Capítulo 3 - Luau, confusão e brincadeirinhas molhadas
Fernanda
- Como ela tá, amor? – Aly sentou em meu colo, depositando um beijo leve sobre meus lábios.
- Com dor de cabeça. Alex lhe deu um analgésico. – os olhos azuis me analisavam. – A Mila ainda não voltou?
- Não... Mas, a Poliana ligou agora há pouco e disse que logo voltam. – toquei sua face. – Nem acredito que tô aqui com você. Tem ideia do quanto te amo?
Aly sorriu.
E puta que pariu... Que sorriso.
- Tenho não... A senhorita poderia me falar desse tal amor... – Aly pincelou o delicado nariz ao meu.
- Então deixa eu descreve-lo... – dei-lhe um selinho. – Ele é infinito... Me faz ficar boba, louca...
Mordisquei o seu queixo.
- Isso me parece bom... – a voz de Aly mudou e apesar do pouco tempo que estávamos juntas, eu sabia reconhece-lo.
Era o de desejo.
Levantamos do sofá, entre beijos famintos e toques ousados. Quase não encontramos a porta do quarto, mas quando o fizemos, imediatamente fora fechado. Alice tirou minha roupa com pressa, da mesma forma que eu fiz com as dela. Fiz com que ela ficasse de costa para mim.
- Ah... – o contato do meu sex* com o bumbum bem feito foi delicioso. Com uma das mãos toquei o sex* molhado, quente e com a outra o seio redondo, do tamanho perfeito.
- Me toca... Mais... – Aly conduziu a minha mão, fazendo movimentos leves em seu sex*, enquanto eu roçava o meu em suas nádegas. – Ah...
- Linda... Gostosa... Minha... – mordisquei seu ombro, lhe invadindo em seguida, sentindo meus dedos se deleitarem no sex* molhado de Aly.
- Ah, Nanda... – os movimentos de vai e vem foram aumentando gradativamente. O cômodo ecoava os nossos gemidos e a respiração descompassada.
Aly rebol*va em meus dedos e eu estava a ponto de enlouquecer.
- Mais... Rápido... – atendi seu pedido e em poucos segundos, minha mulher se desfez em meus braços, mas continuou a se esfregar em mim, para que eu chegasse ao clímax e foi o que aconteceu.
Respirei com dificuldade, apertando Aly contra meu corpo.
- Eu te amo, minha Nanda... – sorri a virando para mim.
- Eu te amo, minha Aly... – lhe beijei os lábios e recomeçamos tudo outra vez.
...
- Como tá a loira? – perguntei para Alex.
Estávamos jantando.
Camila já havia voltado com a Poliana e o namorado. Os dois haviam nos convidado para ir a um luau que aconteceria ali próximo.
- Melhor... Já a convidei para a festinha. Vai levar a Mila? – olhei para Aly e depois para a loirinha.
- Vamos sim. Mas, não iremos demorar. Certo, amor? – Aly, que mastigava a comida, apenas acenou em concordância.
- Perfeito... Tô louca pra dançar até não sentir os pés... – Poliana comentou, balançando os braços. – Prima, talvez não te deixem ficar por causa dessa cara de criança...
Alex relanceou os olhos.
Aly e o namorado de Poliana gargalharam.
- Olha quem fala... Senhorita cara de velha... – aquelas duas viviam se cutucando.
- Hoje conhecemos umas garotas... Quando a testa de aço trombou com a menina na praia... – Aly comentou e eu gargalhei.
A cena foi hilária.
- Gostei daquelas gurias. Talvez elas possam estar na festa. – Alex comentou.
- É provável. Disseram que havia mais... – falei, limpando a boca de Camila.
- Vou levar a comida da minha loira. – Alexandra levantou.
- E a do galo de estimação? Não vai levar? – Alex iria me mostrar o dedo do meio, mas não concluiu o gesto.
Todos na mesa gargalharam.
- Cadê, tia? Quero brincar com ele... – Mila, mostrou as janelinhas.
Ri mais ainda.
Alexandra
Olhei para a cama e Marilia estava deitada, parecia dormir. Andei pelo cômodo, sem fazer barulho e coloquei a comida no criado mudo. Quando voltei a olha-la, a loira sorria, ainda de olhos fechados.
Sorri.
Sentei ao seu lado na cama, tirando alguns poucos fios de cabelo de sua face.
