Capítulo 1
--Se eu fosse você experimentaria, não é a toa que dizem que existe primeira vez pra tudo... O máximo que pode acontecer é você não gostar. -minha colega de classe me persuadia para cometer aquela insanidade.
--Você só pode mesmo estar ficando louca! Onde já se viu? Jamais cometeria um absurdo desses, e essa conversa acaba aqui. -falei decidida, colocando um ponto final naquela ideia.
Tudo começou por causa dela. MALDITA, MIL VEZES MALDITA! Era uma pessoa extremamente normal até o inicio do ano quando aquela garota, ou seria garoto já que ela só vestia-se com roupas masculinas, resolveu cair de paraquedas em um colégio particular caríssimo do Rio de Janeiro na turma do Segundo Ano do Ensino Médio. Desde então nunca mais tive paz novamente em minha vida.
Desde que a conheci não havia um minuto sequer em que não questionava-me sobre as estranhas sensações que Leticia causava no meu corpo, levando-me a experimentar sentimentos jamais vivenciados anteriormente em toda minha curta existência de 16 anos.
Leticia Ramos é a dona dos meus piores pesadelos, ou seria dos meus sonhos, fetiches, desejos mais obscuros do meu subconsciente? Apesar de ser uma morta de fome, filha de pai desconhecido e mãe alcoólatra, estudar em uma escola cara por ser uma ótima aluna e não possuir nenhuma vaidade feminina; era inegável reconhecer o quanto aquela garota masculina com uma leve feminilidade assumidamente sapatão com seus 1:68 de altura, branquinha de cabelos lisos e pretos, e olhos da mesma cor era terrivelmente linda, gostosa, sedutora, e, principalmente, perigosa. Devido ao modo de vestir-se meus amigos sempre a apelidavam de Maria Machadão, Aberração, Maria João, Kid Bengala de Vagina, Falso Homem, Maguila, dentre outros nomes que tem tudo haver com ela.
Sou totalmente o oposto dessa aberração. Nunca descuidei da minha aparência e nem poderia. Sou Bárbara Raissa Freitas Lancelotti, aposto que antes mesmo de falar o meu nome completo vocês já devem saber quem sou, afinal, todos conhecem a única herdeira do pastor e desembargador André Lancelotti e da grande neurologista e também pastora Gisele Lancelotti, ambos donos da maior igreja evangélica desse país, a igreja "Viver com Cristo". Tenho muito orgulho do patrimônio milionário que meus pais angariaram, claro que com a ajuda dos dízimos dos fieis do meu papi que acreditam que Sr. André é a personificação de Jesus Cristo na Terra. Com ele posso muito bem cuidar do meu 1:75 de pura beleza e gostosura onde meus cabelos loiros e olhos azuis naturais são meus maiores orgulhos. Não posso reclamar da vida que tenho, com todo dinheiro que recebo na minha mesada frequento lugares badaladíssimos junto com vários hipócritas e interesseiros intitulados de "amigos", pelo menos tenho o Felipe, meu namorado, não tenho do que me queixar do sex* com ele.
Agora vou me deter na razão da minha insônia e preocupação. Não era segredo para ninguém que a Maria Macho ficava com várias garotas da sala, a fama dela não parava por ai, estendia-se às professoras e outras funcionárias da escola correndo boatos de que a professora de química largou o ex marido para ficar com a Leticia, sustentando-a em troca de sex* bom.
Mesmo não gostando de ficar perto desses doentes mentais chamados homossexuais, não era boba e sabia muito bem que a Leticia me comia com os olhos e frequentemente olhava para meus seios fartos e minha bunda com um olhar guloso. Apesar de sentir muito nojo desse tipo de gente e querendo enganar a mim própria, reconheço que esses olhares mexiam com minha libido, e nem as intensas noites e madrugadas de sex* com o meu namorado eram capazes de me saciar, como todo bom moço, ele fazia sex* com carinho e era apenas mamãe - papai, mas sentia a necessidade crescente de um sex* mais agressivo e guloso. Foi nesse momento que reprimi todos os meus medos e passei a bolar um plano para me aproximar ainda mais da gostosinha da turma.
