• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Tudo de Nós (Por que demoramos tanto?)
  • Capítulo 1 - 6 de Julho de 2016

Info

Membros ativos: 9524
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,491
Palavras: 51,957,181
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Thalita31

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell
  • 34
    34
    Por Luciane Ribeiro

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • Happy hour
    Happy hour
    Por caribu
  • O
    O Jardim dos Anjos
    Por Vandinha

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Tudo de Nós (Por que demoramos tanto?) por Leticia Petra e lenna11

Ver comentários: 6

Ver lista de capítulos

Palavras: 8357
Acessos: 11276   |  Postado em: 28/06/2017

Capítulo 1 - 6 de Julho de 2016

OLHA QUEM VOLTOU!!!

 

- Oi meninas. Nossa, não fazem ideia do quanto senti a falta de vocês. É tão bom estar de volta. Olha, vocês precisam saber sobre tudo o que rolou. Tem muita coisa rolando...

- Flávia?

- Aqui amor...

- O que tá fazendo?

- Dando boas vindas às meninas.

- Ah, sim. Olá garotas.

- O que tão fazendo?

- Ah, oi Mila. Estamos falando com as garotas.

- Espera... Vão me expor, Flávia?

- Hei... Calma.

- Calma é o caramba.

- O que tá rolando?

- Camila tá dando chilique. Cássia, você não estava com o Nando?

- Ele ficou com a Paloma. Mas, o que fazem?

- Elas querem voltar com aquele assunto de novo.

- Da noite do casamento? Merda, deixa contar o que eu vi.

- Cala a boca Cássia! VOCÊ NÃO VIU NADA!

- Que mal humor.

- Alguém viu a Ju?

- Ela estava com os manos, Mica.

- Vou atrás dela.

- Isso... Não deixa ela vir aqui.

- Até me perdi...

- Melhor deixamos para a autora, amor...

- Certo... Vamos nadar um pouco?

- Vamos... Tô morrendo de calor...

- Cadê as meninas Mel?

- Não sei Sam... Vamos ver algo na Netflix...

 

Quarta, 6 de julho de 2016.

 

Flávia.

- Ei, acho que a Sam, Cami e Mel vão precisar de reboque. – tia Juliane se aproximou de onde Amanda, Emi, Becca, Nick, Isa e eu estávamos.

- Por que tia? – franzi o cenho.

- Elas capotaram na areia... – ela deu de ombros.

- Que? - levantamos.

- O que aconteceu? – Nick perguntou. Minha tia estava ofegante e cheia de terra, mas não tirava um sorriso besta da cara.

- Vocês precisam saber, mas só contarei quando elas saírem do coma alcoólico. – sem dizer mais nada, ela saiu e passamos a segui-la.

Andamos pouco mais de cinquenta metros e podíamos avistar três pessoas jogadas na areia. As ondas estavam prestes a alcança-las. Corremos e quando chegamos, o estado das três era lastimável. Camila estava com a roupa detonada, me fazendo abafar um riso. Se Cássia e Paloma não estivessem se pegando na despensa, na certa, iriam adorar ver o estado daquelas individuas.

- Meu Deus...

- Será que eu posso sair? – tia Juliane perguntou com a cara mais cínica do mundo. Ela estava em pé no meio do quarto em que estávamos dividindo desde ontem à noite. Camila barrava a saída, sentada no chão e com as chaves dentro do short.

Isso, bem nesse lugar mesmo...

- Eu tô com fome... – reclamei. Paloma e Cássia estavam escoradas em meus ombros. Melissa e Samantha com cara de tédio.

- Camila, nos deixa sair daqui. – Cássia implorou. A amarela estava ficando vermelha de raiva e além de tudo, a louca desligou o ar, dizendo que aquilo era o nosso castigo.

Eu só queria está curtindo minha Amanda e a piscina agora, pelo amor de Deus.

- Não... Vocês vão contar o que aconteceu ontem pra todo mundo. – ela cruzou os braços sobre o busto.

Contar para quem? Essa maluca não percebe que não há ninguém? Só a família toda... Se bem que, tem muita gente mesmo. É, a Mila vai passar vergonha de qualquer jeito.

- Alguém pode abrir essa porta? – Micaela estava a mais de cinco minutos batendo, junto de Amanda, Nick e Isa.

