Capítulo 53-o inicio da conversa
Queria dizer que a amava, mas alguma coisa me impedia, queria falar que aquilo tudo não foi brincadeira que a respeitava e a amava com todas as minhas forças.
-teve toda a oportunidade de me contar a verdade e não o fez,..
Sem que esperasse a agarro e a beijo com vontade, precisava senti-la mais uma vez a principio ela ainda tenta resistir, pra logo em seguida se entregar. Como era bom sentir seus lábios seu corpo, minhas mãos passeava por seu corpo matando a saudade que estava dela.
Quando a sinto resistir, me afasto olhando seu olhar frio, outra vez para meu lado.
-Pietra eu...-queria falar que a amava mas não conseguia.
-eu...- como não obtém resposta alguma, completa- vou resolver algumas coisas com a Giulia , e logo em seguida volto pra Itália.
Aquelas palavras acabaram comigo.
- como assim vai embora!
-isso mesmo que ouviu, ainda não fui porque sei que a Giu vai precisar de meu apoio- pelo visto ela já estava ciente sobre aquela confusão, que se instala na vida de Sabrina.
- essa é uma boa hora de falar com sua ex- meu ciúme era visível, quanto tempo será que ela sabia daquilo tudo? E porque não me falou enquanto estávamos juntas?- Sabrina descobriu algumas coisas e não quer vê-la nem pintada de ouro!- o olhar de espanto dela era prova que realmente sabia de algo.
-meu Deus, Giu deve está precisando de mim nesse momento!
-é vai lá oferecer o ombro pra ela !– sabia que não tinha o direito e falar assim, mas meu ciúme falou mais alto.
-vou mesmo, a Giulia e minha amiga não merecia está passando por tudo isso, até porque por ela, essa verdade já teria vindo a tona- fala com ênfase -Leticia terei que ir resolver um problema, depois nos falamos – fala ao virar-se pra garota se despedindo , sem falar mais nada, seguem em direção a pousada nem se dando ao trabalho de se despedir de mim.
-ela está chateada, magoada, mas te ama – a garota havia parado do meu lado enquanto eu olhava pra minha Ninfa.
- será? Acho que nunca vai me perdoar.
- se eu fosse você, continuava a insistir , apesar da mágoa que fala, da pra perceber o quanto sente sua falta.
Sorri, ela deveria falar aquilo com autoridade, já que as duas não se desgrudaram desde o dia que Pietra soube da verdade.
Bom, não que quisesse que tudo isso que está acontecesse ser estendesse por muito tempo com minhas clientes, sim clientes! Pois estava resolvendo algumas pendencias para Giulia em relação a abertura de seu restaurante. Mas ia me aproveitar um pouco da situação e ficar mas perto de minha Ninfa, com esse pensamento sigo a caminho da pousada ,onde tinha a certeza estar ela.
....
P/AMÁLIA
Desde o dia em que Mari e eu fomos visitar sua família, a guia se aproximou mais deles e isso me deixava imensamente feliz. Na mesma semana dona Teresa nos convida pra jantar em sua casa, eu resolvi não ir, queria deixa- lhes a vontade para que se aproximassem miss, apesar dos pais da guia estarem fazendo de tudo para tentar entender a filha , preferi não impor minha presença e Mari me entendeu.
Estava naquele dia na recepção, conversando com um casal de idosos que acabara de se hospedar, quando escuto vozes alteradas vindo da cozinha, a voz era de Sabrina. A princípio achei estranho, pois conhecia o temperando de minha amiga, mas logo me veio à mente o que havia descoberto dias atrás e corri para o ambiente.
Era primeira vez que me lembrava de ver minha amiga fora de si, acusava sua mãe, namorada e até mesmo minha mãe de mentiras. Olho Giulia que estava com rosto banhado de lágrimas, senti dó dela, pois sabia que ali era a única pessoa que não pediu por nada daquilo, dias atrás havíamos conversado sobre o que estava acontecendo, e vi sinceridade ao ouvi – lá falar que faria de tudo pra que minha amiga não saísse machucada daquilo tudo, vi o quanto ela amava sua namorada .
Quando Sabrina se foi, fui até minha mãe que estava chorosa, afinal tinha acabado de ser acusada por sua filha do coração de ser uma mentirosa junto com as outras.
-Calma mãe, a senhora sabe como Sabrina é, deixe ela se acalmar depois conversamos com ela.
-me desculpe Berta e Giulia por haver metido vocês nisso tudo, vou conversar com minha filha e esclarecer que somente eu tive culpa.
Já ia seguir o mesmo caminho que minha amiga fez, quando minha mãe a segura.