- Amor, seu perfume chega antes de você. – ela soltou uma gargalhada gostosa, fazendo meu coração acelerar.
Marilia me desconcertava.
- Na próxima, agirei como uma ninja. – brinquei, beijando o seu rosto. – Trouxe sua comida. A dor de cabeça passou?
- Sim... Obrigada por cuidar de mim... – respirei fundo, sorrindo igual boba. Peguei a bandeja sobre o criado mudo, colocando sobre as coxas de Marilia, que havia sentado.
- Eu amo você... Quando amamos, cuidamos. Não é assim que dizem? – minha loira deu a primeira garfada.
- Nossa... Que delicia. – Marilia falou de boca cheia.
- Olha, isso é falta de educação. – impliquei e ela apenas me mostrou a língua. – Vou tomar banho. tem certeza que não quer ficar deitada?
- Não, quero curtir essas férias. Dançar, beijar você... Fazer amor. – ergui a sobrancelha. – Quero realizar uma fantasia sexual...
- Qual? Nadar peladas e fazer amor na água salgada? – ri.
- Fazer amor na praia, sob as estrelas... – estremeci. – Você, sobre meu corpo... Suas mãos brincando com meus seios, enquanto sua boca devora meu sex*...
Arfei.
- E o que mais? – Marilia sorriu, daquela forma que me fazia imaginar mil e uma indecências.
- Eu gem*ndo, chamando seu nome... Enquanto sua língua...
- Olha isso, amor... – olhei para trás. Nanda e Aly estavam paradas na porta, rindo.
Idiotas.
- Gente, cadê a privacidade? – Marilia perguntou.
- Perdão loira, mas foi irresistível. – Nanda sorriu.
- Amiga, que fogo é esse? – Aly piscou.
- Olha quem fala... Pensa que não ouvi gemidos mais cedo? – Alice gargalhou.
- Fazer o que?! Daqui a pouco vamos sair. Poliana disse que não irá conosco. Então, se arrumem... – elas saíram do quarto.
- Não acredito que nos interromperam só pra dizer isso. – bufei.
- Fala sério... – Marilia voltou a comer.
- Vou tomar banho... – lhe beijei a testa. – Vamos encontrar um lugar e você termina de me contar sobre sua fantasia...
Ela sorriu.
Entrei no banheiro, morrendo de calor. Não sabia se pelo clima do estado ou pela conversa há pouco interrompida. Fechei meus olhos, me deliciando com a água que corria por meu corpo.
Encostei a testa no azulejo.
Foi quando senti duas mãos quentes pousarem sobre meus seios.
Outros dois tocaram em minha costa.
Arfei.
- Não consegui esperar... Desculpe. – a voz de Marilia me fez ficar arrepiada, molhada e não era por causa da água do chuveiro. – Fiquei lá, imaginando como seria tocar... Aqui.
Os dedos delicados tocaram o meu clit*ris, escorregando por todo meu sex*.
- Oooh... – minha respiração ficou alterada.
- Isso... Adoro te ouvir gem*r, minha Alex... – mordi meu lábio, quando senti seus dedos me invadirem sem aviso.
Empinei meu bumbum, sentindo o seu sex* roçar nele. Rebolei devagar, mas fui surpreendida quando ela me virou para si, agachou-se e tomou em sua boca o meu sex*. Minha única atitude foi gem*r e segurar seus cabelos, rebol*ndo contra a língua quente, agiu.
Era maravilhoso.
Amanda
- Só acho que deveria sim existir leis para diminuir isso... – comentei, olhando para todos.
- Pois eu já não concordo... – Flávia nos olhou. – As leis deviam sim ser mais rígidas... Mas, não especificas...
- Não concorda? Não acha que as pessoas que agridem homossexuais não devam ser presas e pagar por isso? – meu pai olhou surpreso para a minha namorada.
Estávamos na sala, conversando bobagens, até que o assunto surgiu.
- Ao meu ver, seu Christian, a primeira atitude é não rotular a pessoa agredida... – franzi o cenho.
- Como assim, Flávia? – Emi perguntou.
Ela tinha a atenção de todos.
- Geralmente, quando vemos na televisão sobre uma agressão cometida contra... – ela fez aspas com os dedos. – “homossexuais”, o jornalista esquece que a pessoa tem nome... Ela fica conhecida por sua orientação sexual. Pra mim, o abismo começa ai...
