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She's Got Me Daydreaming por Carolbertoloto

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Palavras: 3331
Acessos: 3069   |  Postado em: 06/07/2017

Together

Together

POV-Cosima

Em um suspiro suave, vívido e aliviado, acordei de um sonho bom, porém não tão bom quanto minha nova realidade.

As peças do jogo do amor voltam à caixa, dessa vez, voltam em paz.

Foram nos dias difíceis, quando a guerra parecia invencível, que naquele coração conturbado, encontrei um lar.

Delphine e eu jogamos demais, desafiamos nossos mais primitivos instintos. Enquanto eu procurava por alguém que me fizesse esquece-la, minha amada tentava me ganhar ao poucos. Entre brincadeiras dolorosas e brigas infantis, o final sempre era o mesmo. Não há como escapar do fato de que juntas somos muito mais, somos melhores e inteiras.

Delphine finalmente saiu do apartamento, levou tudo aquilo que precisava e se hospedou em um hotel próximo ao aeroporto. Não faço ideia de como Paul está se sentindo, entretanto, estar com alguém por dó, conveniência ou misericórdia, é cruel e injusto.

Meu grande amigo será o pai do filho que ajudarei a criar. Só de pensar nisso, sinto calafrios pelo corpo inteiro.

As coisas que fazemos por amor, às vezes, podem até não fazer sentido, mas sempre valem a pena.

Lentamente começo a perceber o quanto minha vida vem mudando. Lembro-me do dia em que conheci meus melhores amigos. Felix, Scott, Paul, Alison e Donnie, exatamente nessa ordem.

E hoje dois deles farão a promessa do amor eterno.

Quando conheci Ally, demorei um certo tempo para criar um laço afetivo com ela. Sempre reclamava de tudo, queria consertar tudo e até organizar os porta copos no MEU balcão. Entretanto, Alison aos poucos foi me mostrando suas cores. Um instinto maternal, um abraço quente e conselhos que realmente faziam sentido. Minha amiga cuidou de mim quando eu não pensava que precisava de cuidados. Mesmo sendo neurótica, ela ainda era capaz de cativar à todos com seu sorriso largo. Alguns podem pensar que uma pessoa como ela jamais cairiam nas graças de um cara como Donnie, mas olha o mundão pegando todo mundo de surpresa mais uma vez. O engraçadão viciado em chopp, ganhou o compulsivo coração de Alison apenas com uma piadinha cristã. Na realidade, não entendo como esse processo ocorreu. Lembro-me de alguns momentos quando Donnie cantava as músicas preferidas de Ally em seu bandolim enquanto ela tentava não sorrir demais. Era incrível como o tom deles encaixava em uma linda melodia maluca.

Hoje parece que o sol e a improvável chuva entraram em acordo. O vento e a brisa se acertaram amigavelmente. O domingo pediu permissão à segunda-feira para que ela não atrapalhasse a festa. E enquanto os segundos encontravam os minutos, a cerimonia, aos poucos, começava a nos assustar.

As madrinhas faziam companhia à noiva nervosa. Ela bebia champanhe como se ele fosse anestesia. A loucura da moça em branco consumia a atmosfera arrasadoramente.

"Amiga, pega leve na bebida." Avisei com cautela.

"Cos, estou nervosa demais! Preciso saber se Donnie já está lá embaixo me esperando, porque se ele não estiver...vou quebrar essa garrafa na cabeça dele." Falou com tanta firmeza, foi assustador.

"Ally, olha pra mim." Delphine ordenou enquanto segurava aquele rosto aflito, "Donnie estará lá, fique calma." É incrível como minha amada tem o dom da paciência.

Felix bateu na porta e anunciou que a cerimonia estava pra começar. Todos descemos até a porta do salão.

Ouvimos a música tocar.

"Donnie acabou de entrar, agora formem as duplas." Maddie informou segurando sua planilha.

