Ask Yourself por Pumpkin
Capítulo 10 - Você é apenas um livro que nunca vira sua página.
(Continuação...)
~POV Eduarda~
Puta Merda! Larissa está aqui. Foi a única coisa que eu lembrei naquele momento. Corri pra perto de Murilo e tapei sua boca.
- Shhiiu! fala baixo Murilo. Eu disse desesperada.
- Por que falar baixo se você tá sozinha? Falou sem entender.
De repente ouvimos um barulho vindo do corredor, Larissa bateu em um vaso que se espatifou no chão. – Perfeito! Ela deve ter ouvido – Pensei e me apressei para ajuda-la a pegar os cacos.
- Eduarda me desculpa, não queria quebrar, eu só sai distraída do banheiro e acabei esbarrando.
- Relaxa Larissa, não tem problema esse vaso era bem feio mesmo. – Tentei mostrar calmaria, mas só eu sei como meu coração estava a milhão com receio dela ter escutado.
- Oi Larissa. Eu não sabia que você estava aqui. Murilo disse se juntando a nós.
- Oi Murilo, eu vim trazer Júlia uma amiga que também é amiga de Heitor e acabei ficando.
- A que legal! Mais uma para se juntar a nossa trupe.
- Continuamos juntando os cacos até o momento que ouvi uma queixa ao meu lado.
- Droga! Não acredito que cortei o dedo.
Larissa tinha um corte enorme no dedo e eu fiquei apavorada.
~POV Larissa~
Quando ouvi Murilo gritando aquelas palavras me senti enfraquecida. Quer dizer que nem bem descobrimos que existem sentimentos de ambos os lados entre nós duas e ela já foi pra farra procurar distração? Sério, isso não podia estar acontecendo.
Eu sei o meu lugar, eu sei que sou apenas a namoradinha do melhor amigo que se apaixonou por ela, mas precisava ser tão rápida pra procurar alguém? Por mais que a minha razão tentasse me controlar, a minha emoção me fazia ficar puta com esse comportamento dela.
Sai toda atrapalhada do banheiro e acabei esbarrando em uma mesinha e derrubando o vaso que estava em cima da mesma.
Senhor eu estava mais desastrada que o normal hoje.
Eduarda me olhou de imediato e veio ao meu encontro.
- Eduarda me desculpa, não queria quebrar, eu só sai distraída do banheiro e acabei esbarrando.- Eu não falava coisa com coisa.
- Relaxa Larissa, não tem problema esse vaso era bem feio mesmo. – dei um sorriso fraco pra ela.
- Oi Larissa. Eu não sabia que você estava aqui. – Já eu sabia, afinal foi a sua noticia que causou essa confusão em mim – Pensei isso, mas o que eu disse foi:
- Oi Murilo, eu vim trazer Júlia uma amiga que também é amiga de Heitor e acabei ficando.
- A que legal!
Ele falou mais algumas coisas que nem ouvi direito. Eu me encontrava em um estado tão atípico que só voltei pra realidade quando um caco de vidro atravessou meu dedo.
- Droga! Não acredito que cortei o dedo. – Senti uma dor absurda. – e notei que Duda me olhou com cara de assustada.
- Caramba eu vou pegar um esparadrapo. Murilo saiu correndo.
- Larissa me da sua mão – Duda apoiou a mão por baixo da minha e cuidadosamente segurou meu dedo que sangrava muito.
O jeito dela era encantador. Apesar do medo que era evidente em seu rosto, ela permaneceu ao meu lado até Murilo chegar com uma caixa de primeiros socorros.
- Me da seu dedo, vou limpa-lo. Murilo tinha jeito pra isso.
- Ai! Reclamei.
- O corte foi profundo Lari, ele esta limpo, mas provável que precisará de pontos.
- Nossa tá doendo bastante. - A dor era intensa.
- Vem comigo eu te levo até o pronto atendimento. Duda disse.
- Não precisa eu consigo dirigir eu só – quando tentei pegar a chave meu dedo encostou de leve no tecido e ardeu – Aii!
- Eu estou vendo que você aguenta. Me olhou com cara de sarcástica - Vamos logo! - Ela praticamente ordenou.
Saímos em direção ao P.A. e Eduarda toda hora perguntava como eu estava se queria algo e essas coisas. Ficamos lá por alguns minutos.
- Se você quiser ir eu peço pra Júlia me buscar e. – ela me interrompeu.
- Para! Não irei embora até ter certeza que você está medicada e sem dor.
Eduarda era incrível. Ficou ao meu lado o tempo todo, toda preocupada e atenciosa. Mal ela sabia que dessa maneira eu só ficava mais encantada.