Ela tomou um gole de seu suco.
- Não foi um gay, lesbica, transexual ou travesti que foi agredido. Foi um ser humano, com sonhos, vontade, família... Mas, quando noticiam, só dão ênfase ao fato da pessoa ser homossexual. – entendia o que ela estava a dizer. – Pra diminuir esse abismo que existe entre os brancos, negros e homossexuais, em primeira estancia, devesse se acabar com os rótulos e ter o entendimento de que não existe negros, brancos e homossexuais. Existem pessoas, com suas particularidades, mas que não deveria ser utilizado para defini-las...
- Também penso assim... – Melissa se pronunciou. – Uma agressão é um ato de covardia, mas criar leis especificas só aumenta o abismo. Posso ser considerada um tanto ignorante, mas ao meu ver, se buscamos a igualdade, ela deve partir não somente dos preconceituosos, mas também das pessoas que sofrem o preconceito. Tem uma minoria que quer ser aceito de qualquer maneira e as coisas não devem ser dessa forma. A palavra chave é respeito mutuo. Não posso impor a minha presença a alguém, só porque eu quero ser visto...
- Concordo com você, Mel. – Jaque se pronunciou. – Uma vez ouvi uma pessoa dizer que não se pode enfiar o evangelho abaixo da garganta de ninguém. Que para que a outra pessoa se sinta apta a te ouvir, você tem de demonstrar respeito, antes de tudo. Acho que isso se encaixa perfeitamente no que estamos conversando...
Marcela sorriu igual boba para a namorada.
O assunto foi rendendo, mas eu havia prendido a minha atenção em Flávia. Sei que não era hora e nem lugar, mas eu a desejei loucamente. Mordi meu lábio, controlando-me para não pegar em sua mão e sumir daquela sala.
Ela ficava sexy, quando estava séria.
Passei as mãos em meus cabelos, rindo discretamente da minha própria insanidade...
“Desde quando sou assim?”. Questionei-me.
- Amanda? – olhei para o lado e dei de cara com Becca, sorrindo de sobrancelha erguida.
- Oi... – franzi o cenho.
- Disfarça essa cara de quem vai comer a Flávinha a qualquer momento... – coloquei a mão sobre a boca, abafando uma risada.
Becca riu baixinho.
- Nada passa por você, Rebecca... – ela deu de ombros.
- O que posso dizer? – rimos.
Depois de um certo tempo, subimos para tomar banho. Encontrei minha mãe no corredor e ela acabou me convocando para conversarmos. Flávia e ela trocaram olhares atravessados, me fazendo rir. Eu sabia o quanto ela estava se esforçando para se adequar aquela situação e isso me deixa ternamente grata. Sua atitude me enchia de orgulho, mesmo vez ou outra, encrencando com a Flávia.
Emi
- Mãe, posso conversar com você? – dona Juliana, que estava sentada em um sofá na varanda com vista para a praia, me olhou com um sorriso.
A noite já dava a beleza noturna.
- Claro filha... Senta aqui... – deu duas batidas no lugar ao seu lado. Segurei firme o envelope e sentei. – Tá tudo bem, filha?
Limpei a garganta.
- Mãe... Eu fiz uma coisa e talvez... – eu estava com receio de sua reação.
Vamos lá, Emily.
- Pegue... – entreguei o que tinha em minhas mãos. – Leia...
Minha mãe pegou o envelope, me olhando com estranheza. Um nó se formou em minha garganta, quando ela tirou os documentos. Seus olhos se arregalaram, mas não desviavam dos papeis.
Passei a brincar com meus dedos, esperando por qualquer reação sua.
- Emi... Isso... – ela passou a mão sobre os cabelos negros, iguais aos meus.
- Mãe, eu sei que não deveria me meter, mas... – dona Juliana me olhou. Seus olhos estavam molhados, as mãos tremiam.
- Eu queria ter feito isso, mas me faltou coragem. – segurei sua mão.
- Tá chateada? Me perdoe, mas eu...
- Não, não... Eu não estou chateada, minha filha... – ela sorriu e eu senti um alivio imediato.
- Nossa... Eu fiquei imaginando que iria dizer algo ruim, sei lá. – sorri.
- Você ligou ou algo assim... – ela me perguntou visivelmente ansiosa.
- Não, até pensei, mas preferi deixar pra você... – minha mãe me encarou.