- Mas, eu vou é mesmo. – tia Juliane também não facilitava. – Quem mandou encher a cara e...

- Cala a boca tia... – Mila gritou, fazendo minha tia rir.

- Ai, meu Deus... Eu quero sair daqui! – Paloma reclamou.

- Shit... I can’t take it anymore... It’s been three hours since we’ve been here. – Sam começou a tagarelar em inglês. – Camila... Please.

Alguém acerta um tapa nessa garota?

- Vamos... Eu preciso comer algo. – Mel levantou. – Pelo amor de Deus...

- Fica sentada ai, garota. – senti vontade arrancar os cabelos de Camila.

Com pinça para ser mais doloroso.

Credo! Que má...

- Camila, abre a merd* dessa porta! – um baque alto foi ouvido. Acho que Nick chutou a porta.

- Amor, calma... – Isa era a única calma.

- Amor, você tá bem? – minha namorada gritou.

- Amor, me tira daqui... – choraminguei.

- Não batam na minha namorada. Por favor. – Mica voltou a se manifestar.

- Afinal, o que aconteceu? – Paloma levantou. Melissa, Sam, Camila e Juliane se olharam. Eu também queria saber. – Estamos presas aqui injustamente...

- Deixa que eu conto com todo prazer... – Tia Ju esfregou as mãos uma na outra.

 

Juliane

A festa foi linda, até me deixou com vontade de casar. Olhei para a pista de dança improvisada e sorri ao ver a minha namorada dançando com a minha irmã. Faziam passos engraçados ao som de algum pagode qualquer.

Micaela...

Tudo nela me deixava em pleno êxtase. A boca de sorriso fácil, a voz melodiosa, diria até angelical. O jeito de mulher decidida, sabe sempre o que quer e  está sempre me fazendo pensar junto dela.

Sorri, ao perceber a sorte que eu tinha.

Levantei, querendo caminhar um pouco e aliviar a minha cabeça da bebida ingerida. O vento soprava forte e bagunçava os meus fios. Sentei um pouco distante da casa de Carolina. O céu parecia em complô com aquele dia.

Fechei meus olhos, mas o abri logo em seguida ao ouvir risadas abafadas. Olhei ao redor e pude ver uma casa de madeira, pequena e o que parecia, abandonada, de assoalho. Levantei, ficando curiosa.

- Vocês são muito barulhentas... – ergui as sobrancelhas ao reconhecer aquela voz.

“Samantha?”. O que a gringa safada estaria fazendo? Será que finalmente estava saindo do zero? Sorri, me aproximando

- Mas, fez cocegas... – abri a boca ao ouvir a outra voz. Estanquei. – Hum... Isso foi bom...

“Camila? Meu Deus, esse dia não podia ser melhor”. Esfreguei as mãos.

- Shi... Alguém pode ouvir... – Melissa? Elas estavam fazendo safadezas a três? Olha, Camila resolveu entrar no brejo em grande estilo. Me agachei e comecei a andar de quatro, para chegar aonde elas estavam.

Fui o mais silenciosa possível pela lateral da casa. Levantei só um pouco, ficando com os joelhos na areia. Na varanda da casa, que estava um verdadeiro breu, pude ver as três.

Samantha, para a minha decepção, estava sentada, escorada na casa com o que parecia, uma garrafa de vodca. Camila estava no chão, falando um monte de abobrinha e visivelmente bêbada, enquanto Melissa lhe beijava os pés.

Elas estavam... Nuas? Poxa, cadê meu celular nessas horas?

- AII! – berrei ao sentir algo cutucar a minha perna. Levantei apavorada, gritando.

- JULIANE?

Droga! Agora não vou poder espiar mais nada.

- Tia Juuuuuuuuuuuuuu...

É claro que só estando muito doidona para Camila ficar feliz.

- Espera, tia Ju? – as três levantaram. – O que tá fazendo aqui?

É, fedeu...

- Tô caindo fora... Continuem ai. – sorri, mesmo sabendo que elas não podiam ver.

- Vai coisa alguma... – Samantha falou embolado. – Ela vai contar pra todo mundo...

- Vou? – franzi o cenho e de repente uma luz acendeu. – E... Eu vou... Tchau...

- Volta aqui! – sai correndo.

