corpo contra o dela, mordendo sua nuca. ‘’Puta merd*...’’ Delphine era um furacão e um tremor percorreu Marion por inteira, arrepiando-a por completo. O brusco contato de sua pele com a temperatura mais fria complementou a sensação.

A pressão que Delphine imprimia fazia com que os mamilos já completamente rígidos de Marion roçassem no gelado vidro, provocando nela uma excitação enlouquecedora, deixando seu sex* ainda mais desejoso. Mal racionando, conseguiu agradecer por não ter tido tempo nem de acender as luzes, já que qualquer vizinho do prédio em frente poderia assisti-las de camarote! Seria uma visão e tanto, digna de uma libidinosa e indecorosa fantasia.

Contudo, Delphine tinha pressa e já invadia a calcinha daquela mulher com urgência, usando uma de suas mãos enquanto a outra soltava o zíper de seu próprio vestido, deslizando sobre seu corpo até encontrar o chão.

Seus dedos precisos e hábeis escorregavam no sex* excitadíssimo de Marion que se contorcia de prazer, gem*ndo palavras indecentes e sem o menor pudor, exigindo, entre outras coisas, que Delphine a tomasse por inteira e onde ela bem quisesse. Entretanto, a urgência de Del evidenciava que aquele estava muito longe de ser um ato romântico ou apaixonado. Era puramente carnal. Tirou sua própria calcinha enquanto literalmente arrancava a de sua parceira com uma força e velocidade impressionantes, voltando a provocar o sex* encharcado de Marion enquanto puxava aquele quadril perfeito, friccionando a bunda dela em seu centro de prazer, obrigando-a a rebol*r indecentemente, quase curvada.

Delphine comandava o ritmo com maestria e de maneira enlouquecedora, levando Marion ao limiar da loucura naquela posição extremamente excitante. Não demorou muito para que se derramasse em Delphine, goz*ndo com vontade e explosivamente, sentindo sua umidade escorrer.

A visão  das duas belíssimas mulheres era uma das definições de pura luxuria. Completamente nuas e exuberantes, tendo como um delicioso complemento apenas os sapatos da salto alto e as jóias sofisticadas.

Completamente extasiada, Marion virou-se para encarar Delphine que muito honestamente, não poderia ser mais luxuriante e sexy do que aquilo, mesmo com um semblante até certo ponto sombrio, embora a respiração acelerada denotasse o que ela sentia. Focou nos lábios fenomenais e convidativos da loira e quando avançou para beija-la, Delphine a impediu, colocando apenas um dedo em sua boca. A respiração de Marion vacilou e ela sentiu as duas mãos de Cormier em seus ombros, impelindo-a para baixo numa ordem silenciosa, indicando exatamente o que Delphine queria que ela fizesse. ‘’Puta merd*…!’’ A morena sabia que o sex* com ela era assim... Delphine é quem dava as cartas. Não era ingênua em achar que sua colega a tinha procurado simplesmente por apreciar sua companhia. Eram duas mulheres adultas e maduras que apreciavam uma boa trepada  - sensacional - sem compromisso.

Marion tinha consciência de que se apaixonar por alguém como ela seria assinar a sentença de sua ruína. Portanto, se dava muito por satisfeita com aquele pacto silencioso e sem compromisso nenhum, aproveitando ao máximo daquele que ela considerava ser o melhor sex* que alguém poderia experimentar, embora jamais reconhecesse isso verbalmente. Não daria esse gostinho a Delphine.

Ali, ajoelhada e completamente sedenta por ela, encarava o corpo esplendoroso e pulsante daquela Deusa e, sem mais se controlar, mergulhou no sex* úmido e latejante dela. Delphine tremeu.

Marion investia com a maestria de quem sabia exatamente como proporcionar prazer a uma mulher e Delphine estava decidida a esquecer tudo o que lhe afligia e se entregar ao prazer que sentia. Marion queria mais e acabou elevando uma de suas pernas, posicionando sobre o ombro dela. Fechando olhos com força, espalmou suas mãos no gelado vidro da janela para se firmar enquanto arqueava seu corpo, impelindo seu quadril contra a língua de Marion, gem*ndo de um jeito rouco que alucinou ainda mais a morena. O ápice não demoraria. Abriu os olhos e olhou para além do vidro, contemplando o prédio em frente. Nele, pessoas desconhecidas viviam sua noite de sábado sem nem se darem conta do que acontecia ali, alheios ao momento despudorado e luxuriante que que envolvia as duas. Sem mais conseguir evitar e se conter, sua mente viajou longe, justamente para onde tentou evitar a porr* da noite inteira! Ela não deveria, não queria... "Você quer sim... Cormier..." E muito. Ela queria demais.

