Maktub por Dayramazotti
Capítulo 28
Chegamos pouco tempo depois, ele desceu correndo com o embrulho em suas mãos, chamando por sua avó. Mal deu tempo dela aparecer na porta e ele já lhe entregou o pacote dizendo que era um presente nosso, incluindo a mim também. A senhora Margareth abaixou e beijou o menino que lhe sorria, e eu observava de longe, foi quando Sophie me chamou para dar uma volta em meio ao jardim, sua mãe já tinha entrado com Bran, e vi ali a oportunidade de lhe entregar meu presente.
- Sabe Ana, há muito tempo não vejo Bran tão feliz com alguém que não seja da família, ele tem certa dificuldade em se comunicar com pessoas desconhecidas, mas com você ele é diferente. Percebo o quanto vocês se deram bem e isso me deixou extremamente feliz. - fiquei supressa com essas palavras.
- Ele é uma criança adorável, esperto e sorridente, impossível ficar indiferente a ele, deve ser a genética. - olhei para ela, vendo o meu reflexo naquele par de olhos verdes tão expressivos.
- Você não imagina o bem que faz a nós, quer sair comigo hoje? - seu convite me pegou de surpresa, afinal eu tinha marcado de sair com Harriet, e iria contra para ela sobre meu namoro com a Sophie, mas então tive a ideia de leva-la ao pub.
- Só se eu escolher o local.
- Por mim está ótimo, passo que horas na sua casa?
- Pode ser às sete e meia? - perguntei esperando a sua resposta
- Claro, preciso vestir algo em especial? - disse e sentou se em um banco em meio às flores.
- Não, é um lugar simples, creio que irá gostar. - sentei ao seu lado e permanecemos assim por alguns instantes, até que retirei o pacote de minha bolsa e entreguei a ela.
- Espero que goste. - Disse enquanto ela abria o embrulho toda feliz.
- Nossa Ana é lindo. Obrigada. - me abraçou e beijou meus lábios rapidamente. Ajudei com que colocasse a pulseira com um pingente delicado de coração.
Nossos olhos se encontraram, e ela sorriu de forma tímida e meu coração se aqueceu com aquele gesto. Estávamos mais próximas e não havia ninguém ao nosso redor. Senti sua respiração acariciar o meu rosto, olhei para seus lábios umedecendo os meus com a língua, seus dedos tiraram uma mecha de cabelo que teimava em cair sobre a minha face e fechei os olhos esperando o contato de sua boca, porém Bran apareceu do nada, chamando por nós. Demos um pulo e ele sorriu como se soubesse que estava interrompendo algo.
- Vovó pediu para que eu chamasse as duas, ela vai servir o café da tarde mais cedo.
Olhei em me relógio e eram quase quatro horas, aquele dia estava voando, em contra gosto fomos para dentro da casa da mãe de Ana. Tomamos o chá da tarde conversando sobre coisas do dia a dia, falei sobre o Brasil e em como minha cidade natal era linda e possuía uma arquitetura maravilhosa, contei sobre meus planos pós-faculdade omitindo algumas partes intimas da minha vida. Manifestei a vontade de continuar morando naquele país e sobre o medo que tinha de não encontrar um emprego naquela cidade, e vez ou outra meus olhos se cruzam com os de Sophie que me olhava atentamente, e sempre me presenteava com um sorriso lindo. Sua mãe nos contou sobre as viagens que fizera com o seu esposo e como toda boa mãe, contou-me fatos que deixava Sophie envergonhada, e eu caia na gargalhada sempre que ela ficava vermelha com as revelações de sua mãe. A tarde passou e nem percebemos, infelizmente estava chegando a hora da despedida.
Dei um abraço na senhora a minha frente e ela me fez prometer que sempre que possível iria visita-la, eu concordei. Bran estava próximo a ela, eu o peguei no colo, apertando aquele corpinho de encontro ao meu, beijei seu rosto e ele sorriu, sentiria falta daquele menino. Coloquei-o no chão e Sophie me levou até em casa, ela não quis subir, pois alegou que ainda precisava se arrumar para sairmos. Não questionei, dei um beijo em seus lábios e subi para meu apartamento. Abri a porta e me joguei no sofá, foi ai que avistei no canto do sofá uma ponta vermelha de algo que não decifrei muito bem o que era. Levantei e o peguei, era o envelope que Sophie havia me dado junto com seu presente no qual pediu para que eu lesse quando estivesse sozinha. Abri devagar e dentro dele tinha um bilhete escrito à mão, com letras de forma muito bem feitas.
