AGORA, BOA LEITURA e um ótimo final cd semana pra todo mundo!
Capítulo 11
Capítulo 11
Emily's POV:
Quando encostei a cabeça no travesseiro, os olhos azuis, como um céu limpo de inverno, me encaravam. Alison estava ali, a alguns milímetros de distância de mim. Nossos corpos estavam próximos e eu podia sentir sua pele quente, macia e aconchegante. O cheiro de seu hidratante de morango estava por todo meu corpo, cabelo e eu sentia mais do que nunca que Alison fazia parte de mim. Eu havia acabado de fazer amor com ela e havia sido mais perfeito do que eu poderia imaginar em meus melhores sonhos.
Seu olhar estava fixo em meu rosto e me perguntei se ela estava contando as pequenas sardas de sol que havia em meu nariz e que eu, quase sempre, cobria com maquiagem.
- Ali...- Sussurrei e seus olhos se fixaram aos meus. Talvez, eu nunca encontre palavras para descrever tudo o que acontecia no meu interior quando aqueles olhos azuis me encaravam.
- Hm? – A loira indagou.
E, naquele momento, tive medo. Eu não me arrependera, havia sido a melhor noite da minha vida, mas e se ela se arrependia?
Engoli em seco. Meus olhos se desviaram para a janela lá fora, onde o céu começava dar os primeiros indícios que estava clareando. Céus, havíamos passado a noite inteira acordada e ainda sim eu me sentia maravilhosa.
- Você está bem? – Sussurrei, beijando seu ombro nu. Encostei meu queixo nele, observando-a mais de perto, de um jeito manhoso.
Os dedos de Alison passaram por meu cabelo. Eu sabia que ela guardava mil preocupações, mil segredos, mas naquele pequeno instante em que tornou a tocar em mim, era como se só houvéssemos nós duas novamente, como fora a noite inteira.
- Você foi maravilhosa, Em...- Ela disse, talvez para acalmar minha ansiedade. Mas, mais do que isso, eu estava preocupada com ela.
-Não vou mentir, eu sonhei tantas vezes com esse momento...- Confessei, mordendo meu lábio inferior e corando levemente. Desviei os olhos, como seu sempre fazia quando ficava sem jeito e então tomei coragem para tornar a encará-la. – Mas não sei se você...
Alison colocou o indicador em meus lábios, calando-me de uma forma carinhosa e sexy ao mesmo tempo.
- Shhhh! – Pediu. – Eu te amo, Emmie! – A forma como me chamou de "Emmie" fez com que eu sentisse um frio na espinha.
Como eu amava aquela garota.
Fechei os olhos, seu cafuné em meu cabelo me fez viajar no tempo por alguns instantes. Lembrei de todas às vezes em que Alison fizera aquele mesmo cafuné em meu cabelo, ou ainda, às vezes em que passávamos tardes assistindo filmes aboletadas no sofá, com uma coberta e um pote de pipoca. Apesar de eu não gostar de pipoca, até mesmo isso ficava maravilhoso com a companhia dela.
- Eu também te amo...- Confessei e Ali sorriu. Vi suas covinhas aparecerem, uma em cada canto de seu rosto.
Alison fechou os olhos, puxando-me levemente pela nuca para beijá-la. Meus lábios tocaram os seus e meu corpo inteiro se arrepiou.
- Enquanto eu estive longe...- Ela voltou a falar quando nossos lábios se afastaram, mas minha mão continuou segurando a cintura de Ali, junto a mim, ao meu corpo. – Eu não parava de pensar em você, em nós...eu senti sua falta a cada instante longe, Em. Senti falta do seu toque, do seu beijo, do cheiro de seu cabelo...- Alison suspirou. – Foi isso que me fez perceber o quanto eu te amava. No momento em que percebi isso, prometi a mim mesma que te protegeria de tudo...
- Quando você me resgatou do...- Mas não precisei terminar a frase. Alison já estava concordando com a cabeça.
