A fortiori por Bastiat
Capítulo 21 - Pelo bem das filhas
Verônica
A praça de alimentação está mais cheia do que o normal para um dia de semana. Minhas sobrinhas estão se acabando com as batatas fritas e refrigerantes. Fora o hambúrguer nada saudável que elas escolheram. Se a Camila visse aquela cena eu já estaria morta, mas de vez em quando não faz mal.
- Tia, você tem certeza de que a minha mãe vem? Ela está demorando - uma ruguinha de preocupação se formava na testa da Marina.
- Sim, coisinha. Elas já estão chegando, não se preocupe.
Marina voltou a ficar concentrada em colocar ketch*p na batata.
Avistei de longe Laura e Patrícia. Acenei para elas que vieram na nossa direção em seguida.
Meu coração disparou com a proximidade da Patrícia. Minha cabeça dizia para o coração parar, para não me sujeitar a um papel de boba, mas ele estava movido pela emoção e foi inevitável que aquela batida ficasse cada vez mais forte.
- Mãeeeeee.
Marina levantou-se e foi direto para os braços da mãe.
- Oi, tia Pati - Diana cumprimentou a Patrícia. Pude perceber que a minha sobrinha gosta muito dela.
- Oi, Diana! Oi, Vero... - Patrícia tentou sorrir, mas provavelmente estava sem graça por ontem ainda.
- Olá - cumprimentei cordialmente, ainda estava machucada.
- Diana, você veio - Laura ficou feliz.
- Eu vim só acompanhar a Marina. Ela me disse que não queria vir sozinha e insistiu.
- Certo.
Percebi o desconforto inicial da Laura, mas ela não se deixou abalar. Diana não disse nada, mas eu a conheço muito bem, ela está aqui porque quer estar próxima, mas ainda não se sentia à vontade com toda situação.
Sentamos e ficamos esperando as meninas terminarem de comer. Ainda bem que a Laura e a Marina interagiam quebrando o silêncio. O meu olhar e o da Patrícia se encontravam a todo instante. Eu via e sentia um certo abatimento nela. Será que ela e a Laura brigaram? Será que foi por minha causa? Bobagem, ela só está sem graça por ter me enganado.
- As duas mocinhas já comeram, então vamos para a loja da tia.
Levei todos para uma loja que mantinha naquele shopping.
Chegamos ao local e faltou quase um tapete vermelho da gerente, nitidamente ela estava feliz em me ver. Lembrei que tive duas noites com ela. Pelo jeito quer repeti-las. Uma se jogando nos meus braços e a outra cada vez mais distante deles.
- Obrigada, Clara. Só vou precisar que ninguém nos perturbe na sala - disse para a gerente tão dedicada.
Subimos para os escritórios e deixei as minhas sobrinhas com a Laura em uma sala e fui para outra com a Patrícia atrás de mim.
- Patrícia, eu vou me distrair aqui verificando o andamento da loja para passar o tempo. Se você quiser pode passear pela loja, pelo shopping, fique à vontade.
- Eu posso ficar aqui?
- Se assim desejar - dei de ombros.
Foram vinte minutos tentando me concentrar nos papéis cheios de números que pareciam confusos para uma mente tão distraída como está a minha. Na verdade, eu não tenho que olhar nada disso, contrato pessoas qualificadas justamente para evitar o desgaste. Estou apenas tentando disfarçar o quanto ela mexia comigo.
Inútil. O seu perfume toma conta da sala. A arquiteta olha para mim disfarçadamente, mas de vez em quando nossos olhares se cruzam.
Não aguentei e resolvi acabar com aquele silêncio.
- Você realmente não sabia que a Laura tivesse um passado ligado à Camila e consequentemente a mim?
- Não sabia, Verônica. Jamais deixaria você se aproximar sabendo de tudo isso. Foi realmente uma peça que o destino nos pregou.
- Que bom. Fico mais aliviada e me sentindo menos idiota. Não me enganei totalmente com você.
- Eu gostaria que você me desculpasse. No final eu acabei sim usando da nossa amizade para a conversa de ontem. Mas eu realmente gostei de você desde aquele primeiro contato e não quero perder a sua amizade.
- Tudo bem, essa conversa teria que acontecer. Não foi exatamente um uso, foi só o meio.
- Mesmo assim, quero que você me desculpe, por favor. Você é muito especial para mim.
- Está desculpada. Vamos esquecer essa história, sim?
- Certo, obrigada.
Senti um alívio naquele pequeno diálogo. Levantei-me da cadeira e me sentei no mesmo sofá que ela. Dessa vez bem longe, ela em uma ponta e eu na outra.
Nossa conversa fluiu normalmente depois do esclarecimento. Não posso me envolver, mas isso não significa que eu não possa aproveitar a sua companhia.
Em dado momento, ouvi batidas na porta e autorizei a entrada.
- Boa tarde, dona Verônica. A dona Clara pediu que eu trouxesse um suco para refrescar.
Isso porque eu pedi para não ser perturbada.
- Tudo bem. Você aceita, Patrícia?
- Sim, obrigada.
- Pode servir. Só não vá na outra sala, tudo bem?
- Pode deixar, dona Verônica.