- Obrigada, minha filha. – senti meus olhos arderem. – Você é um presente de Deus...
Não consegui dizer absolutamente nada, então apenas lhe puxei para um abraço forte, longo e necessário. Minha mãe disse que iria ligar e dependendo da conversa, pediria para o seu amor de infância vir até onde estávamos. Depois de dizer obrigada tantas vezes, a deixei para fazer a ligação e fui a procura da minha esposa.
- Amanda, viu a Rebecca? – a loira, que estava mascando algo, apenas apontou para as escadas. – Obrigada...
Subi os degraus, sorrindo pela conversa com a minha mãe. Entrei no quarto que dividia com Becca, fechei a porta e pude ouvir o barulho do chuveiro ligado. Tirei minhas roupas, jogando em um canto qualquer.
Entrei no pequeno cômodo e mordi meu lábio ao ver Becca através do vidro embaçado.
Me aproximei do box e o barulho da porta se abrindo, fez Rebecca me encarar. Seus olhos navegaram por meu corpo, até se prenderem aos meus. Um sorriso safado brotou na face da mulher que me deixava louca, em brasa.
- Será que posso tomar banho? – pisquei para ela.
- Hum... Apenas um banho? – me coloquei debaixo do chuveiro e a trouxe para mim, ficando a milímetros da sua boca.
- A senhorita tem algo a mais em mente? – Becca mordeu meu lábio inferior, escorregando suas mãos por toda a minha costa até chegar em meu bumbum.
- Sim... – ela sorriu, me fazendo arfar. – Imagino sua boca em meu sex*...
Me arrepiei inteira.
- O que mais? – minha voz saiu baixa.
- Ah... – toquei o clit*ris com a ponta do dedo. – Seus dedos entrando em mim... Lentos, deliciosos...
Fiz exatamente o que ela disse.
- Ah... Emi... – passei a beija-la, lentamente, sem a menor pressa, enquanto entrava nela da mesma forma.
- Desse... Jeito? – minha voz saiu abafada.
- Sim... – os seios de Becca roçavam nos meus, fazendo uma pressão surreal em meu sex*.
Passei a estimular o clit*ris inchando, enquanto penetrava Becca, não querendo machuca-la. A sua boca roçava meu ombro, seus gemidos eram baixos. Senti suas paredes espremerem meus dedos e segundo depois o seu liquido escorrer.
Ela me abraçou forte.
Micaela
Já se passava das nove da noite, quando nos reunimos na sala. Optei por um vestido solto, branco e Juliane, que encrencava com Samantha, estava de shorts jeans rasgado e uma blusa branca de botões, com mangas dobradas.
Ela me olhou, sorriu e pincelou seu nariz ao meu.
- Já disse que tá linda? – ela me perguntou, contornando meu rosto.
- Umas vinte vezes... – ela soltou uma gargalhada. – Mas, gosto de ouvir...
- Você é linda... – sorri, colocando uma de minhas mãos sobre o seu rosto de pele macia.
- Linda é você. – depositei um beijo leve sobre sua boca sem batom.
Ela não usava maquiagem alguma. Minha deusa era linda sem esforço.
- Vamos? – Melissa desceu as escadas.
- Olha a cara da Cami... – Juliane apontou para a sobrinha, que olhava para Melissa. – Oh Mel?
A menina olhou para louca ao meu lado.
- O que? – Melissa franziu o cenho.
- Cadê o resto do seu vestido? – a morena sorriu. Usava um vestido rosa bebe, curto e soltinho.
- Tá calor... – ela respondeu, dando de ombros.
- Então, vamos... Não poderemos demorar... – Jaque se pronunciou. Levaria o Nando, mas planejava voltar cedo com a esposa.
- Vamos...
Decidimos ir andando pela praia. Juliane segurava a minha mão, enquanto conversava com Paloma e Cássia. Eu ria das bobagens que Samantha dizia ao meu lado. Nando estava no ombro de Jaque, que conversava com a esposa a nossa frente.
Achava linda a relação das duas.
Jaqueline tão jovem e bastante responsável. Tomou uma decisão que poucos teriam hoje em dia.
- Olha quem tá ali... – Ju apontou para umas moças a frente. Franzi o cenho, sem entender.
- EI! – Flávia gritou, acenando para elas que logo nos avistaram e passaram a caminhar em nossa direção.
- Nos encontramos de novo. – uma morena dos olhos muito azuis, sorriu.
