• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • A pergunta
  • A pergunta

Info

Membros ativos: 9524
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,491
Palavras: 51,957,181
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Thalita31

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell
  • 34
    34
    Por Luciane Ribeiro

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • Além
    Além do que o preconceito ver
    Por Fanatica
  • Linha Dubia
    Linha Dubia
    Por Nathy_milk

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

A pergunta por dianamarques

Ver comentários: 3

Ver lista de capítulos

Palavras: 3623
Acessos: 1970   |  Postado em: 23/07/2017

A pergunta

Laila não me dava sinais claros. Ora me olhava com olhos de desejo e fogo, ora me tratava como a amiga querida. Naquela noite eu ia descobrir o que ela queria. De verdade.

 

Sua discrição já não estava mais tão presente após uns drinks. Enquanto esperávamos para entrar no outro restaurante, eu, ela e mais duas amigas fomos para o bar e, enquanto conversávamos e tomávamos a “coragem líquida”, esperávamos nossa vez. Para mim, pelo menos, era assim que eu sempre vi o álcool. Laila também parecia pensar assim. Mas aquela mania de controle não permitia que ela, de fato, se entregasse.

“Não gosto de ficar fora de mim”, dizia. “Vamos ver”, eu pensava.

Conforme o tempo foi passando e mais drinks foram chegando, mal a noite começou e decidimos brincar de jogo da verdade.

Laila já ficou desconfortável. Ela nunca falava de si. Sempre nos ouvia falando de homens e mulheres (no meu caso) e só sorria, não contava nada. No momento em que falamos em jogar o jogo, vi em seus olhos a curiosidade e a vontade de se abrir, mas o controle estava lá novamente.

Começamos a jogar.  A primeira pergunta foi minha para ela. Ela me olhou fundo nos olhos, daquele jeito profundo de quem despe sua alma, ao mesmo tempo com medo. Ela temeu pelo o que eu poderia perguntar. Temeu que as amigas e eu pudéssemos saber mais sobre ela, sobre o que ela pensa e sente, de verdade.

Perguntei a ela se já havia pensado em ficar com mulheres. Ela corou, sorriu e disse apenas: “sim”. Sem mais detalhes. Passamos para a próxima pergunta.

Perguntas de lá e de cá, ela aproveitava e às vezes tocava no meu braço, no meu rosto. Me abraçava. “Coisas de amiga”, eu pensava. E me olhava quando mais ninguém estava olhando. “Isso não é coisa de amiga”, também pensei.

“Nossa mesa tá pronta!”, interrompeu nossa amiga. “Droga, na melhor hora”, eu pensei comigo mesma.

Fomos para o outro restaurante, já um pouco altas por causa dos drinks. O ambiente já era mais hot, com música mais alta, mais calor humano. O calor de pessoas que estão buscando por outras pessoas.

Escolhemos nossos drinks e o que iriamos comer. Laila se sentou à minha frente. Pude observá-la mais. “O que se passa por traz destes óculos?”, pensei... Seus cabelos pretos emoldurava seu rosto delicado, de nariz e lábios finos. Aquele rosto que eu nunca tinha coragem de olhar demais, com medo. Medo de assumir pra mim mesma meus sentimentos. Mas em seus olhos, eu via uma fúria. Pronta para vir à tona. A qualquer momento.

Em meus pensamentos, imaginei Laila com um vestido preto, com um decote valorizando seus seios. E sem os óculos, maquiada com cores noturnas. Batom vermelho e salto. Ela se aproximava de mim, pegava a minha mão e dançávamos sensualmente.

“Terra chamando Diana, terra chamando”..... eu acordei do sonho. “O quê? Hãnnn, desculpa gente. Tava viajando aqui!”. Sorri. “O que eu perdi?”. “É a vez da Laila perguntar pra você, Diana”, avisou a outra amiga.

“Putz, e agora?”, pensei. Ela riu e ficou dizendo que não sabia o que ia perguntar. Mas me olhava com aqueles olhos. “Eles estão me devorando ou é impressão minha?”. Laila já estava mais sorridente e mais solta. Finalmente os mojitos estão fazendo efeito.