A senhora serviu dois copos e colocou em uma bandeja. Peguei o meu e vibrei. Suco de laranja, meu preferido.
- Adoro suco de laranja, Patrícia. Lembra a minha adolescência, adorava quando ia para o sítio, pegar laranja no pé e ch*par. Era quase inocente, mas já sabia que ch*par é realmente uma coisa maravilhosa.
Falei em duplo sentido e a Patrícia percebeu. Tentou segurar a risada, mas se distraiu na hora de pegar o suco. Resultado: o copo virou todo o conteúdo na sua camisa social branca.
- Ai, minha nossa! Desculpa, desculpa dona - a senhora se desesperou diante da gafe.
- Não, tudo bem, tudo bem. A culpa foi minha. Eu que não segurei direito o copo.
Eu não sei se agradecia a senhora que serviu o suco ou se corria para fora da sala. Patrícia simplesmente tirou a camiseta, ficando apenas de sutiã meia taça vermelho. O ar ficou preso no meu pulmão, fiquei vidrada naquela visão dos sonhos. Sua barriga é linda e na sua costela há uma tatuagem de uma pena que virava passarinhos e uma frase que meus olhos não conseguem ler pela distância. Eu vagava pelo seu corpo e a sala parecia estar com 50 °C, embora o ar-condicionado estivesse ligado.
Quando encontrei os olhos da Patrícia, percebi que ela tinha notado o meu desejo. Fiquei sem graça ao perceber isso.
- Desculpe-me... é... - gaguejei em desespero - eu vou... vou buscar uma camiseta nova...enquanto você dá um jeito.
Saí quase que correndo da sala e cheguei na parte de baixo da loja. Entrei no banheiro e joguei água fria na nuca, minha respiração está descontrolada por reprimir o meu desejo.
- Oi, Vero... está tudo bem?
Foi Clara que se materializou ao meu lado.
- Sim, não. Não sei.
- Você me parece tensa.
- Me relaxe então.
Não esperei a sua resposta e parti para um beijo. Precisava acalmar os meus desejos. E se não tem Patrícia, vai Clara mesmo. Dei meu corpo para ser atacado por ela, precisava goz*r para minimizar o calor que sentia. Não demorou muito tempo e senti minhas pernas bambearem anunciando que cheguei ao orgasmo. Eu tentei pensar não na Patrícia, mas só pensando nela que consegui chegar aonde meu corpo precisava. Quando abri meus olhos e vi a Clara, nada fez muito sentido mais. Não tive vontade de tocar seu corpo. Pensei até em tentar, mas eu não estava com cabeça para isso.
- Eu tenho que ir. Tem gente me esperando lá em cima, você sabe.
Ela estava de cara fechada, saí de seus braços e não olhei mais para ela.
- Aonde você vai? - Vi ela se afastando a passos largos.
- Vou usar outro banheiro. A propósito, meu nome não é Patrícia, é Clara.
A mulher bateu a porta do banheiro com força quando saiu. Merda, não bastou eu fechar os olhos para imaginar que era a Patrícia que estava tocando o meu corpo, eu chamei por ela na hora do orgasmo.
Laura
- ...e meus pais são os apresentadores do jornal da noite. O Carlos e a Andreia, são seus avós.
- Então eu tenho avós agora, que legal. Eu passei o carnaval com eles, mãe. Nós assistimos a nossa Portela juntos.
- Ah é? Que legal, filha. E você gostou deles?
- Muito! O Carlos é muito engraçado. Ele até tentou me ensinar a sambar.
Meu pai é o máximo mesmo. Ele tentou fazer a mesma coisa comigo, mas eu nunca tive muito jeito para o samba. Agora com certeza tentará ensinar as netas.
- E você, Diana, os conhece?
Diana está mais afastada, mas presta atenção em tudo e me olha com curiosidade.
- Sim, eles já jantaram na minha casa algumas vezes. Eu sempre adoro eles, e gosto ainda mais agora que eles são meus avós. É por isso que temos o mesmo sobrenome: Dopollus.
- Exatamente! Diana Sullivan Dopollus - sorri. - Quando estiver tudo certo, vamos juntar todo mundo. Ah, vocês também têm mais dois tios, o Bento e a Lívia.
- Esses eu também conheço. A Lívia é tão linda e legal - Diana comentou.
- Nossa, mãe. De repente eu ganhei três tios! Esses que eu ainda não conheço e a tia Vero. A nossa família está enorme, antes era só eu, você o tio Sérgio.
- Que bom que você gostou. Agora somos nós três, a Camila, a Verônica, os meus pais, os meus irmãos, o Sérgio e a Patrícia.
- A Patrícia não é da família.
Lembrei que a Marina tem implicância com a minha companheira.
- Ela é sim. A Patrícia é a minha namorada e gosta muito de você e da Diana. Ela é muito especial para mim.
- Ela é uma chata, mãe. Eu não quero que vocês namorem.
- Marina, você está se comportando como uma menina mimada. Se estamos aqui hoje, é porque ela nos ajudou muito. Ela e a tia Vero que armaram os nossos encontros para que pudéssemos conversar. Ao invés de ficar pensando em um jeito de me separar da Patrícia, você deveria agradecê-la.
