Capítulo 6 - 1938
1938
Passei a ser respeitada por todos os lugares onde ia. Os rapazes começaram uma amizade comigo
- bom dia Laura - disse Matt
- bom di di dia mi minha lindaa - o Gago
Eu apenas assenti com a cabeça. Continuei andando, estava indo tomar meu café.
- eles agora te respeitam - comenta Danny com um riso no rosto.
- é, e eu estou amando isso - baguncei o seu cabelo.
O café correu tudo bem.
Depois que eu dei uma dura neles, passei a ser realmente respeitada dentro das forças aéreas. Os rapazes me deram privacidade, não que eu precisasse, pois ate me importei a não ter, mas eles deram e passaram a não ficar nus na minha frente. Ajudávamos uns aos outros, eles perceberam que não valia de nada ficar brigados comigo e em pé de guerra, foi ótimo o que aconteceu.
Os rapazes eram muito fraco no quesito "mulher", não que eu fosse uma expert, mas eu era mulher e na cabeça deles eu deveria saber tudo sobre as mesmas. Mas não, eu era mais perdida que eles. O que eu poderia fazer por eles era ensinar um pouco da anatomia feminina.
- então os seios são essas partes redondas da frente - pergunta Matt
- isso ai - respondi, sentada em uma das mesas de madeiras, alguns em pé e outras sentados ao meu lado.
- isso já sabe - Dan fala - não é Matt? - o encara
-claclaroo - ele gagueja e eu dou uma leve risada.
- e como leva uma garota pra cama? - Zuf
- cara, isso é indelicado - reclamo - como você quer levar uma garota pra cama, sendo que você não quer compromisso com ela? - junto minhas sobrancelhas e franzo o cenho
- não sei, eu vou pra guerra, e lá posso morrer - ele completa.
- faz um pouco de sentido - diz Matt
Todos conversando e sorrindo. Vejo o Danny me olhando e levanto o copo brindando com ele.
Começamos uma serie de treinamentos intensivos, viajávamos por varias bases militares, para aprender mais sobre guerra, passava muito tempo no chão o que eu não gostava muito, mas tinha que aceitar.
- iai, como estão às coisas? - Matthew me puxa no canto pra conversar.
- tudo tranquilo, estou aprendendo bastante senhor - o respondo.
- que bom - ele da um riso - sabe, - ele respira fundo e suspira - eu tenho medo de quando a guerra chegar - seus olhos olham para o horizonte, e suas mãos estão em sua cintura.
- o senhor acha que vai chegar aqui senhor? - pergunto o encarando
Ele que olhava para o além se vira pra mim - mais cedo ou mais tarde, nós vamos entrar em uma guerra, filha, espero que não, mas as coisas nunca são como queremos, então... - ele da de ombros - mas de qualquer forma, estamos nos preparando - ele encerra o assunto e me dá dois leves tapas nas costas.
Com essa de viajar por todos os lugares para aprender sobre guerra, aviões de caça e entender esse novo universo que estava minha vida, conhecíamos varias cidades. Aonde chegávamos éramos recebidos com alegria, pelo que eu via né. Em algumas cidades, algumas mulheres me olhavam algumas com desprezos e outras com desejos.
- olha, você arrasa corações - Danny sussurra em meu ouvido.
Eu tomo minha bebida no canudo e sorrio - que nada, você quem arrasa - comento.
- eu não levo jeito - ele bebe sua bebida e fica encarando uma garota
- vai lá Danny, a chama pra dançar - o empurro de ombros.
- não não - ele começa a ficar nervoso.
- qual é, porque não? - começo a rir - os rapazes estão dançando - aponto para os mesmo, e eles estão todos desengonçados, começamos a sorrir.
- eu não sei o que falar, como agir - ele da de ombros
Saio em direção à moça, que abre um sorriso pra mim.
- boa noite - falo
- boa - ela responde. Aproximo-me mais dela e sussurro em seu ouvido algo e aponto para o Danny, que se mexe imperativo, ela morde os lábios e ele sorri sem graça. Volto pra perto dele e continuo bebendo minha bebida
- o que você disse a ela? - ele pergunta com o canudo na boca.
- você sabe! - franzo o cenho enquanto tomando minha bebida
- não, eu não sei! - ele se vira pra mim, deixando seu braço esquerdo em cima do balcão.
- só disse que você vai lutar na guerra, e eu não queria que meu irmãozinho morresse virgem - pisquei pra ele e fui em direção ao banheiro.
Usei o vaso e ao sair me deparo com algumas moças, uma loira bem simpática me encara e sorrir, as outras que estão com ela nem ao menos, me olha. Eu retribuo o sorriso e começo a lavar minhas mãos e, elas saem do banheiro. Lavo meu rosto e me encaro ao espelho - você esta ai Laura? - me pergunto fixando os olhos. Muita coisa tem acontecido em minha cabeça e, na minha vida.
Saio do banheiro e sigo para o bar - o mesmo, por favor - estendo o copo e o moço traz a bebida.
- por conta da garota - ele fala ou me dá à bebida
- que garota? - pergunto e ele aponta com a cabeça pra moça que esta sentada, eu observo de longe e vejo a loira, ela levanta o copo e pisca para mim, eu retribuo do mesmo jeito.
Saio para procurar o Danny e não o encontro. Continuo minha bebida, os rapazes vêm ate eu contar historias engraçadas e pedir conselhos. A loira não tirava os olhos de mim e nem eu dela.
- ta legal rapazes - falo rindo e me levantado do banco do balcão - vou atrás do Danny - sigo para fora. Não demoro a o achar aos beijos com a moça que logo mais cedo eu conversei. Segui para o lado do bar pra tomar uma fresca.
- olha, se você não saísse eu iria te arrancar de lá - ouço uma voz vindo em minha direção, quando viro é a loira.
- ahh, oi - foi tudo o que consigo falar - tenho que te agradecer pelo drink - aceno com a cabeça.
- não precisa - ela sorrir. - quer ir a algum lugar? - super direta ela.
- porque não?! - abro um sorriso.
A guerra se aproximava, mas não sabíamos quando ela ia chegar. Alguns meses depois naquele ano, o Danny recebe a noticia de seu pai, infelizmente ele não esta mais entre nós. Foi horrível, pois mesmo ele sendo um cara meio "ruim", não diria ruim, mas abatido pela guerra, não importava ele era o pai do Danny e o mesmo sentiu sua perda.
Fim do capítulo
Oi babys.... mais um cap pra voce!
Me tirem uma duvida, existe aluguma musica que voces conheçam, onde se fale de ruivas?
Me tirem essa duvida.... eu agradeço
E vou pensar se posto outro ou nao... hahahhaha.. quero muito postar kkkkkkkk, enfim!
bjos!
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