“Ana, no momento em que nossos olhos se cruzaram, soube de imediato que minha vida nunca mais seria a mesma, e esses dias que passei ao seu lado comprovaram isso. Quando nossos lábios se tocaram pela primeira vez, senti um calor invadir a minha alma fazendo com que meu coração voltasse a bater. A lembrança daquele dia ficara eternizada em minha memoria, obrigada por ter tornado essas férias tão maravilhosas, obrigada por aceitar ser minha namorada... com amor.
Sophie”
Ela sempre me surpreendendo, deixando-me sem palavras mesmo não estando ao meu lado. Sentiria saudades dela, e já estava pensando em quando iria visitar a minha namorada. Sabia que não era amor o que sentia por ela, mas algo em mim estava mudando. Em meio aos meus pensamentos ouvi meu celular tocando e sai a sua procura, em seu visor mostrava a foto de Harriet sorrindo.
- Oi Anininha, tudo bem?
- Tudo tranquilo. Preciso falar com você, além de nós, quem vai ao pub hoje? - perguntei
- Acho que só a Lolly que não vai, do contrário vamos todas, inclusive a Mary. - torci o nariz para aquele nome.
- Vou levar uma pessoa também, tudo bem? - ela demorou um tempo a responder, mas ouvia sua respiração ficar pesada do outro lado da linha. - Harriet?
- Tudo bem, a gente se encontra lá, até mais. - desligou.
Tinha certeza de que ela estava com ciúmes, mas não me importei afinal queria passar o maior tempo possível com a Sophie. Tomei um longo banho, e resolvi caprichar no visual. Não fazia frio naquela época do ano, então coloquei uma calça jeans escura colada ao corpo, uma camisa de seda na cor creme e um salto alto. Finalizei com uma maquiagem focando os olhos e um batom claro. No pescoço estava o colar que ela havia me dado e que desde então não o tirava para nada. Estava passando meu perfume quando ouvi o interfone tocar, atendi informando que já estava descendo.
Peguei minha bolsa, esperei o elevador e logo estava saindo do meu prédio. Sophie me esperava encostada em seu carro, até hoje não encontro palavras para descrever o quanto ela estava linda, vestia uma calça social clara de corte reto e uma blusa sem mangas em tons de verde. Seu salto alto completava o look dando a ela um ar de mulher poderosa. Um Batom vermelho marcava sua boca e alguns fios de cabelo teimavam e cair sobre o seu rosto. Cheguei mais próxima e aspirei seu perfume, ficando inebriada com seu cheiro bom. Ela me abraçou e senti meu corpo queimar com aquele toque.
- Você está maravilhosa. - falou Sophie ao meu ouvido.
- Faço minha suas palavras, acho melhor irmos logo, ou não respondo pelos meus atos – ela sorriu e abriu a porta do carro para mim.
O pub ficava a poucos quarteirões da minha casa, em menos de dez minutos ela estava estacionando seu carro. Ao entrarmos avistei as meninas na mesa de sempre, e por onde Sophie passava as pessoas olhavam, peguei em sua mão indicando que ela estava comigo, foi ai que meus olhos se cruzaram com os de Harriet, seu olhar caiu sobre Sophie e ela abaixou a cabeça, penso que ela deduziu o que eu precisava falar com ela. Cheguei mais próxima da mesa, cumprimentando todas as meninas, e apresentei Sophie a elas. Sentei-me ao lado de Rosely, pois próxima a Harriet não tinha lugar. Mary estava grudada a ela, e me olhou com cara de poucos amigos.
- Sophie, aqui tem uma das melhores cervejas que já provei. - chamei o garçom que já nos conhecia há tempos e a me ver veio trazendo uma caneca em sua mão.
A loira ao meu lado me olhou com uma interrogação enorme na face, e eu expliquei a ela que todo fim de semana estávamos naquele lugar, e que todos os garçons já nos conhecia, ela entendeu e deu um gole em minha cerveja Sabia que as meninas estavam observando cada movimento de Sophie, porém ela não se importou e agiu como sempre. Rosely me puxou e cochilou em meu ouvido:
- Nossa Ana, de onde saiu essa mulher?
- Ela é mãe do menino que fui babá, linda não?
- Lindíssima, tanto que deixou Harriet enciumada, olha só a cara dela... - disse e olhamos para a morena a nossa frente, e realmente sua feição não era muito boa.