- Meninas, conheçam Fernanda, chara desse loirinho aqui... – Flávia apontou para Nando. A menina de cabelos castanhos riu. – A Alice, namorada da Fernanda. Alexandra e a namorada paradora de Juliane, Marilia...
Elas gargalharam.
Nos apresentamos, sabendo a forma que se conheceram.
Agora está explicado o galo da Juliane.
Sorri.
- Essa coisa loira aqui é a Camila... – ergui a sobrancelha.
- Olha, minha chara... – a nossa Camila tocou nos cabelos da loirinha.
- Sua filha, Fernanda? – Nick perguntou.
Fernanda e Alice se olharam, sorrindo.
- É a nossa filha... – Alice respondeu.
- Nossa... Vocês formam uma linda família... – comentei.
- Obrigada, Micaela... – Fernanda sorriu.
- Meninas... Vamos que eu quero dançar muitoooo! – Paloma berrou.
- Eu também... Até não sentir as pernas... – Marilia comemorou e sorriu para Paloma.
Seguimos para o luau que já podia ser visto ao longe. Muitas tochas espalhadas pela praia, pessoas por toda parte e a música era altíssima. Melissa encontrou as três amigas e se juntou a elas. Acabamos nos espalhando sem querer.
- Amor, vamos comprar algo pra beber? - Ju segurava a minha cintura.
- Vamos sim... – saímos entre as pessoas.
Nos aproximamos de um bar, enfeitado com palha, cordões de flores e algumas mascaras de madeira. Haviam dois barman, minha namorada pediu dois drinks e esperamos, encostadas no balcão.
Até que senti uma mão em meu ombro esquerdo. Olhei para o lado e dei de cara com uma mulher alta, pele morena e cabelos presos em um coque. Ela usava um short pequeno e a parte de cima de um biquíni, deixando o troco praticamente nu.
- Posso te pagar uma bebida? – arregalei meus olhos. Ela me lançou um sorriso convencido.
- Posso ajudar? – ouvi Ju perguntar.
Respirei fundo.
Confusão não...
Paloma
- Adoro essa música... – Cássia comentou, enquanto dançávamos. Ela rebol*va de forma sensual, me fazendo imaginar um milhão de indecências.
Mordi meu lábio inferior.
Foi quando a minha namorada foi praticamente arrastada. Olhamos para a mal educada e minha tia nem sequer olhou para trás. Micaela parou ao nosso lado e a encaramos.
- O que aconteceu? – perguntei.
Micaela suspirou pesado.
- Me perdi também... – franzi o cenho.
- Mal chegamos e já aconteceu babado... – Cássia coçou a cabeça.
- Vamos procurar as outras, Mica... – sai puxando a morena e a minha namorada.
Depois de quase quinze minutos, encontrei Flávia, Amanda, Nicole, Isa, Emi, Becca e Fernanda com Alice. Elas estavam envolta de uma mesa, rindo de algo. Nos aproximamos. Flávia nos encarou.
- O que foi? – Micaela sentou ao lado de Isa, pousando a cabeça sobre o ombro dela.
- Juliane ficou chateada... – as meninas estavam com um ponto de interrogação, assim como eu.
- Uma garota me ofereceu uma bebida, eu iria dizer que não, mas ela se colocou a minha frente e quando vi, as duas batiam boca. A garota me puxou, me beijando e a sua tia arrancou ela de cima, deixando a garota apagada e depois saiu furiosa...
- Oh... – dissemos em uníssono.
- Ela nem me deixou falar nada... – Micaela se lamentou. – Tenho vontade de socar a tia de vocês...
- Meninas, a testa de aço tá pirando o cabeção. – Alexandra, acompanhada da namorada, chegou a mesa. Micaela se colocou de pé e saiu em disparada.
A seguimos.
Quando chegamos ao local, minha tia estava rodeada por outras quatro mulheres.
- Vai me pagar pelo soco, sua vadia... – uma delas, com a boca sangrando, falou.
- Você beijou a minha mulher. Vadia é você... – as pessoas se amontoavam.
Camila, Samantha, Jaque, Marcela e Melissa não estavam por ali.
- O que tá acontecendo? – perguntei.
- Não se mete, Paloma. Eu acabo com essas vagabas rapidinho... – rolei os olhos.
Ela estava pensando que era o que? Uma ninja?
