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  • Capítulo 52 Exaltação

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O Clã San'Germany por BiancaLaneska

Ver comentários: 3

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Palavras: 4056
Acessos: 2276   |  Postado em: 15/07/2017

Capítulo 52 Exaltação

CAPÍTULO 52: Exaltação.

 

 

 

Depois de um longo tempo aplicando técnicas para acabar com as cãibras que a outra sentia Pauline se pôs de pé respirando fundo.

Estava tão cansada que sua cabeça doía de forma alucinante.

 

-- Você esta bem? – Rebecca perguntou encarando a expressão de desconforto da outra.

-- Uhum – respondeu com um som nasal e estralou o pescoço – e você como esta? Se sente melhor?

-- Sim – deu-lhe um sorriso – você me salvou, não estava agüentando aquilo.

-- Talvez na próxima você me escute.

 

Rebecca revirou os olhos com aquele jeito mandão e convencido da medica o que fez Pauline soltar um sorriso da expressão da outra.

 

-- Já aprendi a lição – Rebecca respondeu contrariada aumentando mais o sorriso da outra.

-- Acho bom, agora vamos sair dessa banheira antes que fique enrugara, onde tem toalhas?

-- Eu vou aproveitar para tomar um banho rápido já que estou aqui e toda molhada – referia-se a roupa encharcada pois foi posta na banheira daquela forma pela medica.

-- Esta bem, vou te... – engoliu em seco quando viu a garota já retirando a roupa sem nem ao menos esperá-la sair.

 

Rebecca retirou a roupa e observou Pauline que ficou muda, podia jurar que a coloração do rosto da doutora estava ficando levemente rosada.

Teve os olhos de Pauline sobre seu corpo em uma analise inesperada.

Diferente.

Um diferente novo e até mesmo bom, gostou daquele olhar. Sabia o que ele significava.

Mesmo achando estranho não pode deixar de gostar ser devorada com os olhos pela medica, fazia bem para seu ego.

Um ego que já era grande por si só pois tinha total ciência que era dona de uma beleza na qual não precisava se preocupar que outra também fosse, se garantia totalmente.

 

Sorriu de lábios encarando a forma que a outra a encarava e atraiu o olhar da medica que desceu por todo seu corpo para enfim olhar para seus olhos novamente.

 

Pauline quando finalmente encarou os olhos de Rebecca novamente pensou que fosse engasgar assim que perceberá ter sido pega no flagra admirando o corpo da outra.

Poderia engasgar com o próprio ar que parecia ter dificuldades de entrar em seus pulmões.

O sorriso debochado da outra lhe despertou do seu completo transe de contemplação.

 

-- Eu vou te esperar lá fora – respondeu engolindo em seco e se recuperando.

 

Sem esperar resposta deu as costas a morena e saiu andando em passos rápidos para fora daquele banheiro.

Dando de cara com John que lhe encarava raivoso.

 

-- Onde esta Rebecca? – perguntou-lhe ríspido.

-- Ela já vem.

-- O que você fez com ela? Nem ao menos é dessa área!

-- Fiz o que você não foi capaz de fazer desde que chegou aqui.

-- Sua...! – exclamou se aproximando e foi encarado pela medica que não demonstrou nenhum medo ou receio de seu tamanho.

-- Se você pensar em tocar em mim, você vai ficar sem seu saco – ela respondeu encarando os olhos que estavam carregados de ódio – apenas se atreva John.

-- Saia da minha frente – a empurrou a fim de passar para entrar no banheiro e teve seu braço segurado firmemente pela medica.

-- Você não vai entrar ai...

-- Eu entro a onde eu quiser, sou fisioterapeuta dela, você nem ao menos é mais nada!

-- Eu falei que você não entra! – puxou-o empurrando-o com força fazendo o homem dar alguns passos para trás e logo querer avançar em cima de si novamente – Ela esta tomando banho e você não vai entrar lá!

 

John estreitou os olhos a encarando, seu corpo todo estava tenso e com raiva, não gostava nem um pouco de Pauline, e ver a preferência de Rebecca por ela lhe incomodava. Afinal quem a medica pensava que era?