“Você se masturba?”, ela me perguntou. Eu fiquei imóvel e as amigas começaram a rir. “Ainda bem que está escuro, senão vocês iam ver que fiquei vermelha”, falei. E agora, o que ia dizer? Queria dizer que várias vezes me masturbei pensando nela vestida com o vestido preto e sem calcinha por baixo. Ela pegava minha mão e colocava dentro dela. E ela explodia comigo dentro dela.

“Ah, gente, sim ué. Quem não faz isso? Bem, toda mulher devia se conhecer, saber como gosta de ser tocada. A masturbação ajuda nisso e é saudável. Mas demorei a entender isso, na época da igreja sofria muito porque achava que era pecado”.

Todo mundo riu e concordou. Laila sorriu envergonhada. Não sei se para ela era tão “normal” e saudável. “Será que ela já teve um orgasmo?”, eu me perguntava.

Durante as perguntas, alguém falou em massagem tântrica. “Gente, isso é nome diferente pra prostituição!”, falou uma das meninas.

“Não é nada! A pessoa tem que fazer um curso, ser certificada. Não tem nada a ver com sex*! Não confunda a massagem tântrica com o sexto tântrico”, eu falei. Eu decidi contar a minha experiência, de uns dois anos atrás, quando fiz uma sessão.

Disse a elas que não houve manipulação genital por parte da terapeuta, mas fiquei nua e ela fez um toque intermitente por todo o meu corpo. Expliquei o quanto foi prazeroso e como me senti acolhida, como se estivesse no útero da minha mãe.

“Você pensou no útero da sua mãe? Duvido! Deve ter pensado no útero da terapeuta, isso sim!”, falou Márcia, a mais despachada de todas nós.

“Márcia, você confunde as coisas. Não tem nada sexual, mesmo quando o terapeuta manipula seus órgãos sexuais para que você tenha vários orgasmos e tenha um resultado terapêutico no corpo. O problema é que as pessoas têm preconceito e as sessões são caras”.

“Me paga a metade do preço que eu faço pra você graça”, falou Márcia, rindo.

Ri da brincadeira e peguei Laila me olhando. Ela baixou os olhos e se mexeu desconfortavelmente na cadeira.

Nossos pratos chegaram. Jantamos e começamos a conversar sobre para onde íamos. Resolvemos passar em um bar de karaokê ali perto.

Chegamos lá e já estava bem cheio. Muita gente desafinada cantando música chata. “Que bom”, pensei.

Laila sentou-se perto de mim. Pedimos mais bebidas e eu, já bem alta, insisti que devíamos continuar o jogo da verdade, dando a desculpa de que aquele bando de música ruim estava me dando sono.

Depois que escolhemos algumas músicas para cantar, recomeçamos o jogo. Desta vez, Talita devia perguntar para Laila. “Qual foi o local mais inusitado que você fez sex*?”. Laila deve ter corado, se não estivesse tão escuro eu poderia ver.

“Ai, gente, não vale, eu nem escolhi verdade ou consequência! Eu quero consequência!”. Eu disse que ela teria que responder, pois não escolheu consequência antes da pergunta.

Nessa hora, nossa mesa foi chamada para cantar. Talita e Márcia foram, enquanto eu e Laila ficamos na mesa.

“Conta pra mim, eu não falo pra ninguém”. “Não, Diana! Eu não vou falar. Essas coisas se espalham. Eu não gosto de contar detalhes da minha vida, você sabe”.

Me virei e fiquei bem de frente a ela. “Em mim você pode confiar. Olha como sou cabeça aberta? Até parece que não me conhece. Onde foi? Na rua? No bar?”

“Se a pergunta fosse qual é a minha fantasia sexual, eu responderia”.

“Qual é?”

“Transar na bancada de um bar”. Ela foi curta e grossa. Não pude deixar de, por um milésimo de segundo, me imaginar bebendo tequila no meio dos seis dela ali, no balcão, com o bar só para nós duas. Sua pele branca reluzindo o azul dos efeitos luminosos, seus mamilos rosados, duros, na minha boca... seus gemidos misturados com a música...