- Amor, sai daí... – Micaela gritou. – Por favor, Juliane...
Por que tínhamos tendência a nos meter em confusão? Quando iriamos sair sem danos físicos?
- Peguem ela... – uma das idiotas gritou.
- Ah, mas não vão mesmo... – Flávia partiu para cima, acompanhada de Cássia e Emi.
Aquilo foi uma verdadeira confusão.
30 minutos depois.
Estávamos a mais de cinquenta metros de onde rolava o luau. Flávia, Cássia, Emi e Juliane tinham em suas mãos alguns cubos de gelo que Micaela pediu no bar. Elas não estavam machucadas, mas estavam desgrenhadas.
- Que ideia foi essa? Hein? Por que teve de fazer isso? – Micaela brigava com minha tia, que estava em silencio total.
- Flávia... Olha pra você... – Amanda estava de pé, na frente da minha irmã, que estava sentada na areia.
- Amor, você realmente não se machucou? – fazia carinho nos cabelos de Cássia, que estava deitada sobre minhas coxas.
- Tô bem, amor... – ela sorriu.
- Você não fica de fora de uma confusão, não é dona Emi... – Becca brincava com a esposa.
- Gente, eu me diverti muito. Cara, vocês são loucas... – Marilia comentou.
- Nunca fui expulsa de uma festa antes... – Alex, que abraçava a namorada por trás, gargalhou.
Micaela continuava a brigar com a minha tia.
- Então precisamos sair mais vezes... – comentei e elas sorriram.
- Vou buscar alguma coisa pra bebermos... – Cássia levantou. – Vamos amor...
- Já voltamos...
Camila
Desde que cheguei, que não vejo as outras. Devem estar se agarrando em algum escuro qualquer. Olhei para o loiro a minha frente, que segurava a minha cintura enquanto dançávamos uma música eletrônica.
Senti meu celular vibrar.
- Vou atender o celular... – falei alto para o loiro ouvir.
Ao dar as costas para o cara, dei de cara com outra coisa que eu não conseguia parar de olhar, mesmo querendo. Melissa beijava de forma quase obscena uma ruiva a poucos metros de onde eu estava. A garota lhe puxava pelo vestido, parecendo querer se fundir a ela.
Engoli o nó que se formou em minha garganta.
O que era isso?
Voltei a realidade quando senti o celular voltar a vibrar. Peguei o aparelho, tirando meus olhos das duas e me afastei daquele alvoroço. Respirei fundo, olhando para a tela e me surpreendi quando vi o nome que aparecia.
Jamais pensei nenhum segundo para atende-lo, mas desta vez, por algum motivo, eu hesitei.
Atendi.
-Camila, eu queria muito ouvir sua voz... – soltei um suspiro pesado, sentando na areia a uma boa distancia de onde a festa acontecia.
- Oi Vinicius... – senti minhas mãos tremerem, mas... O que era aquilo? – Eu estava com... Saudade...
- Cami, eu preciso te ver... – abri meus olhos.
- Mas, Vinicius... Você... – me senti nervosa.
- Onde você tá? Preciso ver você... – levantei, olhando ao redor.
- Como assim? Vinicius, você... Do que... – comecei a gaguejar, até vi ao longe um homem se aproximar, com o celular grudado no ouvido.
Arregalei meus olhos, sentindo o coração ir a boca, mas por que eu sentia que daquela vez era diferente? Por quê?
Vinicius se aproximou, me abraçando forte. Fechei meus olhos, ainda processando tudo aquilo.
- Senti sua falta. Cami, eu não consigo te tirar da minha cabeça. – oh, meu Deus.
- Vini, o que tá acontecendo? Eu pensei que... – não tive muito tempo para finalizar a frase.
Vinicius me segurou pela nuca, tomando a minha boca. No primeiro momento me vi perdida, mas no segundo seguinte passei a corresponde-lo. Sentindo o beijo exigente, as mãos firmes.
- Cami? – rompi o beijo quando ouvi a voz de Samantha. Olhei para ela, mas meus olhos pararam na figura ao seu lado, que me encarou por alguns segundos, mas logo desviou.
- Meninas... Esse é o... – passei a mão na nuca.
- Vinicius... – Sam franziu o cenho.
- Isso... Vini, essa é a minha prima Samantha e essa é a...
- Melissa... – ela respondeu, me interrompendo.
- É um prazer meninas. – ele me abraçou de lado.
