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Game Over por SteS

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Palavras: 3562
Acessos: 2244   |  Postado em: 01/09/2017

Notas iniciais:

Música do capítulo: Quase um segundo - Paralamas do Sucesso.

Capítulo 14 - Não me olha,tarada!

Não consegui me mexer por alguns segundos. Fiquei parada com o queixo parecendo que ia cair do rosto enquanto ela me olhava curiosa. Minha cabeça me dizia que era impossível, mas meu coração dava um duplo twist carpado atrás do outro. Mas como isso pode acontecer? Depois de passar minha vida toda olhando pra aquele sorriso na foto, eu não poderia estar confundindo. Será que existia sorriso gêmeo? Que maluquice, Alice! A moça estava falando alguma coisa.

-- Você está bem? -- Nunca ouvi um voz tão clara na vida. Clara não, cristalina. Linda como um concerto da sua banda preferida. Pensei que deveria estar com uma cara muito estranha. De repente eu tive medo dessa mulher. Quem era ela, afinal? Como poderia ter esse sorriso? Ele era meu!

-- Estou bem sim, obrigada! Com licença. -- Saí quase que correndo dali. Nem procurei mais amigo nenhum.

Precisava ir para casa.

 

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

 

Entrei em casa e corri pro meu quarto. Abri a gaveta e tirei a foto da minha mãe sorrindo. Era o mesmo sorriso.

Como isso podia ser possível? Minha mãe estava morta isso era um fato. Então quem é aquela mulher com o sorriso idêntico ao dela? Olhei os outros traços e tentei comparar com os da moça da cantina. O nariz, os olhos a boca eram todos muito parecidos só que modificados pelo tempo. O que diabos estava acontecendo? Tentei me convencer que era apenas um caso de sósias. Não consegui. Passei grande parte do dia, deitada olhando a foto e confabulando. Não cheguei a nenhuma conclusão. Ainda assim aquela mulher não saía da minha cabeça. Bloqueei os pensamentos à seu respeito até decidir como encontrá-la de novo e isso só poderia ser feito depois da volta às aulas.

 

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

 

 

As férias passaram mais rápido do que eu esperava. Luiza e eu desenvolvemos uma relação muito estranha.

Nos víamos pelo uma vez por semana e era sempre imprevisível. Algumas vezes brigávamos feio, outras convivíamos pacificamente,assistíamos filmes e dormíamos na minha cama. Nunca mais tivemos nada apesar do meu corpo pegar fogo com o olhar malicioso dela em cima de mim. Toda vez que eu estava prestes a ceder lembrava do passado e daí começava uma nova briga.

 

Hoje era um dia superficialmente calmo. Era um domingo qualquer de janeiro e estava um calor absurdo, como de costume no Rio de Janeiro. Estávamos na piscina na casa de Luiza após meu almoço semanal com Fernanda e Pierre. Eu estava estirada numa das cadeiras que ficam próximas a borda, lendo uma revista e Luiza nadava despreocupadamente de um lado ao outro. Seu corpo esguio parecia ter sido desenhado para a água. Como eu achava que Luiza era perfeita para muitas coisas, não confiem muito na minha opinião. Os braços longos abriram caminho até mim. Luiza parou com os braços apoiados na borda e me olhou com interesse. Algo nesse olhar me avisou que essa paz tão duradoura como a da Palestina estava prestes a acabar:

 

-- Alice, eu estava pensando.. -- Ela começou a falar.

 

-- Bom, temos aí uma novidade. -- Eu disse voltando minha atenção para a revista. O que viria daí eu não sei.

 

-- Como vai ser depois que começarem as aulas? Vamos estar no mesmo campus e eu não posso ser expulsa por bater em todo mundo que chega perto de você, né? -- Ela sorriu dizendo isso. Na verdade parecia estar dizendo que bateria em todo mundo que chegasse perto de mim.

 

-- É só você não se comportar como uma selvagem. Estamos solteiras e na faculdade. Não que você precise estar solteira para se agarrar com piriguetes… -- Acrescentei maldosa.

 

-- Então você quer dizer que não se importa com isso? Que não pensou nenhuma vez como será me ver com outras garotas constantemente? -- Eu sorri ironicamente e acho que ela entendeu pois retesou o corpo.

 

-- Luiza, te ver com outras garotas não é exatamente uma novidade. -- Disse seca. -- Na verdade podemos até deixar interessante. -- Tirei os óculos e os deixei prendendo meu cabelo. -- Vamos fazer uma pequena competição saudável. Quem consegue pegar mais gente na faculdade. E aí topa? -- Luiza me olhou como se eu tivesse xingado a vó dela.