Voltei para a realidade. Ela estava rindo. “Você estava com uma cara engraçada. Aquela que você faz quando vira uma gata endiabrada”.

“Nem te conto o que eu tava pensando. Mas agora me fala: onde foi? Responde a pergunta da Talita!”.

Como se isso doesse muito, ela me disse que havia trans*do com um cara na escada de incêndio do prédio dela. “Pronto, satisfeita?”

“Eu não vou contar pra ninguém, prometo”. Não perguntei nada mais. Depois de quase dois anos que nos conhecíamos, finalmente soube alguma coisa dela. E eu ia guardar pra mim, para que ela soubesse que podia confiar.

“E aí, arrasamos?”, perguntaram as meninas, interrompendo. “Nossa, foi demais!”, eu falei. Como se eu tivesse visto...

Talita e Márcia também eram mulheres lindas. Bem resolvidas, adoravam falar de homens e de como gostavam de um pinto. Eu escutava, afinal amigas são pra isso também. Mas eu deixava bem claro: “ai, que nojo!”, sempre dizia.

Um dia deixei escapar: “ai, gente, eu amo uma bocet*”. Elas riram tanto, e eu nem estava bêbada. Laila, nesse dia, não riu. Apenas me olhou séria e voltou ao que estava fazendo.

Mas, por mais que Talita e Márcia foram lindas, não tinham a magia misteriosa de Laila. Elas eram como eu, um livro aberto, falávamos de tudo e sabíamos tudo umas das outras. Menos de Laila, que nunca falava nada.

O lugar também ficou chato. Depois de um tempo, fomos para outro bar mais dançante.

Dentro do carro do Uber, eu e Laila fomos lado a lado. Nossas pernas e braços se tocavam. “Claro, o carro está cheio, somos três pessoas no banco de trás”. Mas tinha a impressão que se tocavam mais do que devida. Eu e Talita estávamos perto, mas nem tanto assim. Talita e Márcia conversavam animadamente e nem prestavam a atenção em nós duas.

Laila cruzou os braços. Sua mão, escondida por seus braços, começou a tocar o meu braço. “O que é isso gente?”. Eu olhei pra ela e ela olhava para fora. Seus dedos faziam um círculo no meu braço, de modo suave e depois com mais pressão. Eu estava começando a ficar ofegante. “Elas vão perceber”, eu pensei. Meu rosto suava. E Laila mantinha os olhos na janela, mas eu vi o vidro ficando embaçado com sua respiração. “Não, eu não estou louca”.

“Chegamos!”, falou Márcia. Descemos e Laila agiu como se nada tivesse acontecido. “Ok, devo estar muito bêbada e imaginando coisas”, pensei.

Entramos no bar e fomos pedir bebidas. Laila, como sempre, ia devagar. Pediu água. Disse que ia dar um tempo. As meninas já correram pra pista. “Quer dançar ou jogar sinuca?”, ela me perguntou.

“Nossa, tem anos que eu não jogo!”. Fiquei animada e fomos jogar.

Ficamos as duas jogando em uma mesa mais no canto. Estava com uma meia luz e tinha apenas aquela lâmpada grande no centro da mesa iluminando. Arrumamos as bolas e fomos jogar.

Eu mais errava do que qualquer outra coisa. Ríamos demais. Laila estava me dando um banho, ganhando de lavada. Perdi uma, duas rodadas. Mas até que consegui encaçapar algumas bolas.

“Menina, como assim você joga desse jeito?”. “Deve ter uns dois anos que não jogo, mas pelo visto, não perdi o jeito”, ela falou, sem dar mais detalhes.

Se você visse Laila na rua nunca diria que ela era tão boa na sinuca. Uma moça pequena, magrinha, baixa e aparentemente frágil. Ela se escondia atrás dos óculos. Mas sempre estava com aqueles fartos cabelos pretos soltos. Quando ela os jogava de lado, deixava escapar, por um breve instante, como era selvagem por dentro.

