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Tudo de Nós (Por que demoramos tanto?) por Leticia Petra e lenna11

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Palavras: 4269
Acessos: 5236   |  Postado em: 28/06/2017

Capítulo 2 - O encontro

8 de julho de 2016.

Sexta-feira.

 

Flávia

Aquela sexta estava um pouco preguiçosa. Acordei muito cedo e sentei na cama, esperando a coragem aparecer. Amanda dormia serena ao meu lado. Os cabelos loiros cobriam o rosto bonito, de traços delicados, sexy.

Mordi meu lábio.

A micro camisola rosa clarinha estava ainda mais curtinha devido a forma que minha namorada estava deitada. Fiquei tentada em tocar-lhe, mas não estávamos sozinhas. As outras garotas ainda dormiam, pois ainda era seis da manhã.

“Controla, Flávia. Deixa de ser pervertida”. Cobri Amanda com o lençol branco.

- Ei... – tirei a minha atenção de Amanda e olhei para a porta. Nem sequer havia percebido que a porta se abriu.

- Oi... – Emi sorriu.

- Vamos correr? – ergui a sobrancelha.

- Emily, desde quando você acorda cedo para fazer exercícios físicos? – a morena revirou os olhos.

Sussurrávamos para não acordar as outras.

- Deixa de ser chata e vem logo... – ri.

- Desço em cinco minutos. – levantei, indo para o banheiro. – Mas, o que...

Dei de cara com um monte de calcinha.

Literalmente de cara.

- Tia Ju... – todas eram de fio dental. – Essa mulher não tem jeito...

Entrei no box, tomando um banho rápido. Logo, já descia as escadas, vendo Emily sentada no chão. Estranhei muito o fato da morena estar acordada aquela hora, sem ameaças da Becca ou para ter de trabalhar.

- Vamos? – chamei e ela levantou.

Saímos da casa, descendo para a praia.

- Emily, o que te deu? – ela gargalhou.

- O que? Não posso querer ficar em forma? – coloquei a mão no queixo. – Juro que só quero adquirir hábitos melhores...

Ela sorriu.

- Ok... Vamos nos alongar... – amarrei meus cabelos em um rabo de cavalo.

- Não tive coragem de contar a minha mãe... – franzi o cenho. – Mas, vou fazer isso ainda hoje...

- Emi, não precisa ter medo da reação dela. A Juliana mudou bastante e tenho certeza que saberá que não fez por mal... – Emi franziu o cenho.

- Acho que tá certa... – ela sorriu.

- Claro que tô... – ri, convencida.

- Idiota... Vamos. – passamos a correr.

Essa corrida não deu muito certo. Emily e eu começamos uma brincadeira de empurra, empurra que resultou em quatro joelhos ralados e roupas, cabelos e bocas cheias de areia.

Uma hora depois nos jogamos em uma sombra.

- Isso tá ardendo... – reclamei. Emily gargalhou, mas logo fez careta.

- Becca vai me matar... – dessa vez foi eu quem gargalhou, mas logo lembrei de Amanda.

- Droga... – tentei tirar o excesso de areia do meu cabelo. – Como isso acabou assim?

- Sei lá... Mas, amanhã é provável que eu esteja igual a robô. – ri. – Projeto de verão não começou muito bem.

Olhei para os meus joelhos que sangravam.

Já imaginava Amanda cuidando das feridas...

Estremeci.

- Vamos voltar e talvez tenhamos a sorte de encontrar todo mundo dormindo. – olhei no relógio. – Ainda são sete e meia.

- Vamos sim... – levantamos e não havia pique para voltar correndo.

Emily e eu conversávamos bobagens e quando chegamos a casa de meus pais, respiramos aliviadas ao ver que não havia ninguém ali fora. Entramos sem fazer barulho e quando eu pensei que iria entrar em meu quarto sem levar um sermão por estar igual uma criança que veio do parquinho, dei de cara com Amanda.

- Tô indo... – Emily não esperou resposta.