Scott se aproximou de mim, ofereceu o braço e sorriu desajeitado.

Dei uma breve olhada pra trás e assisti Paul fazendo o mesmo com sua ex-namorada.

Péssima hora pro ciúme me invadir assim.

As grandes portas brancas se abriram em nossa frente. Meu parceiro e eu andamos até o altar. Entre os diversos e estranhos rostos dos convidados, reconheci a face de Hannah.

Eu ainda não havia terminado nosso relacionamento.

Sim, sou uma idiota, mas tá tudo bem! Né?

Viajarei amanhã à noite, não tem como ela pensar que levaremos nosso rolo à diante.

Ou tem?

Merda, merd*, merd*!

Sem querer, perdi o ar.

PUTA QUE PARIU!

Lá vem ela, de braços dados com seu ex.

Tão linda que dói.

Eu já havia visto minha amada pela manhã em meu loft. Passamos o comecinho da tarde toda juntinhas. Mas não sei o que aconteceu comigo ao vê-la caminhando até o altar. Descartei a imagem de Paul ao seu lado, e imaginei Delphine vestida de noiva seguindo seus passos até mim.

O sorriso era fatal e perfeito. As covinhas profundas e indiscretas. O andar era lento, mas acelerava as batidas de meu coração.

Cara, eu a amo.

SANTA MERDA! Eu a amo tanto!

Delphine se posicionou próxima à mim.

Os músicos, então, começaram com a tradicional marcha de casamento.

As grandes portas brancas se abriram novamente.

Antes que eu pudesse segurar, as lágrimas já escorriam estragando minha maquiagem.

Acompanhada por Felix, minha amiga foi entrando lentamente.

Sempre odiei casamentos, entretanto, aquele foi o mais belo evento que presenciei.

Após uma hora de cerimônia, todos seguiram até o salão de festas.

Fiquei boquiaberta com a decoração.

Havia mesas extremamente bem decoradas nos tons de rosa e azul. Arranjos de flores coloridas em diversos tamanhos e estilos. Uma espécie de pano cobria o teto, formando ondas e dando ao ambiente, um sentimento acolhedor e elegante. Nas cadeiras, havia um laço enorme. Havia, também, velas acesas, expelindo o aroma de lavanda. As luzes fixadas ao pano no teto pareciam gelo congelado. A pista de dança era enorme e o DJ ali posicionado, já tocava melodias conhecidas, porém não tão dançantes. Avistei três bares espalhados pelo salão, e aos poucos, comecei a me sentir sedenta por um cosmopolitan.

Enquanto os convidados eram direcionados à mesas, os padrinhos foram para sessão de fotos com o noivo, e as madrinhas com a noiva.

Foram muitos flashes que me deixaram tonta. Logo após a sessão, seguimos caminho até o centro do salão, onde nos sentamos atrás dos noivos. Uma pequena apresentação nostálgica em vídeo mostrou a trajetória do casal. Havia muitas fotos do nosso grupo, no loft, no Leda, na balada, no cinema e em outros bares. Uma imagem em particular atiçou todas minhas células enciumadas...Donnie e Alison juntos com Paul e Delphine jantando em um resort no México.

Lembro-me dessa viagem. A Francesa tinha acabado de chegar em Rhode Island. Eu ainda estava chocada com peso que sua presença despertava em mim, em muitos momentos, era claustrofóbico. Me recordo da maneira com o qual Delphine me cercou de mistérios saborosos e falta de dignidade por me fazer fantasiar um romance com a namorada de meu amigo.

Nossa, já faz um ano que me apaixonei por ela. E quem diria que estaríamos assim hoje.

Mesmo com ciúme, não pude deixar de sorrir satisfeita com minha namorada.

Pera, namorada?

É! Namorada!

Caralh*, como é bom dizer isso!

Mal notei que o vídeo havia acabado, Maddie tocou em meu ombro e pediu para eu sentasse à mesa dos padrinhos.