 

-- Nós não estamos em um filme American Pie e nem somos dois moleques na puberdade. Não seja ridícula. --

 

Me olhou completamente desacreditada.

 

-- Ah o que que tem? Vai ser divertido. Como regra não conta ninguém com quem eu já tenha ficado e aí começamos do zero. Ah tem uma coisa -- Continuei empolgada. -- Se for sério, se formos capazes de nos apaixonar novamente temos que ter uma safe word. Já nos fizemos mal o suficiente. -- Não a olhei quando disse isso. Estava distraída pensando. -- Já sei! Game Over! O que seria mais apropriado para encerrar um jogo? -- Luiza me dedicou um último olhar de espanto antes de sair nadando pra longe.

Não falamos mais sobre isso.

 

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

 

 

Finalmente havia chegado o último fim de semana de férias. Não encontrei Luiza ao longo da semana e no sábado fiquei em casa estudando e assistindo alguns filmes, além de me controlar para não procurá-la. No fim da noite, eu zapeava pelos canais da TV e parei num filme que passava. Lembrei que a primeira vez que o assisti foi com Luíza, nessa mesma sala. Impossível não ficar triste. Impossível não sentir falta do seu olhar compenetrado e das suas gracinhas com os personagens. Se o mundo fosse simples eu pegaria meu celular agora e ligaria pra ela, mandando colocar no tal canal. Mas não era. Ou será que era? Eu precisava tanto ouvir sua voz que inventava milhões de argumentos para discar o número. Quando finalmente, peguei o celular ele tocou. Tive a impressão que meu coração sairia pela boca, juro que senti até o gosto. "Fernanda"dizia o visor.

 

Será que...? Atendi.

 

-- Alô? -- Tentei soa naturalmente, mas minha voz tremia. Não sei porquê, mas a coincidência me deu vontade de chorar. Esse sentimento de importência me deixou desolada.

 

-- Oi, Al. -- Era ela. A voz rouca como se me entendesse. Como se pudesse me ver agora. Comecei a chorar baixinho no telefone e demorou alguns minutos para que eu parasse. Não sei quantos, mas pareceu uma eternidade. Maria Luiza esperou em silêncio absoluto, se não fosse por sua respiração acharia que não estava mais na ligação. Respirei pesado algumas vezes e disse:

 

-- Oi, Luiza. Que foi? -- Por algum motivo minha voz soou doce sem a agressivade ou ironia que sempre a acompanhava ao falar com Luiza desde sua volta. Mas também estava desamparada, triste. Escutei barulho e percebi que estava na rua. Será que estava com alguém? Se sim por que tinha me ligado? Levantei e me pus a andar de um lado para o outro.

 

-- Queria te pedir um favor... Dois na verdade. -- Riu nervosamente.

 

-- Sim? -- Perguntei depois que percebi que ela não completaria.

 

-- O primeiro é se você pode abrir a porta pra mim. -- Senti uma pontada tão forte no coração, que caí sentada do sofá. Meus olhos molharam de novo e eu perdi a voz. Encontrei só um fio pra sussurrar.

 

-- Está aberta. -- Debrucei a cabeça no encosto do sofá e fechei os olhos como se quisesse impedir as lágrimas de caírem.

 

Logo senti sua presença perto de mim. Luiza retirou o celular que eu sem perceber ainda segurava colado a orelha. Ela sabia que a batalha interna que eu travava me deixava exausta. Duas Alices se degladiavam dentro de mim. Uma que a queria de volta e queria se entregar a esse amor,queria tentar de novo. Essa tinha esperança e sabia que só seria feliz com Luiza. E a outra a traída, rancorosa que sempre jogava na cara da outra a traição, as crises de ciúme e o abandono. Essa era áspera e tinha perdido a fé no amor. Por isso se perdia cada dia mais um pouco em diferentes copos e corpos. Era a mais forte e sabia disso. Quase sempre estava no controle. Essas duas personalidades conflitantes era o motivo da relação conturbada que estava desenvolvendo com Luiza. Depois de tirar o celular, ela apenas se sentou ao meu lado e aguardou.

 

-- Por que veio? -- Notei que minha voz ainda não tinha voltado pra casa.