 

-- Virou o que agora ein? É o cão de guarda dela?!

-- Sou o que precisar ser e não êxito em morder para protegê-la de alguém tão idiota como você vem demonstrando ser!

-- Olha aqui sua puta...!

-- Pauline?! – ambos ouviram a voz de Rebecca chamar – Você pode vir aqui por favor?

-- Já vou! – Pauline respondeu respirando fundo para espantar o nervoso então olhou para John e sorriu de lábios – Essa é minha deixa, ela chamou a mim não a você então se convença da preferência e que perdeu pra concorrência – piscou ainda com um sorriso debochado e deixou ele ali espumando de raiva.

 

Seu coração bateu forte quando passou pela porta do banheiro logo se acalmando quando percebeu que o box estava fechado impedindo seu olhar contemplar novamente aquela pele bronzeada que disfarçava a palidez natural que deveria ter sem que pegasse sol.

 

Rebecca percebeu a movimentação no banheiro e virou-se para encarar observando Pauline parada de frente para o Box.

 

-- Pauline você pode pegar uma toalha pra mim?

-- Posso, onde estão?

-- Naquele armário parte esquerda.

 

Pauline buscou o que Rebecca pediu e se aproximou para entregar.

Viu a outra abrir o Box então virou seu rosto para o outro lado não querendo ver e respeitando a privacidade da outra.

 

Rebecca sorriu da atitude da medica.

Aquilo lhe chamava a atenção.

Ela não olhava pelo desconcerto que ficou mais cedo ou por respeitá-la?

Algo lhe dizia que eram as duas coisas e essa constatação aumentou ainda mais seu sorriso.

Mas queria a atenção da medica sobre si novamente.

Aqueles olhos.

A forma que lhe olhará minutos atrás.

Pegou a toalha tocando propositalmente o braço da medica e a vendo contrair levemente o corpo como se quisesse tirar o braço do contato, mas estivesse apenas esperando a certeza que tinha pego a toalha.

 

Sorriu mais uma vez se divertindo com tudo aquilo.

Pegou em fim a toalha e agradeceu vendo a outra sair rapidamente do banheiro.

Deixou um riso sair da garganta com aquela atitude.

Parecia que a outra queria fugir.

 

 

Assim que Pauline chegou novamente ao quarto deu de cara novamente com John que parecia tentar espiar o banheiro.

 

-- Perdeu alguma coisa ali dentro?

-- Você esta acabando com a minha paciência! – exclamou dando um passo para frente.

-- Eu posso dizer o mesmo.

-- Quem você pensa que é?!

-- Penso não, eu sou querido, alias, eu não sou uma babaca igual você – provocou erguendo as sobrancelhas e dando novamente um sorriso de canto.

 

Não tinha paciência nenhuma com homens como aquele que achava que pode fazer o que quiser e que é alguma coisa melhor do que os outros.

 

-- Escuta aqui sua...! – pegou no braço de Pauline de forma forte e foi empurrado porem manteve um aperto forte no braço da outra sem se afastar.

-- Me solta!

-- Sua...!

-- Algum problema aqui? – Rebecca apareceu apoiando-se na porta e encarando os dois.

 

Saiu do banheiro devagar se escorando na parede e quando chegou na porta ouviu vozes alteradas e aquilo não estava lhe agradando.

 

-- Eu perguntei se tem algum problema por aqui? – repetiu seria observando a postura dos outros dois e a mão de John que segurava o braço de Pauline, tinha certeza que aquele aperto deixaria marcas na pele da doutora – O que está fazendo John? Solta ela.

-- Me larga! – Pauline pediu tentando puxar novamente seu braço e se controlar pois estava por um fio de socar a cara do rapaz.

-- Solta John – Rebecca repetiu com uma voz seria como se fosse partir para cima do rapaz – Agora!

 

John ainda apertou mais um pouco o braço de Pauline e teve seu ombro empurrado pela mesma, sabia que a força que usou deixaria marca, não iria soltar se não tivesse sido intimado novamente por Rebecca que parecia prestes a algo, então em fim soltou a medica.