Donnie começaria com os discursos, e eu já me preparava para tocar nas longas pernas de Delphine, pois ela sentou ao meu lado.

Ela sorriu pra mim, e eu pisquei.

"Muito obrigado por terem vindo ao nosso casamento..."O noivo iniciou enquanto minhas mãos procuravam por pele debaixo do vestido longo de minha namorada, "Há uns tempos atrás, Alison e eu não estávamos nos falando, ela foi embora de casa e eu não sabia o que fazer."

Encontrei o macio da epiderme aromática.

Delphine segurava o riso promíscuo enquanto eu a provocava cada vez mais.

"O amor tem muito disso, quando vem, faz a gente se perder. Quando vai, faz a gente se perder muito mais. Mas agora eu tenho a Ally de volta, e não há nada que nos separe dessa vez. Aprenderei quando falar e como ouvir. Terei calma nos momentos de impaciência. Dormirei com ela e acordarei todos os dias no mesmo lugar." A voz do noivo ficava mais e mais abafada.

Meus dedos subiam e desciam na coxa da Francesa. Ela se movimentava com prazer discreto, enquanto eu me aprofundava em sua anatomia. Encostei na fina virilha, Delphine deu um pulinho, eu adorei. Invadi os muros de sua calcinha e encontrei a textura frágil e molhada que eu tanto almejava.

Já nesse momento, não nos importávamos com as pessoas ao nosso redor. 

Meu ligeiro polegar juntamente com meu habilidoso indicador bolaram um plano para levar a Francesa à loucura. Com uma calma bruta, o polegar massageava o clit*ris, enquanto o indicador bordava aquele interior pedinte por prazer. Os movimentos eram leves, porém certeiros. Delphine lutava contra o grito, fechava e abria seus olhos e boca. Entendi que estava no caminho correto, então acelerei os movimentos circulares e a penetrei mais. Por mais discretas que fossemos, eu sabia exatamente o que aqueles suspiros significavam. Minha namorada estava quase no final de sua aprazível viagem. Suas mãos se fecharam, seu maxilar enrijeceu, seu corpo cedeu e seu líquido quente escorreu em meus dedos.

Puta merd*!

Aplausos?

Assovios?

Gritaria?

Mais aplausos?

Donnie já terminou o discurso?

Delphine e eu disfarçamos e começamos a imitar os convidados.

Batemos palmas e gritamos entusiasmadas.

"Você é louca!" Sussurrou em meu ouvido.

"Mas você gosta." Retruquei com tom de voz rouco.

O clima foi suavizando ao decorrer dos minutos apressados.

Felix e eu fomos em busca de álcool.

"Um Cosmo, por favor." Pedi ao bartender sorridente.

"Dois!" Fe acrescentou.

O rapaz preparava as bebidas e a música já começava a ficar mais alta.

"Você vai embora amanhã." Meu colega de quarto me encarou com tristeza.

"Sim, próxima parada...Canadá." Brinquei.

"Estou muito orgulhoso de você, miga. E realmente espero que você e Delphine deem certo dessa vez. Sempre fui contra seu relacionamento conturbado, mas agora que estão livres, estou ao lado de vocês." Sorriu e derreteu meu coração contente.

"Felix, isso significa muito pra mim." Informei ainda sorridente.

"E você já resolveu seu probleminha com a Emma Stone?" Perguntou ao mirar seus olhos negros à Hannah. Ela e seu rebol*do se aproximavam ao ritmo da batida.

"Ainda não." Suspirei e busquei por minha bebida no balcão.

"Então boa sorte! Vou distrair Delphine antes que ela olhe pra cá." Pegou seu copo e sumiu rapidamente.

"Hey, gatinha." Tomei dois goles desesperados.

"Hannah! Tudo certo?" Sou uma péssima atriz.

"Tudo certo! Estou com saudade de você." Analisou meu corpo com seus olhos tarados.