 

-- Você estava chorando. -- Respondeu como se fosse algo óbvio. Como sempre acontecia perto de Luiza meu corpo se moveu sem autorização. Minha cabeça estava encostada em seu ombro. -- E eu estava por perto, por isso liguei.

 

-- Qual o outro favor? -- Perguntei no seu pescoço. Ignorei o arrepio que causei.

 

-- Vai na faculdade comigo segunda-feira? Não conheço nada e tem uma reunião para os calouros... -- Ela parou de falar. Notei que ela só queria estar perto de mim e isso aqueceu meu coração. Não consegui mais segurar as lágrimas e elas caíram enquanto eu assentia em concordância no seu pescoço.

 

De alguma forma, me deixei ser levada para o quarto. Minha guerra interior não cessava. Eu desejava a presença de Luiza como uma pessoa que tem um membro amputado o quer de volta e ao mesmo tempo eu sentia um impulso grandioso de repeli-lá. Pode-se chamar de autoproteção. Quando chegamos lá, notei que Luiza não me perguntou o que estava acontecendo, ela sabia. Quis perguntar se viu o filme, mas não o fiz. Só deitei e ela me cobriu. Ligou o ar condicionado e ligou o som baixinho. Quando vi que não tinha a intenção de deitar comigo, segurei seu braço e olhei em seus olhos. Ela se deitou e esperou que eu me acomodasse ao seu lado. A Alice esperançosa estava ganhando pra variar. Deitei a cabeça em seu ombro novamente e me senti acolhida por seu cheiro bom. Luiza começou a cantarolar a música baixinho.

 

"Eu queria ver no escuro do mundo

Onde está tudo o que você quer

Pra me transformar no que te agrada

No que me faça ver

Quais são as cores e as coisas

Pra te prender?

Eu tive um sonho ruim e acordei chorando

Por isso eu te liguei

Será que você ainda pensa em mim?

Será que você ainda pensa?

Às vezes te odeio por quase um segundo

Depois te amo mais

Teus pêlos, teu gosto, teu rosto, tudo

Que não me deixa em paz

Quais são as cores e as coisas

Pra te prender?

Eu tive um sonho ruim e acordei chorando

Por isso eu te liguei

 

Será que você ainda pensa em mim?

Será que você ainda pensa?

Às vezes te odeio por quase um segundo

Depois te amo mais

Teus pêlos, teu gosto, teu rosto, tudo

Que não me deixa em paz

Quais são as cores e as coisas

Pra te prender?

Eu tive um sonho ruim e acordei chorando

Por isso eu te liguei

Será que você ainda pensa em mim?

Será que você ainda pensa?"

 

 

 

 

Não me lembro em que momento adormeci. Acordei no domingo já sozinha e com um bilhete de Luiza:

"Te pego segunda às 08:00."

 

Não sorri ao encarar o recado. E sinceramente não lembro o que fiz até anoitecer.

 

Acontece que, Luiza não sabia, mas no dia anterior, hoje no caso, o Marcos daria uma festa de balançar os alicerces da sociedade carioca, como ele mesmo disse. Ele morava numa república, uma casa bem grande com vários quartos e quintal amplo. Os companheiros de república de Marcos eram tão animados quanto ele, o que me fez pensar que morar ali deveria ser muito divertido. Enquanto me arrumava, liguei pra Matheus e insisti para que fosse comigo. Foi meio difícil porque era um domingo e ele trabalhava no outro dia, mas eu sabia como convencê-lo. Não preciso dizer que ele não era a única pessoa que eu queria ter convidado, né? Deixa pra lá... Além de estar com saudades dele, um motorista particular viria a calhar já que eu com certeza, consumiria bebidas alcoólicas na festa. As festas na republíca GLITTER como seus moradores chamavam, pela maioria gay residente na casa, sempre tinham um tema e aconteciam antes da volta às aulas como uma despedida das férias e ao mesmo tempo, era dada a largada paras as festas de início de período.

Enfim, o tema desse semestre era HIP HOP. Logicamente fui à carater. Vesti um blusão preto estilo futebol americano com um número grande na frente na cor branca e o fiz de vestido. Era bem curto, ficava acima do meio das minhas coxas. Nos pés uma sandália trançada de salto bem alto, maquiagem forte, batom vermelho e por fim, cabelos soltos e um boné de aba reta estilo skatista e argolas grandes para fechar o look. Me olhei no espelho e parecia que eu tinha saído de um clip do 50 cent. Sorri de lado com esse pensamento no mesmo estante que Matheus avisou que estava me esperando lá embaixo. Peguei uma bolsa pequena, coloquei celular, dinheiro e os documentos e desci sem mais demora, já passava das 22:00 e a festa começou as 20:30hrs.