- Exatamente. Eu não tinha intenção de que você descobrisse que eu estava viva naquele instante, mas quando eu te salvei e percebi que você ainda respirava, eu senti que precisava te dar um beijo. Eu não aguentaria ir muito longe sem o seu beijo...
- Você me chamou para ir com você...?- Disse em tom de questionamento. Nunca havíamos falado abertamente sobre isso.
- Sim...- Ali sorriu, levemente encabulada. – Eu achava que ao meu lado, eu podia te proteger mais. Porém, foi nesse instante, que eu percebi que não estava sozinha quando te resgatei. Nós nos despedimos, você ainda estava meio grogue, e então eu corri para a floresta...- Alison suspirou. – "A" foi atrás de mim...ainda não era seguro para ficarmos juntas.
- E agora? Você sente que...? – Não fui capaz de terminar a frase.
Mas era como se Alison lesse minha mente
- Ficar junto de você é o que eu mais quero na vida, Emmie. Acredite em mim, me espere...nós ainda seremos muito felizes juntas!
Alison colocou um sorriso em meus lábios de orelha a orelha.
- Eu sempre acreditei...
- Eu sei. – A loira afirmou com a cabeça. – E é por isso que sempre confiei tanto em você. Você sempre foi minha preferida, porque você é o amor da minha vida, Emily Fields!
...
Alison deixou meu apartamento e com ela toda alegria se foi. Era como se eu voltasse a viver em um mundo em preto e branco. As lembranças de tudo que havíamos vivido juntas, estavam ainda mais forte em minha memória e cada canto do apartamento, por mais que Ali só tivesse ficado ali por alguns dias, lembrava-me dela. Como em um dos dias que ela chegou com uma bandeja de donuts pela manhã, ou quando inventamos de cozinhar juntas, ou quando eu estava tomando banho e, sorrateiramente, ela invadia o chuveiro. A vida com Ali era perfeita e, por mais que eu já tivesse perdido-a outras vezes, nenhuma doeu tanto quanto desta vez. Talvez porque já fossemos maduras o suficiente para entender o que sentíamos, talvez porque fora a vez que mais nos aproximamos de dar certo, de sermos um casal.
Verifiquei o celular de cinco em cinco minutos, na esperança de que Ali mandasse algo, qualquer coisa, mas cada vez que eu abria as mensagens do celular, eu me decepcionava.
Por alguma razão, as palavras de Ali depois da nossa primeira vez, ainda em Rosewood, permaneciam em minha mente, repetindo-se sem parar. Eu sempre acreditara nela e queria acreditar desta vez, mas por que eu não conseguia?
Repassei mentalmente tudo o que havia acontecido na noite anterior. Quando Ali me contara sobre ter visto uma garota de casaco vermelho na festa, eu não havia acreditado. Mas agora, com a notícia de que algo havia acontecido com Charlotte – e eu apostava que era o fato dela ter escapado da clínica – tudo tinha outro sentido, um sentido completamente diferente.
Uma ideia passou pela minha cabeça. Parecia loucura, mas eu tinha que tentar. Corri até as várias malas no chão, que eu costumava usar de guarda-roupa e coloquei uma calça jeans com alguns rasgos na perna e uma regata preta. Disquei o número de Bill.
- Bill! – Exclamei assim que ele atendeu.
- Ems, fala, gatinha! – O rapaz disse do outro lado, simpaticamente.
Bill era um dos sócios da casa noturna onde eu trabalhava como bartender algumas noites por semana. Ele e seu marido Cezar haviam criado um verdadeiro império de casas noturnas por Los Angeles.
- Eu sei que havia pedido folga hoje, mas tô livre e to precisando de grana, então...
- Ems, pega leve, você já trabalhou ontem. Além do mais, você está com sua gatinha em casa e...
- Ela foi embora. – Falei logo, se eu tinha que convencê-lo, precisava fazer isso direito. Além do mais, não era uma mentira. Alison realmente havia voltado para Rosewood.