“Traidora”. Bufei.

Amanda me olhou dos pés a cabeça, franzindo o cenho.

Sorri amarelo.

 

Cássia

- AAAAAAAAAAI! – Paloma e eu nos olhamos.

Havíamos acordado há algum tempo. Paloma e eu ficamos no quarto, ouvindo Flávia gritar dentro do banheiro. Amanda arrastou a pobre, dizendo que iria cuidar de suas feridas. A minha namorada segurou a minha mão.

- Vamos descer... – levantamos.

- Droga! Isso arde.

- É melhor... – saímos do quarto, encontrando Emily e Becca.

Emi estava com cara de choro.

Afinal, o que estava acontecendo?

- Não pergunta... – Emi fez um gesto com a mão. Estava caminhando de forma engraçada.

Descemos as quatro para tomar café.

Senti meu celular tocar.

Era a minha mãe.

- Amor, vou atender a minha mãe... – lhe beijei a bochecha e entrei na sala, sentando no sofá. – Oi mãe...

- Oi, minha filha. – sorri. – Seu pai e eu estamos com saudade...

- Até da minha bagunça? – ouvi uma risada do outro lado.

- Inclusive da sua bagunça, minha filha. Como estão as coisas por ai? Tá se alimentando bem? Usando protetor? Não anda fazendo safadezas demais?

- MÃE! – olhei ao redor.

- O que? É uma pergunta normal. – rolei os olhos.

- Você não poderia ser como as outras mães que sentem vergonha em saber sobre isso? – ouvi outra gargalhada e eu sorri.

- Obvio que não. Você é o meu bebe e eu quero saber de tudo. – cocei a cabeça.

- Tudo mesmo? Olha, talvez vá se arrepender... – decidi entrar na brincadeira.

- Ok, talvez os detalhes não sejam necessários. Te conhecendo, sei que não pouparia nesse quesito.  – gargalhei. – Filha, ligo mais tarde, pois temos um compromisso agora pela manhã. Seu pai mandou um beijo.

- Manda outro pra ele, mamãe. Vou esperar sua ligação... – sorri.

- Certo, minha menina. Cuidado e nada de aprontar, Cássia. – ri.

- Sim senhora, tchau mãe... – a ligação foi encerrada.

Levantei, colocando o celular no bolso. Sai da sala, seguindo o barulho que vinha da varando dos fundos. A mesa já estava posta e quase todos ali. Flávia, que brincava com os irmãos, me encarou.

Sentei ao seu lado.

- Não existe enfermeira pior que a Amanda... – ela reclamou baixinho, me fazendo rir.

- Ainda não entendi como acabou assim... – apontei para os seus joelhos.

Flávia deu de ombros.

- Emi e eu saímos pra correr. Deu nisso... – olhei para a morena.

- Caramba, Melissa. Como é difícil te acordar... – Samantha reclamou. – Bom dia meu povo...

- Bom dia... – elas sentaram.

- Melissa é assim mesmo. Por isso estuda no período da tarde. – Sofia olhou para a filha. – É a preguiça em pessoa...

Rimos.

Melissa pareceu ficar sem jeito.

- Valeu, mãe. Também te amo... – ela fez um gesto com o polegar.

- Camila também não gosta de acordar cedo. – Renato entregou.

- Pai, não estávamos falando da Melissa? – Camila fechou a cara.

Desde ontem, notei que a rabugenta, ficou ainda mais chata.

- Ninguém ganha a Paloma nesse quesito... – minha sogrinha falou, olhando para a minha Paloma, que apenas ergueu a sobrancelha.

- Não estávamos falando da Melissa? – ela questionou e rimos.

O café da manhã seguiu em ritmo descontraído. Sofia fez Melissa querer se enterrar com comentários sobre a morena. Depois, nos acomodamos ao redor da piscina. Paloma estava deitada em minhas coxas.

- Amor, o que a minha sogrinha falou? – ergui as sobrancelhas, lembrando da conversa com minha mãe.