Não sei por quanto tempo vou aguentar viver com esse desejo de tê-la pra mim e isso só existir na minha cabeça. Depois de algum tempo, finalmente estava medicada e com o dedo costurado.
Adentramos no carro e eu falei:
- Obrigada pela atenção comigo hoje. Disse sincera.
- Não precisa me agradecer por isso. Sorriu.
- Mesmo assim, você foi muito gentil.
Nossos olhos como de costume estavam presos um ao outro. Ela mordeu seu lábio inferior e aquilo me arrepiou.
Aproximou-se e passou sua mão de forma carinhosa em meu rosto. Fechei meus olhos ao sentir o toque.
- Duda não faz isso. – Pedi em quase súplica.
- Isso? – sussurrou em meu ouvido e depois mordeu de leve a pontinha da minha orelha.
- Por favor! – Eu já estava entregue só não queria admitir.
- Você é tão linda que minha vontade é te prender comigo e não soltar mais. – ela falava a centímetros da minha boca. Eu podia sentir sua respiração acelerada.
- Então prende, é tudo que eu quero. Falei com a voz rouca devido à proximidade.
Ela me olhou de forma intensa e enxerguei naqueles verdes profundos uma chama acesa, entrelacei meus dedos em seus cabelos e a puxei. Quando sua boca encontrou a minha eu estremeci. Até pensei que ela iria me afastar ou algo do tipo, mas pra minha surpresa, ela me prendeu entre seus braços e intensificou o beijo, esse que começou delicado logo foi ficando quente, eu sentia um calor intenso.
Duda desceu suas mãos pelo meu corpo e ia beijando meu pescoço. Eu estava entregue a qualquer coisa que ela quisesse. Ela passou sua língua pela minha orelha e disse: Você tá me deixando louca, garota.
Ouvir aquelas palavras fizeram meu tesão aumentar drasticamente.
Num surto de coragem e com apenas uma mão boa (e boba) rsrs, tirei sua camiseta e vi que ela usava um sutiã vermelho que contrastava com sua pele e que a deixava bem gostosa.
Abaixei meus olhos para a altura de seus seios e babei neles, sério, ela era perfeita. Comecei a beija-los de forma delicada, mas minha vontade só aumentava. Ver Duda totalmente entregue a mim me deixou hipnotizada, eu não me reconhecia, estava louca por ela. Seguindo essa loucura, comecei a descer minha boca por seu corpo, quando meu maldito celular tocou. Olhei no visor e era Mateus.
- Preciso atender. Disse com raiva do mundo. Pode apostar eu estava puta da vida.
Atendi aquela merd* de telefone me odiando e odiando o ser que me ligou.
- Alô. Disse de forma grosseira.
- Oi amor, tá tudo bem?
- Ah, Oi Mateus. Desculpa eu atendi sem olhar. – Menti - Estou bem sim.
- Tudo bem já estou chegando ai pra te levar pra casa.
- Tá bom! Estou esperando.
Obrigado por atrapalhar o melhor momento da minha vida. – pensei.
~POV Eduarda~
MEU DEUS! Era só o que eu estava pensando. Como as coisas chegaram a esse ponto?
Depois que eu levei Larissa para o atendimento, eu simplesmente não mandava em meu corpo e em meus atos. Estar ali com ela tão próxima a mim só me fez entender que eu estava muito ferrada.
Algumas vezes ela dizia que se eu quisesse ir pra casa poderia, mas eu não queria isso. Queria ficar perto, cuidar dela.
Depois que saímos do médico e entramos no carro Larissa me agradeceu por ter ficado o tempo todo ao seu lado. Era engraçado porque não foi nada demais, eu sentia necessidade de ficar junto.
Em seguida, houve uma típica troca de olhares entre nós duas, não aguentei. Não pensei em nada e em ninguém. Parecia que dentro da imensidão só existia eu e ela, eu não enxergava mais nada, somente a garota linda que estava sentada ao meu lado dentro do carro.
Num ato de desespero e desejo eu avancei sobre ela. Ela até tentou conter-se, mas também queria aquele contato, tanto que me puxou com certa pressa. Aquele beijo me prendia. Como ela conseguia me deixar louca apenas com um beijo?
Estava alucinada com seu toque, ela tirou minha camiseta e começou a beijar meus seios, nunca senti tanto prazer, eu precisava de mais e acho que ela entendeu, pois começou a descer sua boca pelo meu corpo. Dá maneira que estávamos eu sabia que acabaria em sex*.
Só que não, o celular dela tocou, quebrando o clima. Ela me olhou com uma cara nada boa. E disse que precisava atender.