 

-- O que pensa que esta fazendo? – Rebecca perguntou com a mesma voz.

 

Estava irritada com a postura do rapaz e ver ele segurar o braço de Pauline daquela forma lhe tirou a razão.

 

-- Eu quero que você saia daqui agora! – aumentou seu tom de voz chamando a atenção do rapaz e viu Pauline discretamente levar a mão onde seu braço tinha sido apertado – Você esta bem?

-- Rebecca não faz isso – John pediu mudando sua postura para o de bom rapaz novamente – me desculpe eu perdi a cabeça essa... ela me irritou, perdi a cabeça!

-- Se acha no direito de machucá-la por perder a cabeça?

-- Por favor, não foi pra tanto eu apenas segurei firme o braço dela!

-- Firme? Olha o que você fez! – aproximou-se de Pauline e pegou em seu braço com cuidado – Se eu não tivesse aparecido você teria feito o que, batido nela? Esta louco?

-- Eu não...

 

Pauline se mantinha calada controlando a vontade de dar na cara do rapaz.

Sua cabeça doía, agora seu braço também estava dolorido e sua paciência por um fio. Escutou a forma como Rebecca falava, ela lhe defendia, era algo inesperado mas bom ao mesmo tempo.

Não esperava por uma atitude como aquela e preferiu ver o que a garota faria, não queria mais perder a cabeça.

 

-- Eu apenas segurei o braço dela Rebecca pare, não é pra tanto – John tentou novamente e apontou para Pauline – Pergunte a ela se eu a machuquei.

 

O rapaz tinha certeza que a medica jamais diria que ele tinha a machucado, era muito durona para admitir isso.

 

-- Te machuquei Pauline? – perguntou com cinismo e Pauline teve ganas de enforcá-lo com as próprias mãos. – Machuquei querida?

-- Não – respondeu seca e irritada.

-- Viu? Eu não machuquei ela, me desculpe pela cena, eu perdi a cabeça isso não vai mais se repetir.

-- Não vai mesmo... – Rebecca ia falando e foi interrompida pelo rapaz novamente

-- Rebecca me desculpe por favor, não me mande embora, eu vou esfriar minha cabeça, me de uma segunda chance.

 

Rebecca respirou fundo e olhou novamente para o braço de Pauline e a mesma estava sem jeito e com as expressões muito serias.

 

-- Por favor... – o rapaz pediu novamente.

-- Está bem – respondeu baixo – saia, vou me trocar.

-- Obrigado – respondeu aliviado se retirando.

 

Pauline fez menção em sair também e foi segurada com delicadeza por Rebecca.

 

-- Espera... – pediu e teve o silencio da medica que estava com a expressão seria e encarou seus olhos de uma forma diferente – Você esta bem?

 

Pauline apenas balançou a cabeça de forma positiva. Seu estado de chateação a fazia querer permanecer calada, sem a mínima vontade de responder a outra.

 

-- Tem certeza?

-- Eu to bem – se forçou a dizer deixando sua voz sair carregada em um tom não ouvido antes pela outra.

 

Ela não estava bem.

Isso era um fato.

 

-- Olha o que aconteceu aqui...

-- Rebecca eu não quero falar sobre isso, se troca, eu vou pra casa.

-- Não! – se adiantou apressada não querendo que ela fosse – fica um pouco e...

-- Rebecca eu to com dor de cabeça.

-- Eu te dou um remédio...

-- Rebecca não, eu to realmente com dor de cabeça, meu corpo ta cansado, tão cansado que eu sinto que posso desmaiar a qualquer momento, eu não dormi ainda, faz mais de 24 horas que eu não sei o que é dormir direito e mais tarde, alias – olhou o relógio no pulso – daqui a pouco eu tenho um compromisso.

-- Se você não esta bem deveria desmarcar.

-- Não posso, Eve já ficou esperando ontem, hoje ela vai jantar em casa e seria ruim desmarcar – respondeu sem notar que dava explicações – mesmo desmarcando ela iria em casa e enfim, eu prometi um jantar.

-- Não quero saber da sua vida pessoal – Rebecca disse rude chamando a atenção da outra.

