Olá! Feliz feriado! Bom descanso, boa leitura e que tenhamos um dia alegre. Beijos!
17º aniversário da Jeannine
Dueto: perdurável
17º aniversário da Jeannine
Começo de namoro, tudo feliz e maravilhoso. Jeannine e Tales apaixonados. Na formatura dele, os dois completaram três meses de namoro e ele convidou a namorada para dançar valsa na noite da formatura. Os dois formam um belo casal, Vitória e Yanna, apesar de continuarem com ciúmes torcem pela felicidade de Jeannine.
Quando Jeannine e Yanna ingressaram no terceiro colegial, Tales ingressou na faculdade e por isso as duas amigas passaram a ser ver somente no colégio. Já que fora da escola, Jeannine optava por passear com o namorado e quando convidava a melhor amiga, a mesma recusava, dizia que não era vela e muito menos castiçal.
Num domingo à noite, Vitória estava muito inquieta enquanto preparavam o jantar.
- Ruiva, tudo bem? Algum problema?
- Tales é um ano mais velho que a nossa filha, ou seja, em breve ela vai completar 17 e ele 18.
- Sim e daí?
- Ela conversa mais sobre tudo contigo.
- Porque você preferiu assim.
- Sim! Você já teve aquela conversa constrangedora com ela?
- Que conversa?
- Sobre sex*?
- Ainda não.
- Acho que já está na hora.
- Ela ainda não deu nenhum indício de curiosidade deste tipo.
- Será que ele já tem experiência?
- Não sei. Depois do jantar conversamos com ela.
- Melhor você falar com ela.
- Sério que você vai me abandonar nessa?
- Me perdoa? Eu não consigo.
- Vi, não acredito nisso e você nem pode ficar fugindo desta forma.
- Só de imaginar já fico atordoada.
- Mas poxa temos que aprender a lidar, é nossa filha e temos que falar de tudo com ela.
- Você tem razão.
Elas ficaram pensativas e terminaram de preparar o jantar. Jeannine apareceu na sala com a mini fonte finalizada, há dias que ela vinha produzindo e o trabalho dela ficou muito belo.
- Mães, terminei (anunciou enquanto colocava o objeto na mesa de centro).
- Uau, ficou linda. Parabéns! (Lay elogiou).
- Já vou levar amanhã.
- Mas não é só para a outra semana? (Vitória perguntou).
- Sim, mas quem já terminou pode levar.
- Ficou bonita, parabéns (a ruiva também elogiou).
- Vou tirar foto e mandar para as minhas avós.
- Elas vão adorar (a morena garantiu).
Jeannine tirou as fotos e enviou. Em seguida jantaram e ao terminarem Vitória criou coragem.
- Filha, queremos conversar contigo.
- Ok, mas sobre o que?
- Vamos sentar lá no sofá.
Layza acompanhou as duas e o casal sentou de frente para a filha.
- Mães, algum problema? Estão sérias.
- Não, problema algum, é que somos sérias mesmo (Lay brincou).
- O que querem conversar?
- Bom, como mães precisamos te instruir sobre tudo.
- Eu fiz algo que a senhora não gostou? (Jeannine perguntou olhando nos olhos de Vitória).
- Não princesa. Você é um presente de Deus nas nossas vidas (a ruiva falou).
- Vocês também e sabia que mesmo sendo adotada, eu me acho parecida com vocês.
- Minha linda, claro que você é parecida conosco e o amor que nos une é o que temos de mais precioso (disse Lay toda sorridente).
- Não me digam que querem me arranjar um irmão ou uma irmã. Sei que estou crescida, mas vou morrer de ciúmes e fugir para a casa dos meus avós.
- Isso você é parecida com a Vi, ciumenta e dramática.
- Layza!
- Estou mentindo por acaso?
- Vou fingir que não ouvi a sua provocação dona Layza.
- Filha, ela não fica um charme toda invocada?
Jeannine deu risada, Lay recebeu um tapa no braço e um beliscão.
- Ai! Parei e seu beliscão dói (reclamou massageando o braço).
- E a conversa? (Jeannine estava curiosa).
- Relaxa que não tem nada disso de irmãos, a questão é que somos novas para sermos avós (Lay em sua habitual praticidade).
- Quanta delicadeza para abordar a questão (a ruiva reclamou).
- Quem vai me explicar? Eu ainda não entendi.
- Esta conversa é delicada e importante. Queremos falar contigo sobre prevenção, uso de camisinha e todos estes cuidados (Vitória esclareceu).
- Que bom! Porque eu queria mesmo perguntar sobre isso, mas estava com vergonha (falou pulando no colo das mães).
- Meu amor, não precisa sentir vergonha, sabe que pode falar conosco sobre tudo (Lay salientou).
- Na verdade, eu estava com vergonha de perguntar para a ginecologista ou para a professora de biologia. Por isso eu estava pensando em como perguntar para vocês duas.
- Então quer dizer que agora porque cresceu a pediatra não serve? (Vitória reclamou).