-Amália tem razão, deixe- a sós, quando ela se acalmar conversaremos. Você não tem culpa Vivian, só eu sei o quanto lutou e quis sua filha e durante todos esses anos jamais a abandonou, pelo contrário ela precisa saber que se, esta formada e ainda por cima em uma faculdade na França e graças a você, porque o Sandro não tinha tais condições a muito tempo.
Não me espantei com que ouvi minha mãe já havia me contado o quanto dona Vivian ajudou na criação da filha, mesmo proibida pelo senhor Sandro de falar qualquer coisa.
Voltei para recepção ainda preocupada com Sabrina e os demais, principalmente Giulia que não falava nada desde que essa se foi. Meu celular toca, fiquei feliz ao ver que era minha amiga talvez quisesse conversar, mas me enganei pediu que levasse seu carro e algumas roupas a ela, queria ficar um tempo só.
Converso com Mari que fica pasma com que conto, não havia falado com ela quando descobri, não por nos confiar e sim por achar que aquele assunto era um tanto proibido, tinha razão olha a confusão que estava dando! Fui a casa de minha amiga, Giulia não estava lá. Peguei uma muda de roupa, já havia pego a chave do carro no escritório. Quando estou saindo Giulia e Geno entram, ela ainda estava um pouco aturdida, mas percebe a mochila em meu braço.
-o que está fazendo?- bom, teria mesmo que falar com ela, que fosse agora!
- Sabrina me ligou pedindo que levasse umas roupas e a chave de seu carro.
-Onde ela está, porque ela pediu isso...Vou com você! – apesar de ver o sofrimento da italiana, não era justo com minha amiga.
-é melhor não Giulia, ela precisa pensar! A Deixe espairecer um pouco , depois quanto retornar vocês conversam!
-ela tem razão maninha- Geno a abraça pelo ombro- não é uma boa hora pra vocês conversarem, ela ainda esta com a cabeça quente e vai lhe acusar de novo. Eu irei com Amália – não achei uma boa ideia, acho que nem Giulia que o olhou descrente – ela não me conhece direito ,pode até achar que estou mentindo também , mas não me afetará tanto suas acusações e poderei de alguma forma , garantir um pouco da verdade .
Pela primeira vez vi maturidade naquele rapaz, suas palavras foram sábias. Quem sabe conseguisse convencer um pouco sua outra irmã.
-é melhor Giulia, se Sabrina te ver agora pode te acusar outra vez.
Ela sacudiu a cabeça em confirmação e saímos Geno e eu em direção ao carro de Geovane que ainda não tinha ideia do que estava acontecendo, pois tinha ido visitar Bernardo.
-o que você está fazendo aqui?-Mari pergunta emburrada, sua implicância com Geno era hilária.
- ele vai também! Geno leva o carro da sua irmã, que irei com Mari no de Geovane, na volta vem conosco.
-vou seguindo vocês, tomara que Sabrina me escute ,não gosto de ver minha mãe e Giulia assim, sei o quanto minha irmã já sofreu.
Quando Sabrina vê Geno Sair de seu carro, percebo seu olhar me fuzilando, mas não liguei. Fui eu a primeira a ir até ela pra falar – lhe. Quando chega a vez de seu irmão pensei que ia destrata-lo, mas para meu alívio conversaram e vi a cara de surpresa de minha amiga quando seu irmão a abraçou carinhosamente.
Fomos os três calados dentro do carro, mal estacionamos Giulia nos aborda pra querer saber de sua amada. Geno contou o que havia falado com ela e disse também que sentia que aquele afastamento fosse o melhor naquele momento, mas isso não acalmou a italiana que estava agitada.
-Cadê a mamãe mana, preciso dar notícias a ela também, não sei como esta aguentando ainda!
- ela está com Berta – olha pra mim antes de continuar- sua mãe e uma grande amiga, espero que Sabrina entenda que fez tudo para seu bem. Vamos lá Geno conversar com ela , quem sabe assim acalme um pouco.
Nem bem os dois se afastam surge Pietra procurando por sua ex-namorada, ela parecia preocupada, talvez já soubesse de tudo.
-vocês viram a Giulia?
-esta na cozinha com minha mãe dona Vivian e Geno , acho melhor deixar eles conversarem.
-talvez tenha razão, vou ao restaurante , assim que ela desocupar fale que estou lá a sua espera, por favor !
Desde que Pietra se meteu com a advogada, estava mais sociável, mais próxima. Mas acho que podem ter acontecido algumas coisas naqueles dias, que essa parecia triste e afastada, e pra completar vivia com Leticia pra cima e pra baixo sem a advogada.
Quando ela segue para o restaurante, Mari parece ler meu pensamento.
-ela é a Dayse não estão mais juntas?
-não sei, faz dias que as duas estão afastadas.
