Capítulo 51-extra
-ali esta ele!- saio de minhas divagações e olho em direção ao rapaz que se aproximava sorrindo de sua mae e irmãos. Sabrina olhava pra ele encantada, eles eram muitos parecidos, ninguém que os conhecessem naquele momento, duvidaria que fossem irmãos, ele não tinha puxado a família paterna em nada, era branco e cabelos claros igual a mãe.
Aproxima-se e da um abraço caloroso, cheio de saudades em tia Vivian, pra logo em seguida fazer o mesmo comigo me beijando varias vezes no rosto. Quando me larga olha Sabrina com um sorriso no rosto, seus olhos brilhavam e aquilo me causou um mal pressentimento, minha tia havia comentado que falara com ele sobre tudo o que se passava.
-então essa é minha irmã, ela é linda maninha!- Senti vertigens, devo ter demonstrado, pois rapidamente os três se aproximam.
-amor o que aconteceu, esta sentindo alguma coisa?- Sabrina estava preocupada, mas meu único pensamento era se ela havia entendido as palavras de nosso irmão. Geno me olha parecendo intender meu mal estar.
-mana não se preocupe, não vou tomar sua namorada, te juro que irei trata-la como a uma irmã - sua mãe que estava calada e também pálida sorri. respirei aliviada ao ouvir minha amada falar.
-me desculpe você Geno, mas amo sua irmã, não teria chance alguma!- faz uma cara de desolada.
-prazer Sabrina, minha maninha e minha mãe falaram muito bem de você, fiquei ate com certos ciúmes- pisca pra ela, que sorri e lhe abraça, ele devolve o abraço a estreitando em seus braços. Por cima de seu ombro sorri pra mim e tia Vivian que tinha os olhos marejados por lagrimas, que prendia a todo custo.
-prazer é todo meu cunhadinho, sua mãe falou muito de você...
-só ela também não é? Pelo que conheço de minha irmã deve ter falado somente pra falar mal, me chamar de irresponsável.
-ela falou coisas boas de você também. Vamos indo que Berta esta nos esperando com almoço especial que pedi pra prepara.
-amor você nunca mandou fazer um pra mim!- finjo que estou magoada, ela se aproxima pra me abraçar.
-com ciúmes maninha?
-tadinha da minha italiana, esta se sentindo abandonada esta? Vou preparar, eu mesmo um almoço bem especial pra você!
Sorri pelo modo que me tratou ainda bem que o incidente havia sido passado despercebido, ia falar para Geno ter mais cuidado com suas palavras.
Já na pousada, como havia acontecido com tia Vivian, todos ficaram admirados mais uma vez, pela semelhança agora de meu irmão e minha namorada.
...
P/ MARI
Estava acontecendo algumas coisas fora do comum ali na ilha, primeiro a tentativa de Dayse e Pietra de esconderem a relação delas, pra dias depois nem ao menos se olharem, e a Italiana passou a ser mais vista com minha ex-namorada e Giulia.
E a semelhança gritante de minha chefa com dona Vivian e Geno, não sabia dizer se era algo realmente comum. Esse por sua vez, já chega querendo dar um de don Juan pra cima de Amália, aquilo estava me tirando do serio, ainda mais que se aproximava o dia que iria visitar meus pais e irmãos, Amália insistia em dizer que não era pra me importar porque o rapaz não passava de um menino, menino! Ele era mais velho três anos que eu, e ainda falava pra não me importar. Estava a caminho da pousada com três hospedes que queriam cavalgar pela região, quando entro na recepção da pousada e a primeira coisa que vejo é o italiano junto a minha namorada, com os cotovelos em cima do balcão e o rosto entre as mãos, adorando a recepcionista, fazia dois dias que tinha chegado de viagem e os dois dias era sempre assim, era sempre a primeira cena que via quando entrava ali.