- E eu não sou só fonoaudióloga, sou sua mãe e sua amiga (advertiu Layza).
- Eu sei, mas é meio estranho falar disso, entendem?
- Claro que nós te entendemos, também já tivemos a sua idade. Deixa eu te contar como foi no meu caso. Seus avós chamaram eu e o Luiz, falaram várias coisas sobre prevenção, focadas na gravidez. Até mostraram e nos deram camisinhas. Quando eles terminaram de falar, eu virei e joguei a bomba: sou lésbica.
- Nossa, foi assim? Mãe Vi e contigo como foi?
- Só quem falou comigo foi minha mãe, meu pai acho que morreria de vergonha. No meu caso foi diferente, não tinha esta preocupação com gravidez, eu tive problemas de saúde, não podia engravidar, mas sempre quis ser mãe. Então a sua avó me explicou sobre os cuidados por conta das doenças sexualmente transmissíveis.
- E como vai ser comigo? (Jeannine quis saber).
- Nós vamos te orientar e esclarecer todas as suas dúvidas. Agora volte para onde você estava sentada e vamos conversar (Vitória elucidou).
Jeannine voltou a se sentar na frente delas e ficou atenta. Lay começou o diálogo.
- Para termos uma vida saudável, é fundamental o sex* seguro e você é muito nova. Precisa e deve se cuidar. Você já toma anticoncepcional, por orientação da sua médica, para regular seu fluxo menstrual e evitar as cólicas. Além deste medicamento, vem a camisinha que precisa ser usada sempre, pois ela evita muitas doenças sérias. Entendeu?
- Entendi sim.
- Você e o Tales já conversaram sobre e ele também é virgem? (Vitória receosa indagou).
- Nós só falamos sobre isso de ser virgem, ele também é. Uma vez assistimos um filme e ele me contou que ainda não tinha se relacionado com ninguém (relatou).
- E você sabe se ele conversa com os pais dele? Se são amigos? Se tem esta liberdade para dialogar? (Vitória voltou a questionar).
- Sim, são bem próximos. Ele também é filho único. O pai dele já falou com ele sobre sex*, até deu camisinha para ele (contou).
- Ótimo! O ato sexual é bem melhor, quando se tem afeto e responsabilidade. São muitos os riscos quando se prática sem proteção. Dialogar é sempre positivo. Trocar imagens íntimas pelo celular é muito perigoso, recomendo que você não faça. É importante se atentar com uso correto dos métodos contraceptivos, ou seja, não pode ficar sem tomar o anticoncepcional, a camisinha deve ser colocada certinho. Não é só homem que faz masturbação, mulher também pode fazer e se sentir vontade não tenha pudor em se tocar, seja embaixo do chuveiro ou deitada na sua cama. É importante conhecer o próprio corpo (Lay explicou com tranquilidade).
- Eu tenho curiosidade em ver uma camisinha feminina (ela revelou).
-A feminina é mais difícil de achar do que a masculina, ela é um pouco chatinha de colocar e algumas mulheres se queixam de incomodo (Layza voltou a dizer).
- Eu vi foto no google e parece ser diferente.
- Eu vou no quarto pegar. Temos naquela sua nécessaire colorida, né ruiva?
- Sim!
Layza deixou a sala e foi até o quarto.
- A senhora já se relacionou com homem também?
- Já sim.
- É diferente se relacionar com homem e com mulher?
- Sim! Muito diferente, em todos os sentidos e principalmente sexualmente.
- É verdade que a primeira vez dói?
- Na verdade, varia, para algumas mulheres dói mais, para outras menos. Tudo depende do organismo de cada uma, se a pessoa está tensa e também a lubrificação.
- Com a senhora doeu?
- Um pouquinho, porque eu fiquei nervosa e insegura.
- Entendi.
- Por isso que é bom conversar sobre, gostar da pessoa, ter cumplicidade e intimidade. Você tem tudo isso com o Tales?
- Tenho sim e ele é muito carinhoso.
Layza retornou com as duas embalagens, tanto da camisinha masculina, que a filha já conhecia, como também da feminina. Elas mostraram e Jeannine sanou a curiosidade.
- Mais alguma dúvida? (Lay perguntou).
- Não, mais nenhuma e obrigada!
- Depois desta conversa eu preciso muito de um suco de maracujá (Vitória afirmou).
- Eu também quero, é o nosso suco preferido e me ajuda a dormir melhor (Jeannine falou indo para a cozinha e servindo os sucos na sequência).
As três tomaram e dormiram mais aliviadas naquela noite. A semana seguiu tranquila.
Em determinado feriado, Tales convidou a namorada para viajar com ele e com os pais para a fazenda dos avós do garoto. Até aquela data a única viagem que eles tinham feito juntos foi na companhia de Layza e Vitória, um final de semana na casa dos pais da ruiva.
- Amor, se não deixarmos ela ir você que vai enxugar as lágrimas dela (Layza informou).
- Lay, não faz assim (Vitória pediu cabisbaixa).