E, quando se via essa força animal dentro dela, é que se podia reparar o quanto ela tinha um corpo lindo. Peitos, bunda, pernas... uma verdadeira obra de arte. Laila era linda, mas fazia questão de esconder isso. “Por quê?”, eu me perguntava.

A geek continuava ganhando de mim. “Meus deus, se minhas outras amigas souberem que estou perdendo para uma hétero, vou perder minha carteirinha”, falei pra ela. Ela ria e continuava a jogar.

Em um certo momento, após mais algumas cervejas e drinks, eu deixei uma bola em um local que, segundo ela, eu não podia deixar de encaçapar.

“Mas a bola branca nem tá perto!”, eu falei. “Boba, olha aqui. Se você jogar a bola nesse ponto, ela baterá nesse e nesse e vai mandar a bola rosa pra dentro”.

“Como vou fazer isso, criatura?”, perguntei. “Vem cá, vou te ensinar”.

Ela veio, se debruçou sobre mim e segurou o taco que eu segurava, por cima da minha mão. Encaixou sua cabeça ao lado da minha e começou a me ensinar como eu faria.

O mundo parou por um instante. Eu senti seu perfume perto de mim. Seu hálito perto do meu nariz. O calor da sua boca na minha orelha. E ela grudou o corpo dela no meu. Pude sentir seus seios tocando minhas costas. Ela parecia fazer questão de se movimentar como uma onça, rondando sua presa.

“Segura assim, olha. Agora bate na bola branca aqui.... ela vai naquele ponto lá... vai, bate...”. Bati. A bola fez exatamente o que ela tinha dito e encaçapei a bola rosa. “Viu, eu não disse? Você leva jeito!”. Ela me abraçou. Ficamos abraçadas por um tempo maior do que devia, e quando nos separamos nossos rostos estavam próximos. Ela me olhou no fundo dos meus olhos e eu vi. Vi por trás dos seus olhos a mulher dos meus sonhos. A do vestido preto e maquiagem pesada. Uma mulher dominadora, que te joga no chão, que te pisa com os pés pintados de vermelho e te faz implorar pra ser comida. Ela estava la dentro. E queria me devorar, eu sabia. Seus lábios entre abertos me chamavam. Eu ia beijá-la. Ali, agora.

“Gente, que música é essa, eu adoro funk!”, era Talita e Márcia chegando. Pareciam que estava loucas de tanto dançar. Interromperam nosso momento. Laila se afastou de mim e pegou o taco, fingindo que passava giz na ponta dele.

“Vem cá, Diana, deixa eu ver uma coisa”. Márcia me puxou e começou a dançar a música perto de mim. “Você tem a pele tão macia, você usa Monange igual e Xuxa?”, perguntou Márcia, enquanto passava suas unhas de acrigel no meu colo. “Nossa, que peitões!”, ela disse.

“Márcia, você não tem jeito, né? Outro dia foi a vez da Helô, hoje é comigo?”. “Ah, miga, você sabe que eu não sou gente quando bebo”, e continuou a alisar meu pescoço e meu colo.

Laila continuou jogando, enquanto que Talita estava dançando uma música que era sua preferida. Percebi que Laila nos olhava de canto de olho. “Quer saber? Sou solteira, não tenho nada com a Laila e nem ela tem comigo. Não sei nem se ela namora ou não, com quem foi seu primeiro beijo, a primeira vez que transou. Eu não sei nada dela. Foda-se”, foi o que pensei.

Peguei a Márcia, abracei ela pela cintura e enquadrei ela numa mesa de sinuca. “Miga, to achando que você quer descobrir como é beijar uma mulher”, falei pra ela, enquanto apertava o meu corpo no dela. Ela tentou se afastar, mas eu estava abraçada com ela.

“Miga, que isso, você está me desejando???”, ela falou e riu. “Miga, eu não sou morta. Você é linda e fica passando a mão nos meus peitos... não sou de ferro. Quer experimentar? Posso te dar um beijo. Quer com língua, sem língua? Mas daí você tem que se lembrar que segunda teremos que nos ver na empresa”, eu disse. Ela riu.