- Peguem ela... – ouvi Camila gritar.

Foi quando olhei para trás e vi as três correndo atrás da minha pessoa. Arregalei os olhos, acelerando os passos, mas acabei tropeçando nas próprias pernas e me esborrachei no chão.

- Ai... Doeu... – minha bochecha arrastou na areia. Levantei afoita, tentando correr, mas foi quando me dei conta que ninguém me seguia. Ergui as sobrancelhas. – O que aconteceu?

Vi que as três estavam no chão e com receio, voltei até elas. Com cautela, cutuquei Samantha e depois as outras duas. Coloquei as mãos na cintura, olhando para as criaturas.

 - Apagaram...

 

Cássia

- É O QUE? – as que estavam do lado de fora disseram em coro.

Pisquei várias vezes, tentando me situar.

O meu queixo quase foi ao chão.

Flávia, Paloma e eu olhamos para as três, que colocaram as mãos sobre os seus rostos. Pensei que seria algo constrangedor, mas jamais imaginei algo tão... Juliane sorria em satisfação. A futura defunta deu de ombros.

- Que decepção Sam... –  Juliane colocou as mãos na cintura. Essa mulher adora cutucar onça com vara curta. – Achei que você era mais esperta... Nem assim se dá bem. Melissa até que subiu no meu conceito. Na próxima, vou lembrar de levar meu celular...

Samantha tirou as mãos do rosto, assim como Camila e Melissa. Olharam para Juliane e eu não queria estar em sua pele naquele momento. Flávia, Paloma e eu levantamos, ficando no canto do quarto.

- O bicho vai pegar... – minha namorada sussurrou e concordamos com um acenar de cabeça.

Por quê?

 

15 minutos depois...

 

- Isso é pra você aprender... – Camila sorriu satisfeita. – Aprenda a ficar de bico fechado, querida tia.

Camila arrumou o cabelo, torceu o beiço, abriu a porta, fazendo as que estavam lá fora quase irem ao chão, pois resolveram se escorar na porta, e saiu do quarto. Micaela, Amanda, Isa e Nick entraram, ficando chocadas com o estado de Juliane. Eu me segurava para não rir, pois iria sobrar para mim.

- Meu Deus... – Micaela se agachou próximo a namorada. – Tadinha...

- Belo trabalho... – Nick sorriu e foi repreendida por um olhar mortal de Isa.

Concordava com a minha cunhada chantagista.

- Flávia, o que fizeram com ela? – Amanda perguntou para uma Flávia, que assim como eu, se esforçava para não cair na gargalhada. Resolveu não responder a namorada, que estava de olhos arregalados.

Juliane? Estava toda amarrada com as próprias calcinhas e inclusive, com uma vermelha dentro da boca. Os cabelos estavam desgrenhados. Quem não conhecia, poderia até sentir pena.

Eu não estava com nenhum pingo.

- Amor? – sussurrei para Paloma. – Vamos sair? Chega de bizarrice por hoje...

Paloma apenas concordou com um acenar de cabeça. Saímos do quarto, enquanto Micaela e Amanda desamarravam a individua. Descemos os poucos degraus da casa, indo para a parte traseira que dava acesso a praia. Não havia ninguém naquele momento. Puxei minha namorada para deitar comigo em uma rede.

- A Camila... Nossa. – Paloma comentou, deitada sobre mim. – Parece até que entrei em um mundo paralelo...

- Ela estava bêbada. Não lembra que quem colocou ela na cama foi o próprio pai. Quero só ver ela dando explicação pro seu tio, amor... – Paloma sorriu. – Não acredito que perdemos essa...

- Daria tudo pra ter visto... – ela suspirou, me fazendo rir. – Que azar o nosso amor...

- E eu daria tudo por um beijo seu... – nos encaramos e ela sorriu.

Paloma beijou a minha testa e migrou para os meus lábios, iniciando um beijo gentil, delicado e ainda sim, intenso. Senti sua mão escorregar para dentro da minha blusa, me fazendo ficar arrepiada.

Acho que as coisas iriam esquentar...

- Na rede? É Sério?

Pelo visto não...

Claro... Tinha que chegar alguém.

