Francisco abriu a caixa e ficou assustado com o conteúdo. Pegou um papel amassado e leu, percebeu que era de Timóteo para a filha, Isadora.

-- Infeliz! Não acredito que Isadora acreditou nessas coisas. – pegou as fotos e ficou chocado com o que viu: a morena nua com Joaquim. Ele juntou todo material e levou para casa. – Enrico, eu preciso falar com você. – desligou o telefone após tentar uma ligação e cair em caixa postal. – Dessa vez você passou todos os limites seu bandido.

 

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-- O que achou da comida?

-- Deliciosa... – riu.

-- Por que está rindo? – perguntou surpresa.

-- A comida está ótima, mas tem um pouco a mais de requeijão. – o molho branco era só de requeijão.

-- Achou ruim? – perguntou preocupada.

-- Não. – continuou sorrindo. – Está bom mesmo, mas, nunca vi um molho branco só de requeijão.

-- Eu gosto. – respondeu com displicência. – Gertrudes trabalha na família desde antes o casamento dos meus pais, ela é como uma segunda mãe e conhece bem meu gosto.

-- Percebi. – olhou para o prato da morena que tinha mais molho branco do que massa.

-- Aprecio uma boa comida com um bom molho, acompanhado de uma excelente companhia. – pegou a mão da médica, acariciando-a.

-- Melissa... – olhou envergonhada - Seus pais...

-- Não se preocupe. – sorriu.

-- Melhor não facilitar. – puxou a mão. Melissa achou melhor não insistir, conversaram sobre gado e cavalos, não era bem o que havia planejado, mas preferiu acompanhar o tempo da veterinária. Quando o jantar terminou, ela a convidou para sala.

-- Quer um café? Um licor?

-- Prefiro um licor. – a morena serviu e sentou observando-a. – Muito bom.

 -- É feito na fazenda. – conversaram por mais de meia hora, Camila olhou o relógio e resolveu encerrar a noite.

-- A noite foi muito boa, mas preciso ir embora.

-- Ainda é cedo. – aproximou-se e sentou ao seu lado.

-- Melissa....

-- Camila, eu sei que você quer, assim como eu.

-- Eu quero, claro que sim. – resolveu ser sincera. – Mas você tem outra pessoa no coração, e no final? Quem sairá ferida nisso? Eu ficarei envolvida, mas para você, serei um “esquenta”, passatempo até voltar com seu verdadeiro amor.

-- Nossa assim eu não tenho mais como argumentar. – brincou tentando disfarçar o nervosismo.

-- Desculpa Melissa, mas acho melhor ir embora. – levantou-se para pegar sua bolsa, mas Melissa a segurou pelo braço.

-- Eu sou uma boa advogada de causas próprias. – a puxou pela cabeça e lhe beijou, deixando-a quase sem fôlego.

-- Isso não é argumento.

-- São provas, evidências, fatos... – sorriu. – Acredite, eu não quero passatempos, quero apenas reconstruir minha felicidade. Por que não tentamos? – fez a pergunta quase sussurrando. Camila tentou se afastar, mas não conseguiu, estava sem fôlego e Melissa a segurava.

-- Por que existe jornalista, médica e a torcida do Corinthians... – a empresária sorriu e apertou o abraço.

-- Eu não curto futebol, mas adoraria ter em minha lista uma veterinária, ela seria a única. – voltou a beijá-la. – Vamos nos conhecer e o que acontecer depois, será uma consequência do que vivemos. – Camila estava embriagada com aqueles beijos.

-- Melissa...

-- Não seja racional, deixe as coisas acontecerem. – desta vez Camila quem lhe puxou aprofundando o beijo. - Isso é um sim? – Camila sorriu e se afastou um pouco.

-- Acho que vou precisar de um pouco mais de licor. – Melissa sorriu e quando tentou se reaproximar, a ajudante de Gertrudes as interrompeu.

-- Dona Cristina, Enzo acordou. – ela olhou para Camila sorrindo e agradeceu a jovem.

-- Obrigada Vilma. – estendeu a mão. – Quer acompanhar o lanche de um menino faminto? – Camila sorriu e lhe deu a mão.

