Capítulo 18
Dezoito
Na sexta, avisei Yara que não iria trabalhar, pois queria ficar com o Henry.
- Você, vem sendo uma mãe incrível sabia.
- É porque sempre sonhei em ser mãe. Contigo e com o Henry, estou realizando este sonho.
- Eu te amo!
- Também te amo muito. Meus pais vão chegar hoje à noite, também ficaram preocupados com nosso pequeno.
- Por falar nisso, esqueci de comentar contigo, na última semana de aula, vai ter uma exposição só para os alunos mesmo e o Henry fez uma árvore genealógica emocionante. Aposto que seus pais vão adorar.
- Quero ver!
- Vou trazer hoje e segunda devolvo para a professora dele. Já que vocês estarão em casa, podemos almoçar juntos e ficarei no colégio só no período da manhã.
- Combinadas! Bom trabalho!
Yara saiu e eu fiquei ajeitando a casa, esperando os dorminhocos.
- Flô, bom dia!
- Bom dia! Dormiu bem?
- Sim! Só não sei andar direito com este negócio (ele falou apontando para o gesso e se arrastando).
- Eu te ajudo, senta aqui no sofá.
- Não preciso ir na escola hoje?
- Não. Só segunda. O que você quer comer?
- ‘Suquilo’.
- Sucrilhos (corrigi).
- Isso, Yakult e fruta também.
- Qual fruta?
- Pêra.
Arrumei e levei para ele. Também cuidei da Nina.
- Você vai ter visita hoje (contei).
- De quem?
- Meus pais.
- Que legal. Que horas?
- A noite.
- Agora vamos ver desenho?
- Sim! Hoje sou toda sua, meu príncipe!
- Eu gosto de ser teu príncipe.
Nossa manhã juntos foi deliciosa e feliz. No horário do almoço Yara chegou e pedimos comida em um restaurante. Como ela já tinha mencionado levou a atividade do Henry e eu fiquei maravilhada.
- Minha árvore não vai para a feira de exposição?
- Vai sim, segunda já levarei de volta. Eu trouxe para a Florência ver, pois ficou muito bonito o seu trabalho.
- Acho que ela não gostou, olha, ela está chorando (ele falou me apontando).
- Eu amei! Estou chorando emocionada (salientei).
- Dinda, vou fechar o olho, dá um beijo nela para ela parar de chorar.
Nós duas caímos na risada e Yara depositou um beijo na minha testa. Fiquei inebriada com a árvore genealógica que ele fez. No topo da folha, duas nuvens e em cada uma estava escrito o nome dos pais dele, Paola e Henrique. Embaixo, em um círculo, todo pintado como uma bola de futebol, estava o nome dele. Na sequência, dois corações, um ao lado do outro, com meu nome abreviado, da forma como ele me chama e do outro lado o da Yara. Não parou aí, tinham mais dois quadrados, um ligado ao nome da Yara e continha os nomes dos meninos; Tios: Rui e Digo. Já o que estava ligado ao meu nome, li: vô Caetano e vó Flora. Fiquei maravilhada. A noite quando meus pais chegaram, Henry mostrou a atividade e foi a vez dos meus pais chorarem de alegria. Minha mãe queria colocar em um quadro e levar com ela, explicamos que era uma atividade escolar. Henry que adora agrada-la, fez outro desenho igual e deu de presente para ela, que ficou muito satisfeita. Ela também levou várias canetas coloridas para ele, que adorou a ideia de colorir o gesso.
No sábado ele teve um pouco de dor de cabeça, voltamos ao hospital, meu receio era ele ter batido a cabeça na queda e pedi uma chapa detalhada. Felizmente, nenhum problema, era apenas uma indisposição.
Domingo, ele já estava bem melhor e todo brincalhão. No final do dia meus pais foram embora. Nossa semana transcorreu tranquila e Henry precisou ficar com o gesso por uns quinze dias. Quando tirou, já estava cem por cento recuperado.
Final de ano chegando, combinamos de novamente passar o Natal com meus pais e desta vez na companhia de Henry. Já o ano novo optamos por passar no Guarujá com os meninos.
Eu já estava acostumada, todas as noites em ouvir o seguinte de Henry:
- Flô, sono!
Colocava ele deitado e começava a contar alguma história antes dele adormecer. Contudo, para a minha surpresa, naquela noite, depois de assistirmos a um filme infantil:
- Flô!
- Sono?
- Ainda não.
- Gostou do filme?
- Sim. Eu quero um irmão ou irmã (falou com espontaneidade e ficou me olhando).
