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  • Capítulo 2 - 1929

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Pearl Harbor por usuariojafoi

Ver comentários: 1

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Palavras: 1043
Acessos: 2002   |  Postado em: 28/08/2017

Capítulo 2 - 1929

1929

Por mais que eu não queira, meu corpo começou a mudar, e as mudanças estavam em evidencia. Meus seios começaram a crescer, pelos começaram aparecer sobre meu corpo e isso não era nada bom, minha mãe começou a me prender mais em casa.

- poxa mãe, eu quero sair pra brincar com o Danny – reclamava envolta da mesa de jantar.

- filha, já lhe disse, não vai dar – ela continuava fazendo o almoço.

- poxa mamãe, mas por quê? – sentei-me com a cara mais emburrada do mundo

Ela virou-se pra trás e me olhou com aquele olhar de ternura que só as mães têm – filha você esta virando uma mocinha, não pode sair por ai brincando com um rapaz. – contestou

- mamãe, eu não quero virar mocinha, eu quero continuar brincando com o Danny, nós somos amigos, e amigos brincam. – estava com os braços cruzados de raiva

Meu pai chegou entrando com algumas sacolas nas mãos

- cadê meus dois amores? – ele sempre entrava alegre dentro de casa

- papai – gritei e, fui correndo ao seu encontro

- que carinha é essa minha princesa? – meu pai perguntou-me

- a mamãe não me quer deixar sair para brincar com o Danny – falei emburrada

- poxa querida, porque não? – ele encarou minha mãe

- querido, você sabe que ela esta virando uma mocinha, não quero ela saindo por ai com um rapaz – tentava convencer meu pai

- querida, eles dois são amigos e além do mais ela é só uma criança, cabe a nós ficarmos de olho – ele abraçou minha mãe e deu um beijo em sua bochecha

Eu realmente não fazia ideia do que eles conversavam.

Minha mãe parou e ficou olhando para o nada e logo me encarou – ta bom eu deixo – comecei a gritar e a pular de alegria – mas – apontou o dedo pra mim – tem que voltar antes do jantar, nada de ficar ate tarde com o Danny pra cima ou pra baixo, se não eu não deixo mais – me alertou.  

- ok mamãe, voltarei antes do jantar – beijei seu rosto e a do meu pai e sai correndo para ir de encontro a Danny.

Encontrávamos-nos sempre no celeiro

- Danny, Danny – cheguei gritando.

- oi Laura – ele estava dentro do celeiro deitado com os braços embaixo da cabeça

- você ta ai – parei de correr quando o avistei

- sim – respondeu – deita aqui comigo – passou a mão do seu lado

Deitei e fiquei olhando para cima.

- porque você demorou tanto? – me olhou

- minha inventou que agora eu estou virando uma mocinha – falei ainda olhando para o teto do celeiro

- mocinha? – perguntou surpreso

- sim – fiz cara de nojo – eu não sei o que isso quer dizer – sorrimos

- deve ser por causa desses pelos que estão aparecendo em você – Danny me lembrou

- ahh sim, deve ser mesmo – lembrei-me – e já pareceu algum em você? – perguntei

- sim, uns fios na axila, nada demais – voltou sua atenção para o teto.

- agora ela fica empatando minha saída, disse que não quer minha amizade com um rapaz – revirei os olhos

- mas Laura, - ele sentou-se virado pra mim – somos amigos desde sempre, não podemos nos separar. – sua voz triste

- claro que não Danny, nunca vamos nos separar, somos amigos inseparáveis. – o abracei.

Ficamos conversando algumas besteiras, brincamos um pouco, afinal tínhamos 12 e 13 anos. Antes mesmo de o sol se por eu avisei ao Danny

- tenho que ir, se não minha mãe não me deixa mais sair – falei triste e o Danny me abraçou

- não fica assim, amanha brincamos de novo. – me deu um beijo no rosto e nós nos despedimos.

*************

Passarem-se algumas semanas, e eu estava brincando com o Danny, corríamos por tudo que era lugar.

- Laura, aiiii meu Deus – Danny começou a gritar desesperado

- o que foi Danny? – tentei lhe acalmar

- Laura, não. – colocou a mão sobre a cabeça e em seguida me abraçou e começou a chorar

- para Danny, me fala o que esta acontecendo – lhe afastei

- você esta morrendo! – olhou em meus olhos e falou com firmeza

- morrendo? – fiquei surpresa – mas porquê? Eu não quero morrer Danny – eu já beirava o desespero.

- você esta sangrando, olha para seu macacão atrás – ele mandou

Eu tentava ver, mas não conseguia, ate passar a mão e ela veio melada de sangue. Corri imediatamente para casa

- mamãe, mamãe, mamãe – ia gritando

- oi filha – ela estava no quarto

- mamãe, eu estou morrendo – falei de uma vez só e lhe abracei – não quero morrer mamãe.

- o que? – me olhou e em seguida me abraçou forte – filha o que você esta falando?

- olha mamãe – virei minhas costas e minha mãe começou a sorrir timidamente – mamãe? – falei surpresa – por que a senhora sorrir?

- filha, precisamos conversar! – me encarou com aquele olhar serio e que iria falar algo que eu não iria gostar.  

E ela me explicou tudo o que era pra eu saber.

Dois dias depois voltei a ver o Danny ele foi a minha casa, nós sentamos em algumas estacas que estavam pelo chão.

- você não vai morrer ne? – ele me perguntou assustado

- não Danny, claro que não – o abracei – minha mãe me explicou que todo mês durante 3 dias eu vou sangrar, isso quer dizer que eu estou virando mulher – eu falava com convicção

- mas Laura, se você sangrar você morre – me olhava assustado – é assim na guerra! – ele não queria me perder.  

- Danny, minha mãe falou que é seguro e que toda mulher tem, eu não queria ter isso, mas eu não posso faze nada – o abracei novamente.

- será que eu vou sangrar todo mês também? – sorrimos de sua pergunta.

 

- acredito que não Danny. – apertei suas bochechas. 

Fim do capítulo


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Comentários para 2 - Capítulo 2 - 1929:
lalas
lalas

Em: 02/07/2022

Essa versão dos fatos e a sua visão autora é impressionante, parabéns 

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