Eu não acreditava que aquilo estava acontecendo, o dia todo pra tocar e esse celular toca justo agora? O céu não anda conspirando a meu favor.
Só quando ela atendeu que voltei à realidade, era Mateus no telefone, e se ele não ligasse? Provavelmente, eu estaria trans*ndo no banco do carro com sua namorada. – E o pior, era isso que eu queria. Não havia arrependimentos. Meu amigo que me desculpe, mas eu também estava apaixonada por Larissa.
- Era Mateus, ele tá vindo pra cá me buscar. Ela disse.
- Tudo bem. Minha cara denunciava minha decepção.
- Duda, eu..
- Não precisava falar Larissa. Eu que te agarrei. Falei dando um sorriso fraco. – Não precisamos entrar no assunto Mateus novamente, eu já sei essa história de trás pra frente.
- Eu só quero que você saiba que você é muito importante pra mim, e que se fosse em outros tempos, eu largaria tudo pra ficar do teu lado.
- Eu entendo.
Meu desanimo era visível até para um cego. Sentia-me fraca, um amor impossível pode acabar com a vida da gente, isso eu sentia na pele.
Mateus chegou.
- Oi amor, você está bem? Falou dando um beijo em Larissa.
- Sim, Foi só um corte e alguns pontinhos. Ela disse.
- Duda obrigado por ficar com ela, te devo essa. Piscou pra mim.
- Sem problemas. E agora que você chegou, eu vou indo que preciso fazer algumas coisas em casa. Até mais.
Fui saindo depressa daquele estacionamento. Meu coração estava descontrolado, eu me sentia a última pessoa no mundo, além de não poder ficar com a pessoa que eu gosto, eu estava traindo a confiança do meu melhor amigo. Que espécie de pessoa eu me tornei?
Sai sem rumo, não queria voltar pra casa. Resolvi passar em um Pub e beber sozinha. Eu precisava disso mais do que qualquer outra coisa.
Sentei em uma mesa afastada, pedi uma bebida e estava refletindo nesse ser humano estúpido que vivia em mim. Em outros tempos eu jamais agiria dessa forma, meu Deus Eduarda onde você se meteu? Em furada, afinal eu tinha talento para me ferrar.
Estava bebendo cabisbaixa, quando Gabriel chegou.
- Agora virou alcoólatra? Se for por causa de mim, estou aqui.
- Sim, é por sua causa.
- Eu sabia. Já se arrependeu?
- Não, é por sua causa sim, mas não é de tristeza, é que ainda estou comemorando. Sorri irônica.
Ele me olhou com cara de raiva.
- Você é uma cretina mesmo.
- Sou e você não fica atrás.
Ele estava louco me pegou pelo braço e disse:
- Olha aqui, você pensa que é quem pra falar assim comigo?
- Sou a pessoa que demorou muito tempo pra enxergar o crápula que você é. Falei com ódio.
Ele estava surtado me pegou com mais força e disse:
- Você vai ver o que eu vou fazer.
- Me solta, seu idiota.
Começamos uma breve discussão quando uma garota desconhecida se aproximou:
- Larga ela.
- O que? Quem é você garota?
- Não importa e eu já disse larga ela ou vou ter que chamar meus dois amigos ali pra te tirar daqui?
Gabriel olhou para a garota e depois para os amigos dela. Ele era presunçoso, mas não bobo.
- Dessa vez passou, mas a gente ainda termina essa conversa.
Ele saiu com seu ar de superioridade e bufando.
- Você tá bem? A garota perguntou me olhando.
- Sim eu estou bem. E Obrigado por intervir.
- De nada. E perdão pela intromissão, mas você conhece aquele cara?
- Infelizmente, sim. É meu ex-namorado. Falei isso suspirando.
- Imaginei. Essas coisas geralmente acontecem quando um dos lados não aceita bem o término.
- Nem me fala. E poxa, já que você me salvou, eu posso te pagar uma bebida?
Ela sorriu e disse:
- Só se for um suco, porque hoje sou a motorista da rodada.
- Haha, além de salvadora da pátria você é responsável, interessante isso.
- Por ai. Ela disse.
Ela sentou na minha frente e percebi o quanto ela era bonita. Mais ou menos da minha altura, cabelos pretos e lisos e os olhos puxadinhos pelo jeito sua descendência era japonesa. E tinha um corpo bem bonito, eu havia simpatizado com ela.
- E então guardiã de moças em apuros, posso saber seu nome?
Ela me olhou por alguns segundos e disse:
- Prazer, Mariana. Estendeu a mão. E o seu moça indefesa? – entrou na onda.