-- Esse menino já derreteu meu coração.

-- Quer dizer que tento e você faz jogo duro, enquanto ele dá uma mamada e você cai de quatro?

-- Isso mesmo. – respondeu sorrindo.

 

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-- Acredito que elas tenham se acertado.

-- Não acredito que esteja pensando nelas agora. – reclamou.

-- Claro. – afirmou se erguendo da cama. - Camila foi à única pessoa que me deu apoio incondicional quando sai de casa, nem Sol me ajudou assim.

-- Eu sei querido. – beijou – Só queria curtir mais nossos momentos.

-- Estamos curtindo, pimenta. – abraçaram-se.

 

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-- Ele é apaixonante. – Camila pensou alto enquanto passava o dedo na cabeça com penugens negra.

-- Mamãe disse que eu era assim na mesma idade. – Camila a encarou.

-- Então ele será lindo. – Melissa sorriu. Quando Enzo adormeceu, a empresária puxou a médica para sentar ao seu lado na cama, abraçou forte entre seus braços, acariciando sua pele.

-- Seu cheiro é tão gostoso. – beijaram-se. – Eu quero que confie em mim... – sorriu – Não sou perfeita, mas lhe peço esse crédito.

-- Ninguém é perfeito, Melissa. – pegou a mão da empresária e entrelaçou seus dedos. – Basta ser ético com o outro, falta isso no ser humano. – Melissa beijou sua mão e depois se beijaram. Permaneceram neste clima até adormecerem.

 

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-- Francisco, você mexeu em alguma coisa na minha casa?

-- Por que acha isso? – perguntou segurando a irritação.

-- Francisco, eu tinha uma caixa com algumas coisas...

-- Suas? – interrompeu. Isadora pensou um pouco.

-- Está com você, não é mesmo? – passou a mão pelo rosto com impaciência. – Você não tinha o direito...

-- Acho que precisamos conversar pessoalmente. – interrompeu mais uma vez.

-- Não tenho tempo. – pensou um pouco. – Irei para Califórnia, um carro vem me pegar em poucos minutos.

-- Mais um dos grandes compromissos “capa de revista” da jovem e talentosa jornalista Isadora Marcondes. – revelou com deboche. – A entrevista naquele talk show não é mesmo? Qual a namorada da vez?

-- Não estou com tempo para suas idiotices, mas quando chegar, eu quero aquela caixa onde estava antes de você leva-la. – desligou sem tempo para uma resposta.

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Enzo se remexeu no berço fazendo barulho e acordou Melissa, ela se levantou para vê-lo. A morena ajeitou o filho, cobrindo-o melhor, quando se virou, ajoelhou-se ao lado da cama e observou Camila dormir, admirando sua beleza. Melissa pegou um cobertor e colocou por cima da médica após retirar sua sandália, depois foi até o quarto ao lado, trocou de roupa e escovou os dentes, voltou em seguida para se deitar ao lado da veterinária que se acordou.

-- Melissa...

-- Psiu! Pode voltar a dormir. – tranquilizou.

-- Amanheceu? – perguntou assustada.

-- Ainda é madrugada, volte a dormir. – Camila se levantou o que deixou Melissa surpresa.

-- Não! – colocou a sandália. – Preciso ir.

-- Calma Cinderela, já passou da meia-noite. – declarou sorrindo. – Durma e amanhã cedo pode ir. – Camila procurava a outra sandália.

-- Não Mel. - ajeitou o vestido. – Não quero e nem vou conhecer seus pais assim. – Melissa se levantou e segurou seu braço.

-- Não se preocupe com isso. – a beijou. – Venha, durma aqui hoje e amanhã cedo você volta para sua casa. – Camila a olhou melhor e só então percebeu que estava apenas de lingerie, sentiu a boca seca.

-- Vai dormir aqui?

-- Este quarto é de Enzo, mas tenho um berço no meu quarto, podemos dormir lá, a cama é maior que esta. – disse com um sorriso de lado.

-- Mel...

-- Não fizemos nada e prometo continuar assim. – ergueu as mãos em rendição. Camila sorriu e se aproximou para beija-la.

-- Eu lhe ajudo com Enzo, mas agora eu tenho que ir. – respondeu sorrindo.

