Capítulo 2
A verdade é que mesmo você tendo muitas garotas lindas aos seus pés com uma vida sexual bastante agitada, chega determinado ponto da sua existência que a solidão é a única e fiel companheira, onde trocaria toda vida de curtições pelo amor de uma única pessoa. Era assim que eu me sentia ultimamente. O pior de tudo era que as pessoas ao redor já começavam a perceber que a pedra de rocha Bárbara Lancelotti não era tão inabalável assim e que minha vida de pegadora de meninas indefesas, quer dizer, não tão indefesas assim, estava com os dias contados.
Falando assim vocês devem achar que devo ser uma idosa da terceira idade que passou a vida toda na curtição e que ao final da vida está carente de amor e desejo, porém enganam-se, pois eu tenho somente 22 anos, mas essa vidinha medíocre que levei desde os 16 anos já estava me cansando.
As coisas deveriam está realmente feias já que até os meus pais me chamaram para uma conversa "importante", do jeito que eles eram tão dispersos e avoados e nunca se ligavam no que acontecia com a filha única deles, era de se estranhar essa suposta conversa.
--Bárbara, sua mãe e eu estamos muito preocupados com você. Não está mais querendo participar da Escola Dominical e nem do coral da Igreja, está cada vez mais magra, não tem mais vida social. Que exemplo você dará aos nossos fiéis?-meu pai demonstrava uma intensa preocupação naqueles olhos tão expressivos quanto os meus.
--Sim filha, minhas amigas do clube têm reclamado que você não participa mais das festas e nem aceita os convites para sair com as meninas da sua idade, isso precisa mudar. -minha mãe falava inconformada prendendo a vasta cabeleira em um coque mal feito.
--A Sra está mais preocupada com as suas amiguinhas fúteis e falsas do que comigo. Até hoje me questiono o motivo de colocarem uma filha no mundo se nunca tiveram tempo para mim, sempre se preocuparam apenas com a droga das aparências. -respondi friamente porém sem gritar expressando toda minha indignação e meu descontentamento com essa situação.
Mais do que depressa corri para o meu quarto e mesmo com os protestos dos meus pais, tranquei a porta, tirei meus sapatos e simplesmente deitei na minha cama pensando no que fazer com a minha vida. Apesar de ultimamente andar cada vez mais emotiva, ainda havia um lado predominantemente em mim sedento por luxúria, sex*, desejo, carne...
Enquanto estava viajando geral entre as minhas reflexões interiores, fui despertada pelo som do meu celular para o mundo real. Ao olhar o visor, percebi que se tratava de um número desconhecido, um fato até estranho porque apenas pessoas da família, alguns seres da época da escola e os atuais colegas da faculdade possuíam o meu número pessoal.
--Alô, quem está falando? -perguntei ainda curiosa para saber quem era a pessoa que me ligava.
--Glenda, é você meu amor? Até que enfim você me atendeu, amei a noite que tivemos e gostaria de repetir a dose. -esqueci de mencionar que para não descobrirem minha verdadeira identidade, usava nomes falsos. Ainda fiquei um longo tempo tentando em vão reconhecer quem era a dona daquela voz desafinada.
--Glendinha, você está na linha? O que acha de sairmos novamente hoje e nos encontrarmos naquele mesmo lugar? Sabia que meu seio esquerdo ainda está marcado com a mordida que você deu nele? -a voz da garota misteriosa insistia.
--Desculpa, mas acho que você ligou errado. -pela primeira vez estava me sentindo suja e imoral por ficar com tantas pessoas e trair o meu namorado constantemente.
--Qual é loirinha? Vai dizer que não se lembra de mim? Sou a Érica, aquela garota com quem você passou uma noite esplêndida há dois meses atrás. -se ela soubesse que eu não lembrava nem mesmo das que eu comia no dia anterior... -A japonesa que não queria te dá bola por ser uma pessoa comprometida, nos conhecemos na festa do banana do Felipe até que você me mostrou o verdadeiro lado do amor que existe apenas entre duas mulheres. Esperei sua ligação todo esse tempo, mas como você não entrou em contato precisei engolir meu orgulho e te ligar. -depois de todo o relato da garota não foi difícil lembrar de quem se tratava, as que se faziam de difíceis... Mas depois acabavam na minha cama, eram as melhores e mais deliciosas.
--Claro que lembro de você minha japa fogosa. -falei com uma falsa empolgação me odiando por ter passado meu número para a garota por causa do excesso de bebida alcóolica no sangue, bêbado só faz besteira! -Não sei se é uma boa ideia sairmos, não quero que você fique com a consciência pesada por trair o seu namorado novamente. -se fosse em outras ocasiões já teria aceitado há muito tempo o convite de Érica para sair.