"Hum!" Engoli meu drink, pressionei meus lábios formando um sorriso catastrófico.

"Você está linda." Elogiou-me ao pousar suas mãos em minha cintura.

PUTA MERDA!

Delphine, não olhe pra cá. Não olhe pra cá"

"Preciso falar com você em particular." Declarei ao escapar de seu toque.

"Ui! Vamos lá então." Respondeu cheia de segundas intenções.

Levei Hannah pra longe da multidão.

Respirei fundo.

"Cos, você não precisa dizer nada." Anunciou com tranquilidade.

"Como assim?" Perguntei assustada.

"Você não está mais disponível, né?" Levantou suas sobrancelhas perfeitas.

"Não." Respondi sem graça.

"Então tá tudo bem." Sorriu ao se aproximar de mim. Pousou um beijo sútil em meus lábios.

"Cosima?"

ERA SÓ O QUE ME FALTAVA!

O cara lá encima deve estar de brincadeira comigo!

"Dra. Cormier, tudo bom?" Hannah provocou.

"Tudo ótimo! Não sabia que era amiga dos noivos." A chuva de sarcasmo começou a cair.

"Não sou, vim pela Cos, mas pelo jeito estou sobrando aqui." Minha ex-amante olhou para mim e para minha namorada não oficial.

"Você está sobrando faz tempo, melhor voltar pra casa." Senti que Delphine gritava interiormente. Quase ri da situação.

"Pode deixar, não quero ficar no meio desse romance secreto, Dra. Cormier. Curtam a festa." Firmou em ironia e seguiu caminho para fora do hotel.

Delphine observou Hannah partir um pouco à frente. Eu ainda estava lá, totalmente chocada e paralisada. Tive medo de meus movimentos, não queria atiçar minha predadora.

"Eu posso explicar..." Declarei, mas fui interrompida.

"Não precisa!" Cormier bufou e virou-se em minha direção, "Cosima, você me dá muito trabalho, Santa Merda!" Disse ao ajustar a pose.

"Hey! Santa Merda é meu! Sua sem criatividade." Provoquei sorrindo.

Delphine umedeceu os lábios, os mordeu suavemente e caminhou até mim.

"Estou adquirindo suas manias e pejorativo vocabulário. É o meu fim!" Envolveu-me em seus braços confortáveis.

"Ou é o seu começo." Retruquei ao me encaixar em seu abraço.

"Gostei!" Declarou e me beijou com vontade.

Cara, como eu amo beija-la. Se eu pudesse, faria isso todo dia, o dia todo.

POV- Delphine

Às vezes falta-me palavras e expressões para entender e processar como sinto-me ao tocar nas texturas de Cosima. É um misto de êxtase, adrenalina, necessidade, pureza e caos. Não há como colocar alguém acima dela. Não há como esquecer ou seguir em frente. A única saída é rezar para não colidir, é ajustar os olhos à luz do sol, é agasalhar-se do frio e mergulhar em seu mundo adoidado.

Ela dançava com Felix e Scott. Eu adoro vê-la rebol*ndo. Seus quadris, ombros e mãos entram em sintonia, é impossível não admirar seu balanço.

Ao meu redor, os convidados estavam embriagados, os já bares haviam sido reabastecidos duas vezes enquanto encontro-me sóbria e consumida de desejo. Preciso levar Cosima para meu quarto. Os hormônios deixam-me extremamente excitada, e isso é um perigo.

Só de imaginar minha vida ao lado de minha amada, sinto-me em paz. Tenho certeza de que nada irá nos atrapalhar ou distrair dessa vez. Moraremos juntas em seu apartamento durante seis meses, entretanto, após o término do estágio, farei o que puder para continuarmos em uma rotina sadia e amorosa. Talvez eu a apresente aos meu pais, eles não a aceitarão, porém faço questão de não esconder nossa relação à ninguém. Quem sabe quando voltarmos de viagem, tudo estará diferente, seremos capazes de contar à todos sobre nós e nossa pequena família.