- Bom, nada demais... Ela só queria saber como estavam as coisas... – beijei seus lábios.

- Queria namorar um pouco... – ela me olhou de forma maliciosa. Abri um sorriso.

- Sossega a periquita, Paloma... – Nicole sentou com Isabela ao nosso lado.

Ela me lançou um olhar assassino.

Gente, até quando?

 

Nicole

- Amor, não pega tanto no pé da Cássia... – Isabela me ralhou.

Olhei para a individua ao meu lado.

- Não prometo nada, Isa... – Cássia sorriu e Paloma me olhou feio.

- Quero saber até quando você vai me perseguir, Nick... – abri um sorriso, antes de responde-la.

- Sempre! – ela bufou e saiu arrastando a namorada para sentar ao lado de Marcela e Jaque, que brincavam com o Nando do outro lado da piscina.

- Você não tem jeito... – Isabela me abraçou pelo pescoço e ch*pou o meu lábio inferior.

Suspirei, sentindo o corpo reagir.

- Pegação aqui não, senhorita certinha... – Flávia passou por nós.

- Gente, a Melissa tá bem acompanhada... – minha tia apontou para a praia. – Ai...

Micaela lhe acertou um tapa na testa.

Olhamos para onde minha tia apontou e podíamos ver Melissa conversando com outras três garotas. Uma delas lhe deu um abraço apertado e logo em seguida se foram. Olhei para Camila e a minha prima tinha as sobrancelhas erguidas.

Melissa se aproximava.

- Nossa... Quem eram? Me apresenta? – Samantha a fez parar. Melissa olhou rapidamente para Camila.

- Umas amigas. Elas me convidaram para um luau. Quer ir? – a menina sorriu.

- Claro que quero! Tô louca pra pegar uma loira... – Samantha deu pulinhos.

- Fechou... – as duas fizeram uma espécie de cumprimento.

Cássia, Paloma, Juliane e Micaela se juntaram a Melissa e Samantha.

- O que foi? – olhei para Isabela. Seus olhos verdes ficavam em uma tonalidade diferente durante o dia.

Sorri, tocando de leve o seu rosto.

- Apenas bobagens... Vamos sair mais tarde? Quero muito te namorar um pouco... – o sorriso bonito moldado por lábios grossos, rosados.

Perfeitos.

- Sabia que você é a mulher mais linda que já vi? – Isabela ficou sem jeito. O lado meigo daquela mulher era a coisa mais fofa desse mundo.

Eu não sou só uma boba apaixonada.

Isabela encanta o mais duro dos corações e eu não me cansava de pensar em como era sortuda por ter aquela mulher comigo. Às vezes questionava a mim mesma, se aquilo não foi o destino.

- Você sempre me deixa sem jeito, Nicole... – sorri, segurando o seu queixo e a fazendo me encarar.

- Eu... Te... Amo... – meu Deus, esse sorriso.

- Eu te amo muito mais... – Isabela beijou cuidadosamente os meus lábios. Não sei precisar por quanto tempo ficamos apenas sentindo a maciez. – E é claro que eu quero sair para namorar a minha linda namorada.

Suspirei.

- O amor é lindo... – Camila sentou ao nosso lado.

Parecia mais um besouro com o óculos escuro enorme.

- Cara, é inacreditável como tem estraga  prazer nessa casa... – falei, massageando minha nuca.

- Calma meu amor... – Isa me fez deitar sobre suas coxas. – Tá tudo bem...

- Não sei como aguenta. Santa Isa... – Camila debochou.

- Olha quem fala... A rainha das rabugentas... – rosnei e ela me mostrou a língua.

- Por que não vai sentar com elas? Sei que sua bunda tá coçando... – Camila tirou o óculos e me olhou como se quisesse sungar a minha alma.

- Não tô coisa alguma. Elas que se divirtam com as modelos que mais parecem que passam fome... – ergui a sobrancelha.

O que era aquilo?