-- Me desculpe, nem percebi que estava lhe dando explicações, não lhe devo isso, eu me empolguei, perdoe-me.

-- Não me deve mesmo e tão pouco desejo saber, já que tem um encontrozinho saia, vá embora Pauline.

-- Rebecca falar dessa maneira expulsando os outros é totalmente feio.

-- Você ainda não me viu expulsando alguém, e eu não gritei contigo ainda, tem sorte, então saia agora antes que conheça como eu faço para expulsar alguém.

 

Pauline encarou baixando as sobrancelhas incrédula com aquela atitude, a mudança de humor, Rebecca devia ser bipolar, só podia.

Uma hora leve, calma, cuidadosa e na outra hora grossa e estúpida.

 

-- Você é maluca – Pauline disse começando a andar – Quer saber, eu vou embora, não sei nem por que eu vim! Na próxima chame seu querido fisioterapeuta incompetente.

-- Chamarei, e não se sinta mais competente que ele, talvez não seja isso tudo.

 

Pauline a encarou engolindo um desaforo que queria lhe escapar. Como ela pode falar essa besteira se ela mesma fazia questão de sua presença e lhe chamará?

Respirou fundo engolindo o nervoso e saindo em passos rápidos e pesados do quarto.

Chegou até seu carro e colocou as mãos na cabeça irritada.

 

-- Merda! Merda! – xingou chutando a roda do carro percebendo que os quatro pneus estavam furados. – Eu vou te matar John! Eu tenho certeza que foi você! Eu vou te matar! – esbravejou novamente chutando de novo o pneu do carro – Inferno!

 

Saiu andando dali para buscar algum veiculo de transporte.

Se passasse mais algum nervoso era capaz de matar alguém.

 

 

 

...   ...   ...   ...  ...

 

 

Rachel estava incomodada e não conseguia dormir, ficou conversando amenidades com a loira e quando começou a sentir seu corpo mais dolorido resolveu ficar quieta e Júlia também calou-se para que ela pudesse descansar, porem o sono não vinha somente as dores.

Viu a loira pegar no sono ali sentada de forma desajeitada.

A vida de Júlia parecia horrível.

De tudo que sabia e do que tinha conhecido até agora como a família, podia entender o quão ruim era a vida da loirinha e se surpreendia por ela aparentar ser tão forte assim, se fosse com ela tinha certeza que já teria pirado.

Precisava conversar com sua amiga e fazer Amanda consertar esse erro do termino.

Sabia que a ruiva iria se arrepender de deixar a loira por medo.

Quando esse medo passasse o peso de suas ações cairiam duas vezes maior e sua amiga sofreria.

 

Tinha certeza que Regina aceitaria Amanda, ela sempre fora boa mãe para sua amiga e sempre a tratou muito bem.

Tinha a leve impressão que Regina sabia que elas ficavam e não demonstrava se opor, pelo contrario sempre a tratou muito bem.

Sabia que assim que passasse o choque ela aceitaria as duas, afinal Júlia era uma boa pessoa, defendia Amanda e defendia de maneira bem feita.

Lembrou-se do dia da balada onde apanhou e viu a loira batendo nos caras.

Quem diria que depois de tudo aquilo estariam ali no mesmo cômodo e conversando como se nada tivesse acontecido.

Soltou um riso e resmungou em seguida devido a dor.

 

O dia já havia amanhecido e via a claridade entrar pela janela, não conseguiu pregar os olhos e sentiu um alivio quando a enfermeira veio trazer-lhe um remédio para dor.

Um tempo depois com o alivio acabou pegando no sono.

 

 

Quando Júlia acordou percebeu que dormirá demais pois no relógio que estava na parede já marcava 11:00 horas.

Olhou para o leito e percebeu Rachel dormir de forma serena.

Aquela garota tinha sido incrível, não podia negar.

Se arriscou para lhe ajudar e sabia que ela não a suportava, mas ainda assim a ajudou.

No lugar dela não sabia se teria feito o mesmo. Talvez seu orgulho tivesse falado mais alto, não sabia.