-- Fica. – pediu com uma expressão que foi difícil para Camila dizer não.

Camila aceitou a roupa que Melissa lhe ofereceu, era um baby doll vermelho, transparente que deixava muito pouco para imaginação. Ela tomou banho, escovou os dentes, soltou o cabelo e quando se viu no espelho ficou espantada com a transparência.

“Ela fez isso de forma premeditada.” – pensou enquanto se olhava no espelho. Foi até a porta e a chamou baixinho, mas ela fez de conta que não ouvia.

-- “Vamos lá Camila, resistir mais um pouco a sedução desta deusa e mostrar que não vai vencer tão fácil.” – disse para si mesma. Camila permanecia com medo de se entregar a relação, e de repente, ser trocada pela titular da vida de Melissa Cristina. Quando ela saiu do banheiro, percebeu o quarto quase na penumbra e sua morena deitada, aguardando-a.

-- Demorou. – disse após ficar de pé e abraça-la.

-- Tomei banho. – a observou e percebeu que ela sorria enquanto olhava em direção aos seus seios. – Melissa! – chamou sua atenção. – Não me ouviu chama-la?

-- Não! – mentiu – Era para tomar banho com você? Lógico que teria ido.

-- Eu lhe chamei para pegar algo mais apropriado. – Melissa sorriu de lado. – Sem vergonha!

-- Não vou me desculpar por observa-la. – aproximou-se para beija-la. – Como você é linda! – abraçou a médica e invadiu sua boca com uma língua exigente. Ela queria mais, sentiu o corpo esquentar, Camila sabia aonde aquilo iria e resolveu colocar limites.

-- Mel... – a morena se afastou.

-- Eu sei que ainda é cedo, mas você me deixou acesa. – a veterinária forçou um sorriso e disfarçou um pouco a timidez.

-- Não é apenas cedo para nós duas, mas você ainda está se recuperando. – referia-se aos poucos dias após o nascimento de Enzo.

-- Claro, eu sei. – passou a mão pelo cabelo e a encarou. – Camila, acredite, eu não quero força-la, mas você me deixa louca... Essa vontade que sinto de você é inédita... – voltou a abraça-la.

-- Mel...

-- Vamos dormir. – sorriu - Daqui a pouco Enzo acorda de novo.

-- Ele acorda muitas vezes a noite? – a olhava nos olhos azuis, estava encantada.

-- Não. – passou a mão pelo rosto da veterinária. - Uma vez, antes que deito para dormir, as quatro ou cinco da manhã... – deu de ombros e sorriu. - dorme direto.

-- Ele é tão lindo! – disse admirando-o. Melissa a observava.

-- Igual à mãe. – Camila voltou a olha-la e sorriu.

-- Você é sempre convencida?

-- Não, apenas realista. – Camila passou a mão pelo rosto da morena.

-- Boba! – Melissa a puxou para um beijo.

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-- Dorme aqui logo pimenta. – pediu meio sonolento.

-- Daqui a pouco Camila chega, não quero que me veja aqui.

-- Ela não vai achar ruim.

-- Melhor não.

-- Enrico olha a hora, ela está nos braços da sua sobrinha, esquecida do mundo. – ele sorriu.

-- Quero tanto que Cris passe essa fase. Ela precisa superar a ausência de Isadora.

-- Ela vai passar, mas precisa de ajuda. – Enrico o olhou com uma expressão de dúvidas. – Apoio, crédito e fé. Não vamos ficar o tempo todo falando na tal Isadora, isso só piora.

-- Tem razão.

-- Sempre tenho... – afirmou sorrindo.

 

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-- Isadora aconteceu alguma coisa? – a loirinha se virou para namorada e sorriu.

-- Apenas cansada.

-- Cansada de mim ou com o dia? – a empresária sorriu.

-- Meu dia foi agitado.

-- Quando chegar, eu lhe faço uma massagem.  – a loirinha sorriu. Ultimamente, não era só o trabalho que lhe consumia energias. Há uma semana havia assumido o namoro com uma empresária do mundo da moda. Alicia não era só de família rica, como tinha trânsito entre várias celebridades do mundo artístico. Ela acompanhava a loirinha na sua entrevista ao talk show. - Acho que essas viagens têm lhe cansado, poderíamos passar uns dias de folga na casa dos meus pais nas montanhas.