Encontrei Math encostado na porta do carro. Ele vestia uma calça meio larga e uma blusa mais larga ainda que quase batia no joelho o comprimento. Na cabeça um boné de aba reta com o logo de um time de basquete americano na frente. Ele estava um gato. Sorri de canto ao me aproximar, Ele também pareceu aprovar o que viu.

-- Hot, Al! -- Eu parei como que mostrando meu look pra ele qie me puxou pela cintura para um abraço apertado. Seu hálito estava quente e ele me deu um beijo no pescoço e não no rosto. Não liguei pra isso.

 

-- Parece que vamos gravar um clipe de rap. -- Sorri e entrei no carro. Depois que nos sentamos Matheus tirou uma foto nossa e postou numa rede social. Revirei os olhos enquanto ele ligava o carro. Partimos em direção a Ilha do Governador.

 

Entramos de mãos dadas, era um hábito nosso, e nossa entrada na casa passaria despercebida se não fosse pelo grito de Marcos quando entramos. Eu levei um susto tão grande que se Math não me segura eu caíria pra trás.

-- BICHA, A SENHORA É DESTRUÍDORA MESMO, VIU? -- Explodi em gargalhadas e Matheus me acompanhou. Dei três beijos em Marcos e ele e Matheus se cumprimentaram com aperto de mãos. Meu amigo disse que ia procurar o banheiro e fiquei sozinha com Marcos.

-- Viado, que escândalo é esse? Meu Deus! -- Falei ajeitando minha roupa.

-- Escândalo é esse bofe que veio com você! -- E foi me puxando para o bar e perguntando quem era o boymagia. Tomei duas doses de tequila pra começar a noite e comprei cerveja. Quando Matheus voltou eu já arriscava uns passos na pista de dança junto com Marcos. Ele  era um bom amigo, divertido. Logo Math já dava boas gargalhadas com ele.

Bebi outras doses de tequila e outras cervejas enquanto Math estava careta pois veio dirigindo. Quando deu 01:00hrs eu já estava pra lá de alegre e Matheus queria ir embora pois tinha que trabalhar. Disse que tudo bem e continuei dançando. Ele ressaltou que não me deixaria sozinha "nesse estado". Odiava me que dissessem que eu estava bêbada, mesmo quando era verdade. Me enfezei com ele.

 

-- Eu não vou a lugar nenhum! -- Disse cruzando os braços.

 

-- Ah, mas vai. Eu não vou te deixar aqui! Como você vai embora, Alice? -- Perguntou naquele tom que pais usam quando brigam com crianças levadas.

 

-- Já ouviu falar em táxi? E em carona? E em NÃO É DA SUA CONTA? Me erra, Matheus! -- Eu sairia batendo o pé, mas Marcos e interviu e prometeu a Matheus que eu ficaria bem, Qualquer coisa dormiria lá e iria embora no outro dia. Matheus aceitou e foi embora. Antes dele ir mostrei a língua e recebi uma careta seguida de risada como resposta.

 

Ás três da manhã a festa já estava esvaziando. Eu ainda dançava frenéticamente. Ainda restava uma boa quantidade de pessoas, entre elas Juliana nosso grupinho da faculdade. Marcos dançava comigo e os outros conversavam. Fui ao banheiro rapidinho e me olhei no espelho. Estava acabada, toda suada e bêbada.

 

Comecei a rir sozinha. Bruna entrou logo depois de mim e foi pra um dos reservados.

 

-- Alice, como você vai embora? -- Sua voz enrolou um pouco mostrando que não estava muito melhor que eu.

Sorri e pensei um pouco. Sempre poderia pegar um táxi, mas aí tive uma ideia. Por que não?!

 

-- Vou ligar pra minha ex! -- Ela fez uma careta de incompreensão. Balancei os ombros e saímos rindo dobanheiro. Me separei dela e fui ligar. Luiza me atendeu com voz de sono.

 

-- Alice? Tudo bem? -- Respirei fundo.

 

-- Ooooi, Malu! -- Minha voz se arrastou e ficou claro meu estado. Luiza não fez nenhum comentário. Acho queestava tentando acordar. -- Você pode vir me buascar? Tô numa festa na Ilha do Governador. Mas não sei como chega aqui. -- Ri debilmente.