O que sabia era que Rachel estava ali naquele estado por sua causa, a ajudou de uma tal forma que devia sua vida a ela, sabia bem disso.

E a conversa que tiveram de noite foi tão leve, diferente de todas as outras vezes que tinham se falado.

Houveram as mesmas provocações de sempre, claro, isso não podia faltar, ambas se divertiam com as alfinetadas, mas o assunto fora tão leve mesmo algum deles sendo mais sérios.

Aquela conversa permitiu que ambas se conhecessem um pouco mais, mesmo sem terem a intenção.

O assunto simplesmente foi fluindo e parecia ter tirado o peso dos seus ombros, peso daquele hospital e das lembranças que ele lhe trazia.

 

Ouviu uma batida na porta e a mesma ser aberta.

Dela surgiu um Manuela que permanecia com a mesma roupa.

 

Manuela bateu devagar na porta não querendo acordar Rachel caso ela estivesse dormindo e assim que entrou encontrou Júlia lá dentro lhe causando estranhamento.

 

-- Oi – disse erguendo as sobrancelhas e se aproximou da loira.

-- Oi – respondeu baixo indicando Rachel que dormia.

-- Você esta bem? – perguntou também baixo.

-- Estou, não foi pra casa ainda?

-- Fiquei na recepção, queria ver como ela estava – se aproximou mais – Não deveria esta deitada também Júlia?

-- Dormi aqui

-- Como é?

 

A loira percebeu um tom diferente na amiga e ergueu as sobrancelhas a encarando.

 

-- Fiquei aqui lhe fazendo companhia, acabamos conversando e eu nem vi quando peguei no sono.

-- Conversando?

-- Sim Manu

-- Vocês se detestam Júlia.

-- Percebi que Rachel pode ser uma boa companhia – sorriu de leve e Manuela ergueu as sobrancelhas.

-- Você deveria estar descansando e deixando ela descansar também, já que isso tudo é culpa sua!

 

Júlia ergueu mais as sobrancelhas observando a postura de sua amiga, não acreditava nisso, só podia ser uma impressão equivocada.

-- O que é isso Manuela? – Júlia continuou encarando a outra não acreditando naquela cena, afinal o que ela estava pensando? – Que tom é esse?

-- Eu apenas disse a verdade, não sei nem por que esta aqui! – rebateu sem controlar seu tom.

-- Ela não gosta de hospitais – a voz de Rachel foi ouvida fazendo as duas encará-la.

-- Satisfeita? – Júlia perguntou encarando a amiga e percebendo ela perder a postura de antes.

-- Eu não acredito que vocês me acordaram – Rachel disse baixo fazendo uma expressão dolorida.

-- Desculpa – falaram em uníssono.

-- Olha eu... – respirou fundo sentindo um desconforto, não queria Manuela ali, as lembranças se faziam presentes e nem a dor de cabeça que estava sentindo era possível apagá-las, lembrava bem de Caroline dizendo o que fizeram na noite passada – Quero ficar sozinha.

-- Eu vim ver como você esta... – Manuela disse com a voz baixa e percebeu a garota de cabelos castanhos evitando lhe olhar.

-- Obrigada eu estou bem conforme o possível, agora as duas se retirem por favor – pediu encarando um ponto qualquer do quarto.

-- Rachel eu queria conversar com você – Manuela tentou mais uma vez.

-- Eu estou com dor e não é um bom momento, me deixem sozinha por gentileza – pediu novamente.

-- Rachel...

-- Manu é melhor deixá-la descansar – Júlia interferiu se pondo de pé e tocando com delicadeza o ombro da amiga – Vamos Manu, ela não esta bem.

-- Júlia...

-- Vamos Manuela – pediu novamente dessa vez mais incisiva e viu a amiga assentir contra gosto.

 

Se retiraram do quarto deixando Rachel ali sozinha.

 

 

 

...  ...  ...  ...

 

 

-- O que foi aquilo lá dentro Manuela? – Júlia perguntou para a amiga assim que pararam no corredor.

-- Eu...

-- Você o que? O que esta pensando?

-- Não sei Júlia, me desculpe pelo meu tom...