 

Sam

Cássia rolou os olhos, enquanto Paloma apenas escondeu o rosto na curva do pescoço da namorada. Melissa, que vinha logo atrás, me censurou com olhar. Dei de ombros, sentando no chão ao seu lado.

Inacreditável que mesmo depois de todo aquele tempo juntas, elas não perdiam o pique, muito pelo contrario, parecia que aquele amor só aumentava. Só viviam grudadas, com conversas no pé do ouvido e vários beijos melosos. Lembro que quando pedi o celular de Paloma para passar algumas músicas para o meu, encontrei inúmeras fotos das duas.

Não estou com inveja. Ok? É que às vezes enjoa...

Ok, talvez eu tenha uma pouco de inveja...

Não admito mais que isso.

- Cadê a Mila? – Melissa, que brincava com um dos brinquedos dos gêmeos, me olhou.

- Ela disse que ia esfriar a cabeça. – franzi o cenho.

Lembrava de absolutamente tudo de ontem a noite. Se Juliane não houvesse se entregado, Mel e Mila teriam mesmo trans*do. Nunca vi Camila tão bêbada, quanto ontem. E tudo começou depois da ligação que ela recebeu após a cerimonia. Queria lhe perguntar quem foi o imbecil que a deixou daquela forma, mas com todo esse problema, não tive a oportunidade.

- Isso tá tão silencioso... Chega a ser estranho... – ouvi Paloma comentar.

- Acho que tá todo mundo de ressaca... – me intrometi.

- As casadas ainda não deram o ar da graça? – Flávia perguntou. Ela estava com um dos gêmeos no colo, com Amanda ao seu lado. Ela sentou em um sofá. – Nem o Nandinho...

- Não... Mana, você acha que elas vão sair em lua de mel? – Paloma perguntou. Ela e a namorada se embalavam na rede.

- Becca disse que elas iriam ficar aqui... – Amanda respondeu. – Não querem sair do país...

- A Jaque disse o mesmo e eu fico feliz que elas fiquem... Seria estranho sem elas... – minha prima olhou para o irmão. – Tá ficando bonitão... Quero ver a mulherada te cercando...

- Cadê o outro loiro? – perguntei, fitando meu primo com uma blusa do time da Flávia. Obvio que foi a mesma quem deu. – E quem disse que ele vai torcer pra isso? – ela me olhou com uma sobrancelha erguida.

- Hum... Isso não vai prestar... – Cássia comentou.

- Ah, não... Discussão por causa de time de futebol não... – Amanda bufou, fazendo a namorada rir.

- É o melhor do norte, gringa. Fica na tua... – franzi o cenho.

- Melhor do norte? – cruzei os braços. – Dá pra acreditar nisso, Melissa?

- Na verdade, dá sim... – ela deu de ombros.

- Então você... – apontei para a blusa.

- Ela sabe o que é bom, Sam... – Cássia comentou rindo.

- Fala sério...

Rolei os olhos, decidindo me calar, pois era minoria ali. Depois de alguns minutos, Nick e Isa desceram, com o outro gêmeo nos braços. A casa começava a ficar movimentada. Levantei, disposta a encontrar a minha prima. Andei pela praia e avistei Camila sentada na varanda da casa dos amassos.

Precisava saber o que se passava, pois odiava ver a minha prima daquela forma. Não combinava com Camila aquele baixo astral.

Definitivamente, não.

 

Camila

 Minha cabeça estava uma verdadeira zona de guerra. Tudo o que aconteceu nas últimas horas estavam brincando com a minha mente. Sentia a minha face esquentar, quando lembrava da minha vergonha da noite passada.

Recebi aquela ligação, enchi a minha cara e o meu fígado quase morreu afogado e o mais idiota de tudo: eu quase transei com a Melissa! Não nos beijamos, mas os toques, digamos que, foram ousados.

O que deu em mim? Eu estava puta da vida e queria me anestesiar de alguma forma. Encontrei a forma mais estupida de fazê-lo.

- Posso ficar com você? – sai de meus devaneios e encarei Samantha, que me olhava com um sorriso acolhedor.

- Claro que pode, Sam... – devolvi o sorriso.

Ela, desde que começou a morar em Belém, se tornou a minha grande amiga. Sabia de toda a minha história com o meu amor impossível, que já era pai de uma linda menina. Foi Samantha quem me abraçou, quando eu só fazia chorar.

