Capítulo 48
O JARDIM DOS ANJOS -- CAPÍTULO 48
Nádia colocou Priscila na cama, arrumando a pequena manta sobre a criança para protegê-la do frio. Um ligeiro sorriso despontou em seus lábios ao lembrar do jeito destemido com que Alisson enfrentara Andras. A marqueteira tremia nas bases sempre que ela estava por perto. Alisson faria qualquer coisa por Priscila. Nádia percebeu isso desde o dia em que ela conheceu a menina. Aquele olhar carinhoso nos olhos dela quando fitava Priscila a emocionava.
Alisson caminhou até a varanda, sentou-se na rede e ali ficou, perdida em pensamentos. Olhou a sua volta, admirando a paisagem.
Nádia a observava da porta. Para ela, Alisson era a expressão personificada dos anjos celestiais.
Alisson sentiu os olhos de Nádia fixos nela. Levantou-se da rede e foi ao seu encontro.
-- Andras a machucou? -- Alisson tocou a testa de Nádia com as pontas dos dedos, sorrindo de leve, mas perceptivelmente -- Aquela bruxa não toma jeito.
-- Ela me empurrou, perdi o equilíbrio e cai batendo a cabeça -- ela respondeu, dando de ombros -- Não foi nada comparado ao medo que senti de perder a pequena Priscila. Chego a tremer só de pensar.
-- Nunca mais deixarei vocês desprotegidas. Prometo -- ela riu, amargamente e aproveitou o momento para se desculpar -- Perdoe-me pelo constrangimento que a fiz passar. Imagino que deve ter sido terrível para você. Sua família, os convidados...
-- Não me importei com o que eles pensaram ou deixaram de pensar. Fiquei preocupada demais com você, sem saber o que havia acontecido, quem era o responsável pelo seu desaparecimento. Isso sim foi terrível.
Nádia já presumia que Alisson havia sido sequestrada, porém ela ainda não sabia quem havia mandado sequestrá-la e porquê. Qual seria o mistério que envolvia o seu sequestro?
-- Descobriu quem foi o responsável pelo sequestro?
-- Foi Lorraine quem mandou me sequestrar.
Nádia mordeu o lábio, mas não se mostrou surpresa com a revelação.
-- Ela contratou algumas pessoas para fazer o serviço -- Alisson tentou esconder seu sorriso, mas não conseguiu -- Você está chateada?
Ao ver o brilho nos olhos de Alisson, Nádia refletiu que ela era a mulher mais linda e apaixonada que já vira. Como poderia estar chateada diante de tanto amor?
-- Nosso casamento não era um sacramento. Era uma trans*ção legal, nada mais. A certidão de casamento, nos tornaria um casal em termos legais, mas não de verdade. Uma situação que podia ser revertida com outra simples trans*ção legal, o divórcio. Portanto, não se preocupe comigo. Não ficarei traumatizada chorando pelos cantos -- Nádia sorriu, calorosa, e esticou a mão, tocando o braço de Alisson -- Você e Lorraine se amam e quando duas pessoas estão destinadas a ficarem juntas e amarem-se para sempre, por mais que aconteçam desencontros, em algum momento acabarão por se unir. Isso se chama amor verdadeiro.
Alisson passou o dedo indicador sobre o nariz bem-feito e feminino de Nádia. Observava com admiração, fascinada cada dia mais com sua personalidade madura e elegante.
-- "Se você não existisse, eu te inventaria" -- Alisson ergueu as sobrancelhas de modo zombeteiro e abriu a porta para que elas entrassem - Que bom que você não ficou magoada com a Lorraine. Sua irmã costuma resolver os problemas de uma forma que se difere do esperado.
-- Lorraine não toma jeito -- reprovou ela, mas o tom de sua voz era manso e divertido.
-- É verdade! -- ela suspirou de um jeito engraçado e ficou com um olhar sonhador e terno -- Porém, vou confiar nela e deixá-la resolver sozinha.
-- Você sabia que ela está sendo chantageada pela Andras?
-- Não -- Nádia ficou extremamente surpresa -- O que Andras está usando para chantageá-la?
-- Conto tudo para você, mas primeiro vou telefonar para Lorraine e tranquilizá-la. Ela deve estar aflita.
-- Na minha opinião, você deveria tomar mais cuidado com a Andras. Aquela mulher é louca -- Felipe olhou para Lorraine de canto de olho.