Marina ficou em silêncio. Isso significa que ela concorda, mas que não dará o braço a torcer. Não sei quem essa menina puxou.
- Marina, me promete que vai parar de implicar com a Patrícia.
- Dá uma chance para ela, Marina. A Patrícia é muito legal e nada muito bem. Um dia a gente pode até brincar na piscina com ela.
Camila fez um ótimo trabalho com a Diana, ela é muito doce e amorosa.
Marina ficou quieta. Ela nunca ia prometer uma coisa que não faria. Foi quando ela mudou de assunto:
- Mãe, eu pedi desculpa para a Camila. Ela já me desculpou e ainda eu e a Diana assistimos um filme legal com ela ontem.
- Que bom. Fico feliz que esteja tudo bem agora com vocês, meu amor. Tenho certeza de que ela está feliz.
- Eu também estou feliz. Depois que passou a minha raiva, consegui sentir que ela é como você para mim. Mas... mãe... eu sinto muito a sua falta, sinto falta da nossa casa e da nossa rotina. Eu nunca mais vou poder morar com você? Eu gosto dessa casa agora, mas não tem você.
Eu tive que fazer um esforço enorme para engolir as palavras que eu desejava falar. Eu preferi apenas abraçá-la. Fiquei um tempo olhando para cima procurando alguma explicação que não me fizesse transparecer a vontade de também voltar a nossa rotina.
- Deixe tudo como está, Marina. Como tudo está é como deveria sempre ter sido.
Eu a apertei ainda mais nos meus braços e torci para que ela mudasse de assunto. Mas quem mudou fui eu perguntando da escola nova que ela não está gostando, mas não entendi muito bem o porquê. O relógio que olhei me fez sentir um aperto. Já está chegando ao fim o horário combinado para entregá-las a Verônica.
Verônica
Escolhi uma camiseta para a Patrícia parecida com a outra e subi. Entrei no meu escritório e notei que ela ainda continua só de sutiã.
- Desculpa a demora, tive que resolver um problema.
- Tudo bem.
Entreguei a camiseta na mão dela e novamente o seu corpo ficou na minha visão.
- Linda tatuagem. O que está escrito?
- Em cima: La vie se donne à qui s'est donné. Em baixo: Ose rêver.
- A vida só se dá para quem se deu e ouse sonhar. Magnifique!
- Eu só tinha o desenho. Quando a Laura foi fazer uma tatuagem, ela sugeriu essas frases e gostei. Achei que combinava comigo e com o desenho.
Que ótimo, o relacionamento delas é tão firme que até fizeram tatuagens juntas. Não tenho a mínima chance, Laura tem seu coração e marcou até a sua pele.
- O que a Laura fez? - Forcei um sorriso.
- Ela fez um M no pulso esquerdo e D no direito. Eu achei que fosse "Marina Dopollus", mas pensando bem o D deve ser de Diana.
- Com certeza.
A porta foi aberta abruptamente e pela cara da Laura, ela não tinha gostado nada da cena. Pudera, a sua mulher estava apenas de sutiã e com uma camiseta na mão.
- Eu posso saber o que está acontecendo aqui?
Patrícia começou a se vestir com pressa e tentar se explicar:
- Caiu... um copo de suco... na minha camiseta... amor.
- Sei - uma desconfiança estava estampada na cara da Laura.
- Então, eu dei uma camiseta para ela. Essa que está vestindo. - Tentei explicar.
- Hum... - ela ajoelhou-se diante das filhas. - A mamãe vai ter que ir agora.
- Quando vamos nos ver de novo? - Marina perguntou ansiosa.
- Eu não sei, meu amor, mas espero que em breve. Vou ter que voltar para São Paulo hoje, mas voltarei assim que puder.
- Promete? - Marina estava arrasada.
- Sim, meu amor. Eu amo vocês, minhas filhas.
Laura e a Marina ficaram abraçadas. Vi que minha ex-cunhada tentou segurar algumas lágrimas que insistiam em cair. Sabe-se lá quando ela poderá encontrar as meninas. Eu não posso fazer muita coisa.
- Comportem-se! A tia de vocês estará de olho e se vocês aprontarem eu saberei. Ouviu Marina?
Marina revirou os olhos.
- Vamos, Patrícia? Ou você quer ficar? Quem sabe continuar ou terminar o que estava fazendo na minha ausência?
Patrícia mordeu os lábios de nervoso. Disse um tchau distante e seguiu com a Laura. Queria abraçá-la, não tive chance. Patrícia sumiu das minhas vistas, mas está cravada nos meus pensamentos.
Patrícia
O silêncio é absoluto no carro. Não consigo decifrar a cara da Laura. Sua sobrancelha é interrogadora, mas seu rosto contém um sorriso de pura felicidade.
- Como foi a conversa de hoje, amor? - Resolvi perguntar para quebrar o silêncio.
- Não me chame de amor - ela respirou fundo e notei seus dedos batendo nervosos no volante. - Foi ótima, elas adoraram descobrir que tem avós e tios.
- Mas você é o meu amor, não consigo te chamar de outro modo.
- Faça-me um favor, Patrícia! Eu não sou idiota.