- Olha quem vem ali... – olhei para onde Sam apontava.

Flávia, Paloma, Cássia e Melissa se aproximavam, carregando alguns cocos. Quando chegaram de frente a nós, minha prima me estendeu um dos cocos, que estava bastante gelado. Bebi, deixando o liquido adocicar o meu paladar.

- Obrigada... – Flávia sorriu.

- Viemos saber o que aconteceu... – ela tocou meu rosto. – Tu sabe que te amamos, Camila. – sorri, achando fofo. – Se você quiser contar, estaremos aqui, mas se não, estaremos de qualquer jeito...

Olhei para cada uma daquelas criaturas e de repente me senti sortuda por tê-las em minha vida. Sorri verdadeiramente para o ato delas, olhando para Samantha, que apenas piscou para mim.

- Ele me ligou e disse que não conseguia me esquecer... – falei de uma vez. – Disse que amava a filha e que não poderia deixar ela e a mãe desamparadas. – Paloma me envolveu em um abraço, no qual me permiti chorar.

Não sei ao certo quanto tempo ficamos ali, mas elas não reclamaram. Me consolaram, me ouviram e foram muito mais do que um dia imaginei. Amanda veio até nós, dizendo que o almoço já estava pronto. Durante o pequeno percurso, aquelas idiotas me arrancaram vários risos.

Mais uma vez, agradeci por elas existirem.

Quando chegamos a mesa na varanda da casa, pela primeira vez naquele dia, tive de encarar meu pai. Sorri amarelo, sentando entre Melissa e Samantha. Ele, com toda certeza, iria me cobrir de sermões. Desviei meu olhar dele, e encarei as casadas que finalmente decidiram sair do quarto.

- Nem acredito que o Nando dormiu tanto... – Jaque passou a mão sobre o cabelo do filho.

- A noite foi realmente boa... – Emily comentou, beijando a bochecha da esposa.

- Imaginamos... – tia Juliane piscou para elas.

Minha vingança ainda não estava completa.

- Falo da festa, pervertida... – Emily revirou os olhos.

- Ouvimos um barulho estranho. O que aconteceu? – tia Carolina olhou para nós e em imediato, olhamos para a tia mais sem miolo desse mundo.

- O que? – ela se fez de ofendida.

- Claro que você tinha de tá no meio, minha irmã... – tia Carol comentou, rindo.

 

Isabela

Durante o almoço, houve algumas trocas de farpas entre tia e sobrinhas. Apenas rimos, nos divertindo com a situação. Dona Carolina, que não largava os filhos, também entrou na roda contra a irmã. A única que se colocou a defender Juliane foi a namorada.

Olhei para Nick, que não largava a minha mão nem por um segundo e sorri. Ela me olhou rapidamente e beijou-me a bochecha e voltou a discussão boba. Depois do almoço, resolvemos andar pela praia. O plano era ir somente nos duas, mas acabamos por convidar Amanda e Flávia.

- Esse lugar é realmente bonito... – Comentei, deitada no colo de Nicole a sombra da ‘casa do amasso’, como havia sido apelidada.

- Olhos bonitos, como é namorar a minha irmã? – olhei para Flávia, que acariciava os cabelos de Amanda. A loira riu da pergunta. – Minha irmã é tão certinha e toda mandona... Às vezes da vontade de socar ela...

Gargalhei e Nicole fechou a cara.

- Me responde Amanda, como é namorar uma pessoa que esqueceu de crescer mentalmente e vive fazendo besteiras? – Flávia apenas gargalhou e trocou um olhar rápido com a namorada.

- Vocês adoram brigar... – foi o que ela disse. – Mas, respondendo a sua pergunta, namorar a Flávia é andar sobre uma corda bamba e de olhos vendados. – Amanda encarou a namorada. – Excitante...

Sorri.

- Pervertidas... – Nicole comentou rindo.

Segurei a sua nuca e aproximei o meus lábios de seu ouvido.

- Adoro seu jeito responsável... Me deixa ainda mais louca por você... – depositei um beijo em sua face.

Nicole me encarou, sorrindo. Sua boca pousou sobre a minha, permanecendo ali por vários segundos. Não aprofundamos, somente ficamos a nos sentir. Não sei se já disse, mas não importa. Beijar Nicole era sempre ter a sensação de estar flutuando.