-- Não acho que a Andras seja louca. Na verdade, acho ela bem centrada -- Lorraine ergueu o rosto e olhou-o nos olhos. A expressão dela era cética -- Centrada para o mal, mas louca, não!
-- Existe muita gente normal agindo como louca -- houve um momento de silêncio. Fael esperou um pouco até que falasse de novo -- Mas também muita gente louca parecendo normal.
Lorraine jogou os cabelos para trás e olhou para ele com uma expressão engraçada.
-- Vocês me convenceram.... Vou tomar cuidado. Quem sabe ela não seja uma psicopata?
-- Estão falando de mim?
Alisson jogou as chaves sobre a mesa e abraçou Lorraine por trás. Descansou o queixo no topo de sua cabeça e suspirou.
-- Estamos falando da Andras -- Lorraine tentou controlar a voz quando falou.
-- Ela possui traços de um psicopata: Mentirosa, manipuladora, não suporta ser contrariada, egocêntrica e megalomaníaca.
-- Louca! -- disse Fael irritado.
-- Não confundam, psicopatia não é loucura, mas sim um grave transtorno de personalidade que não tem cura -- disse Felipe batendo de leve nas costas de Fael.
-- Já pensou em como vai recuperar as provas que estão em poder da Andras? -- Alisson olhou Lorraine nos olhos de um jeito suave, mas, ao mesmo tempo, com exatidão.
-- Tenho esperança que amanhã já poderei colocar o meu plano em prática -- os olhos de Lorraine brilhavam, e fitou a pediatra com intensidade -- Patrícia vai me ajudar.
-- Aquela molenga? -- Alisson se surpreendeu, arregalou os olhos e deu uma gargalhada, o que fez com que ficasse mais bonita ainda -- Você deve ter feito uma lavagem cerebral nela.
Lorraine se aproximou dela devagarinho e disse com voz suave.
-- Talvez seja o efeito do meu charme.
Num gesto rápido Alisson enlaçou-a pela cintura e puxou-a, aprisionando-a nos braços.
-- Seu charme realmente é uma arma poderosíssima, por esse motivo vou confiscá-la para mim -- a pediatra passou a mão no rosto da morena, afastando o cabelo de suas faces, num gesto de carícia e posse.
Lorraine levou as mãos aos olhos e esfregou lentamente.
-- Uaaaah! Que sono! -- forçou um bocejo.
-- Escutaram, né? Minha deusa está com sono -- Alisson beijou a pele macia do pescoço de Lorraine, sentindo o perfume suave e sedutor.
Felipe sorriu, com embaraço.
-- Não precisam falar duas vezes. A gente já está de saída.
-- Estamos? -- Fael se fez de inocente e recebeu em troca, uma careta medonha de Felipe -- Ahhh... Claro que estamos! Que cabeça a minha.
Os dois se levantaram juntos. Alisson segurou a mão de Fael e caminhou em torno da mesa para a porta.
-- Quero te pedir um favor.
-- Lógico Alisson. Pode pedir minha irmã -- Fael olhou curioso e se aproximou atento para a pediatra.
-- Providencie passagens aérea e hospedagem para mim e a Nádia. Quero viajar para João Neiva ainda essa semana.
-- Deixa comigo! -- Fael disse em alto e bom som -- Você sabe que sempre pode contar comigo, não é mesmo?
-- Eu sei! Você sempre foi maravilhoso comigo -- Alisson sorriu.
-- Espera! Por que a Nádia e não eu? -- Lorraine fez um bico e cruzou os braços sobre o peito -- Explique-se Alisson.
-- Porque a senhorita vai ficar aqui e dar uma bela lição na Andras. Só por isso! -- ela envolveu Lorraine em seus braços e sussurrou em seu ouvido: -- Eu confio que você colocará a maldita da Andras fora de nosso caminho.
Lorraine se agarrou à Alisson, fechando os olhos quando a emoção da garganta apertou. Estava tão preocupada, com tanto medo que seu plano não desse certo.
Durante toda aquela noite, Lorraine buscou forças entre os braços de sua loira. Aqueles braços diziam que ela era amada e apoiada incondicionalmente.
Alisson compreendia os medos dela e a abraçou ainda mais.
-- Eu te amo e sempre estarei ao seu lado, nunca duvide disso nem por um instante -- disse Alisson com lágrimas brilhando em seus olhos.