- Prazer, eu sou Eduarda, mas pode me chamar de Duda ou moça indefesa, isso fica a seu critério já que salvou a minha vida hoje.
Ela sorriu e parecia se divertir com as besteiras que eu falava. Aquilo era meio surreal, mas eu havia gostado dela. Em partes porque ela me livrou daquele mala do Gabriel e por outro lado porque enquanto eu estava ali naquele bar conversando com uma desconhecida, consegui esquecer dos meus tormentos.
- E o que você faz aqui nesse Pub sozinha, em pleno final de semana?
- Bom, digamos que hoje o meu dia não foi dos melhores. Quer dizer foi bom, mas nem tanto. Acho que você entendeu né?
- Haha claro Duda, eu entendi. – E esse desânimo tem ligação com aquele garoto que estava te incomodando?
- Não. O Gabriel já é passado na minha vida. Digamos que eu estou chateada porque é difícil ter um amor e não ser correspondida.
- É, e também não tenho o que te falar, pois essas situações são bem difíceis.
- É né. - Passei meus dedos pela borda do copo em sinal de nervosismo.
- Mas essa pessoa não te corresponde porque não sabe ou porque não quer?
- O motivo é que ela já tem alguém e eu? Bom, eu cheguei depois e não posso competir. Eu falava de forma tristonha.
- Presumo que o contexto desse amor seja delicado. Ela me olhou séria.
- Mais do que você possa imaginar.
Ela pareceu pensar no que me dizer.
- Olha eu te conheci agora e não sei muitas coisas a seu respeito, mas se esse sentimento for realmente recíproco, não haverá dificuldade que não possa ser resolvida.
Em partes aquilo que ela falou era real, eu precisava concordar.
- Sim, você está certa em determinados pontos. Eu fiz uma careta.
Continuamos a conversa e um garoto se aproximou da nossa mesa.
- Mari já estamos indo, você vem conosco?
- Sim, eu vou. E essa é minha mais nova amiga Eduarda e Duda esse é meu amigo Lucas.
- Olá Eduarda – me estendeu a mão.
- Prazer em te conhecer, Lucas.
- Te espero lá fora. Disse e saiu.
Nos olhamos e eu não sabia direito o que fazer. Ela começou:
- Foi um prazer te conhecer Duda. Disse de maneira doce.
- Eu digo o mesmo, e mais uma vez obrigada por me salvar.
- Então, até algum dia. – Fez um sinal de adeus com a mão e saiu.
Paguei minha conta e segui meu rumo.
Enquanto voltava lembrei-me dos acontecimentos de hoje. Larissa e eu quase nos entregamos uma à outra, Gabriel mais uma vez sendo um idiota e Mariana sendo minha salvadora. A vida é estranha e generosa ao mesmo tempo e eu estava começando a entender isso, mesmo que não fosse da maneira mais fácil, sentia que valia a pena passar por cada etapa dessa fase para poder me achar novamente.
Com esses pensamentos fui para casa descansar que essa semana começa tudo de novo.
Fim do capítulo
Capítulo novo.
Leitoras, atualizei bastante a história esse findi
porque estarei bem atarefada essa semana e não sei
se conseguirei postar antes do feriado.
Espero que gostem desse Cap. começamos uma nova etapa
e ele foi o pontapé inicial.
Obrigada a quem acompanha essa saga.
Boa semana e um beijo a cada uma. <3
Comentar este capítulo:
SaraSouza
Em: 31/10/2017
eita que coisa esquentou ... juro se fosse eu jogava o celular longe kkkk
Gabriel sendo o babaca de novo... So tenho medo....ele pode aprontar mto com a duda ou com a propria Lari.
autora, so uma questao kkkk... Esse Mateus é certinho,bozinho demais nao kkkk sei nao sera, que ele pode nao ser nao disso ou e viagem minha ... sei la .....(so acho mto estranho essas viagens dele )kkkk
A Duda vai passar o rodo geral?? nao se gosto disso kkkk
Que venha a nova etapa...
volta logo bjs
Resposta do autor:
Gabriel babaca não é mais novidade kkkk
Sim, nova etapa, novos acontecimentos.
Mateus bonzinho? Veremos. haha
Bjs!!
[Faça o login para poder comentar]
JeeOli
Em: 31/10/2017
Nova etapa é a Mariana?
As duas quase se perderam no desejo e a Lari pelo visto ainda tem medo de terminar o namoro mesmo sabendo que está apaixonada pela nova amiga e se ela nn se espertar logo vai ser ainda mais ameaçada...
Resposta do autor:
Pode ser. rs
Sim, as duas não se resolvem. Cada uma
por dilemas diferentes.
Bjs!
[Faça o login para poder comentar]
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]