- Te amo... – ela disse contra meus lábios.

- Te amo mais ainda... – sorrimos e desgrudamos nossas bocas.

- Cadê aquelas duas? – Nick olhou ao redor.

- Estamos aqui... Vocês estavam melosas demais. – ouvi Flávia gritar de alguma parte da casinha de madeira.

Minha namorada apenas rolou os olhos.

- Vem cá... Me abraça. – a apertei, fazendo-a rir.

- Que abraço gostoso. – sorri.

Ficamos ali durante toda a tarde e quando o sol começou a se pôr, as outras meninas apareceram. Paloma carregava um violão, enquanto Emi e Jaque faziam uma singela fogueira, pois  naquele momento a margem das águas se encontrava longe.

- Nando... – Cássia corria atrás do loirinho.

- E esse sorrisão? – cutuquei Becca, que passava as mãos sobre a barriga que mal aparecia.

- Não poderia estar mais feliz... – seus olhos não deixavam Emily.

- Ela tá ainda mais boba... – Amanda comentou.

- Só quero ver a confusão que vai ser quando ele ou ela nascer... – Becca gargalhou e nos a acompanhamos.

- Já decidiu quem será a madrinha? – perguntei, curiosa. Rebecca, que agora estava com os cabelos mais longos, os amarrou em um coque.

- Acho que é justo que seja a Flávia... – ela sorriu. – Mas, não digam nada...

- Não se preocupa, Becca. – Amanda olhou rapidamente para a namorada. – Ela vai ficar muito feliz...

- Acho que você fez uma boa escolha...

 

Emi

- Então você colocou mesmo alguém atrás dela? – Flávia arregalou os olhos.

- Sim, mas por enquanto não irei contar. Espero que isso não demore tanto. – passei a mão sobre meus cabelos. – Estamos em um relacionamento que eu sempre sonhei, Flávia. Ela trata a Becca tão bem. Quero que ela tenha a oportunidade de sentir o que é ser amada...

- Sua atitude é bonita, mas ainda sim, acho que deve conversar com ela o mais rápido possível. – franzi o cenho.

- Você tem razão... – coloquei a mão no queixo. – Vai contar comigo...

- É o que? – ela arregalou os olhos.

- Isso que ouviu. A Becca tá gravida... – fiz minha melhor cara de coitada.

- Que golpe baixo, Emi... – ela cerrou o olhar.

- Cada um usa as armas que tem... – sorri.

- Idiota... – me xingou, mas eu sabia que ela iria ceder. – Conta comigo...

- Obrigada... – beijei a bochecha dela.

- Aproveitadora...

Gargalhei.

Terminamos de acender a fogueira e nos sentamos. Becca deitou sobre minhas coxas e ficou a me encarar, enquanto eu passava minha mão sobre a sua barriga. É um pouco de egoísmo e clichê dizer, mas eu era a mulher mais feliz do mundo.

- Estava pensando, amor... – ela brincava com minha aliança. – Podemos deixar o berço em nosso quarto? – Becca soltou uma baixa gargalhada. – O que?

- Amor, nosso bebê ainda nem nasceu e você já está ficando coruja... – franzi o cenho.

- Mas, imagina só. Nosso filho em um quarto tão grande, sozinho... Sem a gente por perto... – Becca fez uma careta engraçada.

- Tudo bem, a senhorita me convenceu. – abri um sorriso.

- Vocês não acham que a Melissa tá muito calada? – Flávia sussurrou para minha esposa e eu. Olhamos para a garota que brincava com um graveto.

- É verdade. O que será que ela tem? – Rebecca franziu o cenho.

- Não sei, mas acho que vou perguntar... – Flávia iria se levantar, mas foi impedida por Amanda.

- Amor, deixa a menina... – a loira brigou.

Ri baixinho da cara de insatisfação da minha amiga.

- Cássia, devolve isso... – Camila se jogou em cima da outra, que enfiou um monte de doces na boca. – Sua gulosa... Paloma...

- Gente, tem mais aqui... – a pobre da Isa mal terminou de falar, e as duas voaram em cima dela.

- Oh, cuidado com a minha namorada. – Nick foi ao socorro de Isabela, que estava entre as duas malucas. – Paloma, dá uma força aqui...