- Você é mesmo ele? – Sam olhava de Vinicius para mim. O moreno ao meu lado me encarou confuso.
- Depois eu explico. – falei, me sentindo estranhamente desconfortável.
- Jaque disse que a briga que rolou foi com a Juliane... – Melissa, não me encarava. – Elas estão do outro lado da praia. Viemos saber se queria ir, mas tá em boa companhia...
Franzi o cenho, pois jamais havia visto tal atitude da parte da morena.
- Tenho muito a te contar, Cami... – Vinicius acariciou o meu rosto.
- A gente tá indo... – Sam falou.
- Vamos com vocês... – falei em um impulso, segurando a mão de Vinicius.
O que se passava? Eu não fazia ideia. Passamos a caminhar os quatro e a minha mente estava uma zona de guerra. Por que o olhar de Melissa me deixou sem reação?
Meu Deus, o que estava acontecendo?
Samantha
- Você tá bem? – Melissa olhou para trás e depois me encarou.
- Vou sobreviver... – coloquei meu braço sobre os ombros da morena.
- Ei, sabe que pode me contar tudo, não é? – Melissa sorriu.
- Claro que sei. Você se tornou uma irmã... – beijei a bochecha da garota.
- Assim que se fala... – ela riu.
Adorava Melissa e era triste saber que ela sofria pela minha prima. Ainda mais agora, que pelo que parecia, o cara que ela é apaixonada está aqui. Depois que ficássemos a sós, iria perguntar a ela o motivo da sua vinda, afinal, até onde eu sabia, ele estava com a mãe de sua filha.
E por que Cami não parecia tão feliz assim? A confortei diversas vezes, quando ela chorava por ele, mas agora, conhecendo Camila como eu conhecia, vi que ela parecia confusa com algo.
- Já vamos... O Nando dormiu... – encontramos Jaque. Marcela estava logo atrás com o loirinho no colo.
- Eu vou com vocês... A festa já deu o que tinha de dar... – Melissa me olhou. – Ainda vai ficar, Sam?
- Vou sim... – a morena apenas acenou.
- Boa noite, meninas... – Marcela e Jaque falaram.
- Não apronta muito sem mim, Sam... – Mel cochichou em meu ouvido.
- Pode deixar... – fiz um gesto com o polegar.
Elas passaram a se distanciar e então me virei, olhando para Cami, que observava as outras irem. Franzi o cenho, não entendendo muito coisa. Fiquei na duvida se deixava os dois a sós, ou se saia dali.
- Vamos atrás das outras... – Cami pediu.
- Vamos lá... – passei por eles.
Caminhamos pela praia, até avistar as outras, sentadas na areia. Camila ficou para trás com o tal Vinicius e eu me aproximei das meninas. Cássia me ofereceu uma cerveja e eu aceitei, bebendo um gole.
- Camila arranjou um carinha? – Amanda perguntou, apontando para onde Cami e o amor dela estavam.
- É o carinha... Amor proibido. – as meninas arregalaram os olhos.
- O que não podia ficar com ela porque engravidou a namorada? – Emi perguntou.
- Exato. – olhei para Juliane. – Então, vocês foram expulsas da festa...
- Você perdeu o momento Kung Fu... – Nick comentou.
- Mas, como aconteceu? – perguntei, me jogando nas coxas de Isabela.
Nicole me olhou feio, mas eu não dei a mínima.
Alexandra, a morena com cara de modelo, começou a narrar o acontecido. Depois Flávia tomou a frente, enquanto as outras apenas riam. Juliane estava emburrada, enquanto Micaela não lhe olhava.
Parece que as duas brigaram mesmo.
- Acho que tá na nossa hora, amor... – Fernanda comentou, olhando para a filha.
Já disse que ela, a namorada e as amigas são umas gatas? Pois é, são.
- Mas, já? – Emi perguntou.
- A Mila pegou no sono. – as quatro se colocaram de pé.
- Ei, nos visitem amanhã. – Paloma convidou.
- Isso, podemos passar a tarde na piscina. Estão convidadas a participar de nossa briga de galo. – Flávia sorriu e as outras franziram o cenho.
- Esse aqui? – Alex apontou para a namorada, que cerrou o olhar.
- Tô morrendo de rir, Alexandra... – a loira colocou as mãos na cintura.
- Ih... Te chamou pelo nome. Tá ferrada, Alex. – Alice brincou.