-só vejo Pietra agora com Leticia- não tinha mais ciúmes da garota, entendi que realmente Mari gostava de mim, principalmente agora que havia se aproximado novamente de sua família.
-eu também – vejo a advogada ,vindo em nossa direção – e falando no diabo, eis que surge o rabo.
Mari olha na direção de meu olhar e sorri quando vê Dayse.
-vocês viram a Pietra?- fiquei na dúvida se falava ou não Onde a italiana estava, mas Mari não tinha a mesma dúvida que eu, e tratou de ser ir à boca.
-ela está no restaurante e está sozinha aguardando a Giulia!
-Obrigada Mari- sorri seguindo em direção seu destino.
...
P/PIETRA
Aquela mulher mexia comigo de forma inacreditável, apesar da raiva que ainda sentia, não consegui resistir ao Beijo. Os dias que se seguiram depois de nossa conversa foram tortuosos pra mim, encontrei em Leticia uma amiga, sempre disposta a me ajudar e aconselhar, por várias vezes havia insistido pra que eu conversasse com Dayse, deixar meu orgulho de lado e ter uma conversa sincera com a advogada.
Fui pega de surpresa por seu beijo, mas me deixei levar , estava com muitas saudades de seus beijos, aqueles dias em que estávamos separadas, sonhava até mesmo acordada estar em seus braços, sentia falta de seus carinhos. Mas não ia me deixar levar por aquele sentimentos novamente, deveria estar pagando tudo o que fiz Giu sofrer pois aquela dor era insuportável, dilacerava a alma.
Estava no restaurante esperando minha ex dar alguma noticia, tinha a certeza que havia acontecido o pior, ou seja, Sabrina deveria ter descoberto sua história da pior maneira possível, deveria estar odiando sua mãe e namorada.
Ainda pensava naquela situação quando sinto alguém sentar-se a meu lado, pensei que fosse Giulia ,mas meu sorriso morre quando vejo de quem se tratava.
-o que você quer, não temos mas para conversar.
-temos sim, você não me deixou terminar o que tinha a dizer na praia!-ela estava, mas seria que o normal, sabia que ia tentar me convencer que tudo não passou de uma tremenda confusão, que eu tinha tirado conclusões precipitadas, mas já estava decidida a seguir em frente, voltar pra Itália assim que minha ex resolvesse a confusão toda que lhe rodeava.
-tudo bem Dayse, não quero brigar, estou muito preocupada com a Giulia e nada o que me falares vai fazer com que mude de ideia- aquele olhar decidido que carregava no rosto, se desfez diante minhas palavras.
-antes de falar qualquer coisa, não pode só menos, me escutar primeiro, estou aqui de coração aberto Ninfa –diante a simples menção do apelido que me dedicara, fez meu coração disparar- sei que tive oportunidade de falar a verdade, de desfazer todo mal entendido, mas fiquei com medo de ter perder-abro minha boca pra falar, mas ela não deixa – preciso terminar primeiro depois você pode falar o que quiser até mesmo me mandar pra bem longe! Bom, sei que deveria ter desfeito tudo ,mas me entenda tive medo de te perder , pensei a principio que tudo o que vivemos fosse diminuir com tempo, mas me enganei ! O que sinto por ti só fez aumentar a cada encontro nosso, quando percebi, já estava completamente apaixonada e não quis perde –lá, me desculpe por tudo, sei o quanto fui leviana contigo ,mas minha única desculpa por ter feito isso, é que te amo demais.
Meu coração está tão acelerado, que fiquei com medo dela escutar o ritmo descompassado com que batia. Naqueles dias muitas vezes achei que não tinha passado de uma brincadeira pra ela, e esse pensamento doía imensamente, escutar de sua boca que a amava era um bálsamo para minha alma, mas não ia conseguir esquecer de uma hora pra outra seus atos.
-não estou pedindo que perdoe minhas atitudes, só quero que compreenda os meus motivos.
-olha Dayse, não estou com cabeça pra pensar sobre nós agora , também não vou dizer que não estou mais magoada ,pois estou e muito ainda! Conversaremos em outra ocasião, pode ser?- ela sacada a cabeça confirmando- mas isso não muda em nada minha decisão de partir logo que Giulia consiga se resolver com Sabrina.
Apesar do semblante triste sabia que ia acatar minha decisão, sem falar mais nada, deposita um beijo em meu rosto e levanta – se me deixando com meus pensamentos.
Vejo Giulia entrando no restaurante e aceno, sua expressão era de pura tristeza.
-o que aconteceu Giu, a Sabrina descobriu tudo?- ela ia abrir a boca pra narrar tudo, mas seu choro a impediu.
...