 

-- Ah, Alice! O que está fazendo a essa hora na maldita Ilha do Governador???? -- Luiza parecia mais resignada que irritada.

 

-- Por favor, amor. Vem me buscar, não quero ir de táxi sozinha. -- Disse de um jeito manhoso. Ela suspriou alto. -- Você vem? -- Perguntei com uma voz quase infantil.

 

-- Só se você passar o celular pra alguém que saiba o endereço! -- Gritei um "ebaaa" que a fez sorrir e entreguei o celular para o Marcos. Voltei lá pra fora e fiquei dançando com as meninas.

 

Um tempo depois o DJ começou a tocar apenas funk e eu me acabava de dançar. Eu, Bruna e Lisa íamos até o chão e os meninos riam das performances de Marcos fazendo vários passos conosco. Quando começou a tocar uma música mais sexy, eu me joguei de vez. Rebolava até o chão e voltava, fazia caras e bocas e impressionava o pessoal. Juliana, mais saidinha se colocou atrás de mim e me segurava pela cintura, enquanto eu rebol*va de costas pra ela, grudada em seu corpo. Quando virei de frente, vi Luiza chegar por cima de seu ombro. Me desvencilhei de Juliana e corri ao seu encontro.

-- Você veio! -- Me joguei em seus braços. Seu olhar era fixo em Juliana. Essa traumatizada que estava saiu de perto do grupo e entrou rapidamente na casa. -- Vem vamos dançar! -- Arrastei Luiza que arregalou os olhos pra mim.

-- Eu não danço! -- Me disse assustada.

-- Então deixa que eu danço pra você! -- Disse baixinho depois de morder a ponta de sua orelha. -- Já volto! -- Corri até o bar e convenci o cara a me vender uma última dose de tequila antes de fechar. Quando voltei Luiza estava estática onde eu a deixei. Achei engraçado. Pedi uma música da Anitta e dancei bem colada ao seu

corpo que eu podia sentir reagindo ao meu. Quase caí algumas vezes e fui segurada por suas mãos firmes.

Acabou a música e ela disse:

-- Vamos pra casa? -- Ela disse enquanto arrumava meu cabelo. Meu boné caiu em algum momento e eu nem sei onde foi parar. Concordei com um sorriso maldoso.

Quando fui me despedi do pessoal, Lisa me entregou o chapéu e todos me deram tchau. Andei em direção a Luiza, peguei na sua mão e saímos dali.

Durante o caminho, apaguei dentro do carro. Luiza me acordou para sairmos do carro. Ela sorriu e disse que havíamos chegado. Eu esfreguei os olhos e saí do carro. O mundo rodou e meu estômago embrulhou. Saí devagar e com sua ajuda. Chegamos ao apartamento e entramos no meu quarto. Luiza me ajudou a tirar as roupas para que eu pudesse tomar banho.

-- Não me olha, tarada! -- Disse com a voz enrolada fazendo gargalhar.

-- Tá, tá vou fechar os olhos. Se apoia em mim. -- Acabei de tirar minha roupa e Luiza me colocou embaixo do chuveiro. Gritei e resmunguei com a água gelada, mas ela não se comoveu. Me deixou lá e foi preparar um sanduíche pra mim e é óbvio que fez um pra ela. Me sequei e procurei uma roupa pra dormir. Depois de vestir comi o sanduíche sentada na cama. Comemos e eu me deitei. Ela ficou me olhando meio que sem saber o que fazer.

-- Dorme comigo? -- Pedi só com os olhos pra fora da coberta. -- Mas não foge de mim de manhã. -- Cerrei os olhos sonolenta.

 

-- Ok, então durma. Temos que acordar daqui a pouco. Alguém ficou de ir na faculdade comigo, lembra? -- Piscou pra mim. Sua menção à faculdade me lembrou o episódio do último dia. Sem que eu pudesse controlar só ouvi as palavras saírem da minha boca.

-- -- Sabia que minha mãe também tá na faculdade? -- Minha última lembrança é o rosto totalmente confuso de Maria Luiza.

Fim do capítulo

Notas finais:

Amanhã tem outro capítulo, gente!

Beijos da enrolada! KKKK


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Comentários para 15 - Capítulo 14 - Não me olha,tarada!:
fabsales
fabsales

Em: 04/12/2019

Que amorzinho elas juntas. 

Responder

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patty-321
patty-321

Em: 02/09/2017

Mais capítulo amanhã. Obaaaa. Alice e muito louca. As duas.

Responder

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