Voltou com a garrafa em suas mãos, e eu desviei o olhar, estávamos rindo a toa. O vinho chegou ao fim e eu já sentia os efeitos do álcool em meu corpo.

-        Ana posso tomar um banho antes de dormir.

-        Claro que pode.

-        Esqueci meu pijama, você pode me emprestar um?

-        Vai ficar meio apertado em ti, mas vou lá pegar. - sai tropeçando nas próprias pernas, Harriet ria aos montes.

-        Aproveita e me empresta uma toalha também, quero dormir cheirosa ao seu lado. - e riu do próprio comentário.

-        Acho bom mesmo, na minha cama só deitam mulheres cheirosas. - provoquei e ela me olhou de um jeito que parecia estar com ciúmes. Peguei as coisas que havia me pedido e levei até onde estava, sai esbarrando em todos os móveis da casa.

            Separei uma roupa para mim e esperei que ela saísse do banho para ir também, dez minutos depois ela entrou no quarto só de toalha. Sabia que estava me instigando, fingi não notar e fui para o banheiro. Fazia um tempo que não ficava com ninguém, talvez por isso estivesse tão à flor da pele. Tomei um banho longo para apagar o fogo que o vinho estava me dando, sai já vestida com meu pijama e encontrei Harriet de pé próxima à janela. O pijama ficou minúsculo nela deixando uma parte de seu bum bum a mostra. Ao ver ela vestida daquela maneira, senti meu rosto queimar e um calor percorrer cada parte de mim. Então fui até cozinha beber água para ver se amenizava aquela sensação e ao voltar ela estava no mesmo lugar.

-        Vai dormir ai de pé? - perguntei chegando mais próxima a ela.

-        A vista daqui é linda, da para ver a London Eye.

-        Esse foi um dos motivos por ter escolhido esse apê. - disse com o corpo quase colado ao dela.

            Ela se virou e ficamos cara a cara, mergulhei no azul de seus olhos e o que vi neles foi um misto de dúvidas e desejo.

-        Não me olhe assim, Ana. Ou não resistirei a você... - sua voz saiu rouca, e denotava certa tristeza, como se estivesse travando uma luta dentro de si.

            Entrelacei meus dedos em sua nuca e lentamente aproximei meu rosto do seu.

-        É isso mesmo que quer Ana? - sua voz era um sussurro.

            Em resposta a sua pergunta puxei-a para mais junto de mim e colei meus lábios nos dela, não queria mais pensar em nada somente na sensação maravilhosa que aquele beijou me despertou. Sua boca era macia e sua língua urgente, ela segurou minha cintura diminuindo a distância entre nossos corpos. Nossas línguas bailavam em uma sintonia incrível, explorando cada centímetro da boca uma da outra. Separei nossos lábios somente para buscar o ar que faltava em meus pulmões, intercalava entre beijos e leves mordidas, fazendo-a gem*r baixinho, fui caminhando para trás sem desgrudar-me dela. Senti minhas pernas tocarem a cama fazendo com que perdesse o equilíbrio, caindo e levando Harriet comigo.

            Seu corpo quente pesou sobre o meu, encaixando sua coxa em meio as minhas pernas pressionando meu sex* de encontro a elas, o que me fez gem*r de tesão. Seus olhos eram de pura malícia. Beijou meu pescoço e lambeu minha orelha, fazendo me arrepiar. Com urgência tirei seu vestido revelando um par de seios rosados e entumecidos. Não resisti e abocanhei um deles passando a língua naquele biquinho arrancando gemidos dela. Com sua ajuda, tirei minha blusa e colei nossos corpos eriçados de puro desejo, eu estava extasiada com a mulher diante de mim. Ela era sensual e sabia o que queria, travávamos uma luta, pois ambas queriam dominar. Girei meu corpo ficando sobre ela, segurei suas mãos à cima da cabeça e desci mordendo cada canto daquela pele, tirei sua minúscula calcinha de renda e o que vi, me deixou com água na boca.

            Ela agarrou meus cabelos e conduziu minha cabeça até o seu sex*, e eu mergulhei naquele líquido quente, sorvendo cada gole daquela mulher incrível. Mordi levemente, passando minha língua em movimento circulares pelo seu clit*ris, ela mexia rebol*ndo e apetando minha cabeça contra ela.

-        Isso, que delícia Ana...