--Desde que conheci o amor nos seus braços terminei com o Fábio, quero apenas você na minha cama e na minha vida. -falou toda sedutora. -Podemos nos encontrar hoje no mesmo lugar e na mesma hora da primeira vez? Espero que finalmente você deixe eu te comer. -Meu cérebro dizia para eu saciar meus instintos mais primitivos enquanto meu coração insistia para que eu parasse de agir como uma sem vergonha, porém como sei que as pessoas que agem pelo coração quebram a cara sempre, então mais do que rapidamente já tinha minha resposta para aquele convite tentador.
--Claro que sim, te encontro na frente do motel às 22:00 no apartamento da última vez, vá preparada com uma lingerie preta e sensual do jeito que eu gosto. Até mais safada!
Sem esperar a garota falar alguma coisa, desliguei o telefone ainda com a sensação de vazio dentro do meu peito e por não ter um amor de verdade. Claro que não deixaria essa garota e nem outra qualquer tocar meu corpo, apenas a Leticia teve esse poder. Não sei o motivo pelo qual nesse momento meus pensamentos voaram até o passado, mais especificamente para a primeira e única vez que a machinho me tomou e me domou com fúria em seus braços, rapidamente afastei esses pensamentos.
Era muito contraditória essa lembrança, mas a justifiquei pelo fato do quanto a vida havia sido injusta com ela, foi assassinada de maneira brutal com 16 anos somente e do nada bateu uma grande nostalgia. Algo estava errado, Bárbara Lancelotti não era acostumada a se apiedar de ninguém, esse sentimento não combinava comigo, além do mais já havia muitos anos que essa garota foi pro caixão, não havia motivos para agora está brotando um sentimento dentro de mim.
Quando estou saindo para o encontro com a japa fogosa, eis que na sala de estar recebo uma visita nada agradável.
--O que você quer aqui? Já te falei que hoje preciso ir pra casa da Carol estudar. -estava muito aborrecida com a visita inesperada do meu namorado, isso atrasaria todos os meus planos.
--Eu também estou morrendo de saudades de você, Bárbara. -respondeu irônico. - A propósito, você está maravilhosa nesse vestido. -disse beijando suavemente meus lábios me causando náuseas. -Amor, eu te amo muito, mas te sinto muito longe de mim. Gostaria de ter uma conversa séria contigo.
--Qual o assunto? Não é por nada Felipe, mas gostaria que fosse o mais breve possível. Não esquece que ainda preciso sair. -já estava difícil esconder minha impaciência.
--Esse é o problema... Você nunca tem tempo para nós. Por isso precisamos nos casar o mais rápido possível pra mudar essa situação.
--Isso só pode ser uma brincadeira de péssimo gosto. Fala de novo porque juro que não entendi. Casar? -perguntei espantada
--Não é brincadeira nenhuma. Já faz vários anos que não temos mais nem contato intimo, então o casamento seria uma forma de nos amarmos sem desrespeitar as leis do Senhor Jesus.
Desde que comecei a me envolver sexualmente com moças, cerca de uns 6 anos atrás, não havia mais vida sexual entre meu namorado e eu. Sempre alegava que deveríamos trans*r depois do casamento e que me sentia como pecadora por infligir as leis de Jesus Cristo fazendo sex*. Claro que o burro aceitou, pois ele era como marionete em minhas mãos, mas a verdade é que depois de ter inúmeros orgasmos com a Leticia não tinha mais paciência e vontade de me relacionar com homem.
--Agora que eu entendi bem... Você quer casar não porque me ama, mas apenas para trans*rmos sem ficar com a consciência pesada. -falei gargalhando.
--Claro que não é somente isso. Nós nos amamos, já estamos juntos há muito tempo, nada melhor do que nos casarmos e termos uma vida juntos. Seria meu sonho virando realidade. -Para mim seria um PESADELO, pensei colocando ênfase na última palavra.
--Não adianta Felipe. Anota bem na sua cabecinha: Não insista no assunto porque não me casarei com você -falei tranquilamente.
--Sempre fiz todas suas vontades, mas dessa vez será diferente. -disse firmemente se aproximando de mim. -Ou você se casa comigo, ou nosso namoro termina agora mesmo.
--Sério que você está terminando comigo? Muito obrigada mesmo, de coração. -falei sinceramente aliviada e feliz. -Que noticia maravilhosa. Como te disse: Agora preciso sair, já estou bem atrasada. Tchau!
Meu ex namorado ficou surpreso, pasmo, bestificado, não sei ao certo o termo correto para designar a reação dele, mas tenho certeza que ele NUNCA esperava por uma reação dessas, nem em sonho.