Não peço por muito, mas peço por tudo que Cosima pode me dar.

Meus devaneios foram dispersos por uma voz grossa e familiar.

"Delphine, preciso falar com você." Paul anunciou sorrateiramente.

"Pode falar." Respondi ao voltar minha atenção à sua face preocupada.

"Sabe, eu entendo que você não me queira mais, entendo que nosso filho não será capaz de fazer você voltar pra mim. Mas eu gostaria de saber onde errei. Sempre te dei tudo, amor, atenção, cuidado. Delphine, onde errei?" Seus olhos estavam desolados como seu embriagado corpo.

"Paul, não foi você. Você foi perfeito." Confortei sua gravidade.

"Então como te perdi?" Insistiu ao aproximar-se, "Fecho meus olhos, finjo que estou bem, finjo não ver que todo o amor que tinha por mim, sumiu. Pra onde ele foi, Delphine?" Não era a hora de revelar o paradeiro de meus sentimentos, isso o arrasaria e arruinaria a festa.

"Sinto muito, Paul. Nunca quis te machucar ou te causar tanta tristeza." Declarei.

Meu ex-namorado buscou por um garfo e o bateu brutalmente e repetidamente em sua taça.

"Um minuto de silêncio, por favor." Gritou para todos ouvirem.

A música parou e a multidão passou a nos observar.

Encontrei os olhos de Cosima, os quais consumiram-me em desespero.

"Donnie e Alison..." Paul respirou fundo, "Me sinto grato por ser o padrinho dessa união maravilhosa entre vocês. Quando Delphine ainda era minha namorada, nós quatro passávamos noites bebendo e conversando sobre um futuro." Puta merd*, Paul!

Cosima manifestava raiva em sua face, e não havia nada que eu pudesse fazer.

"Vocês se lembram de quando combinamos sermos vizinhos para que nossos filhos crescessem juntos?" Olhou para os noivos, pude notar que eles não estavam sorridentes, estavam com medo do que meu ex-namorado pudesse dizer ou fazer, "Nosso planos não deram certo. Delphine e eu não demos certo. Mas olhem para vocês, vocês deram certo. Donnie, meu amigo, você se lembra quando nossas mulheres nos abandonaram? Foi uma merd*! Estávamos completamente sem chão, até juramos o que melhoraríamos, nos tornaríamos melhores para nossas namoradas. É Donnie, você conseguiu! Eu fui fracasso, perdi a única coisa que me fazia feliz." Meu coração doía enquanto Paul bebia alguns goles.

"Não sintam pena de mim! Perdi a guerra, mas ainda estou aqui. Aprendam comigo à nunca subestimar o amor de uma mulher. Aprendam que é o amor acontece sem querer, mas some antes que possamos perceber. Sinto muito pelo show e viva Alison e Donnie, que o amor de vocês dure para sempre!" Ergueu sua taça e os convidados fizeram o mesmo.

Era nítido o embaraço na atmosfera.

"Hora do buquê, meninas!" Alison gritou para suavizar o contexto.

As mulheres apressaram-se na pista de dança. Maddie levou-me perto do palco. A noiva virou-se de costas e ameaçou lançar o buquê pelo menos duas vezes. As convidadas estavam eufóricas, era ridículo. Cosima estava bem ao fundo, rindo da situação junto à Felix e Scott.

"Um, dois, três!" Alison jogou o tão almejado buque. Ele viajou sob a cabeça das mulheres enlouquecidas, e aterrissou com perfeição nos braços de minha amada.

"Aí, Cos!" Scott declarou ao bater na amiga com seu cotovelo descarnado.

Os olhos assustados de Cosima ficavam cada vez maiores. Repleta de vergonha e timidez, encontrou-me em meio à multidão que esperneava em incentivo.

"Olha só!" Sussurrei ao ar.