“Miga, sua louca! O que você tá dizendo!”, e se aproveitava do meu abraço, chegando seu corpo perto do meu. Quase disse a ela: “você é linda, uma gata mesmo, mas eu queria mesmo era a Laila”. Ao invés disso, botei a mão na boca dela e fingi que a estava beijando. Ela riu e se soltou de mim.

“Não miga, vem cá, me dá um selinho de verdade”. Se aproximou e então eu a beijei. Não com um selinho, mas com um beijo um pouco mais demorado. Ela começou a rir e foi pra pista dançar com Talita.

Nesse hora, procurei Laila e ela não estava mais na mesa de sinuca.

Fui para os outros ambientes do bar e ela estava no lounge. Ela estava em um sofá, em um canto mais escuro e afastado. Me aproximei.

“Laila, você saiu sem dizer nada, tá tudo bem?”, perguntei.

“Estou só com um pouco de dor de cabeça”. Disse, sem olhar pra mim. Me sentei ao lado dela.

“Miga, tá tudo bem mesmo? Olha pra mim.” Os olhos estavam vermelhos.

“Você tá chorando?”

“O que você acha, Diana?”

“Sim, você estava chorando. Mas por que, o que houve?”

“Por que você não volta para agarrar a Márcia mais um pouco?”, ela disse, olhando pra mim com fúria nos olhos.

“O que? Você está brava porque eu estava brincando com a Márcia? A Márcia é a pessoa que mais gosta de um homem nesse mundo, porque acha que eu ia querer algo com ela?”

“Eu vi vocês se agarrando. Naquele momento, parecia que ela não gostava de homem nenhum um pouco”.

“Peraí, um instante: por que eu estou te dando satisfação? A gente é só amiga! Posso fazer o que eu quiser, sou solteira”

“É, se você quer assim, que seja”.

“Espera, Laila. Do que você tá falando?”

“Nada, Diana. Tchau, pode ficar se divertindo com a Márcia, pra mim já deu. Não quero falar sobre isso”.

Ela se levantou, mas eu segurei seu ombro e virei ela de volta pra mim.

“Não, Laila. Você não vai fugir como sempre faz. Fala comigo. Você estava me tocando no carro? Se esfregou em mim na mesa de sinuca?”. Ela desviou o olhar.

“Fala a verdade, Laila. Pelo menos um vez. Diz pra mim o que você está sentindo”, eu perguntei.

 

Ela não disse. Só me beijou. Longa e profundamente. Com urgência, como se daquilo dependesse sua respiração. Me jogou em um sofá no canto da sala e se sentou em cima de mim. Nos beijamos muito, com uma fúria quase animal.

Depois de um longo tempo assim, ela segurou meu rosto e me beijou lentamente. Retirou seus óculos e olhou fundo nos meus olhos. Eu a vi ali, inteira, para mim. A mulher com quem eu sonhei tantas vezes e acordava molhada. Laila, com seus olhos selvagens, descobertos, finalmente.

Ela me beijou suavemente. Colocou sua língua dentro da minha boca, explorando cada lugar. Seus lábios eram incrivelmente macios e nossas bocas se encaixavam como se tivessem sido feitas uma para a outra.

Eu não me importava se tinha alguém olhando. Ela também parecia não ligar. Eu esperei demais por isso, sonhei demais com isso, não ia deixar nada nos atrapalhar.

Ela deslizou a boca pelo meu pescoço, me dando beijos molhados em todo o pescoço e orelhas. Eu já estava tremendo. Ouvia sua respiração ofegante, com gemidos quase sofridos. Ela me beijou de novo, um beijo molhado, com as nossas línguas se encaixando perfeitamente.

Ela continuava sentada no meu colo. Pegou a minha mão e me puxou para uma sala ao lado. Me encostou na parede e começou a levantar a minha blusa. Eu a puxei e inverti a posição, colocando ela na parede.