- Vi, os pais dele vão junto, não é uma viagem só de casal, eles vão para a casa dos avós do Tales e até melhor que as primeiras viagens sejam assim. Primeiro foi um final de semana conosco, agora quatro dias com a família dele. Nós não temos argumentos para não permitir, os dois se dão bem, ela tem ótimas notas e está feliz com esse namoro.
- Já sei, nós podemos viajar com ela, leva-la para conhecer algum local bonito.
- Não será a mesma coisa e eles vão completar seis meses de namoro.
- Meu Deus, como passou rápido.
- Agora é aquela hora que você toma um banho, se acalma e pensa bem. Eu vou jogar vídeo game com a nossa filha e depois nós duas decidimos.
Vitória não queria ceder, mas sabia que a esposa estava certa, tomou um banho demorado e relaxante. Ficou pensando: porque os filhos crescem?
No dia seguinte elas deram a resposta para Jeannine e autorizaram a viagem. A fazenda dos avós de Tales fica em Bonito, município do estado de Mato Grosso do Sul. Eles viajaram de avião numa sexta-feira, com os pais dele. Passearam pela cidade, visitaram grutas, parques ecológicos, balneários e mergulharam em aquários nacionais. Tiraram muitas fotos e postaram nas redes sociais. Lay curtiu todas e Vitória olhou até os mínimos detalhes das imagens. Os sogros da Jeannine a adoram e os avós de Tales também ficaram encantados com ela. A pedido do namorado, em uma das noites ela tocou flauta para eles e foi muito elogiada. Os dois também tiveram pela primeira vez privacidade para dormirem no mesmo quarto e sim, eles tiveram suas descobertas sexuais. Tales foi muito cavalheiro e atencioso. Jeannine gostou muito de tudo e diferente do que imaginava, sua primeira vez não foi estranha, pelo contrário foi deliciosa e no dia seguinte ainda recebeu café da manhã na cama. Ela que já estava toda apaixonada, ficou ainda mais enamorada.
Depois do feriado eles retornaram para São Paulo e da mesma forma que Jeannine contou sobre o primeiro beijo; ela detalhou para Lay sobre a sua primeira experiência sexual.
- Vocês se preveniram direitinho né meu amor?
- Sim mãe e ele é tão fofo comigo.
- Seus olhinhos até brilham.
- De felicidade.
Naquele mesmo ano Jeannine se formou no terceiro colegial e ainda não tinha decidido se investiria na carreira de flautista, atriz ou bailarina.
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|17º aniversário da Jeannine| Tales preparou um aniversário surpresa para ela na churrascaria da família dele.
“Toda mulher leva um sorriso no rosto e mil segredos no coração”. |Clarice Lispector|
Fim do capítulo
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rhina
Em: 06/02/2018
Que mães especiais a Nine tem......tudo bem que deveria ser geral e não exceção. ....mas é complicado falar sobre estes assuntos com os filhos....sendo o modelo de educação que herdamos.....é que a sociedade faz questão de manter para seu interesse e preconceito. ....mas temos inovação. ....mudanças. ....
Foi um capítulo maravilhoso
Rhina
Resposta do autor:
Fico feliz por você ter achado o capítulo maravilhoso. Obrigada!
patty-321
Em: 18/11/2017
Muito bom qdo se tem esse diálogo na família. Jeanine está TD de bom com as mães dela. Amor, diálogo, proteção, compreensão e ela em contrapartida dar as mães tb. Bom q a primeira vez dela não foi traumatico. A minha foi decepcionante, fikei pensando: é só isso? KD os figos de artifício? Kkkk. Pensei, foi por isso q algumas colegas adolescentes correram o risco de engravidar ou atrasar suas vidas? Afffz. Bom fds. Bjs
Resposta do autor:
Olá! Agradeço o seu comentário e logo posto o próximo. Beijos e abraços.
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patty-321
Em: 18/11/2017
Muito bom qdo se tem esse diálogo na família. Jeanine está TD de bom com as mães dela. Amor, diálogo, proteção, compreensão e ela em contrapartida dar as mães tb. Bom q a primeira vez dela não foi traumatico. A minha foi decepcionante, fikei pensando: é só isso? KD os figos de artifício? Kkkk. Pensei, foi por isso q algumas colegas adolescentes correram o risco de engravidar ou atrasar suas vidas? Afffz. Bom fds. Bjs
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Socorro
Em: 15/11/2017
Autora, vai ter uma visão da Yanna, saber o lado dela ???
Essa conversa com os pais deveria ter smp.
Esse namoro já deu... eca!!! Kkkk
tomara que a Yanna encontre alguém legal
Bom feriado!!! Bjs
Resposta do autor:
Olá! Sim, no próximo capítulo Yanna ganha mais espaço e vamos conhecer como ela se sente realmente.
Muito bacana a conversa entre mães e filha né bem didática e eu incentivo mto este tipo de diálogo.
Ah eles formam um casal legal e o namoro esta fofo, fase inicial é tudo lindo e maravilhoso.
Também estou na torcida por ela. Obrigada e bom feriado para ti tmb. Bjs
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