- oi amor, já voltou?-o rapaz quando me vê procura manter a postura, Amália fazia questão de manter o mesmo tratamento que me dedicava quando estávamos entre amigos, mas Geno parecia não se incomodar e continuava babando em cima dela , sempre que chegava perto.
-já sim, as coisas aqui parecem não mudar esses dias- falei pra ver se o rapaz se tocava e saia dali, procurasse o que fazer, mas ledo engano, esse parecia nem ligar se a indireta era direcionada a ele- Genaro, já faz dois dias que esta aqui na ilha, não tem vontade de conhecer outros lugares além da recepção- vejo Amália prender os lábios pra não rir, mas o rapaz não se importou com a minha direta, bem que Giulia tinha falado o quando ele era distraído ou fingia ser.
-ter ate que tenho, mas Amália não quer me acompanhar-fala na maior naturalidade.
-talvez seja porque não é o trabalho dela e sim o meu!
-Mari , iremos amanha na casa dos seus pais- ela deve ter percebido meu desagrado, e tratou logo de mudar de assunto, ela me conhecia muito bem e sabia que não era de me calar.
-vamos sim-apesar do medo de ser novamente rejeitada, já não suportava mais ficar adiando aquele encontro, tinha dias que ficava horas pensando em sua família, de como seria bom se eles me aceitassem, ainda mais agora que estava feliz ao lado de Amália.
Giulia aparece na porta do escritório de sua namorada o chamando, o rapaz sai ao encontro de sua irmã me deixando a vontade pra conversar com minha amada.
-esse rapaz ainda não percebeu que é comprometida, Que não esta disponível!- meu ciúme se faz presente, a recepcionista sorri do modo zangado com que falo.
-não acredito que esta com ciúmes de Geno já falei que ele não tem chances- não duvidava de suas palavras, mais meu ciúme me dominava- será que ainda tem duvidas, que te amo minha guia ciumenta.
-me desculpe é que estou um pouco estressada com esse encontro com minha família. Obrigada por ir comigo, não sei se teria coragem de enfrentar tudo sozinha.
-você não precisa agradecer eu te amo e nunca deixaria que enfrentasse isso sem mim.
Despeço-me e volto ao trabalho, depois que Geovane retornou a ilha e ocupou uma sala de massagem, passei a ajuda-lo todas as tardes.
No dia seguinte combino com Amália em busca-la para irmos a casa de meus pais, eu estava muito nervosa, quando chego na casa de Berta minha amada me esperava e me abraça assim que me ver, fazendo com que me acalmasse um pouco.
-esta gelada!- realmente estava gelada devido ao nervosismo- não fica assim, já disse que estarei ao seu lado.
Dou-lhe um sorriso sem pronunciar nenhuma palavra e fomos a caminho da casa de meus pais. Quando estávamos já na frente da casa, paro e seguro a mão de Amália pra tentar acalmar meu nervoso, novamente me pergunto se estava realmente preparada pra aquele encontro.
-vamos, já chegamos ate aqui e temos que seguir em frente!- ela tinha razão já havia se passado muito tempo.
Toco a campainha e quando a porta se abre percebo a cara de surpresa de Marcos , um dos gêmeos, acho que jamais esperaria me ver ali.
-MARI...- me puxa para um abraço. Que saudade daquele moleque, que estava um rapaz lindo!-não acredito que esta aqui. MAE, PAI, MARCIO OLHA QUEM ESTA AQUI!- grita chamando atenção dos outros membros da família, que em minutos chegavam à entrada da residência.
Minha mãe, quando me ver, se espanta mais parecia emocionada por me vera li em sua casa, meu pai parecia estar na mesma posição, enquanto Marcio me puxava prá um abraço me tirando do chão.
-Mari que saudade!
-minha filha quanto tempo! Entrem- meu pai saindo de seu estado emocional nos convida para entrar, somente minha mãe parecia ainda não acreditar de eu estar ali na sua frente.