-- Sinceramente eu não me importo com o seu tom Manu, só me importo com o que ele quis dizer.

-- Júlia eu...

-- Não Manu, não tem Júlia, você falou de uma forma como se estivéssemos fazendo alguma coisa de errado, mas não estávamos, não tem essa possibilidade, uma porque eu amo a Amanda, outra porque eu te respeito e sei que apesar de você estar fazendo burrada com esse medo idiota de deixá-la se aproximar você gosta dela!

-- Do que você ta falando? – perguntou com a voz baixa surpresa pelas palavras da loira.

-- Eu to falando da sua crise de ciúmes sem fundamentos agora a pouco.

-- Eu não tive uma crise de ciúmes, eu nem tenho o por que ter.

-- Realmente não tem mesmo, não sei da onde tirou isso, e outra pela noite passada você não tem direito de ter crise alguma, já que esta fugindo da Rachel e se atracando com a minha prima.

-- Júlia por que esta falando assim comigo?! – perguntou seria e se irritando.

-- Por que? Porque eu to de saco cheio de vocês que ficam fugindo! – aumentou seu tom de voz surpreendendo mais a morena.

-- Júlia você quer conversar sobre o que esta acontecendo?

-- Não Manuela, eu não quero conversar, eu não tenho nada pra conversar só... só pare de fugir dos teus sentimentos, isso acaba magoando a outra pessoa envolvida também.

-- Júlia...

-- Não, eu não quero conversar, vai pra casa e quando passar essa besteira de ciúmes você me procura pra conversar, eu não sei como você pode cogitar uma coisa dessa... olha, vai embora e vê se pensa no que você esta fazendo consigo mesma e com aquela garota lá dentro, noite passada você foi horrível.

-- Você era a que menos queria me ver com ela, o que mudou? Se apaixonou por ela por acaso? – perguntou enciumada da forma que a amiga defendia Rachel.

-- De novo? – perguntou seria – eu não vou dar o trabalho de responder a sua insinuação, só tenho a lhe dizer que as pessoas mudam, e pelo que parece aquela garota lá dentro mudou, talvez eu tenha mudado minha opinião a respeito dela também, mude agora as suas atitudes ou não reclame mais tarde! Passar bem.

 

Júlia saiu andando em passos rápidos e mancando como pode deixando Manuela para trás absorvendo toda aquela cena e suas palavras.

Nem ela sabia o porquê tinha agido assim, fora totalmente tola em insinuar aquilo, mas algo lhe chamou a atenção era como se percebesse uma áurea diferente e sabia que estava em maus lençóis com a garota de cabelos castanhos, talvez tenha sentido-se ameaçada mesmo no fundo sabendo que não deveria.

Tinha que ter se controlado.

Agora estava ali, sozinha e com as duas pessoas que gostava a odiando naquele momento.

Precisava fazer algo para consertar aquilo.

 

 

...  ...  ...  ...

 

 

Júlia entrou no quarto que era destinado para si e remoeu o que acabará de ocorrer.

Por que as pessoas tinham mania de fugir de certas situações e nem ao menos se importavam com as outras pessoas?

Aquela insinuação de Manuela foi tão desnecessária que seu sangue ferveu e acabou dizendo tudo o que devia e até mesmo o que não devia.

Tinha certeza que a amiga não fez por mal e nem se controlou com sua atitude e com o que disse, mas ainda assim mesmo sem ter tido a real intenção Manuela deveria rever suas atitudes.

Aquela conversa que tivera com Rachel a noite fez perceber muita coisa.

Claro que não tinha mudado da água para o vinho, não eram amigas, claro que não.

Porem perceberá também que a garota de cabelos castanhos não era tão ruim quanto parecia ser.

Rachel não era de todo o mal, pelo contrario, mesmo que a garota não quisesse demonstrar era uma boa pessoa, ainda que tentasse não ser... Deveria ter seus motivos para ser daquele jeito, talvez algum dia descobriria o que afetava a garota de cabelos castanhos para que quisesse demonstrar ser tão filha da puta como ela as vezes se esforçava para demonstrar.