-- Podemos pensar. – respondeu reticente e se acomodou melhor na poltrona do avião.

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Enzo acordou e Camila quem se levantou para pegá-lo, enquanto Melissa se acomodava para recebê-lo. A veterinária sentou de frente para morena, admirando-a enquanto amamentava o filho.

-- Eu amamento e você quem baba?

-- Ele é lindo, Mel... – confessou admirando-os. – E você amamentando-o assim, uma das cenas mais lindas que presenciei.

-- Exagerada! – sorriu. Ela se aproximou mais da morena e lhe beijou com carinho, depois se afastou e beijou a cabeça do bebê. Admirou as mãozinhas que se moviam como se acariciassem o seio da mãe, perguntava-se como era esse sentimento de amor a um serzinho que não era seu, mas sentia-se responsável. Estava emocionada e Melissa percebeu.

-- O que foi?

-- Oi?

-- Aconteceu alguma coisa? Está chorando?

-- Bobeira. – respondeu sorrindo e se levantou. – Melhor pegar as minhas roupas e...

-- Nada disso, vai sair quando amanhecer.

-- Mel...

-- Meus pais estão dormindo, não se preocupe quanto a eles. – piscou e depois sorriu fazendo um bico. Enzo não demorou a dormir, Melissa o colocou no berço e voltou para cama. Ela tentou aprofundar os carinhos, mas Camila colocou limites.

Passava das oito horas da manhã quando elas se levantaram, Melissa tomou banho e depois Camila. Ela pegou um carrinho no quarto do filho, enquanto a veterinária o levava nos braços.

-- Bom dia família! – Enrico disse animado ao encontra-las na sala colocando a criança no carrinho.

-- Bom dia, titio. – Melissa respondeu em tom de brincadeira.

-- Então ele é tio avô do Enzo? – foi à vez de Camila brincar.

-- Sabe que não tinha pensado nisso? – a morena falou erguendo uma das sobrancelhas.

-- E nem pense. – abaixou-se para falar com a criança. – Preciso correr, tenho uma reunião agora pela manhã. – olhou para veterinária. – E preciso de você lá.

-- Qual é Enrico? – Melissa protestou.

-- Mel, eu preciso trabalhar.

-- Isso mesmo, meu pai estará lá, e existem coisas que não entendo, combinei com Camila de me ajudar.

-- Poderia ter me pedido ajuda.

-- Cristina, vai cuidar do seu filho e não me tenta, sabe que seu avô nos proibiu de falar sobre trabalho com você. – foi até a mesa e pegou algumas uvas. – Vou tomar banho e desço rápido. – avisou para médica.

-- Pensei que ficaria mais. – fez um bico.

-- Não posso, sabe que meus chefes são exigentes.

-- Eu que não posso falar nada, meu avô e meu pai quando querem... – respondeu sorrindo envergonhada.

Enrico ouviu o recado de Francisco, pensou que fosse algo relacionado a Joaquim, retornou, mas a ligação caiu em caixa postal. Fez uma nota mental de tentar depois.

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O dia passou voando, Camila pensou na morena e no seu filho o dia inteiro, apesar da correria e da ajuda a Enrico. Tentava ler um relatório quando ouviu alguém bater em sua porta, levantou a cabeça e viu o homem que havia lhe contratado.

-- Atrapalho?

-- De forma alguma, a empresa é sua. – levantou-se para recebê-lo, mas o velho homem puxou para um abraço.

-- Estou muito feliz por vocês. – confessou sorrindo.

-- Como?

-- Enrico me falou e depois a própria Cristina. – ela parou surpresa, não imaginava o que Melissa poderia ter falado ao avô. – Não fique envergonhada... – sorriu. - O episódio com Isadora nos afastou, mas, agora as coisas estão retornando ao normal e nossa cumplicidade como antes.

-- Eu não sei o que ela falou e... – José sorriu interrompendo-a.