- O quê? Você acha que eu e a Vero... NÃO!
- Eu vi você de sutiã, Patrícia. Sabe-se lá o que vocês estavam fazendo.
- Eu não te traí, Laura! Ainda mais com a Verônica. Foi um acidente, o suco caiu. Está aqui, olha - tirei a camiseta que tinha colocado em uma sacola.
Ela nem olhou direito. Fiquei desesperada, não tinha acontecido nada.
- Vai desculpar-me, mas vocês estavam bem próximas para quem estava apenas trocando de roupa.
- Ela achou bonita a minha tatuagem e perguntou o que estava escrito, só isso. Eu ainda estava comentando sobre as suas na hora que você apareceu.
- Por que diabos você não foi se trocar no banheiro?
Não adiantava aquela conversa dentro do carro, sem olho no olho. Fiquei em silêncio.
Subimos juntas para o quarto do hotel, mas a Laura continuava sem dirigir seu olhar para mim. Quando entramos no quarto, ela já começou arrumando a mala dela.
- Eu vou voltar para São Paulo. Se você quiser ficar entenderei perfeitamente.
- Amor...
- Eu conheço muito bem a Verônica, só não sabia que você cairia no papo dela. Tudo começou com um vestido, já achei estranho. Agora fica lá nua na frente dela.
- Para Laura! Para! Eu jamais trairia você. Eu te amo, caramba. Eu entendo que foi uma situação estranha e constrangedora, mas você tem que acreditar em mim.
Camila
Mais um dia de trabalho chegou ao fim. Trabalhar no comando de um jornal é cada dia uma emoção diferente, mas eu adoro essa bagunça organizada.
Antes de sair fui me despedir do Guga, meu grande amigo da redação. Guga entrou na empresa alguns meses depois da minha separação da Laura. Eu gostei tanto dele que acabei contando toda a história e foi nele que encontrei um grande apoio no trabalho. Ele veio com esse jeito todo doce e estendeu sua mão no momento mais difícil da minha vida.
- Gu, você chegando e eu saindo. Dá um beijo na sua amiga que já encerrou por hoje.
- Vou dar um beijo e um abraço, estou surpreso com você minha amiga.
Guga me abraçou e eu fiquei confusa.
- Surpreso por quê?
- Como por quê? Da sua atitude de reconciliação. Não me contou nada, posso ficar até chateado. Como foi o almoço?
- Sobre o que você está falando? Que almoço?
- Quem não está entendendo sou eu. A jornalista poderosa está na cidade desde ontem e você não me disse nada. Agora você almoça com ela e finge que não.
- Com ela quem?
Guga apontou para a tela do computador e a página na internet estava aberta nesses sites de fofoca.
"Camila Sullivan almoça com Laura Dopollus em shopping"
A manchete era ridícula. Não almocei com aquela idiota.
"A jornalista Camila Sullivan almoçou na tarde desta terça-feira, 28, em um shopping da zona sul com a também jornalista Laura Dopollus. Elas tiveram a companhia de outra mulher e duas crianças..."
"As colegas de profissão foram flagradas depois de anos sem aparecerem juntas. Era comum encontrar as duas em todos os lugares. Fontes afirmam que elas chegaram a ter um relacionamento mais íntimo. Porém, a informação nunca foi confirmada por elas, nem a sexualidade de ambas..."
"Como já noticiado na noite de ontem, Laura foi vista na praia de Copacabana com a irmã. Filha dos âncoras mais queridinhos do Brasil, Carlos Dopollus e Andreia Neves, a grande repórter deixou os holofotes após um atentado que quase tirou a sua vida..."
Mas que confusão? Não consegui ler a notícia completamente, mas as partes que eu li é um disparate.
Que mentira era aquela? Mas, não pode ser mentira, têm fotos que comprovam o almoço. Se não sou eu...
- Gu, eu não almocei com a Laura - eu estava sem chão.
- Ata! E eu não sou gay também! - Falou irônico.
- Essa é a Verônica. Guga, que palhaçada é essa?
- A Vero? Meu bem, então... você não...
- Claro que não! Preciso ir para casa.
- Calma, Camila. Acalme-se primeiro, esfria a cabeça.
- Eu vou matar a Verônica, só isso.
- Espera, Cah...
Saí bufando cega de ódio e louca para chegar em casa.
...
18:21 e nada da minha irmã com as minhas filhas chegar. Por que a Verônica estava almoçando no shopping com a Laura? Amigas? Como a Vero pode ser amiga de alguém que ela tanto detestava?
Ouvi risadas se aproximando da porta. Finalmente chegaram.
- Oi, mãeeeeeeeeeee - Diana correu para os meus braços.
- Oi, amor da minha vida - abracei de volta. - Como foi o shopping?
- Foi muuuuuuito legal.
- Foi legal para você também Marina?
- Sim, muito legal. - Ela respondeu feliz.
Olhei para a Verônica e continuei questionando:
- E vocês almoçaram?
- Sim, comeram um monte de besteiras! Não tive como evitar, sabe? Sou a tia legal - Verônica respondeu sorrindo, o qual não compartilhei.