Tirei a blusa dela devagar, beijando sua barriga, braços e colo conforme iam sendo expostos. Ela era alva, o que contrastava com o sutiã preto que usava. Eu desabotoei seu sutiã e deixei que ele caísse lentamente. Ela gemia ainda mais. Vi seus seios. Eles maiores e mais lindos do que eu imaginava. Quando minha boca começou a explorar um deles, minha mão explorava o outro. Ela gemia. Me deixou beijar seus seios e depois me puxou para sua boca, me dando outro beijo molhado e provocante. Meu deus, eu precisava daquela mulher. Eu queria senti-la, eu queria ela dentro de mim.

Eu me abaixei e levantei sua saia. Abaixei sua calcinha. Vi sua vulva de pelos pretos, sedosos. Eu os cherei. Deus, como era bom aquele cheiro. Feromônios, hormônios, suor, desejo. Ela colocou uma das pernas na cadeira ao lado e eu me abaixei. Tomei sua bocet* pra mim, beijando-a como se beija a boca. Senti seu gosto, doce e limpo. Sorvi cada parte dele, lambendo, mordiscando e fazendo movimentos circulares com minha língua. Senti seu clit*ris ficando cada vez mais inchado e percebi onde ela gostava mais de ser tocada. Me concentrei na ponta de seu clit*ris e ela segurou a minha cabeça, puxando de leve meu cabelo. A música abafava seus gemidos, mas eu podia sentir a vibração deles.

Ela queria mais, se mexia com mais rapidez, eu aumentei o movimento e senti seu clit*ris pulsando na minha boca e sua vagin* se abrindo pra mim. Antes que ela goz*sse, ela me puxou pra perto dela, pra sua boca, me beijou de novo e, enquanto sentia o seu próprio gosto na minha boca, pegou a minha mão e colocou dentro dela.

Eu gemi em sua boca, sentindo ela por inteiro. Sentindo sua umidade, seu calor, seu desejo. Ela me abraçou com força e abafou seus gemidos no meu pescoço. Eu comi ela sem pudor, sem medo, dando tudo o que ela queria. Cada vez que eu sentia ela mais e mais, sua vagin* sugava os meus dedos, indicando que ela ia goz*r. Ela pulsava na minha mão, cada vez mais rápido. Eu continuei o movimento e ela explodiu, quente, junto com seu grito abafado na minha boca.

Eu a beijei com ternura e sensualidade, sentindo o gosto dela. Foi quando ela colocou seus dedos na minha boca e eu os ch*pei, como movimentos rápidos, o que me deu ainda mais tesão. Sem que eu esperasse, ela enfiou a mão na minha calça e me tocou. Eu estava muito molhada. Ela esfregou meu clit*ris assim como fiz com o dela, e eu pedi que ela fizesse movimentos com força. Fui auxiliando a sua mão trêmula, e ela tomou confiança. Aumentou a velocidade e eu não demorei para goz*r, eu estava muito excitada. G*zei na mão dela, deixando escapar um grito. Um grito sofrido, de quem estava esperando algo que finalmente aconteceu. Um grito de exaustão. Um grito de satisfação. Ela se deixou cair nos meus braços e eu pensei que nunca mais queria sair dali.

 

 

Foi quando eu acordei e vi ela dizendo: “esquece, Diana, você não entenderia. Ninguém entende”. E saiu.

Ela estava respondendo a minha pergunta.

E foi embora. Para nunca mais nos vermos.

 

 

 

 

Fim do capítulo


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]

Comentários para 1 - A pergunta:
Loui138
Loui138

Em: 10/01/2018

Muito bom,  gostei muito da narrativa,  com um gosto meio amargo no final.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Michadiaz
Michadiaz

Em: 06/08/2017

Adorei, surpreendente , fiquei impressionada como me impressionou a narrativa. E extremamente frustrante...

Muito boa mesmo!!!


Resposta do autor:

Obrigada!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Deia
Deia

Em: 24/07/2017

Será que vc não poderia, por favor, transformar esse maravilhoso conto em uma maravilhosa história?

 


Resposta do autor:

Olá, Deia! Obrigada por ter lido o conto. Trabalho só com contos mesmo, acredito que o leitor tem uma maior possibilidade de imaginar o que aconteceu. Mas pode ter certeza que novas histórias virão por aí. Abraços!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web