- Espero sair viva daqui, pois preciso contar a ela que Sophie e eu estamos namorando - falei e Rosely caiu na risada.
- Você é uma sortuda, sempre com mulheres lindas. Parabéns e boa sorte com a Harriet.
Sorri, mas por dentro eu estava nervosa. Harriet era muito importante para mim, e eu queria a todo custo não magoá-la, mas penso que isso era meio que impossível. Ela ficaria chateada mesmo sabendo que quem terminou o nosso breve relacionamento foi ela, pra voltar para aquele ser estranho que mal nos olhava.
Sophie já era o oposto de Mary, em pouco tempo ela já estava intima das meninas, o modo delicado de tratar as pessoas fazia dela uma criatura muito gentil e educada. Difícil era quem não se rendia a o seu jeito doce e encantador. Era visível o ciúmes de Harriet, pedi licença a Sophie e fui ao banheiro, minutos Harriet entrou e vi ali a chance de falar sobre meu namoro.
- Vocês estão namorando? - quesito Harriet no momento em que me viu.
- Sophie deu o primeiro passo, e eu resolvi dar uma chance a mim mesma para esquecer Laura. Você mais que ninguém sabe como essa tarefa vem sendo difícil. - disse sabendo da dor que aquelas palavras causavam na minha amiga.
- Sim, sei muito bem... - abaixou a cabeça e eu por instinto a abracei.
- Você sempre será a minha melhor amiga, eu amo você. Talvez não da maneira que você queira que eu ame, mas te amo. - apertei seu corpo de encontro ao meu e ficamos assim por algum tempo, até que ela se soltou e voltamos a nossa mesa.
Harriet sentou se em seu lugar e desfez a cara amarrada, aos poucos ela foi conversando com Sophie e eu fiquei mais aliviada em saber que teria minha amiga de volta. Por outro lado a Mary mal olhava para mim, se mantinha mais isolada e quase não falava com ninguém, fico me perguntando se ela sabe do que aconteceu entre mim e a namorada dela, só assim para explicar essa implicância toda. Se Harriet não tivesse me trocado por ela, penso que não estaria namorando com Sophie agora. Mas pensando bem até que foi bom, assim pude me doar mais para a mulher ao meu lado, esta por sua vez estava de mãos dadas comigo quase que o tempo todo, e eu estava adorando aquilo. A nossa conversa estava animada quando o garçom trouxe um drink para minha namorada e apontou um rapaz na mesa a nossa frente, ela olhou para ele e recusou a bebida, e depois desse vieram mais três, porem ela não recusou ao invés disso, ofereceu as meninas da nossa mesa, eu estava vermelha de ciúmes.
- Esse povo está muito saidinho, será que não percebem que você está comigo? - resmunguei olhando para ela.
- Acho que não, pois você está muito longe de mim.
- Que você acha de irmos para minha casa e assim ficarmos bem juntinhas? - disse em seu ouvido.
- Acho uma ideia brilhante.
Alegando estar cansada, me despedi das meninas e fomos embora. Antes de sair dei um longo abraço em harriet.
- Boa escolha. - disse ela em meu ouvido referindo-se a Sophie.
- Tenho dom para mulheres lindas. - sussurrei próxima a sua orelha, e vi os pelos de seu braço se arrepiar, sorri e fui embora.
Sophie pegou em minha mão e saímos do Pub. Entramos em seu carro e ela me puxou para um beijo, suas mãos passeavam pelo meu corpo instigando meu ser, passei a mão em sua coxa ate próximo da sua virilha e pude sentir o calor que emanava dela. Gemi abafado em sua boca e desgrudei-me dela.
- - Sophie você ainda me mata, desse jeito não vamos conseguir chegar a minha casa.
Ela deu um sorriso de canto, ligou o carro e partimos, enquanto ela dirigia, sua mão passeava pela minha coxa, subindo e descendo. Aquele simples toque, junto com as canecas de cerveja estavam me deixando enlouquecida. Ela estacionou seu carro e entramos aos beijos no elevador, em pouco tempo ele se abriu, procurava a chave em minha bolsa enquanto Sophie mordia meu pescoço, tirando minha concentração. Com muito custo consegui abrir a porta, e assim que adentramos o meu apartamento, colei meu corpo na loira que me olhava sedenta, seus olhos eram lascivos e cheios de desejo.