- Em! Nossa...eu....sinto...
- Tudo bem! Acho que não era para ser. – Tentei soar conformada e decepcionada ao mesmo tempo, que era, basicamente, como eu me sentia de fato. – Deixa eu cuidar do bar hoje? Por favor?
- Hm, acho que pode ser uma boa, ao menos você vai se distrair, combinado! Mesmo horário?
- Obrigada! Você é o melhor chefe do mundo!
Assim que nos despedimos, corri aprontar as coisas para sair. Eu precisava chegar no bar o quanto antes.
Saí de casa às pressas e assim que estacionei o carro, segui para a entrada da casa noturna. Painéis anunciavam a DJ da noite: Serenity. Sorri confiante, era a mesma garota da noite anterior, a festa de Halloween. Se alguém estava vestida com um casaco vermelho, esse alguém só poderia ser ela.
A casa noturna era completamente diferente com as luzes acesas e os staffs correndo para cima e para baixo para organizar a festa. Não havia muito o que ser feito no bar, então, permiti-me ir direto para os camarins. Parei no que dizia "DJ Serenity" em uma plaquinha. Respirei fundo e então bati.
A porta se afastou e uma garota de cabelos loiros e de olhos verdes, incrivelmente bonita, sorriu. Ela trajava apenas um robe de cetim azul escuro e, por alguns instantes, me senti desconfortável. Mas precisava fazer isso, por Ali, por mim e por nós.
- Serenity? – Perguntei.
A menina sorriu, surpresa.
- Pode me chamar apenas de Serena. Serenity é o nome artístico. – Explicou.
Sorri de volta.
- Então tá, Serena. Você está bem?
A menina concordou com a cabeça, mas parecia um pouco ressabiada. Na verdade, até eu estaria se do nada uma moça aparecesse na minha porta querendo puxar assunto.
- Meu nome é Emily, eu trabalho no bar, caso você precise de uma Piña Colada! – Pisquei. Céus, eu me sentia tão idiota por fazer isso.
Mas a garota pareceu cair na conversa.
- Ahh! Que ótimo saber, conhecidos no bar são os melhores! – Ela piscou de volta para mim.
Epa.
Definitivamente, aquilo era um flerte.
- Com certeza! Bem...além de me apresentar...- Acabei rindo e dei de ombros. – Eu queria também te elogiar pela apresentação de ontem, nossa, foi demais!
- Você trabalhou ontem? Ahhhh, que legal, fico feliz em saber que curtiu o som! – A loira levou a mão direita até o cabelo longo e o mexeu, deixando-o de lado.
- Sério, adorei! Curti muito sua fantasia também, do que você estava? Chapeuzinho vermelho? – Joguei verde, tentando soar o mais natural possível.
- Ah...- A moça fez uma careta. – Aquilo! – Então, ela revirou os olhos. – Minha fantasia era muito mais criativa que aquele casaco vermelho.
Estreitei os olhos, ainda mais interessada. O que ela queria dizer com aquilo?
- Como assim? Eu juro que te vi lá de casaco vermelho! – Insisti.
- Ahh, sim, eu realmente estava com o casaco vermelho durante algumas músicas. Mas, na real, eu estava vestida de Harley Quinn, sabe? É a fantasia do momento! – Ela sorriu. – Aquele casaco estúpido estragou minha fantasia...
- Mas por que você o usou então? A pista estava fervendo ontem, duvido que você estivesse com frio...- Arquei uma das sobrancelhas.
- Frio? Tá louca, comandar as pick-ups para mim é bom demais, sabe quando você sente tesão no que faz? Bom, essa sou eu DJ...- A moça piscou para mim, desta vez, me encarando ainda mais profundamente nos olhos.
Meu Deus, eu precisava agir logo, antes que ela passasse para o próximo passo.
- Mas, então, qual era a do casaco? – Insisti naquilo e, para minha sorte, Serena não pareceu se incomodar.