Pietra me olhava, tentava a todo custo impedir que o nó que tinha na garganta se desfizesse em lágrimas mas foi impossível, talvez chorar aliviasse aquela dor que tinha em meu coração, chorei tudo o que tinha pra chorar , minha amiga me olhava sem nada a dizer, deveria saber que aquilo era tudo o que me restava .
-ela não vai me perdoar nunca Pietra , se você visse a mágoa, a raiva que tinha no olhar quando ouviu a conversa- procurava fazer com que o choro cessasse – ela não vai me perdoar!
- Giu, ela está brava, até eu se descobrisse dessa forma ficaria. Deixe ela, deixa essa mágoa passar pra que conversem, aí você explica tudo o que aconteceu. De uma coisa tenho certeza, ela te ama, mas está magoada se sentindo enganada, mas vai passar.
- tia Vivian também está arrasada!
-mas a maior culpada disso tudo foi ela, que deveria ter falado a verdade desde o início.
-não fala assim Pietra, ela já sofreu muito todos esses anos, afastada da filha, não precisa que ninguém a julgue agora- não era justo colocar a culpa toda na mãe de Sabrina, fui eu que insisti pra saber toda a verdade, verdade essa que ocultou por anos.
-me desculpe Giu, sei que não tenho direito de julga – lá, você tem razão, ela já sofreu muito afastada da filha!
- só queria que Sabrina escutasse o que tem pra falar, quem sabe assim pudesse refletir sobre tudo o que aconteceu e parece de culpar tanto a mãe por tudo.
Conversar com Pietra tinha sido uma ótima escolha, me sentia mais aliviada, mas disposta a lutar por meu amor.
Os dois dias que seguiram foram uma tortura sem saber notícia de Sabrina, via o quanto minha tia estava sem chão com tudo aquilo, principalmente por ter estragado meu relacionamento com sua filha ,como ela mesma falava em nossas conversas.
Eu havia saído da casa da Sabrina e me hospedado na pousada, próximo a minha tia. Não ia continuar lá, quando a própria dona havia deixado claro que não me queria ali.
Os dias passavam lentamente, queria que minha amada voltasse logo para que conversássemos pra acabar com aquela dúvida, que teimava em deixar meu coração em frangalhos, não conseguia pensar na possibilidade de me afastar dela, mas viver com aquela dúvida, de que ia ou não ser perdoada era pior ainda.
-me desculpa minha filha, só vim estragar sai vida!
Olhava à senhora que nem parecia à mesma de outrora, vivia se desculpando por tudo, não gostava de vê-la assim, o que ela passou todos esses anos, não era qualquer pessoa que aguentaria.
-já falei que a senhora não teve culpa, Sabrina iria reagir da mesma forma por mais que soubesse de tudo em uma conversa. Só queria que ela escutasse o que a senhora tem a falar, antes de resolver que não nos perdoa.
-a Giulia tem razão Vivian, sei o quanto sofreu todos esses anos, sua filha e uma pessoa do bem, sensata vai voltar para que conversem, ela só está chateada e deve estar confusa, afinal sempre estive só lado dela , e depois de tanto tempo descobrir que tinha contato contigo , deve estar confusa.
-só quero que ela saiba que não tive escolha, que jamais a abandonei, que sempre estive presente por mais que não me visse, mas sempre estive presente!
-só sinto por você Giulia, Sabrina e demais cabeça dura, por mais que aceite as explicações de Vivian, sempre irá se senti traída por você.
Aquilo era tudo que não precisava ouvir, alimentava uma esperança de que ela me perdoasse por ter omitido a verdade, mas com as palavras de Berta uma agonia, uma dor começou outra vez a apertar meu peito.
-você acha que ela não vai desculpar Giulia mesmo eu conversando com ela, falando que Giulia não teve nada a ver com isso, e que só descobriu a verdade quando já estava aqui na ilha!
-sua filha não aceita mentiras, por mais que entenda, que aceite suas explicações na Cabeça dela sempre vai achar que Giulia mentiu!
Outra vez aquele nó se forma em minha garganta, a vontade de chorar se faz presente, mas não tinha mais lágrimas e nem força pra isso, a verdade era que minhas esperanças estavam se esvaindo junto com minhas esperanças.
-não fique assim minha filha, tenho certeza que ela irá entender!
-tomara tia, não sei o que vou fazer se perde – lá pra sempre.
-A Amália me falou que estavam aqui, acho que já podemos conversar- levamos um susto ao ver Sabrina entrando pela porta do quarto de tia Vivian, onde conversávamos, sua expressão era dura, mas alguma coisa mudou desde o dia em que saiu dali com a verdade em sua mente.
Fim do capítulo
Boa tarde!
capitulo postado, espero que gostem meninas.
bjss
Comentar este capítulo:

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]