No final das contas o destino arrumou tudo e quando menos esperei estive frente a frente com a dona dos meus desejos. Final do ano letivo e apenas alunos em recuperação estavam indo para o colégio realizar as provas, eu estava inclusa nesse grupo. Na terça-feira, assim que sair da prova estava de minissaia branca e uma blusa frente única da mesma cor, coincidência ou não, na saída do colégio dou de cara com a pobretona vestida com sua calça jeans surrada, blusa dos Menudos, all star gastos pelo tempo e o inseparável fone de ouvido e boné de aba reta.
--Já era hora de aparecer né novinha, tava cansada de esperar! -disse sem eu esperar, pois durante as aulas nunca trocávamos ideias.
--Quem pensa que é para falar assim comigo sua doente? -rebati com medo de alguém nos vê conversando, não ia querer ficar mal vista.
--A doente dona das suas fantasias né vadia! Confessa logo que não para de pensar em mim. -ela disse apertando fortemente meu braço ao ponto de machuca-lo.
--Não preciso confessar nada, você está louca! -tratei de responder rapidamente.
--Esquece o medo loirinha. Nenhum dos seus amigos burros vão saber de nada se você colaborar comigo. Sei que quando te olho com desejo você retribui com essa sua cara de safada. -dizia apertando ainda mais meu braço que já estava roxo. -Vamos para casa. Antes de terminar o ano quero matar minha fome desse seu corpinho.
--Nem morta sua ASQUEROSA! Não vou para lugar nenhum contigo. Você me dá nojo, Maria João! -cuspi essas palavras com certa raiva e em troca recebi uma sonora e violenta bofetada deixando minha bochecha vermelha e inchada no lugar do tapa.
--Não queria ter feito isso! -ela disse e notei um certo arrependimento em seu olhar! A Leticia tinha mesmo esse sentimento dentro dela? -Vamos logo comigo e não piora mais as coisas.
A rua estava vazia. Muitas pessoas nessa época do ano já haviam viajado para o litoral, porém nesse momento passava uma viatura da policia militar e se quisesse poderia gritar e a Sapatão seria presa em flagrante por lesão corporal danosa, mas seguindo meus instintos mais primitivos apenas coloquei a mão na face e a segui para a estação de trem rumo à sua casa na favela.
Cerca de duas horas depois chegamos em um barraco de apenas um cômodo onde a morta de fome morava com a mãe alcoólatra.
Leticia apenas trancou a porta e já me senti sendo imprensada na porta atrás de mim por um corpo forte e que me dava uma sensação de prazer. Apesar dela ser mais baixa, tinha muito mais força. Sem esperar, a garota de olhos negros como a noite começou a beijar e morder meu pescoço demoradamente tentando levantar minha blusa me causando uma sensação de êxtase puro.
Com muito custo tentando dominar o desejo que me desequilibrava livrei-me de seus braços apenas para encarar aqueles olhos repletos de luxúria.
-- E agora? O que foi? Não vai dizer que não está gostando porque sei que é mentira. -disse voltando a me encurralar contra a porta sentindo sua respiração ofegante.
--Apenas quero saber se você vai logo assim direto ao ponto? Não vai me dá antes nenhum beijo, Leticia?
Notei apenas um sorriso tímido em seu rosto, eu que antes era uma pessoa tão preconceituosa e hipócrita, acho que era a primeira vez que lhe chamava pelo nome de batismo e não por um apelido de mal gosto.
Sem raciocinar direito, a morena me suspendeu do chão, fiquei em seu colo por tempo indeterminado com as pernas abertas em volta de sua cintura, começando assim uma sessão de beijos de tirar o fôlego. Já havia beijado muitas bocas, mas ao sentir o roscar de nossas línguas e a maneira como ela sugava minha língua e mordia os meus lábios, encharquei completamente a calcinha na hora, nunca havia pensado que um beijo me excitaria tanto. Ao mesmo tempo, roçava descontroladamente meu sex* em seu abdômen ainda coberto pela blusa dos Menudos.