- Filhas, subam e vão tomar banho. Daqui a pouco vou preparar o jantar.
Verônica me olhava e adivinhou que tinha algo de errado no ar. Ouvi o barulho de porta se fechando e tentei controlar o nervosismo.
- Aconteceu alguma coisa? Por que você está me olhando desse jeito? - Verônica cruzou os braços em forma de proteção.
- Como você teve coragem? Eu confiava tanto em você, minha irmã.
- O que foi que eu fiz?
Quem visse a cara de inocente que ela faz, acabaria acreditando que não esteve com a Laura. Maldito site, malditas fotos. Aproximei-me dela e no impulso peguei no seu braço e a arrastei até o meu notebook no escritório.
- Você está louca, Cah? Está doendo...ai, ai!
Joguei a minha irmã na frente da tela que estava aberta no site de fofoca e praticamente esfreguei a sua cara para ler.
Ela leu e notei que suas mãos começaram a tremer.
- Camila, eu nem sei como te explicar.
- Verônica, como você pôde? Não concordar comigo é uma coisa, mas agir pelas minhas costas? Um almoço com a Laura?
- Cah, se você visse a felicidade das suas filhas...
- Sai da minha casa!
- Você está me expulsando?
- Estou! Eu não quero você perto das minhas filhas. Eu não quero uma traidora como você próxima a mim.
- Você vai ter coragem de me expulsar? Logo eu que larguei o meu cantinho e deixei de morar fora do país em várias oportunidades, para ficar aqui com você? Eu não estou jogando na sua cara, eu faria tudo de novo por você e pela Diana, mas você está sendo injusta.
- Agradeço tudo que você fez, mas eu não quero dentro da minha casa uma pessoa que não me apoia mais.
- Se eu sair por aquela porta, eu não volto nunca mais. Tem certeza do que você quer?
Olhei nos seus olhos e por alguns segundos imaginei a minha vida sem ela. Seria insuportável. Tinha que ter uma explicação para isso e tomara que seja aplausível, não quero ficar longe da minha irmã.
- Não, eu não tenho certeza de nada - recuei. - Verônica, que decepção. Eu não esperava isso de você.
- Cah, coloca de uma vez por todas na sua cabeça que por mais que você tenha todas as razões do mundo, a Laura ainda é mãe das meninas. Você está cometendo o mesmo erro que a Laura cometeu: fugindo! Você está fugindo e escondendo as meninas dela.
- Você não entende... - comecei a chorar descontroladamente.
- Oh minha irmã, minha melhor amiga - Vero abraçou-me - é claro que eu te entendo. Eu sinto a sua dor, sinto-me feliz quando está feliz, temos uma ligação muito forte, você sabe disso. Eu mais que ninguém sei tudo que passou todos esses anos. Enxuguei suas lágrimas, estive sempre ao seu lado. Eu te amo muito.
Continuei abraçada a ela, mas não disse nada.
- Fiz esse reencontro da Laura com as meninas e, sinto muito, mas não me arrependo. Peço desculpa por não ter contado para você.
- Você não entende, Vero.
- Se o seu objetivo era ver a Laura arrasada você já conseguiu isso. Ela se arrepende tanto. Além disso, vingança terá um preço muito alto a se pagar. Você acabará perdendo o amor das suas filhas e eu não quero testemunhar isso calada. Pensa bem Camila, é isso que você quer? Vingar-se e destruir a sua vida? Não faça isso.
- Você não entende! Você nunca entenderia.
- O que eu não entendo?
- Como posso voltar a conviver com a Laura depois de tudo? Você pensa que é fácil administrar essa confusão de sentimento dentro de mim? Eu sinto ódio de mim mesma por ainda ter sentimentos amorosos por ela. Eu não sei se é aquele mesmo amor de antes, mas eu confesso que não sou indiferente - tentei enxugar as lágrimas que insistiam em cair, mas foi inútil. - Não era isso que você queria saber? Se eu ainda gosto dela? Está aí a resposta.
- A gente, infelizmente, não manda no coração. Amar é a maior palhaçada que a vida pode nos proporcionar.
Acenei positivamente e abracei a minha irmã mais uma vez. Consegui dar risada do que ela disse. Eu senti um alívio por ter tentado explicar o que sinto pela Laura. Aquilo estava me matando todos os dias. Só que eu não queria me aprofundar na análise e a Verônica percebeu isso.
- Você que está certa, queria ser pegadora que nem você.
- O problema é que a pegadora aqui emperrou e se apaixonou pela pessoa mais impossível da Terra.
- Patrícia?
- Não vamos mudar o foco inicial da nossa conversa. Temos que resolver cada coisa de uma vez. Camila, eu me ofereço para fazer o diálogo entre você e a Laura.
- Como assim?
- O seu problema é conviver com a Laura, mas se eu for a sua voz, não precisará chegar perto dela. Você faz a sua proposta e eu converso.
- Pelas meninas, estou propensa a mudar minha postura. Mas, e se ela fugir com a Marina de novo? Ela já fez isso uma vez e pode fazer de novo. Esse é o meu maior medo, perder a Marina ou a Diana, ou as duas.