- Eu? Cássia, deixa disso... – e não é que a amarela parou?

- CANOA! – gritou Flávia, Juliane, Samantha e Jaque.

Apenas gargalhei.

 Alguns minutos depois, estávamos apenas conversando bobagens.

- Vamos brincar? – Juliane, que estava abraçada a Micaela, sugeriu. Nos entreolhamos e depois olhamos para a figura sorridente.

- NÃO! – a idiota fez beiço e foi consolada pela namorada.

- Por que não? – Melissa, que até aquele momento não havia dito nada, perguntou com a sobrancelha erguida.

Essa precisa conviver um pouco mais com a Juliane.

- Mel, acredite, nossas brincadeiras nunca acabam bem... – Marcela respondeu, com Nando em seu colo.

 

Jaqueline

- Como assim? – a morena perguntou.

- Logo você vai entender, baby... – Paloma piscou.

- Mel, você não tem namorada? – Cássia perguntou.

- Tá interessada? – Juliane perguntou com um sorriso de canto.

Essa mulher gosta de apanhar.

- Tia, não começa... – Nick pediu.

- Não, faz algum tempo que não me relaciono. – ela esquentava as mãos próximo a fogueira. – Digamos que não tenho sorte com essas coisas...

- Foi chifrada igual a Juliane? – Cássia mandou na lata, fazendo todas gargalhar, menos Juliane.

- Não... Bom, ao menos acho que não. – Mel olhou para Cássia. – Ela foi embora pra outro país... – deu de ombros. Camila a olhou rapidamente. – Disse que eu não tinha ambição na vida...

- Que filha da... – Amanda cobriu a boca da namorada.

- Olha o Nando... – ela ralhou.

- Chega de assuntos tristes. Afinal, vão ou não cantar? – Melissa bateu palma.

- Canta uma Flávinha... – pedi.

Flávia pegou o violão e começou a tocar uma música sertaneja. Depois de várias outras canções, ficamos a conversar sobre o centro cultural. André foi uma excelente escolha e a cada dia, se tornava um grande amigo.

- Amor, o Nando tá cansadinho. – olhei para o loirinho que começava a se acomodar em meus braços. – Vou leva-lo pra banhar e dormir...

- Eu vou com você... – ela tentou levantar, mas a impedi.

- Amor, fica... – beijei sua testa. – Eu não demoro...

Levantei com o pequeno em meus braços.

- Onde vai, Jaque? – Nick me perguntou.

- Levar o Nando. Ele tá quase dormindo. – sorri.

- Vou com você... – Melissa levantou. – Boa noite meninas...

- Mas, já? – Samantha olhou com reprovação para a morena.

- Tô caindo de sono... – deu de ombros.

Algo me dizia que não era somente aquilo.

Passamos a caminhar lado a lado. Ficando cada vez mais distante de onde as outras estavam. A menina parecia perdida em outro mundo. Não tínhamos muita intimidade, mas ver alguém visivelmente triste ao meu lado era uma sensação ruim.

- Tá tudo bem? – perguntei. Ela pareceu despertar e me olhou sorrindo.

- Tá sim... Por que? – franziu o cenho, sem abandonar o sorriso.

- Me parece triste, distante... – ela deu de ombros.

- Só ando pensando demais em quem não deveria. – ergui as sobrancelhas.

- Seria a Camila... – Melissa arregalou os olhos. – Desculpe! Não é da minha conta...

Ela passou as mãos nos cabelos em um gesto aflito.

- Não... Bem, tô confusa. Ela... Ela não é pra mim. – entramos na casa de Carolina. Parecia que todos já dormiam.

- Queria te dizer algo positivo, Melissa, mas apesar de conhecer Camila há pouco tempo, acho que posso dizer que ela não...

- Gosta de mulher... É, eu sei. – a garota sorriu sem humor. – Vou tomar banho e dormir. Boa noite Jaque e obrigada por me escutar.

Não respondi nada, apenas sorri. Melissa entrou no quarto e eu segui para o meu. Depois de banhar o Nando e coloca-lo para dormir, desci os poucos degraus da casa e logo já estava próximo de onde as outras estavam. A conversa com Melissa ficou em minha cabeça.