-- Eu sei -- Lorraine sussurrou de volta -- Agora eu sei como é bom estar cercada por muito amor e apoio. Nunca mais vou ficar sozinha, lutando, desesperada. Nunca mais -- os olhos da morena queimaram novamente -- Obrigada por me salvar da solidão. Obrigada por seu amor, por sua compreensão.
-- Eu amo você. Não espere menos que isso de mim -- curvando-se, Alisson prendeu o lábio inferior dela com os dentes e os puxou gentilmente -- Quem ama cuida.
Lorraine escorregou o corpo para cima do corpo de Alisson.
-- Você é a mulher mais carinhosa, sensível e honesta que já conheci.
-- "Você é frágil e forte. Dura como uma rocha e sensível como uma flor. Carinhosa e agressiva; Impulsiva e controlada. Dominada pelo amor e por isso, domina. " (Autor desconhecido).
-- Beije-me. Abrace-me -- suplicou Lorraine.
A boca de Alisson encontrou a dela. Seus lábios e línguas se juntaram lentamente em um beijo calmo e saboroso.
Lorraine parecia flutuar sobre ela. Seus corpos se movimentavam em um ritmo perfeito. O toque era tão doce e sensual que Lorraine começou a se contorcer.
Simplesmente não conseguia entender o que acontecia. Era normal? Era assim com todos os casais apaixonados? Era assim o amor? Esse desejo louco de nunca mais sair do lado da pessoa amada? De agarrar-se a ela e nunca mais largar?
Os dedos macios de Alisson traçavam as linhas dos quadris e das coxas de Lorraine. Beijou-lhe o pescoço, depois, a boca. Não queria que ela parasse. Os lábios e a língua de Alisson queimavam sua pele como fogo, levando-a ao delírio a cada carícia da língua.
Olhando para os olhos brilhantes da loira, Lorraine percebia que Alisson nutria por ela, o mesmo sentimento arrebatador que ela sentia! Isso trazia lágrimas de felicidade aos seus olhos. Um amor verdadeiro, recíproco e abençoado mil vezes por Deus.
Quando ela teve certeza de que não aguentaria, suplicou para que não parasse. Com um grito, ela agarrou os ombros da pediatra. Seu corpo sentiu ondas e de maravilhosos espasmos. O prazer paralisou sua mente, seu corpo. Tudo escureceu.
-- Que delícia! -- Lorraine murmurou -- Vou dormir com um sorriso estampado em meu rosto.
Alisson a beijou na ponta do nariz.
-- E comigo no coração?
-- E com você no coração -- disse, brincando com um cachinho do cabelo loiro de Alisson.
A felicidade era enorme. Alisson Levantou a cabeça para vê-la melhor.
-- Eu prometo te dizer eu te amo todas as noites.
-- Vou cobrar -- Lorraine suspirou, fechando os olhos de sono -- Estou precisando desesperadamente do meu sono de beleza.
Alisson inclinou-se sobre ela e deu-lhe um beijo na bochecha, repleto de carinho.
-- Então durma minha bela Lonzinha. Amanhã o dia será muito longo!
Helena estava sentada à mesa do café da manhã quando Alisson chegou no orfanato.
-- Meu Deus! Minha filha -- Helena abraçou Alisson com força, beijando-a na testa -- Como você está? -- afastou-se um pouco e olhou-a de alto a baixo.
-- Estou bem mãe. Apesar de ter sido sequestrada e torturada sem dó e piedade.... Estou bem.
-- Não seja melodramática -- Helena retornou para a mesa sorrindo -- Venha tomar café comigo.
-- Já pode falar a verdade mãe. Você ajudou a Lorraine no sequestro.
-- O queeee? -- a médium arregalou os olhos com uma expressão desesperada.
-- Não se faça de desentendida. Lorraine confessou tudo.
Percebendo que não havia jeito, Helena enfim, abriu o jogo para a filha.
-- Tá certo, confesso que dei uma mãozinha para ela.
-- Mãozinha? Você deu a ideia, contratou os sequestradores, alugou a casa... -- Alisson coçou a cabeça parecendo estar à beira de um ataque de nervos -- Lorraine apenas deu o dinheiro. Que feio mãe!
Helena levou a xícara até a boca para beber um gole do café. Deu de ombros e pegou um pedaço de bolo de fubá.
-- Onde você encontrou aquela quadrilha de trombadinhas?
-- Não sei.
-- Como não sabe?