            Levantei a cabeça e encontrei seus olhos azuis olhando-me maliciosamente, pedindo para que não parasse. E assim fui fundo em seu íntimo, concentrando-me apenas em seus gemidos cada vez mais constantes. Sentindo seu gozo próximo, introduzi dois dedos em sua cavidade, entre lambidas e estocadas, me pedia na sinfonia de seus sons.  Aumentei o ritmo, ela gritou meu nome e gozou demoradamente em minha boca. Tirei meus dedos de dentro dela e subi pelo seu corpo marcando cada pedaço dele com beijos molhados.

-        Você é maravilhosa, estou sem palavras, preciso ter muito cuidado. - disse ela e eu não entendi direito.

-        A culpa é sua, quem manda ser gostosa. - disse e beijei seus lábios. - Mas porque ter cuidado, Harriet?

-        Para não me apaixonar por você. - falou enquanto subia em mim, encaixando seu sex* no meu, mexendo de uma forma totalmente inebriante.

-        Isso é bom. - abri minhas pernas dando espaço para que ela se encaixasse em mim, estava quase chegando ao orgasmo, mas queria fazer de outra maneira. - Deita aqui. - pedi a ela.

            Ela obedeceu sob protestos.

-        Prometo que vai valer a pena. - disse e encaixei meu sex* em sua boca, como se estivesse sentada em seu rosto.  Senti sua língua invadindo cada pedaço de mim, ela conseguia ser inda mais maravilhosa. Segurou minhas nadegas e ch*pava com vontade, e eu rebol*va naquela boca quente. Minhas pernas começaram a tremer e não demorou para que derramasse nela todo o prazer que aquela língua estava me dando. G*zei como nunca antes havia acontecido.  E em nenhum momento pensei em Laura.

-        Nossa, estou morta. - deitei ao seu lado.

            Ela deu um sorriso safado e subiu em mim novamente.

-        Ainda não acabou, quero sentir você aqui, me faz goz*r de novo.

            E conduziu minha mão até o meio de suas pernas, ela estava ainda mais molhada. Com a mão livre toquei seus seios, apertando e massageando seu biquinho durinho. Com uma agilidade incrível, ela introduziu seus dedos em mim.

-        Vem comigo, quero goz*r com você. - pediu-me ela.

            E assim aumentou o ritmo e juntas chegamos ao ápice daquele momento, ela deixou seu corpo cair sobre o meu, beijou meus lábios e se aconchegou em meu abraço.

- Você me surpreendeu Ana. Tão pequena e tão deliciosa. - disse fazendo carinho em mim, eu não estava nenhum pouco arrependida do que havia feito.

- Não sei por que resisti tanto a você. Acho que no fundo tenho medo de estragar essa nossa amizade. - confessei a ela.

- Vamos deixar rolar. - se aninhou em meus braços, abrindo a boca em um bocejo.

            Quando dei por mim, já estava acordando com o som do despertador, não me recordava em que momento havia dormido. Harriet estava deitada com a cabeça apoiada em meu peito. Ainda estávamos nuas.

-        Acorda meu furacão. - chamei, sacudindo seus ombros de leve.

-        Mas eu nem dormi ainda. - ela resmungou e permaneceu onde estava.

-        Preciso ir trabalhar, vamos. Vou fazer um café forte para nós. - beijei seus lábios levantando-me. Fiz minha higiene matinal e fui para cozinha preparar algo para comer. Estava faminta, Harriet acabou com minhas energias na noite passada. Ela realmente era um furacão.

            Um tempo depois ela apareceu na cozinha com os cabelos despenteados e totalmente nua.

-        Meu deus veste uma roupa ou vou perder meu emprego. - falei e ela soltou uma gargalhada.

-        Desculpe, não achei minhas roupas. - sorriu de forma sacana, vindo até mim.

-        Eita inglesa gostosa que fui encontrar. - beijei sua boca, passando a mão pelo seu corpo.

-        Se você me ascender, terá que apagar o fogo. - disse passando as unhas por baixo da minha blusa.

-        Ai ai preciso ir, Harriet. Não faz assim. - me soltei dela e fui para o quarto terminar de me arrumar - Se quiser pode ficar aqui em casa. Eu volto lá pelas quatro. - falei gentilmente a ela.

-        Se acaso eu for embora, deixo a chave no lugar de sempre.

-        Tranquilo, até mais. - dei um beijo rápido em Harriet e parti para meu novo emprego.

Fim do capítulo