-tudo bem mãe- falo timidamente, a todo tempo Amália estava um pouco atrás de mim, com certeza queria me deixar à vontade ou apenas estudar melhor o ambiente.
-quanto tempo filha!- lagrimas rolavam pelo rosto de minha mãe que se aproxima me estreitando em seus braços. Há anos não me sentia assim, querida , amada, somente senti isso depois que me envolvi com aquela que amava com todas minhas forças.
Assim que entramos, meus pais e irmãos me puxam para que me alojasse no sofá, acho que ali percebem a presença de Amália que estava em silencio.
-Amália entre, sente-se aqui- minha mãe indicava uma cadeira próxima, mas eu a chamei para que sentasse a meu lado, precisava de seu apoio, de seu calor, de sua confiança-como esta sua mãe, faz algum tempo que não a vejo.
-ela esta bem, como sempre trabalhando-vejo minha amada revirar os olhos o que me causou um sorriso no rosto, era bom à conversa tomar outro rumo, só assim poderia analisar um pouco aquele ambiente que passei a infância, saudades daquele lugar onde havia sido muito feliz- ela mandou lembranças a vocês.
-ela sempre me dava noticias suas- dona Teresa fala, aquilo foi uma surpresa, pois Berta não tinha comentado esse fato em nossa ultima conversa.
-minha mãe me falou que vocês sempre perguntavam por Mari- me surpreendi, acho que ficou visível em minha fisionomia, pois ela me olha com carinho.
-como você esta minha filha? Berta me falou que trabalha com Sabrina-afirmo com a cabeça, ainda estava difícil conversar-fico feliz que tenha mudado, que criou juízo.
Aquelas palavras me causaram um mau pressentimento.
-A mãe de Amália me contou que esta mudada, que esta em um relacionamento sério- por um momento fiquei feliz, já que a senhora tinha falado algo, com certeza falara também com quem era- que bom que saiu daquela vida!
Minha tristeza voltou Amália delicadamente segura minha mão me dando força, foi o que precisava pra fazer a coisa certa.
-realmente conheci uma pessoa que esta me fazendo muito feliz, que pretendo passar com ela, se possível o resto de minha vida-minha mãe e meu pai tinham um sorriso no rosto, meus irmãos nunca me recriminaram por meu modo de vida. Estava calado observando-Amália é essa pessoa mãe!
Vi surpresa nos olhos de meus pais, eles sabiam que a recepcionista era hetero, inclusive já tinham visto, com alguns namorados antes de mim. A alegria de outrora que vi no rosto de minha mãe tomou lugar a rudeza, o mesmo olhar do dia em que me mandou ir embora de sua casa, naquele momento havia uma diferencia muito grande, naquela época meu pai não se meteu acatou as ordens dela.
-como você tem coragem...
-vamos deixa-la falar Teresa, ela deu o primeiro passo em nos procurar, vamos pelo menos ouvi-la dessa vez- fiquei surpresa pela defesa, acho que ate mesmo minha mãe, que o olha sem entender. Mas mesmo com isso argumenta.
-não entendo como Berta aguenta essa situação, já não bastava Geovane, agora você- a senhora falava ainda indignada.
-minha mãe, não aguenta, ela apenas nos respeita-Amália fala , percebo que estava se controlando- ao contrario de vocês, minha mãe quer nossa felicidade independente com quem seja não estou falando que ela não sonhou outra vida pra gente, mas entenda dona Teresa, ela não pode colocar as expectativas de vida dela, em cima dos filhos, por isso mesmo que ela tenta nos entender.
Se já amava aquela mulher, naquele momento superou todas as expectativas. Meus pais a olhavam em silencio esperando o que vinha em seguida.
-sei que vocês amam a Mari, como amam Marcio e Marcos e não querem jamais vê-los infelizes-falava pausadamente, garantindo a atenção de meus pais e a minha- não estou falando pra vocês, aceitarem nosso modo de vida, nossa opção, só estou pedindo que escutem sua filha, ela os ama muito e não merece a rejeição de vocês.