 

O que agora entendia perfeitamente era por que sua namorada, ou melhor, ex namorada gostava tanto de Rachel.    

Fim do capítulo

Notas finais:

Não vamos tomar conclusões precipitadas meus amores... ja ja as coisas vão se esclarecer (e para as que estão me odiando acalmem o coração, nada que boas moridas não resolvam haha... brincadeiras amorecos <3)

 


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Comentários para 52 - Capítulo 52 Exaltação:
Karen
Karen

Em: 15/07/2017

Oi, boa  noite!

Então, amo seu romance! 

Estou ansiosa pela continuação q vai demorar um pouco neh, rsrs! 

Espero q Jhon seja "severamente punido" heim! Poxa q cara enjoado, affz. A Rebeca tb "não desce do salto". Menina fiquei com pena da criatura, mais de 24 horas sem dormir??? 

E a Júlia, coitada, "só leva chumbada"...

Acho q vc vai ter que escrever mtos caps neh, pra resolver td isso neh, rsrsrs! ... ???

Louca pela continuação!!!

Bjs e Bom FDS!!!


Resposta do autor:

Karen <3

Eu fico tao feliz em saber disso haha nao me sinto abandonada <33

E voltei mais rapido do que o esperado ne haha quando eu demoro geralmente é por motivo serio rs mas ta aicompensando semana passada o cap 53 *-*

Pauline vai ter que exercer muito o seu controle pq John parece que nao vai facilitar pra ela e Rebecca o que dizer ne? A teimosia é algo de família haushaus

Nao serao tantos capitulos, ja esta quase chegando na reta final, prepare-se para alguns acontecimentos!

Responder

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Mille
Mille

Em: 15/07/2017

Ola Bia 

Manu com ciúmes é exagerando com a Júlia ouviu verdades que talvez a faça pensar.

Pauline vai ganhar um prêmio, cara ela tem paciência de Jô com a Rebeca que ficou com ciúmes por ela ter um jantar, para entender essa família tem que ter uma paciência em altos níveis.

Bjus e até o próximo capítulo


Resposta do autor:

Algumas vezes quando estamos errados queremos virar o jogo passando a culpa para o outro, acho que Manu ta nessa situação, sabe que errou, e isso a deixa em uma situação delicada a fazendo no desespero falar coisas erradas.

Pauline realmente tem que treinar a paciencia porque nao ta facil haha

Ate proximo meu bem, bjs

Responder

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JeeOli
JeeOli

Em: 15/07/2017

E Manu pisou na bola, já vi mt gente aqui falando que a Julia é chata, mas cara não tenho como achar a chata a garota passou o que o Diabo amassou, foi acusada da morte do irmão, sofreu sempre na mão do pai postiço e nunca teve o apoio da mãe, quando conhece o seu verdadeiro pai e se muda pra um lugar totalmente novo tem duas loucas que te infernizam demais, aí aumenta o problema que ela se apaixona por uma dessas, obviamente hoje todo mundo gosta da Rachel mas tb não dá pra esquecer que ela não foi esse ser perfeito a história inteira, óbvio que ela tem uma criação do pai mt errada só que a da Julia não foi das melhores tbm... Manu vai ter dificuldade pra fazer a Rachel ficar de boa com ela e Amanda que até agora não apareceu, a conversa deve tá difícil lá, mas como será que vai ficar a cabeça da Amanda pq se ela não tivesse falado ou feito o que fez nada daquilo teria acontecido. 


Resposta do autor:

Eu concordo plenamente com voce Jee <3 haha

Cara atitudes boas nem sempre anulam o passado, conviver com alguem que vc sabe que ja fez coisas pesadas é como pisar em ovos, voce tem medo de quebrar... as atitudes das pessoas muitas vezes sao ligadas ao passado em como foram criados, alguns mudam outros não, o que acontece é que Júlia tem um nloqueio em diversos aspectos o que faz ela ser um tanto mimada e ate infantil, fazendo assim o pessoal acha-la chata rs.

Amanda esta tomando decisoes que acha corretas, vamos ver o que essas ações vao causar na historia *-*

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