Estava tão perdida nos braços de Leticia que nem sei precisar o tempo em que ela conseguiu retirar toda minha roupa e as dela. Aos poucos senti o corpo do seu peso sobre o meu.
Aos poucos Lê retirou sua boca preguiçosamente da minha para morder e ch*par o lóbulo da minha orelha e me deixar ainda mais excitada se é que isso era possível.
--Aaahhh! Leticia! -apenas conseguia sussurrar tamanho prazer que sentia enquanto a garota descia mordendo e ch*pando o meu pescoço. Era mistura de dor com prazer. Com certeza aquilo deixaria marcas, mas nem ligava.
--Finalmente vou conseguir te comer minha putinha! -a morena disse antes de começar a ch*par meus seios com sofreguidão, mordendo fortemente meus mamilos.
Nesse momento g*zei duas vezes seguidas, o prazer de sentir aqueles dentes brancos e perfeitos morderem e puxarem os bicos do meu seio era indescritível.
--Que teta boa de mamar! Seria ainda melhor se saísse leite!
Apenas ignorei seu comentário, apenas queria que ela me comesse para valer, assim ia empurrando sua cabeça mais para baixo.
Mesmo sabendo da minha real vontade, a Leticia não sedia aos meus caprichos e continuava somente mordendo minha barriga e apertando meus seios rosados que agora estavam roxos já.
--O que você quer que eu faça, Barbie? -dizia com um olhar cínico parece que querendo me testar.
--Você sabe o que quero. -disse com raiva. Queria goz*r mais e ela não deixava.
--Não tenho certeza se sei, pede e depois penso se faço ou não. -dizia rindo ironicamente.
Eu era meio travada entre quatro paredes, mas ou falava, ou então era capaz da Leticia não fazer o que queria.
--Quero que você faça sex* oral em mim! -falei bem baixinho, visivelmente envergonhada.
--Não quero que fale de maneira delicada, fala como a PUTA que você é. -disse apertando meu pescoço.
--Quero mesmo que eu fale então tá! -falei perdendo o pouco de bom senso e vergonha que faltava. -Quero que me coma, fode sua cadela com seus dedos e língua. Quero goz*r na tua boca!
Essa frase surtiu um efeito devastador na Leticia. Mais do que rapidamente, ela tratou de ch*par meu clit*ris e morde-lo de maneira selvagem enquanto me estocava com três dedos violentamente. Vendo que estava perto de chegar ao ápice, concentrou-se apenas no meu grelo.
--Que grelo delicioso você tem! -Lê falou deitada em cima de mim depois que já havia goz*do umas quatro vezes na sua boca e em seus dedos.
Estava já bem cansada e quase adormecendo naquele colchão sujo de morfo quando senti sua unha arranhar minha bunda.
--Já chega Leticia! Continuamos depois, agora to cansada. -no total já havia goz*do quase umas dez vezes, estava realmente em forças.
--Já disse que quem manda aqui sou eu, Bárbara! -mais uma vez recebi uma bofetada. -Um prato principal como você deve ser saboreado de diferentes maneiras.
Podia ser taxada de mulher de malando, puta, o que fosse; mas confesso que estava adorando ser tratada daquela maneira, como uma verdadeira cachorra, a cadela de Leticia.
--Fica de quatro! -ordenou me excitando.
Assim que fiquei na posição, senti ser penetrada por três ou quatro dedos no meu bumbum, uma dor infernal me acompanhou junto com um sangramento. Nunca havia feito sex* anal e não estava sentindo nenhum prazer com isso, não esperava que aquela sapatão infernal chegasse tão longe.
--Tá doendo! -reclamei! Mais uma vez fui agredida, só que dessa vez por um soco na costa.
Foi inútil. Quanto mais reclamava, mais porr*da levava! Aquilo parecia excitar a Leticia de uma maneira descomunal. Realmente era sua puta, sua cachorra, sua atriz pornô!
Naquela tarde-noite fui o banquete daquela vadia, ela me teve em todas as posições e fez de mim o que quis, mas no entanto, nunca me deixava tocar no seu corpo.