--Bárbara, volta aqui AGORA! -tarde demais. Quando ele tentou me alcançar já havia praticamente corrido e já havia saído cantando pneu no meu Honda City.
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Por causa do imprevisto anterior cheguei um pouquinho atrasada no encontro com a Érica que logo surtou assim que entrei no quarto que havíamos combinado.
--Glenda, isso são horas? Você me fez esperar muito tempo, está 14 minutos atrasada. Pensei que nem viria mais... -a japonesa só tinha a boca pequena, mas parecia que havia engolido uma vitrola.
--CALA BOCA, PORRA! Essa sua voz já está me dando dor de cabeça -respondi muito puta da vida.
--Isso são modos de falar? Sabia que sou filha do Dr. Pedro Medeiros? Não sou qualquer uma, sou uma mulher integra e de valores. -se ela soubesse que meu avô materno é o chefe do pai dela...
--Engraçado... Não sabia que uma mulher supostamente integra e de valores saía por ai abrindo a perna pra uma pessoa que nunca viu na vida, ainda por cima namorando. -falei com minha risada irônica costumeira.
--A culpa foi toda sua que veio me comendo com os olhos, eu não sou de ferro. Por sua culpa também terminei com meu namorado.
--Não venha colocando a culpa em mim, queridinha. Não coloquei um revólver na sua cabeça ou uma faca no seu pescoço te obrigando a trans*r comigo. Você transou, gem*u e gozou por livre e espontânea vontade.
--Não sei porque você me trata dessa maneira, Glenda. Espero sinceramente que um dia alguém te faça sofrer tudo o que estou sentindo agora. Eu te amo e você não retribui. -qual não foi minha surpresa quando percebi que a japonesa estava chorando.
--Sejamos realistas, Érica. Você não me ama, apenas ficou deslumbrada e em êxtase pelo tanto que eu te fiz goz*r. Agora chega de conversa... Vamos trans*r ou não? -fui direto ao ponto já acariciando suas coxas por debaixo da saia.
--Eu não deveria, mas vou ceder porque sei que é a única forma de te ter...
Em determinado momento, a japa fez algo que com certeza se arrependeu posteriormente... Depois da nossa trans* de mais de cinco horas de duração estava exausta e acabei cochilando, acordei com uma mão acariciando meu seio.
--O que você pensa que está fazendo? -perguntei de repente impedindo que a mão daquela garota fosse adiante.
--Não é nada, Glendinha! Você me proporcionou tantos orgamos delirantes, não será nenhum esforço dá prazer pra uma loira gostosa como você...
--PLAC! -foi o som ouvido a seguir, som de um tapa bem forte. -Realmente não queria chegar a esse ponto, mas você foi muito desobediente querendo me tocar quando já havia te advertido para não me comer, sabendo muito bem que quem manda aqui sou EU. -falei muito aborrecida já me levantando da cama e vestindo minhas roupas.
--Pelo amor de DEUS, me perdoa! Juro que não vou tentar nada novamente -chorou implorando em vão para que eu ficasse.
--Você nunca mais me verá novamente. Isso é pra pagar as cinco horas que passamos nesse motel, o troco fica pra você por ter sido uma puta deliciosa. -falei jogando várias notas de cem reais na cama enquanto a japonesa safada não parava de chorar.
Terminei de colocar meu vestido e saí daquele lugar que idolatrava os prazeres carnais, onde nossos instintos mais primitivos eram expostos na sua intensidade máxima.
Diferente das outras vezes, dessa vez não senti nenhum prazer nessa minha última trans*, pelo contrário só foi reforçador de peso na consciência e uma vontade cada vez mais incontrolável de encontrar um amor, ter uma relação sólida com uma mulher visto que não me enxergava mais namorando com homens.
Queria ficar sozinha, por isso não fui para casa ter que aguentar as reclamações dos meus pais sobre o motivo para eu estar chegando tão tarde. Com isso estacionei meu carro em uma rua deserta quase 04h00min da madrugada e simplesmente adormeci.
Lembro muito bem que o meu último pensamento retornou para seis anos atrás para quando Leticia tomava meu corpo com ânsia e desejo. Por que deixei justamente a machinho da escola me tocar de maneira tão possessiva?
Fim do capítulo
Oi meninas, inicialmente fiz essa história de capitulo único, mas algumas leitoras pediram para que ela tivesse uma continuação, então voltei a colocar as mãos na massa kkkk e ela será maior do que eu imaginava.
Postaria só amanhã, mas resolvi postar antes já que o capitulo estava pronto.
Espero que gostem. Acham que a Bárbara continuará nessa vida de amores de verão ou encontrará um grande amor?
Comentem.
Bjs :)
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