"Agora é com você!" Retrucou no silêncio exclusivo entre nós.

A festa caminhava ao final. As pessoas partiam em tempos similares. Os noivos subiram para o quarto. A música já não era mais alta ou dançante. Paul havia sumido após seu desastroso discurso. Apenas restaram Scott, Felix e Cosima.

"Cara, que noite!" Meu funcionário expressou sorridente.

"Loucura!" Felix acrescentou.

"Bom, acho que vou embora..." Suspirei, "Precisa de carona, Cosima?" Ofereci já sabendo a resposta.

"Claro!" Levantou-se rapidamente.

"Chefinha, rola uma caroninha pra mim também?" Scott questionou em tom de brincadeira, detestei.

"Scotty, você vai comigo! Vamos pro seu apartamento, faço mimosas e deixo você escolher o filme." Felix salvou a noite com seu pensamento ligeiro.

"Star Wars e mimosas? Que jeito maravilhoso de acabar a noite." Declarou, ajeitou os óculos e partiu em direção a porta.

"Vocês me devem uma, vadias." Fe sussurrou ao acompanhar o amigo.

"Você é foda!" Cosima agradeceu em sua maneira.

"Ei! Não esquece seu buquê." Brinquei ao apontar para o arranjo.

"Pode deixar, Dra. Cormier." Ó céus, adoro ouvi-la chamando-me assim.

Entrelaçamos nossos braços e caminhamos até meu carro.

Ao chegarmos em meu hotel, subimos para meu quarto.

Nossas malas já estavam prontas, uma ao lado da outra.

O quarto no qual me hospedei era completamente diferente do último em que estive. Era menor, havia apenas uma cama de casal, uma televisão, um frigobar, banheiro comum e uma linda vista. Não era muito, mas era tudo o que eu precisava. Cosima estava comigo, ou seja, não havia nada faltando. Estávamos plenas.

Deitamos sobre a cama. Nossos dedos brincavam uns com os outros.

"Em algumas horas partiremos." Anunciei feliz.

"Sim! Mal vejo a hora de fugirmos daqui! Vamos mergulhar em nossa ciência maluca." Evidenciou seus pequenos e afiados dentes brancos.

"Eu te amo, Cosima." Não cansava-me repetir tais palavras.

"Eu te amo, Delphine." Muito menos cansava-me ouvi-las.

"Quão grande é seu amor?" Perguntei ao aproximar-me.

"Grande pra caralh*!" Gargalhamos feito duas crianças.

Levantamos, removemos nossos trajes formais, e vestimos outros informais. Cos ajudou-me com o pijama, ela era tão cautelosa. Deitamos novamente. Meu braço a envolveu, beijou-me a testa, os lábios e o ventre. Pousou a cabeça em meu peito e entregou-se ao sono. 

Observei aquela criatura divina ser levada de mim. Os sonhos encenavam em sua criatividade. E as estrelas ainda brilhavam com força. Estudei os espasmos e suspiros de minha amada até resolver acompanha-la.

Nunca tive muito tempo para dormir, minha vida sempre demandou muito de mim. Por conta disso, aprecio cada segundo de meu sono, entretanto, dormir não tem mais graça quando a realidade é mais bonita do que minha fantasia dormente.

 

Demorei alguns segundos para render-me à preguiça. Não quis abandonar a vista que Cosima proporcionava. Lutei, tentei, mas falhei. Logo encontrei figuras geométricas e coloridas pintando na tela vazia, em tom de aquarela, silhuetas de duas amantes ao despedirem-se do sol. Reconheci o sentimento, entendi o momento, e aceitei as consequências de um amor perfeito até em suas distintas imperfeições. 

Fim do capítulo


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Comentários para 19 - Together:
Dolly Loca
Dolly Loca

Em: 06/07/2017

Amando demais essa história. Para mim um dos casais mais perfeitos agora retratado com os detalhes que merece.

Parabéns!

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