-nos a amamos muito também- meu pai fala emocionado, parece que os anos fizeram com que fosse mais compreensivo- só queríamos que fosse feliz, entenda Mari você era nossa menininha, nossa única filha, foi muito difícil saber que falhamos com em sua criação.
Pela primeira vez, entendi o que Berta realmente quis falar quando conversou comigo, meus pais se culpavam por minha escolha, isso realmente nunca passou por minha cabeça em todos aqueles anos, que me mantive afastada.
-Pai vocês não tem culpa, ninguém tem! Não escolhi gostar de mulher, isso é de mim. O senhor acha que quando me apaixonei pela primeira vez, não achei um erro, ficava me culpando por ser assim, mas não pude fugir- as lagrimas já rolava em meu rosto, Amália segurava forte minha mão como falando pra que eu continuasse- não quero que vocês me aceitem, mas que me compreendam que me amem do jeito que sou.
-nos a amamos minha filha- pela primeira vez em muito tempo, percebo compreensão nos olhos de minha mãe, ali estava à mulher que me defendia que me amava- fomos idiotas por nos incomodar com que iam falar quando descobrissem que nossa filha era...diferente, mas nunca deixamos de te amar!
Tomei a atitude de abraça-los, eles me estreitaram em seus braços beijando meu rosto, meus irmãos se juntam ao abraço. Meu coração estava em paz, estava alegre. Fiquei mais comovida quando minha mãe pega Amália pela mão fazendo com que se juntasse a nos.
...
Desde que meu irmão chegou Sabrina dedicava bastante tempo a ele e a minha tia, não via a hora de que ela conversasse com a filha, tinha medo de Sabrina descobrir a verdade, escutasse as conversas de Berta com a mãe, já tinha alertado as duas para tomarem cuidado, apesar de minha amada não desconfiar, ali na pousada as pessoas ainda estranhavam a semelhança das duas e agora com nosso irmão.
Tinha decidido dar um ultimato pra tia Vivian, não era correto nem comigo, que parecia estar pisando em ovos quando estávamos reunido, nem com Sabrina que depositou sua confiança em minha família.
Chego à cozinha estavam as duas conversando.
-tia essa situação tem que acabar a senhora precisa conversar com Sabrina- minha tia me olha desolada, ela sabia que tinha razão.
-Vivian você precisa conversar com sua filha- ouço Berta falar a senhora também era da mesma opinião que a minha- a Sabrina precisa saber o que aconteceu.
-Filha!-Sabrina parecia não acreditar no que ouvira.
-Sabrina! – olhava a mulher pálida na entrada da cozinha, Berta e tia Vivian calaram-se- por favor, me escuta, sei que tem muita coisa a ser explicado.
-não acredito que você mentiu pra mim Giulia!- meu rosto já estava banhado por minhas lagrimas. Em seu olhar via uma indiferença que partiu meu coração.
Fim do capítulo
Boa tarde meninas!
recompensando voces por ter postado apenas um capitulo semana passada,espero que gostem.
bjss
Comentar este capítulo:

Maravilhoso!
Bjs
Resposta do autor:
boa tarde!
obrigada meu anjo!
bjss
Resposta do autor:
boa tarde!
obrigada meu anjo!
bjss

Ada M Melo
Em: 30/09/2017
caraca Giu, acho que vc demorou demais...e agora?
Resposta do autor:
boa tarde!
nao creio que foi a Giu a demorar, mais a verdade tinha que aparecer!
bjss
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SaraSouza
Em: 29/09/2017
agora fudeuuuuu......so espero que a sabrina ouça a Giu pfv...nao vou aguentar as duas sofrendo
Resposta do autor:
boa tarde!
a verdade sempre aparece talves Sabrina fique magoada mais tenho certeza que seu amor por Giulia, ira superar tudo isso.
bjss
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