- Modelos... – ri.

- Nicole, vai se ferrar... – ela levantou, nem sequer olhou para trás.

- Camila deve ser bipolar... – Isa me olhou feio.

- Nicole... – gargalhei, a puxando para um beijo.

- Coisa linda... Linda, linda...

 

Becca

Emily e eu saímos, deixando as meninas na piscina. Me comprometi a levar a minha mãe na rodoviária. Ela me confortava, sentada no banco detrás, dizendo que seria somente alguns poucos dias. Mesmo não querendo, sabia que não deveria me opor aquela viagem.

Eu não queria ficar longe dela.

Talvez fosse um pouco de egoísmo, mas eu tinha aquele direito, certo?

Chegamos a um ponto de van.

Minha mãe não queria voltar dirigindo, pois viajaria aquele dia mesmo e não queria chegar cansada. Descemos do carro e um veículo que iria para Belém estava parado bem a frente. Acho que era a gravidez, mas acabei abraçando a minha mãe e chorei.

- Oh, minha menina... – ela me abraçava forte, passando a mão em meus cabelos. – Prometo que não vou demorar...

- De verdade? – quis saber. Eu precisava daquilo.

- De verdade. – nos separamos. – Vou ligar todos os dias. E Emily?

- Sim, dona Alice? – Emi me abraçou de lado.

- Cuida bem da minha filha e do meu neto. – ela sorriu.

- Com a minha vida... Não se preocupe. – minha mãe segurou o meu rosto.

- Eu te amo, Rebecca... – daquela forma eu não iria mesmo deixa-la ir.

- Eu te amo, mamãe...

Abracei novamente a minha mãe. Aquele momento, sonhando em todos os meus dias, estava acontecendo. Nos separamos a muito custo e então a vi entrar no carro. Emily me abraçou, me deixando ficar em seu cuidado.

- Amor, logo ela volta... Vem. – minha esposa abriu a porta do carro, me fazendo entrar.

Emily deu a volta no veículo, entrou. Ela me olhou, secando as minhas lágrimas.

- Desculpe amor, deve ser os hormônios... – ela sorriu. Segurou minha face com as duas mãos, beijou-me carinhosamente o canto da boca.

Fechei meus olhos.

- Tô aqui pra você, minha vida... Sempre.

Emily beijou-me com extrema delicadeza, me fazendo querer permanecer ali para a vida toda, sem pressa ou medo. Cada célula do meu corpo reconhecia os toques de Emily, o cheiro, o sabor...

- Hum... Vou perder a cabeça... – nos afastamos, mas não muito. – Você é...

- Eu sou... – Emily sorriu, me deixando boba.

- Amor, não provoca... – ri. Emily me fazia imensamente bem.

Muito mais que isso... Não havia explicação.

- Obrigada, meu amor... – ela sorriu.

- Pelo que, amor? – toquei seu rosto.

- Por me amar... – ela franziu o cenho.

- Como se fosse difícil, senhora Bittencourt...

Voltamos para a casa de Carolina, mas Emily me fez ir direto para o quarto. Ganhei um banho com muito cuidado. Às vezes me perguntava se Emily não era um sonho. Sei que ela tinha defeitos, mas suas qualidades eram tão presentes, que ofuscavam qualquer outra coisa.

- Amor, você tá me acostumando muito mal... – estávamos deitadas.

- Tá reclamando, dona Rebecca? – ela me encarou, sorrindo e me deixando da forma que somente ela conseguia.

- Jamais, senhorita Emily. – entrei na brincadeira.

- Acho bom, se não terei de castiga-la... – ela piscou. Ergui as sobrancelhas.

- Castigar? E como seria isso? – ela gargalhou.

- Desse jeito...

Emily tomou a minha boca, fazendo com que eu me esquecesse de tudo. Senti sua mão macia adentrar por meu sutiã e segurar com maestria o meu seio esquerdo. Gemi, segurando com força a bainha de sua blusa.