-- Não Sei. Foi a sua vó quem contratou elas.
-- Meu Deus! A vovó? -- Alisson ficou aterrorizada -- Até ela você envolveu nessa maluquice?
-- Bom dia! -- Fael entrou na sala, sorridente -- Tenho uma boa notícia.
-- "Salva pelo gongo" -- Helena sussurrou, levantando-se rapidamente para sair.
-- Não foge mãe. Ainda temos muito o que conversar.
-- Não sou mulher de fugir da raia - disse ela, cheia de razão -- Estarei no Centro.
Alisson concordou com um gesto de cabeça, esperou ela sair e virou-se para Fael:
-- Qual é a boa notícia?
-- Comprei passagens aéreas para hoje à tarde.
-- Hoje? -- Alisson olhou assustada para o relógio -- Será que vamos conseguir ajeitar tudo a tempo do embarque?
-- Conseguem. Liga para a Nádia e combinem certinho. Aposto que ficarão prontas bem antes do embarque.
Alisson tirou o celular da mochila, ligou para Nádia e combinou de se encontrarem às 17:00 no aeroporto. Depois, sentou-se à mesa e encheu um copo com suco de laranja.
-- Vai ser bem corrido, mas ao menos tiro logo essa dúvida de minha cabeça. Tenho que conversar com essa mulher, ela pode ser a chave de tudo, a pessoa que me dará alguma pista do paradeiro da mãe de Priscila.
-- Deus te ouça -- Fael sentou-se lentamente na cadeira, mas manteve os olhos fixos em Alisson -- E a cirurgia da Priscila? Em que pé está?
-- Assim que retornarmos da viagem, vou conversar com o doutor Wilson. Esse é outro assunto que requer urgência -- o olhar de Alisson desceu para o copo de suco -- Tenho tantas indagações.
-- Indagações sobre o que? -- Fael Inclinou o corpo e apoiou os dois braços na mesa.
-- Sobre a minha vida. Quem sou? De onde vim? -- tomou um gole de suco de laranja e disse séria: -- Minha mãe está escondendo coisas muito importantes sobre o meu passado.
O olhar de Fael estava fixo em Alisson.
-- Você é uma idiota -- calmamente, ele disse.
Ela ergueu os olhos e sacudiu os ombros.
-- Obrigada. Eu me sinto bem melhor.
-- Helena é uma mulher sábia e íntegra. Se ela deixou de contar algo para você é porque não é o momento de você saber. Tudo tem o seu tempo e ela saberá o tempo certo de lhe falar.
-- Eu não lembro de minha infância. Você lembra da sua?
-- Não, não lembro -- disse o rapaz com relutância -- Lembro com clareza de quase tudo o que aconteceu depois dos 16 anos de idade, os olhos brilhando de Beca por causa de alguma travessura, a nossa risada feliz antes de dormir -- fechou os olhos como se quisesse lembrar de cada momento de alegria, de cada dia maravilhoso que tivera ao lado dos amigos do orfanato -- Meu Deus, ainda está tudo tão vivo em minha mente.
-- Você lembra da minha chegada aqui no orfanato? -- perguntou Alisson com calma, observando o copo de suco de laranja.
Fael balançou a cabeça lentamente.
-- Você não acha estranho o fato de não lembrarmos de nossa infância?
-- Nunca parei para pensar nisso -- Fael forçou uma expressão indiferente -- Então, você veio aqui em busca de respostas?
Alisson levantou-se e olhou para o amigo.
-- Não posso simplesmente deixar o passado para lá. Não ter um passado é um jeito vazio de se viver, Fael. Preciso saber quem eu sou para que possa ter um futuro mais feliz.
Alisson bebeu todo o seu suco de laranja e colocou o copo no balcão de pia.
-- Hoje não será possível ter essa conversa com Helena, mas quando eu voltar, ela vai ter que contar tudo desde o início. Ah se vai!
Passos impacientes atravessaram o saguão de pedras do imponente prédio do Hospital Leonor Hernandes.
-- Bom dia doutora Lorraine! -- desejou o simpático vigilante.
Lorraine não respondeu e apressada entrou no elevador. Parecia concentrada e decidida. A pele morena de seu rosto estava pálida, os olhos verdes brilhavam intensamente demonstrando nervosismo.
-- Coragem Lorraine! -- murmurava a cada metro que percorria -- Você vai conseguir.