-- Comunicou que estão se entendendo. – sentou-se. – Enrico também está gostando da notícia. Quando lhe conheci, não imaginava que iria ficar tão feliz com a sua chegada as nossas empresas e a nossa vida.

-- Senhor José, por favor, eu quero deixar claro que minha amizade com Melissa Cristina não vai interferir em nada aqui dentro...

-- Minha filha, eu sei disso, não precisa me explicar nada. Quanto a esta amizade... – piscou e sorriu - Eu torço para que seja algo mais forte. Não se esqueça de responder aquele e-mail e me avisar para tomar as devidas providências. – saiu da sala sorrindo e sem tempo para ouvir uma resposta da médica. Enrico o viu saindo da sala da veterinária e lhe chamou.

-- Pai, eu conversei com aquele jornalista amigo de Isadora.

-- Francisco? – percebeu a expressão de preocupado do filho. O moreno fez um sinal de positivo com a cabeça e concluiu.

-- Ele pediu para um amigo periciar um material antes de enviar, tudo original e sem cortes. – baixou a cabeça. – Melhor assistir, eu chamei Haidê para nos acompanhar. – seguiram até a sala de reuniões ao lado da sala de Melissa. – Dona Ada, quando Haidê chegar, peça que entre, não precisa comunicar. – a secretaria assentiu com a cabeça.

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Melissa havia conversado com Enrico poucos minutos antes de colocar Enzo para mamar, estava pensativa enquanto embalava o filho. Ester apareceu e a observou.

-- Algum problema? – ela olhou para mãe.

-- Mãe, eu dei banho e comida para esse gatinho, será que você fica com ele um pouco?

-- Claro. – sorriu para filha. – Vai sair?

-- Conversei com Enrico, ele me disse que não tiveram tempo para almoçar.

-- Pretende levar algo para ele ou ajuda-lo.

-- Mãe, eu quero levar algo para Camila e aproveitar para ficar mais um pouco com ela. – sorriu sem graça.

-- Não precisa fazer essa carinha. – acariciou o rosto da filha. – Gertrudes nos falou do jantar. Estou muito feliz por tudo.

-- E papai?

-- Dê um tempo, ele ainda está chateado com Isadora e acha que você está se precipitando.

-- E você?

-- Acho que está perdendo tempo. – sorriu. – Leve algo para ela e a convide para sair, eu fico com Enzo quando quiser. – Melissa a beijou e saiu.

 

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-- Eu não acredito que Isadora tenha acreditado neste filme de horrores. – Haidê gritou.

-- Eu mato esse canalha! – foi à vez de Enrico gritar.

-- Eu quero todos os nossos homens no rastro deste pilantra. – José completou irritado.

-- Calma, precisamos prendê-lo. – Haidê interrompeu.

-- Preciso mata-lo. – Enrico bateu com força na mesa.

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-- Atrapalho? – Melissa perguntou após bater a porta da sala de Camila que a olhou sorrindo.

-- Claro que não. – levantou-se para beijá-la. – Estou respondendo a um e-mail, a reunião foi complicada.

-- Enrico me falou. – mostrou uma sacola de restaurante. – Você havia me dito que gostava de japonês, trouxe para o lanche.

-- Não precisava. – respondeu sorrindo, encantada com o gesto da morena.

-- Vem comer. – chamou beijando-a.

-- Preciso terminar esse e-mail e levar para seu avô... – sorriu sem graça. – Tem um pouco de urgência.

-- Então termina que vamos atrás dele juntas, ou vai lhe arrumar mais coisa.

-- Mel, aqui é meu trabalho e...

-- Eu sou a chefe, não sou? – sorriu com malícia. – Termina logo, vovô não vai fazer nada além de ficar conversando.

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As duas seguiram até a sala de José, Melissa queria leva-la para comer na sala de reunião, onde haveria mais privacidade. Ada avisou que estavam todos assistindo a um vídeo na mesma sala.

 

-- Isso é melhor, assim você entrega isso e fugimos para outro local. – avisou sorrindo. Entraram e viram a cena de Joaquim sobre Melissa nua. – O que está acontecendo aqui? – olhou irritada para tela. Camila entrou em seguida e não sabia o que falar. 

Fim do capítulo