- Você me faz perder a cabeça, Becca... – sorri.

Meu corpo estava em chamas sem ela precisar ir além.

- Me mostra o quanto, Emi...

A puxei novamente para um beijo...

Quente, voraz... Dela.

 

Jaque

Olhava para Nando que brincava com Cássia e Paloma, e um sorriso bobo não saia de meu rosto. Não consigo mais imaginar minha vida sem ele, nem sem a minha loira que faz meu coração falhar só de olhar para ela.

Marcela me tinha de todas as formas.

 Minha esposa...

Sorri.

Mas, de repente lembrei de meus pais e ficar mexida com a possível reação deles foi inevitável. Apesar de tudo, eram os meus pais e eu os amava... Queria, ou melhor, tinha a ilusão de que um dia eles poderiam refletir e perceber que perdemos muito tempo com preconceitos bobos.

Respirei fundo.

Iria deixar esse assunto de lado e focar na minha família.

Sorri novamente.

- Um beijo pelos seus pensamentos. - Marcela me trouxe a realidade com aquela voz maravilhosa em meu ouvido.

Meu corpo ficou arrepiado. Efeito daquela mulher.

- Pensava em como sou a mulher mais feliz desse mundo. - puxei ela para sentar em meu colo e antes de beija-la, fomos interrompidas.

- Nem pensem nisso tem criança no recinto. - olhamos para a dona daquela voz de queixo caído.

O mundo tinha salvação...

- Não acredito que a pessoa mais sem noção, tá mesmo dizendo isso. -  Flávia foi a primeira a se manifestar.

- Também não é assim, eu tenho meus limites. Não tenho amor? - Juliane perguntou para Micaela.

Ela franziu o cenho, colocando a mão no queixo.

 - Não lembro de nenhum, amor. - Mica respondeu.

Juliane fez cara de cachorro que caiu da mudança.

- Uau... Toma, essa doeu... – zombei e Marcela me olhou feio.

- Magoei. - Juliane fez uma cara de ofendida, arrancando gargalhadas de todas.

- Oooooh. - todas disseram e foram abraça-la. Eu aproveitei e puxei minha esposa para um beijo.                       

Beijar Marcela era sempre maravilhoso, sentir seus lábios junto aos meus era indescritível. Ela sugou de leve a minha língua, fazendo com que o ar se esvaísse de meus pulmões. Fomos interrompidas novamente pela estraga prazeres da Juliane.

Essa mulher está de perseguição.

- Eii? Assanhadas, vão para um quarto. – ela colocou as mãos na cintura.

- Amor, deixa elas curtirem a lua de mel em paz. – Micaela saiu arrastando a namorada para o outro lado da piscina.

Elas sentaram ao lado da Camila, que hoje mais lembrava um cão raivoso.

- A Ju ainda vai apanhar... – Nando sentou em meu colo. – Oi, rapazinho.

- Mãe Jaque, olha o que eu fiz... – arregalei meus olhos.

Olhei para Marcela, que parecia tão surpresa quanto eu.

Ele me chamou de mãe.

Passei a rir igual boba, beijando os fios loiros de Fernando. Ele gargalhou, me deixando ainda mais encantada. Olhei para o desenho em sua mão e senti meus olhos lagrimarem. Olhei para ele.

- Olha, essa é a mamãe Marcela... – ele apontou para o papel. – Essa é você e eu... Essas são as minhas tias...

O papel inteiro estava desenhado com várias bolinhas com olhos e cabelos. Ri, abraçando o meu filho.

- Ficou muito lindo, meu filho... – Marcela tocou em meu rosto.

- Obrigada, mami... –ele beijou a minha face e depois fez o mesmo com Marcela, saindo correndo logo em seguida e se jogando nos braços de Juliane.

- Você tá chorando... – encarei a minha loira.

- Tô? – passei a mão sobre meu rosto.

Ela sorriu.

- Tá sim... Bobona. – ela me abraçou, afagando meus cabelos. – Bobona que amo muito.