Ao final, quando cheguei em casa, estava toda dolorida e com o corpo marcado, mas tinha valido a pena e como tinha...
Para evitar que meus pais vissem as marcas do meu corpo usava roupas compridas sem perder a elegância, além de passar quase o tempo todo de tênis. Meus pais tinham curso superior, mas eram idiotas demais para perceber que a filha deles havia se comportado como uma puta na cama de uma Maria Macho.
Cerca de uma semana se passou e nesse tempo não tinha noticias de Leticia. Foi em um sábado a tarde em que estava reunida com meus pais na sala, vimos uma noticia surpreendente. A repórter falava de uma adolescente que havia sido morta com 12 facadas por um traficante no Morro da Providencia por causa de uma divida no tráfico. Me surpreendi ao vê a foto da Lê estampada não apenas nesse, mas em outros telejornais como a manchete do dia de mais uma pessoa que perde a vida para o tráfico de drogas.
Apesar de surpresa, não derramei uma lágrima sequer por aquela morta de fome, era apenas uma favelada e não faria falta nenhuma. Agradeço à essa garota apenas por haver me proporcionado conhecer um lado mais gostoso da vida. Vocês não tem noção do quanto é gostoso sentir uma bucetinha goz*ndo na sua boca.
Hoje levo uma vida dupla, ainda com o corno do meu namorado do lado. Vou à igreja dos meus pais todos os dias afirmando orar pela família, mas a verdade é que já perdi o número de quantas irmãs e fiéis da igreja já goz*ram para mim.
É gente, vocês podem duvidar, mas a língua da filhinha do pastor faz milagres. Obrigada Leticia, mesmo no inferno acho que você consegue me ouvir, por me ensinar lições valiosas. Já até esqueci o número de himens que rompi, cada um deles é um prêmio.
Agora que você está morta, na sucessão do trono por quem as garotas saem no tapa agora sou eu.
Preciso ir, já tenho mais uma pra desvirginar...
Fim do capítulo
Obrigada por lerem. Espero que tenham gostado e se possivel comentem por favor! Vocês não sabem o quanto o comentário de vocês é valioso para nós autoras.
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Alex Mills
Em: 20/06/2021
Olha só, dona Bárbara virou a rainha das sapatões kkkkk quanta frieza dessa mulher com a mentora dela.
Que vida dupla.
Que bom que tem mais capítulos :D
Parabéns pela selvageria kkkk só fiquei confusa com a parte do sexo anal se tu quis mostrar que foi algo consensual ou não no momento ali :O
MartaGamaAurelia
Em: 05/03/2019
Obrigafa por responder. Sou uma leitora assídua. Parabéns!
Resposta do autor:
Oi Marta. Não precisa agradecer. Vocês que sempre nos motivam a continuar escrevendo, então os comentários sempre são fundamentais :)
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kim
Em: 18/02/2017
amei esse conto autora PQ não escreve uma continuação aonde a Bárbara encontrasse o amor?
MT GOSTOSO parabens
Resposta do autor:
Bom dia Kim. Até que eu gostei muito dessa ideia e não descarto a possibilidade, agora só resta saber se terei criatividade pra isso kkkk
Obrigada pelo comentário
Bjs :)
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rhina
Em: 05/02/2017
Maravilhoso....fantástico
Real....verdadeiro
o que acontece. .. o que se sente e não tem coragem de admitir é claro que quando o sentimento rasgar seu coração tudo pode mudar ou NÃO
gostei autora
rhina
Resposta do autor:
Olá Rhina!
Muito feliz por ler seu comentário. É justamente o que tentei resgatar nesse conto. Algumas vezes algumas ideias nossas mudam, porém nem sempre como esperamos...
Bjs e obrigada pelo comentário.
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cidinhamanu
Em: 22/12/2016
Diferente e surpreendente...
Parabéns!!!
Resposta do autor:
Olá Cidinhamanu! Realmente queria escrever algo diferente. Que bom que consegui né!
Bjs :)
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