O elevador se abriu e ela dirigiu-se para o corredor de sua sala. Passou pela secretária, que a olhou atônita, sem sequer cumprimentá-la.
Sandy correu atrás dela com um tablet na mão.
-- Doutora Lorraine, hoje temos três...
-- Chame o técnico para mim -- Lorraine colocou a bolsa sobre uma poltrona e pegou um copo de água no frigobar -- Diga que é urgente. Não, não.... Diga para ele que é urgentíssimo -- ela suspirou, depois sentou-se em sua cadeira.
Sandy cruzou as mãos e sua mente parecia divagar ao longe sem rumo.
-- Vai ficar aí parada como uma múmia paralítica? -- Lorraine falou em um tom alto e impaciente -- Mexa-se criatura!
-- Aiiiiii... -- Sandy reagiu, assustada -- Tô indo, tô indo.
Felipe entrou na sala de seu pai e pressentiu que o assunto era grave. Um arrepio correu por sua espinha quando seus olhos focaram nele.
Como se também tivesse sentido a presença de Felipe, Marcos virou a cabeça e fitou o filho com seus olhos cheios de ira.
Felipe o viu caminhar até parar alguns centímetros diante dele.
-- Seu inútil -- ele levantou a mão e deu-lhe um tapa na cara com toda a força.
Felipe levou a mão a face vermelha. Teve a sensação de ter sido jogado ao chão e pisoteado.
-- Porque isso, pai? -- sentiu as faces se incendiarem. Abaixou a cabeça tentando disfarçar seu nervosismo e vergonha.
-- Meu único filho. Você deveria estar me dando orgulho e não esse vexame -- Marcos jogou alguns papéis sobre a mesa -- Lembra do Gilberto? O jogadorzinho de vôlei que você quase matou? Pois é, ele está processando você e o Hospital -- disse, recuando um passo -- Você está cada dia pior.
-- Sou o mesmo profissional que sempre fui, pai -- disse, ainda de cabeça baixa.
-- Tenho certeza de que é, eu é que fui cego demais para enxergar isso. Você será afastado de suas funções até esse processo terminar -- Marcos pegou algumas pastas de cima da mesa e guardou dentro de uma valise de couro -- Já terminamos de conversar -- com isso, ele virou-se e saiu caminhando furiosamente até a porta que dava para o corredor.
Com o rosto ainda ardendo devido ao tapa, chorando muito e sentindo-se sem chão, Felipe observou Marcos se afastar.
-- Eu odeio você, pai!
Fim do capítulo
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patty-321
Em: 28/07/2017
Ally tá centrada em descobrir a verdade sobre Priscila e a lo.agora tá com forças para lutar contra Andras. O.pai do Felipe e um ogro e as maldades da Andras estão dando frutos, o hospital desanda. A Nádia é maravilhosa, merece realmente ser muito feliz. Bom fds. Bjs
Resposta do autor:
Olá Patty!
Um domingão lindão para vocês.
Beijos e até.

Mille
Em: 28/07/2017
Oi Vandinha
Estou achando que a chegada no orfanato tem haver como a necessidade ou missão que Deus deu a cada um deles. Fael, Alison e Andras tem ligações só que com caminhos diferentes.
Será que vou matar a minha pulga atrás da orelha que citei nos primeiros capítulos sobre a verdadeira família da Priscila, e a Nádia indo deve ajudar bastante.
Força Ló você consegue enfrentar a megera.
Bjus e até o próximo, um ótimo final de semana.
Resposta do autor:
Oi Mille!
Você é a Sherlock Holmes do Lettera. Geralmente acerta na mosca!
Beijão e um domingo nota dez.
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NovaAqui
Em: 28/07/2017
As coisas começando a clarear
Não é só Allison que não lembra de sua infância, Fael também não lembra. Devem ter descido do Jardim dos Anjos depois dos 15 anos kkkkk só besteira kkkkk
A vó de Alisson é bem levada kkkk rindo muito
Nádia é um ser muito especial. Merece um amor de verdade. Patrícia quem sabe rsrs
Lonzinha precisa ter coragem, pois para derrotar Andras só assim mesmo. Não podemos esquecer da capacho Beleth.
Será que Nádia é Ali vão descobrir alguma coisa nessa viagem? Oremos
Abraços fraternos procê!
Resposta do autor:
Olá NovaAqui!
Vamos ficar na torcida!
Beijos e um domingo lindo de viver pra vocês.
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