Ri.

- E essa bobona aqui te ama muito...

 

Melissa

- Podemos levar todas... Sem problema. – sorri para Samantha.

- De onde conhece aquelas meninas? – Juliane me perguntou.

Estávamos na beira da piscina, Juliane, Samantha, Micaela e eu. Camila, assim que a tia sentou ao seu lado, saiu e foi sentar do outro lado. O clima entre elas continuava estranho, mas eu sabia que logo elas se acertariam.

- São da faculdade. – dei de ombros.

- Gente, tô louca pra dançar... – Micaela bateu palminhas, animada.

- Micaela dança muito bem, cuidado tia... – Juliane cerrou o olhar, parecendo querer esganar Sam.

- Eu confio no meu taco, Sam... – ela torceu o beiço.

- Sei... – essas garotas são únicas.

- E você, Melissa? – Micaela me olhou.

- O que tem eu? – franzi o cenho.

- Não tem uma namorada? – sorri.

- Não... Não tenho sorte para relacionamentos... – as três me olharam.

- Mel, você é linda e boa gente, como não tem sorte? – Micaela sorriu.

- Pega leve com os elogios, Micaela... – Ju olhou feio para a namorada.

Ri.

- Amor, agora não é hora disso... – a morena voltou sua atenção para mim. – Agora, conta isso...

Cocei a cabeça.

- Bom, digamos que eu namorei uma garota que tinha namorado. Ela o deixou, mas depois ele passou a me ameaçar... – foram dias ruins. – Conheci uma garota que dizia que eu havia feito “macumba” pra ela... – as meninas riram.

Hoje é uma história engraçada, mas na época foi assustador.

- E meia dúzia que não queria sair de Nárnia... – as gargalhadas foram altas.

- E agora se apaixonou pela...  Aiiii... – Samantha esfregava o braço.

Sorri amarelo para as outras duas.

Ficamos conversando bobagens por algum tempo, deixando o outro assunto totalmente de lado. Samantha quase disse o que não devia. Almoçamos e depois voltamos para a beira da piscina. Eu bem que queria me animar com a festa e as possíveis mulheres que beijaria, mas não estava ocorrendo.

Minha cabeça insistia em pensar na mulher que não me olhava, não me queria e jamais iria me enxergar. Dava uma vontade quase sufocante de abraçar Camila e dizer a ela que a desejava e que me apaixonei.

Bufei, frustrada.

Coloquei os óculos escuro.

Não gostava de me isolar, mas era o que mais havia feito nos últimos dias. Me sentia uma perfeita idiota por isso.

Foi quando olhei e vi Camila tirar a blusa branca que cobria seu corpo. Senti o ar preso, as mãos suarem e o coração ir a boca.

Biquíni vermelho e minúsculo.

A barriga chapada, as pernas malhadas, mas nada exagerado. Os seios fartos, cobertos pelo tecido.

Desse jeito fica difícil esquecer essa mulher...

- Bobeou, dançou...

Juliane empurrou Camila dentro da piscina. A morena emergiu, com a face transformada. Até eu senti medo e não queria estar na pele da Juliane. A minha... Digo, Camila saiu da água, pegando os chinelos que estavam no chão.

- Você me paga, tia... – ela jogou um dos chinelos, mas acabou acertando a Flávia.

- Que porr*... – Flávia levantou. Juliane correu, mas acabou tropeçando em Nicole.

- Mas, que merd*... Tia. – a mulher levantou afoita.

- Volta aqui... – Camila jogou a outra sandália, mas essa foi parar na cabeça da Cássia.

Arregalei meus olhos...

As quatro saíram correndo atrás de Juliane.

- Essa eu quero ver... – Samantha foi atrás.

- Gente... Não mata a minha namorada... – Micaela ainda gritou.

Olhei para todas que ficaram e elas pareciam da mesma forma que eu.

- Juliane já gosta de apanhar... – ouvi Jaqueline comentar para a esposa.