Estranha e inevitavelmente aquilo a excitou ainda mais e a intensidade dessa nova excitação não passou despercebida por Marion, fazendo com a morena acelerasse o ritmo das investidas de sua língua e de seus lábios.

Delphine travava uma insana batalha interna! Queria, mas não podia... Não deveria - queria sim - se deixar levar. Não podia ceder àquela loucura e permitir que o orgasmo a entorpecesse com outra pessoa em pensamento. "Não ela". Era maluco demais, até mesmo para alguém como ela. "Inferno!" Olhou para baixo na tentativa de mudar o foco, mas a sua colega estava de cabeça baixa completamente imersa em sua tarefa.

"Não!" Lutou, mordeu o próprio lábio, sacudiu a cabeça - queria batê-la no vidro! Quem sabe assim resolveria - relutava e agonizava com aquele prazer proibido, mas aquela presença - a presença dela - parecia ser mais forte que ela! Era desesperador.. "aquele corpo.. aquela boca, aquele olhar... merd*, merd*, não... ! "  Sem mais conseguir lutar, o inevitável aconteceu. O orgasmo a atingiu como uma avalanche.

- Puta que pariu! – ... Recostou a testa no vidro, completamente ofegante. O que foi aquilo? Delphine nunca havia sido dominada por seus pensamentos daquela forma. Marion ergueu-se totalmente maravilhada, achando - obviamente - que ela quem tinha provocado aquele êxtase e aquela reação, mal sonhando que o desabafo de Delphine tinha sido de frustração. Estava frustada e puta consigo mesma, e isso ficou ainda mais evidente com o soco que ela desferiu contra a janela, assustando Marion.

- Delphine, você está bem? - Questionou, verdadeiramente preocupada. Atordoada com seu próprio gesto, não se dignou a responder, não podia e, num rompante, tomou a boca de Marion num beijo intenso, tão somente para evitar outra pergunta que ela certamente não teria uma explicação. Não uma que fizesse sentido, pelo menos. 

Estava decidida a afastar aquela imagem de sua mente. "Sou eu quem mando nessa porr*."

 

*****

 

- Tem certeza que não quer passar a noite comigo? – Ronronava a morena, jogada na cama enquanto assistia aquela deslumbrante mulher se vestir. Delphine respirou pesadamente e apenas a encarou de maneira profunda, implicitamente expressando que aquele convite não fazia parte do “acordo”. – Tudo bem então. – Quebrou o silencio de um jeito meloso e ainda ousou – Quando te vejo novamente?

Delphine revirou os olhos, deixando os braços caírem ao lado de seu corpo, visivelmente irritada. Ela sabia que Marion fazia aquilo para provocá-la e normalmente não se incomodava com isso, mas estava tão sem paciência que não conseguia nem ignora-lá daquela vez.

- Essa semana na universidade. – Seu tom de voz não continha emoção nenhuma e sabia muito bem que não era essa a resposta que a Marion queria ouvir. – Agora preciso ir. A porta está aberta?

- Para você? Sempre, minha querida!

Delphine ensaiou algum tipo de despedida muito mais para não ser rude. Essas eram raras entre elas e não significavam nada. Ainda a olhou por mais um momento, deitada na cama, virando-se do bruços. Era isso! Esse era o contato entre elas.

 

*****

 

Resignou-se de suas ações, sentindo derrotada. Durante todo o percurso até seu apartamento, se perguntava incessantemente se realmente precisava daquilo. Se precisava daquela vida que ela vivia, ou sobrevivia à tudo isso. Estacionou seu carro de qualquer maneira sem nem se importar se ao menos o havia trancado, muito menos acionado o alarme. Só queria tomar um banho. Sentia-se suja e não entendia o porque. Jamais se sentiu assim em relação ao sex* com Marion. - Que merd*... o que está acontecendo comigo?? QUAL O SEU PROBLEMA, HEIN, CORMIER!??? - Cuspia com ódio entre os dentes. 

Entrou no apartamento sem se importar com a escuridão. Foi tirando o vestido e os sapatos, largando-os pelo caminho. Sentia um bolo crescente em sua garganta, mas recusou-se a ceder a vontade de externar a sua dor, que àquela altura já não tinha mais nada a ver com o sex* casual naquela noite. Era um somatório de tudo. Delphine Marie Cormier estava em seu limite e a constatação disso a fez um tremor percorrer seu corpo. Era medo.

-Ela não podia desistir.

Parada diante do espelho de seu banheiro, limpou a maquiagem do rosto, borrando a tinta usada, manchando seus olhos e deixando-os ainda mais perturbadores.

- Você não pode desistir! VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE DESISTIR!

 

Fim do capítulo


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Comentários para 8 - Capítulo 8 Uma Lady na mesa ...:
patty-321
patty-321

Em: 30/12/2017

Eita noite. Del esta muito perdida. Que estorua ótima. Parabéns autora. Bjs

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