- Eu entendo a sua insegurança, você perdeu a confiança nela. E tem toda a razão, não dá para confiar nela ainda. Mas e se eu me responsabilizar pelas visitas? Eu fico o tempo todo com elas.
- É uma possibilidade.
- Isso é um acordo? É um sim?
- É um: eu vou pensar.
- Já é alguma coisa.
A Verônica me olhou feliz e esperançosa.
- E como foi o reencontro delas? Pude perceber que a Marina está muito feliz.
- O reencontro na verdade foi ontem, hoje foi um segundo encontro. Foi no mínimo emocionante. A Marina perdoou a Laura. Em um primeiro momento ela ficou brava, pensei até que iria dar aquelas explosões dela. Porém, ela gosta muito da mãe. É o mais puro sentimento de mãe e filha ali, não tinha como não obter perdão. Quanto a Diana, ela pediu um tempo para pensar. Ela está confusa e assustada, mas acredito que já tenha perdoado, só não quer dar um passo e depois ser decepcionada de novo. Ela sabe se proteger.
- A Laura tem um enorme poder de persuasão, não é difícil enganar duas crianças.
- Se você pensa que ela mentiu para as meninas, está muito enganada. A Laura trouxe toda responsabilidade para ela na conversa. Te isentou de tudo, foi bem sincera. Trouxe toda culpa para ela. Até eu que sou sua irmã sei que você tem a sua parcela de culpa. O casamento de vocês não chegou ao fim sozinho, teve toda uma sucessão de erros de ambas as partes. Ela disse para as meninas que fugiu, mas não disse quais palavras suas podem ter a feito tomar essa atitude. Você sabe muito bem do que eu estou falando. Lembra daquele dia no bistrô?
Sim, eu lembrava como se fosse ontem.
" - Precisava disso, Laura?
- O que foi? Eu fiz alguma coisa, amor?
- Precisava agradecer a moça se jogando para cima dela na minha frente?
- Eu só agradeci gentilmente.
- "Muito obrigada pelo excelente atendimento, adicionei um pouco a mais na sua gorjeta e eu deveria elogiá-la para o gerente por ter uma funcionária tão dedicada", isso lá é forma de agradecer alguém? A Verônica falando assim eu até entendo, mas você é casada.
- Ei, ei! Não me meta na briga de vocês. Aliás, por favor vocês duas, deixem para lavar roupa suja em casa.
- Não temos que levar roupa suja nenhuma, a Laura sabe que se aprontar alguma coisa, qualquer coisa, pego as meninas, saio de casa e nunca mais nos verá.
- Eu só quis ser legal com a moça porque se você não viu aquele casal prepotente que saiu a pouco tratou a moça mal e ainda saiu falando que não pagaria gorjeta pelo serviço ruim dela. Eu só quis melhorar o dia dela e não dar em cima de ninguém. Agora, com licença, que eu vou esperá-las no carro.
Laura saiu disparada da mesa, como que fugindo de algo.
- Que inferno! Fiz merd*. Não precisa ficar me olhando desse jeito Vero, eu sei que fiz merd*.
- Você se ouviu? Você usou as suas filhas para ameaçar a Laura. É sério que você fez isso?
- Eu não usei as meninas... Está bem, eu exagerei. Mas ela me tira do sério também.
- Você precisa controlar esse seu ciúme. Isso está ficando descontrolada. O seu ciúme está virando um caso doentio, Camila. Eu detesto a Laura, mas infelizmente terei que a defender porque ela só foi gentil mesmo. Eu vi a cena do casal com a moça. Se você não está feliz com o seu casamento, pede o divórcio. Mas não coloque as meninas no meio."
- ... Depois teve aquela vez de uma história com uma estagiária, não me recordo direito, mas que você acabou soltando que falou que ia sumir com as meninas de novo. Talvez tenha outras vezes que você não me contou. Acho até que a Laura não percebeu até hoje que talvez, se você tivesse apenas dito que queria o divórcio, ela não teria fugido.
- Por mais que eu a tenha machucado, só temos um fato aqui: ela roubou a Marina de mim! E não venha colocar a culpa em mim.
- Se nem a Laura fez isso, quem sou eu para fazer? O que eu estou querendo dizer na verdade é que talvez ela tenha se arrependido de verdade. Laura só quer uma chance para consertar os erros que cometeu com as filhas. As meninas estão curiosas com essa novidade de ter duas mães. A Diana está louca para conhecer a Laura, assim como a Marina está louca para te conhecer de verdade. Elas querem ter duas mães.
- Então não tem mais jeito, terei que aceitar você ser a minha voz. Eu vou propor um acordo para a Laura, não quero que as minhas meninas sofram.
Agradeço aos céus pela minha irmã ter aberto os meus olhos a tempo de não perder o amor das minhas filhas.
Laura
Eu estava tão feliz com os encontros com as minhas meninas. Por outro lado, a minha cabeça está fervendo por causa da cena da Patrícia sutiã na frente da Vero.
Cheguei em casa e me tranquei no quarto, não sabia o que pensar. Não sei se é ciúmes, se estou apenas com o orgulho ferido, ou se estou assim porque era a Verônica que estava no meio daquela história.