 

Juliane

- Desculpem por isso. – Flávia sorriu sem graça.

Eu estava vendo estrelas.

 – Me chamo Flávia, essas são Nicole, minha irmã. Samantha e Camila, minhas primas. Essa é a minha amiga Cássia e essa minha tia Juliane, a cabeça dura.

Engraçadinha.

- Prazer meninas... – a de cabelos castanhos sorriu.

- Vou fazer um seguro de vida, porque a qualquer hora morro com um traumatismo craniano... – exagerei, eu sei.

- Isso é castigo divino, tia... – Camila zombou.

- Eu não vi... Também estava correndo sem olhar pra frente. – a loira que se chamava Marilia, falou e fez careta, colocando a mão sobre a região que estava bastante vermelha.

- Sem problema, loira. Essa bem que mereceu... – Cássia riu.

Era o fim.

- Amor, vamos colocar gelo... – a morena fazia carinho na loira.

- Meninas, olha... Perdoem o encontro... – a namorada da tal Fernanda falou, parecendo sem jeito.

- Sem problema, Alice. Isso acontece o tempo todo... – Samantha comentou e as quatro riram.

- Acreditem... É verdade. – Nick deu de ombros. – Não há gente normal nesse grupo e olha que ainda tem mais.

- Meninas, podemos marcar algo para nos desculpar. – a tal Alex sorriu – Mas, eu vou levar a minha namorada e seu galo de estimação.

- Engraçadinha... – a loira respondeu.

- Também vamos indo e sim, vamos marcar algo. Gostei de vocês... – Flávia sorriu. – Tô sem celular, mas onde estão hospedadas?

- Também gostamos de vocês. – a chara do Nando falou. – Bom, estamos em uma casa mais a frente... – ela apontou para a direção em que a loira e elas corriam quando trombamos. – O número é 27... Não somos daqui, então sem muitos detalhes. Façam uma visita... Até breve, meninas...

- Até...

Vimos as quatro se afastarem, rindo da loira com o galo na testa. Eu até iria fazer o mesmo, se não estivesse com um bem no meio da testa. Meu resto de dignidade foi pelo ralo. Olhei para as meninas.

Sorri amarelo.

- Depois acertamos as contas, por favor... – implorei e funcionou.

- Vamos, tia...  – Nicole chamou.

Passamos a caminhar de volta para a casa da Carol. Cheguei, ainda tentando tirar o excesso de areia que estava grudado em toda parte. Micaela se aproximou e eu já previa as broncas. Tratei logo de fazer cara de dor.

- Amor, quero um analgésico...  – ela me olhou assustada e depois para as quatro, que apenas deram de ombro e saíram de perto.

Traíras.

- Ok... Não vou nem perguntar o que aconteceu... – ela massageou a têmpora.

Sinal que sua paciência estava por um fio.

Melhor ficar calada.

Entramos na casa, subindo e passando direto para o quarto. Ela me mandou tomar banho e disse que iria atrás de um analgésico. Tirei toda a areia, sentindo um grande alivio. Sai do banheiro, troquei de roupa.

- Aqui, amor... – Micaela me entregou um copo com água e o remédio.

Tomei tudo.

- Obrigada, amor... – ela colocou o copo em uma cômoda.

- Ju... Eu...

Não a deixei terminar de falar e a joguei sobre a cama, ficando por cima.

- E sua cabeça? – sorri.

- Meu desejo por você é mais forte...

Puxei o seu lábio inferior, o ch*pando com delicadeza. Lhe beijei com fome, vontade dela. Escutei um gemido vindo da minha deusa e sorri, invadindo a sua blusa e cobrindo com a minha mão, o seio farto.

Dessa vez quem gem*u foi eu.

- Oh, que... Delicia... – brinquei com o mamilo. – Quero você... Toda. Minha Micaela... Somente minha.

- Só sua amor... Sua.

Sorri em satisfação e excitação.

 

 

Fim do capítulo


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