Yara engasgou com o refrigerante que bebia e corri para acudi-la. Depois de recuperar o fôlego, ela perguntou:
- Henry, de onde você tirou isso?
- Eu tenho vontade, meus pais queriam também, mas eles morreram (falou triste).
Ele terminou de falar e logo o abracei. Ficamos por alguns minutos em silêncio.
- Flô, me dá um irmão ou irmã?
Eu não sei dizer não para ele. Além disso é raro ele pedir algo, é um doce de criança.
- Meu amor, você nos pegou de surpresa (expliquei).
- E que surpresa, até engasguei. Estou até zonza aqui (reclamou Yara).
Ele continuou me olhando e esperando uma resposta.
- Nós vamos conversar né Yara.
- Conversar? Como assim?
- Sobre o pedido dele.
- Mas... Meu Deus! (Ela falou e deixou a sala).
- Vamos colocar a Nina para dormir?
- Vamos!
Colocamos a Nina no lugar dela. Contei história para ele, que logo dormiu e fui de encontro com a minha esposa, que estava deitada na nossa cama.
- Ele já dormiu?
- Sim!
- Que ideia maluca a dele né.
- Não achei maluca e gostei da ideia. Eu sou filha única e sempre quis ter alguém para brincar comigo.
- Ai meu Deus, você também?
- E porque não?
- Amor, esta conversa me deixou até nervosa.
- Calma, não precisa ficar nervosa. Você já tinha me dito que queria ser mãe.
- E nos tornamos mãe dele.
- Sim, foi tudo muito rápido e vem sendo maravilhoso.
- Você tem gostado mesmo hein.
- Se você não quiser uma fertilização. Podemos adotar juntas.
- Minha nossa senhora, você e o Henry, são um perigo juntos.
- Confesso que gostei do pedido dele e falei sério quando disse que conversaria contigo sobre.
- Me deixe digerir tudo isso e depois veremos.
- Tudo bem! Pense com carinho.
- Agora eu quero mesmo é fazer amor com a minha esposa.
- Quer tentar um novo filho de forma natural (provoquei).
- Muito engraçadinha!
Nos beijamos e nuas nos entregamos uma para outra.
Fim do capítulo
Aviso: fiz um planejamento aqui e acredito que vou concluir este conto até o dia 15/10 no máximo; com uns 25 capítulos no total. Comentaristas, muito obrigada pela participação e interação; vocês me incentivam muito. Agradeço e espero contar sempre com vocês. Obrigada por cada leitura e até breve!
Comentar este capítulo:
Mille
Em: 20/09/2017
Bom dia querida May
Uma linda família formou e nada mais justo novo integrante para a alegria do Henry, garoto esperto. Bom ele tem uma sensibilidade para conquistar as pessoas não é atoa que a Flor não nega nada para ele. E essa árvore ameiiiii.
Mais já May, não gostei desta informação, mais tudo que é bom tem que terminar né.
May minha querida sucesso para ti, e que venha novos desafios.
Um forte abraço e até o próximo capítulo
Resposta do autor:
Mille, uma família muito linda! Que bom vc ter amado a árvore, eu estava inspirada e criei esta fofura rs
Então, quero concluir na primeira quinzena de outubro, pois tenho planos para a continuação de Dueto.
Acredito que vamos ter mais uns 7 capítulos. Muito obrigada e sucesso para nós sempre. Adoro desafios.
Outro forte abraço para ti e no final de semana retorno com o próximo capítulo. Beijos!
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NovaAqui
Em: 20/09/2017
Olhos marejados com a Árvore Genealógica
Elas poderiam adotar um irmãozinho com quase a mesma idade do Henry e depois ter um por método natural, afinal treinando elas estão kkkkkk Yara vai falar que sou engraçadinha kkkk
Abraços fraternos procê!
Resposta do autor:
Linda esta árvore né #emocionante e eu estava inspirada rs
Sim, a Yara pediu para te chamar de engraçadinha e nem quer vc de papo com a Flor kkk
Acho q ela ficou com medo de vc dar esta ideia rs Henry e Flor te adoram e gostaram disso rs
Outro abraço fraterno para ti e no final de semana retorno. Beijos
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SaraSouza
Em: 20/09/2017
É isso ai Henry, vamos crescer essa familia kkk
O desespero da Yara tadinha..
Triste, ta acabando :((
Parabens autora belo trabalho!!!
Resposta do autor:
Grata e fico muito feliz. É bom saber que vc considera este trabalho belo, pois faço com muito carinho.
Acaba só mês que vem rs vou começar a sentir saudades qdo chegar no 20, gosto muito desta narativa.
No final de semana eu volto. Até breve! Beijos e abraços, May.
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