- Vai ficar sem costela essa noite. – acrescentei.
- EI? Não dá ideia... – Alex franziu o cenho, fingindo raiva, mas depois piscou.
Nos despedimos das garotas, que prometeram passar a tarde conosco.
- Gostei delas... – comentei.
- Claro que gostou... – Nick me olhou. – Agora desencosta da minha namorada...
Credo, mulher ciumenta.
- Vamos pra casa... Minha calcinha tá cheia de areia...
Juliane reclamou e gargalhamos.
Isabela
A casa estava totalmente escura. As luzes do quintal apagadas, mostrando que todos já dormiam. As meninas iam a frente, conversando baixinho. Iria responder a algo que Flávia me perguntou, quando fui puxada.
- Sh... – Nick sorria. – Deixa elas irem... Vem.
Ela saiu me puxando, enquanto riamos. Chegamos a beira da piscina, que também estava as escuras. Nicole tirou a roupa lentamente, de costa para mim. Ela me olhou por cima do ombro esquerdo, sorrindo e se jogou na água. Fiquei parada, sabendo que deveria estar com cara de boba.
- Você não vem? – respirei fundo, abrindo os poucos botões da blusa que eu vestia.
- Acha que não consigo? – ela abriu um sorriso perfeito.
- Acho que não... – mordi meu lábio.
Olhei ao redor, verificando que realmente não havia alguém por perto. Tirei o short, ficando apenas de roupas intimas. Senti os olhos de Nicole sobre mim, me desafiando ir além. Sorri, tirando primeiro o sutiã e logo em seguida, a calcinha.
Senti minha face arder em vergonha, mas quando encarei os olhos desejosos de Nicole, aquilo foi para segundo plano.
Me joguei dentro da piscina, imergindo a centímetros dela.
- Oi... – abracei seu pescoço, não conseguindo parar de olha-la.
- Oi... – Nick respondeu, beijando o canto da minha boca. – Quero fazer amor com você...
Fechei meus olhos, sentindo Nicole beijar o meu pescoço. Nossos corpos pareciam querer se fundir. Esfregando-se um no outro, enquanto nossas bocas se exploravam de forma gostosa, preguiçosa.
Senti meu sex* latejar, querendo enlouquecidamente o contato dela. Eu precisava de Nicole em meu corpo, dentro de mim. E como se ela pudesse ouvir meus pensamentos, fui invadida lentamente.
Senti minha costa grudar na parede da piscina.
- Eu te desejo tanto, Isa... Tanto. – os movimentos de vai e vem continuavam, me torturando, tirando meu ar.
- Ah, Nick... Eu quero você... Ah... – meus quadris passaram a se mover, cada vez mais rápido.
Ela tomou um dos meus seios em sua boca e eu gemi mais alto, segurando seus cabelos.
Rodeei o quadril de Nicole, fazendo o contato ficar ainda mais profundo, forte. Apoiei a cabeça na borda da piscina, fechando meus olhos no momento em que um orgasmo avassalador tomou conta de mim.
Eu ofegava, sentindo Nicole depositar um beijo sobre meu colo.
Lhe encarei, a puxando pela nuca e a beijei, sem pressa. Aos poucos o meu coração foi voltando ao normal, mas o meu corpo ainda queimava. Eu queria dar a ela um pouco de tudo que ela me proporcionou.
A fiz trocar de lugar comigo.
Desci minha mão até o sex* quente.
Nicole fechou os olhos.
- Isa... Uh... – puxei o seu lábio inferior.
Era guiada por meu desejo por ela.
- Eu quero que se derrame em meus braços... Meu amor. – fazia movimentos circulares sobre o clit*ris, que estava ficando inchado.
Ela estava com a boca entre aberta, segurando meus ombros.
- Assim tá bom? – lhe invadi com um dedo.
- Mais... – mordi meu lábio, colocando mais um dedo no lugar quente, desejoso. – Ah... Ah... Is... a.
Aumentei gradativamente os movimentos, até sentir Nicole mover os quadris, buscando por contato, que eu lhe dei com todo prazer. Os seus gemidos preenchiam os meus ouvidos, servindo como um som erótico maravilhoso.
Então ela se desfez em meus braços e eu a apertei contra mim, rindo de nossa loucura. Nos beijamos, sorrindo e não querendo nos afastar.
Ela era o meu lugar...
Fim do capítulo
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