Lembrei de Sérgio e talvez ele pudesse ajudar. Desci até o apartamento dele, precisava contar sobre o encontro com as meninas também.
...
- O que foi, Laura? Você estava tão feliz contando das meninas e do nada ficou séria.
Olhei para o Sérgio e me lembrei do que eu tinha ido fazer lá. Fiquei empolgada contando as novidades que tinha até esquecido da cena.
- Aconteceu uma coisa esquisita.
- Diga.
- Acho que a Patrícia e a Verônica tiveram alguma coisa.
- No passado?
- Não, nesta viagem.
- Ah, Laura! Patrícia é louca por você.
- Sérgio, a Patrícia ganhou um vestido exclusivo desenhado pela Verônica e ontem eu peguei a Patrícia só de sutiã na sala dela.
- Só de sutiã? Sem calça, calcinha? - Ele quase gritou de tão assustado.
- Não, ela estava de calça sim.
- Mas por que ela estava só de sutiã? O que ela disse?
- Disse que derramou suco e ela estava trocando de camiseta.
- E você viu a camiseta com o suco?
- Vi.
- Então foi realmente isso que aconteceu. Como elas são duas mulheres e amigas, a Patrícia nem se tocou que estava trocando de roupa na frente dela.
- Então você não acha que pode ter rolado alguma coisa entre elas?
- Eu não coloco a minha mão no fogo por ninguém.
- Eu briguei com ela. Nem a deixei falar direito.
Sérgio olhou para mim nada surpreso, ele sabia que eu tinha tomado essa atitude.
- Você gosta da Patrícia?
- Gosto! Muito!
- Ama?
- Eu gosto muito dela, mas amar como eu amava a Camila não.
- Camila é passado, ela não vai querer você nem pintada de ouro.
- Eu sei, mas...
- O que estou querendo dizer é que não adianta nada você ficar presa ao amor que sentiu pela Camila. Se tiver a mínima possibilidade de uma amizade com a sua ex já vai ser muito - ele sorriu. - A Patrícia é completamente apaixonada por você e o que recebe em troca? Desconfiança infundada, sua grosseria, seus acessos de raiva. Você tem que decidir, Laura, se retribui esse amor ou deixe-a livre. Se quer um conselho, te dou: termina logo com ela.
Sérgio tem razão, Camila é passado. Mas não quero terminar. Eu tenho que correr atrás da Patrícia mais uma vez e pedir perdão. Tomara que ela me perdoe.
- Terminar com ela o caramba. Por que você sempre diz para eu terminar com as mulheres que eu tenho alguma coisa? Que coisa. Eu vou é correr atrás dela e tomara que dê tempo de reparar mais um erro que cometi.
- Vai lá então, boa sorte. Já sei até que você vai prometer o que não pode cumprir e dar um passo que te fará recuar num futuro. Senhora impulsiva, ninguém perdoa alguém para sempre. Mas se quer isso, sabe que só te desejo felicidade.
Quase recuei na minha decisão. Eu poderia fazer a mesma coisa que fiz com a Camila, era isso que o Sérgio estava querendo dizer. Eu preciso fazer diferente.
- Sérgio, eu estou gostando de verdade da Patrícia. É engraçado e estranho, mas é verdade, eu estou sentindo algo a mais por ela. Antes eu sentia apenas desejo e gostava da companhia dela. Mas agora é como se ela estivesse se tornando a pessoa que eu tenho que ter ao meu lado para o resto da vida. Que mulher ia querer ficar comigo depois de tudo que fiz? Ela me ganha a cada dia.
- Ela faz isso porque gosta de você. Laura, você já imaginou que ela pode estar fazendo tudo isso para você ficar agradecida e com isso ficar com ela por essa gratidão? Vocês se arriscaram muito indo até lá com as coisas tão recentes. Por isso acho que ela pode estar querendo ganhar você e não pensou nas consequências. Já imaginou se a Camila descobre que você está vendo as meninas escondia e sua ex te denúncia? Você nunca mais vai ver as meninas e ela ainda vai sair como sua salvadora da história. Me escuta, cai fora.
Fiquei pensativa por um momento. Será que o Sérgio estava enxergando algo que eu não estava conseguindo ver?
- Credo, Sérgio.
- São só hipóteses, minha querida. Você sabe que pode sempre contar comigo, não sabe?
- Certo. Deseje-me boa sorte e obrigada pela conversa. No sábado vai fazer o almoço lá em casa.
- Mas é muita cara de pau mesmo. Sou convidado para fazer o almoço e não ir simplesmente almoçar.
- Na verdade é um elogio, sinal que você cozinha muito bem.
Só tive tempo de desviar da almofada que foi atirada em mim e correr da casa dele.
Subi para o meu apartamento louca para conversar com Patrícia, mas quando cheguei não a encontrei. Como ela não tinha parentes próximos por aqui, ela só pode estar no apartamento dela. Na mesma hora peguei a chave do carro, mas ouvi o meu celular tocando e atendi:
- Alô.
- Laura?
- Sim... - a voz parecia da Camila.
- Sou eu, a Verônica.
- Ah sim, oi! Aconteceu alguma coisa?
- Tenho uma ótima notícia para você.
- Estou precisando.