Caímos sobre o sofá sem nos desgrudar, quando fui tirar sua blusa, ela levantou-se e ordenou que eu ficasse ali sentada. Sorriu maliciosamente indo até o som que ficava próximo a TV, retirou um pendrive de sua bolsa, escolheu a musica que queria e em pouco tempo a melodia invadiu o ambiente, ouvi os primeiros acordes de Erótica da Madonna. Sophie apagou a luz deixando apenas a do abajur ligada e veio caminhando sensualmente em minha direção. Ela começou a esfregar seu corpo no meu, eu tentava tocá-la, mas ela se esquivava. Sem tirar os olhos de mim retirou sua blusa e jogou ao meu encontro, segurei com carinho aspirando o perfume que emanava dela, seguindo o ritmo da musica, desabotoou a calça virou de costas e abaixou retirando a peça, revelando uma minúscula calcinha fio dental e um espartilho preto preso em meias sete oitavo, meu sex* latej*v* ansioso por aquela mulher. Ela colocou sua coxa em meio as minhas pernas e se moveu sensualmente, roçando seus lábios nos meus, mas não me beijou, eu estava ficando louca com seus movimentos. Toquei em seus seios e ela tirou minha mão.
- - Já ouviu falar em lap dance? Você pode ver, mas não pode tocar se tocar eu paro...
Sophie disse e virou de costas para mim, sentando em meu colo e rebolou ao som da musica, sua calcinha ricaça em minhas partes intimas fazendo meu sex* pulsar de desejo. Aspirei o perfume de seus cabelos e estava a um passo de enlouquecer com aquele jogo gostoso que ela impunha a mim. Virando-se de frente olhou profundamente em meus olhos, sem que eu esperasse arrancou minha blusa com voracidade, ouvi o som dos botões caindo ao longe, no momento em que seus dedos tocaram meus seios por cima do sutiã, lambeu meu pescoço, mordendo meu queixo. Levantou-se e se despiu das meias que usava. Olhou para mim e mordeu os lábios, eu estava por um fio para não agarra-la, porém estava gostando daquele jogo.
- Posso só olhar ou posso pedir também?
- Peça o que quiser e eu farei.
- Deixa-me tirar a parte de cima do seu corpete. - a loira sentou-se em meu colo e desabotoei devagar aquela peça que cobria a sua semi nudez. Ela jogava a cabeça para trás, mexendo-se com sensualidade, mordi seu ombro não resistindo ao seu cheiro e abri o ultimo feixe, deixando-a apenas com aquela calcinha minúscula. Ela girou seu corpo ficando cara a cara comigo, passou uma das mãos em seus seios enquanto a outra descia até o meio de suas pernas, como fosse se masturbar. Levantou o olhar e vi as chamas que saiam daqueles olhos verdes. Enlouquecida, agarrei sua nuca e beijei seus lábios com fervor enquanto suas mãos ágeis retirava meu sutiã, ela desceu e se deliciou em meus seios. Beijou minha barriga e desabotoou minha calça. Levantei e ajudei a retirar a minha roupa. Ela ajoelhou na minha frente e mergulhou em mim sem nenhum pudor, sua boca quente sugava, mordia, arrancando gemidos roucos. Apoiei minha cabeça no sofá, enquanto sua língua me invadia, entrelacei os dedos em seus cabelos já não conseguindo mais segurar o orgasmo que se aproximava, uma onda de calor tomou conta do meu ser no momento em que me corpo todo tremeu e derramei nela todo o prazer que aquele ato me proporcionava.
Sophie escalou meu corpo deixando marcas por onde passava, meu coração batia acelerado no peito, minha respiração estava ofegante e eu não tinha palavras para descrever o que estava sentindo. Seu corpo pesou sobre o meu e eu queria mais dela, olhei em seus olhos e vi o fogo que saia deles, nos beijamos com paixão e fizemos amor até não termos mais forças. Estávamos completamente entregues uma à outra, nossos corpos suados eram acariciados pela brisa que entrava pela janela.
- Gostaria que o tempo parasse agora. - disse ela enquanto eu acariciava seus cabelos.
- Isso seria maravilhoso, amor. Sentirei saudades. - ela olhou em meus olhos e eles tinham um brilho diferente, delicadamente beijou meus lábios e se aconchegou em meu abraço. Ficamos em silencio, até que o sono nos venceu e dormimos no sofá.
Fim do capítulo
Amoras de minha vida, perdoem-me pelo sumiço... tive um bloqueio e nada saia. Pois eis que uma luz iluminou a minha mente e as palavras fluiram kkkk prometo não sumir mais! beijos e boa leitura. =]
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