- Ah, uma louca varrida, dois dias antes da festa, me pediu para usar aquele casaco, ela disse que havia preparado um pedido de casamento para a namorada e queria pedir a mão dela no palco, no meio da minha apresentação. Achei engraçadinho... Ela só disse que eu precisava, sem falta, usar o casaco vermelho, seria o sinal para ela subir no palco...- Serena deu de ombros. – Cada louco com a sua loucura, não é? De qualquer forma, ela nunca apareceu...
Antes que eu pudesse respondê-la, meu celular começou a vibrar no bolso. Peguei o aparelho e o visor do celular dizia "ALISON". Meu coração disparou, eu estava tão perto de descobrir, mas, precisava atender Ali.
Serena percebeu minha preocupação, por isso, tratou de tornar a falar.
- Vai lá, garota, pode atender, eu espero!
Concordei com a cabeça e sorri para ela. Assim que apertei o botão do celular, me afastei um pouco, andando três portas para frente.
- Ali...- Falei e de repente, toda a raiva que eu sentira por ela me abandonar mais uma vez, se foi no momento em que atendi o aparelho.
- Em...- Sua voz estava chorosa.
Engoli em seco com o mau pressentimento que me atingiu.
- O que foi, Ali? – Perguntei baixinho, mas, ainda sim, desesperada.
- Eu preciso de você. – Ela disse, do outro lado da linha e meu peito se apertou.
- Alison, por favor, me fale o que...
Ela interrompeu:
- Charlotte está morta...
A notícia me atingiu como um soco no estômago. Eu podia quase escutar, na minha forte imaginação, Serena dizendo que quem pedira para ela usar o casaco fora Charlotte. Mas agora, se ela estava morta, quem estava por trás disso?
Desliguei o telefone, ainda tremula. Quando retornei para a porta do camarim de Serena, eu estava pálida, como se tivesse visto um fantasma.
- Eii, você está legal? – A menina perguntou, de dentro do camarim, enquanto comia algumas uvas verdes da enorme fruteira que havia lá dentro.
- Eu...só estou um pouco tonta. – Confessei, com uma leve vertigem.
- Deve ser pressão baixa, quer comer algo? Pode entrar, ficar a vontade...- O tom de flerte era permanente em sua voz, mas eu não podia continuar com aquilo, não agora.
Caminhei com dificuldade até onde Serena estava. Suas mãos chegaram a baixar e deixar as uvas em um prato de porcelana. Provavelmente, ela esperava outra atitude, mas fui incapaz de fazer qualquer outra coisa, senão perguntar.
- Serena...
- Sim? – Ela indagou, estávamos próximas, mais do que eu gostaria.
- Quem foi que te pediu para usar o casaco? Por favor, é importante, você sabe o nome da garota que te pediu isso?
- Hmmm...- Ela pareceu pensativa. – Hmm, engraçado, a noiva eu tenho certeza que era uma xará sua, tenho certeza que ela disse que o nome da namorada era Emily. – Meu coração gelou, mas tentei concentrar em qualquer coisa pudesse me manter em pé.
- E o dela?
- Hm, era algo como...como..- Serena continuou se esforçando para falar, quando, enfim, lembrou: - Ahhh, era Paige!
Fim do capítulo
AHAAAAAAAAAAAAA!
mais revelações, eu disse que as revelações não tinham parado no capítulo anterior!
Mas, vamos começar do começo:
O que acharam do flashback da primeira noite delas?! <3
E da Emily (trouxiane, como sempre), buscando formas de acreditar na Ali e concertar o que aconteceu entre elas?
Em até que mandou bem de investigadora, vai! :D hahahahaha
E a grande revelação? hahaha ou não, já que sei que várias de vocês estavam apostando que a Paige estivesse envolvida...aiaiai
E agora?
Vamos lá, comentários, dúvidas, sugestões, surtos, reclamações...o espaço é de vocês!
beijos e até o próximo capítulo! ;)
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