- Eu conversei com a Camila e ela concordou com que você volte a ver as meninas.
- Eu não acredito! Sério? Como foi isso?
- Um site publicou uma foto nossa no shopping, só que me colocaram como ela. Então, ela descobriu tudo e você sabe, não gostou nada. Mas foi bom que ela viu que você faz bem para as meninas. Agora temos que conversar para chegarmos a um acordo.
- Você e eu?
- É... a Camila não quer nenhum contato com você. Ela exigiu isso. Portanto serei a voz dela.
- Já é um grande passo. Quando podemos conversar sobre isso?
- Ela ainda vai me falar os detalhes e te ligo para dar a resposta.
- Tudo bem, obrigada Verônica.
- De nada, Laura. Tchau.
- Tchau.
Pulei de felicidade pela sala. Tenho que contar essa notícia maravilhosa para a Patrícia. Minha namorada precisa ser primeira a saber.
...
Cheguei onde a Patrícia morava antes e pedi para o porteiro me anunciar. Parece que a sorte está sorrindo para mim no dia de hoje, pois ela permitiu a minha entrada. Pensei que sofreria mais.
Subi e toquei a campainha. Não demorou muito a porta foi aberta e já fui logo entrando.
- Patrícia me desc... - fui interrompida.
- Não, vamos pular essa parte das explicações. Vem!
Patrícia colocou nossos corpos e beijou-me. Suas mãos apertavam a minha cintura com posse. Conforme os amassos aconteciam eu sou empurrada para o quarto. Fui jogada na cama. Ela tirou toda a sua roupa enquanto tentava controlar a minha respiração.
- Patrícia, calma...
- Cala a boca.
- Temos que conversar...
- Shiu! Mantenha sua boca ocupada em me dar prazer.
Ela abriu as pernas e se posicionou na minha boca. Ela pediu prazer e foi o que eu dei.
Fim do capítulo
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patty-321
Em: 06/08/2017
A vero e maravilhosa, depois da tempestade conseguiu colocar um pouco de juízo na Camila. Laura com ciúmes da Patrícia, afffz. Patrícia aguenta muito, más cansando e a vero tá na área. As meninas tão felizes com o encontro com a outra mãe. Bjs
Resposta do autor:
A Vero é linda! Caiu nas graças das leitoras mesmo.
Falou Patrícia a Vero está sempre na área hahahaha.
Beijos.
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NovaAqui
Em: 06/08/2017
Oi Bastiat!
Respondendo sua resposta
Resposta do autor:
A Marina quis se referir a consertar a merda de ficar longe dela haha. - Ah tá! isso já está sendo resolvido... Espeo que essas duas meninas lindas façam de tudo para suas mães ficarem juntas. Elas vão aprontar kkk Você não gosta da Laura mas quer a felicidade dela com a Camila? Interessante. Por um momento pensei que você não queria as duas juntas hahahaha. - Essa é fácil de responder.... kkkk como você disse que aqui só vai abordar o amor, (lógico que eu queria que Laura e Sergio respondessem por seus atos, mas você já disse que ninguém será preso e eu não queria elas juntas, mas não tem jeito elas se amam kkkk contraditório eu sei, mas não tem como remar contra a maré kkkk) então só me resta torcer pela felicidade da família. Eu não sou a favor das coisas que a Laura fez, mas elas se amam. Por que não tentarem?
Camila não esqueceu a Laura e a Laura não esqueceu a Camila. Então vamos torcer para que elas se perdoem e tentem uma reaproximação. Acho que essas ameaças vão trazer alguma mudança na vida da Laura. Ou ela vai sofrer outro atentado ou ela vai ter que desaparecer um tempo.
Espero que eu tenho conseguido explicar meu ponto de vista
Abraços fraternos procê!
Resposta do autor:
Olá.
Mas abordar o amor não significa exatamente que ela vão ficar juntas no final. Posso abordar a história de amor delas, mas sem que elas fiquem juntas no final. Talvez elas fiquem juntas, talvez não. Tudo vai depender do andar da história e ainda tem bastante capítulos.
Eu entendo o seu ponto de vista :D. Sò queria brincar um pouquinho com essa "dualidade".
Abs para você também!
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Bia08
Em: 06/08/2017
A Vero sendo como sempre, a melhor amiga, irmã, conselheira e cúmplice. Se vc não fosse ela ainda estaria um impasse terrível.
Graças a Deus a Camila percebeu a besteira que estava fazendo.
Bjs
Resposta do autor:
Realmente, a Vero anda roubando a cena nos últimos capítulos, né? Alguém tinha que colocar a cabeça no lugar e pensar haha.
Beijos.
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sonhadora
Em: 06/08/2017
Homi Laura, deixa a Patrícia ser feliz com a Vero!!!!! Caraca, você quer tudo!!!!! Estou começando a ficar com raiva de Laura, antes entendia o lado dela agora tô achando que ela gosta de ser adorada!!! Gente será que é só eu que quero a Vero com a Patrícia????
kkkkk gostando cada dia mais da história!!!
Beijos!!!
Resposta do autor:
Tem que ver se a Patrícia quer ser feliz com a Verônica também hahahahaha.
Obrigada, beijos.
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