 

Paloma

Chamei Cássia para andarmos um pouco pela praia. As ondas estavam cada vez mais próximas, molhando nossos pés. Minha namorada segurava minha mão, enquanto cantarolava alguma música.

- Sabe, amor... Quando casarmos, eu quero que tenha uma cachoeira de chocolate... – gargalhei.

- Uma cachoeira de chocolate? – a encarei. Cássia abriu um lindo sorriso. Os cabelos estavam presos em um coque.

- Sim, e te imagino vestida de noiva. – franzi o cenho. Ela parou, sentou no chão e me puxou junto para sentar em seu colo.

- E como seria? – envolvi minhas pernas em sua cintura.

- Hum... O seu vestido seria longo e rendado. Sem mangas, como você gosta. – sorri. Cássia beijou a ponta de meu queixo. – Em sua cabeça, sobre os seus cabelos soltos e levemente ondulados, uma delicada tiara... – ela fechou os olhos e eu suspirei. – Imaginou?

Sorri.

Toquei levemente os seus lábios com os meus.

- Sim... – a fiz deitar e me projetei sobre ela.

- Você será a mais linda... – mirei em seus olhos. Cássia passeava com suas mãos por minha costa. – E eu a mais feliz das mulheres...

- Eu serei... – sorri, cobrindo sua boca e iniciando um beijo lento.

- Não pode deixar vocês um minuto, que já estão se agarrando... – levei uma cutucada na costela.

Abri meus olhos.

Cássia e eu bufamos.

- Tinha que ser a senhora, tia. – sai de cima de Cássia e a ajudei a levantar.

- Só vir avisar que já vamos. Mal agradecidas... – ela torceu o beiço e saiu.

- Às vezes tenho vontade de esganar minha tia... – rolei os olhos.

- Eu ouvi isso... – a estraga prazer gritou.

- Eu também... – Cássia sussurrou e rimos.

Ajudamos as meninas com as poucas coisas que levamos. Foi um pouco difícil na hora de tomar banho, porque todas queriam ao mesmo tempo. As únicas que estavam livres de fila era Jaque e Marcela, Emi e Becca, que não precisavam dividir seus quartos.

Depois do banho, desci para comer algo enquanto Cássia tomava banho, quando cheguei na cozinha e ouvi duas pessoas conversando. Até pensei em voltar, mas quando ouvi o nome da Camila, acabei ficando.

- Que saco isso, Melissa... – Samantha comentou. – Mas, você sabe que...

- Eu sei, eu sei... Não tenho a mínima chance. – a garota bufou. – Vou esperar isso passar... Uma hora vai ter que acontecer.

- Não vai contar isso pra ela, não é?  - franzi o cenho.

- Claro que não, Sam. Camila me daria um baita fora. – senti alguém colocar a mão sobre minha boca. Iria dar uma bela cotovelada na pessoa, quando...

- Sou eu... – era Camila. – O que tá fazendo?

Me desfiz de seu toque.

Será que ela não escutou nada?

- O que fazem? – ela perguntou. Olhei e Melissa, que ficou mais branca do que papel, encarou rapidamente Samantha. Estávamos paradas na porta da cozinha.

- Tô indo dormir... – Melissa rapidamente se mandou.

Camila franziu o cenho.

- Impressão minha, ou a Mel tá me evitando? – Sam me olhou.

- Deve ser impressão sua... Boa noite meninas. – a gringa se mandou. Camila me encarou.

- Nem me olha...

Lhe dei as costas e entrei na cozinha.

 

Amanda

Flávia dormia feito criança, enquanto eu terminava de me vestir para deitar ao seu lado. Cássia mexia em seu celular. Micaela e Juliane dormiam abraçadas. Isabela, dormia sobre o peito de Nicole que lia a um livro.

Paloma, Melissa, Samantha e Camila não estavam.

O cômodo estava cheio.

- Ela até tentou te esperar, mas não conseguiu... – Cássia falou sorrindo, sem tirar a atenção do aparelho em sua mão.

 Observei com atenção a minha namorada e sorri ao recordar de nosso primeiro beijo.

Naquele dia, lembro de sentir o coração querer sair pela boca.

Quis negar a mim mesma que o beijo daquela garota sem um pingo de juízo não era tudo aquilo, mas não era verdade. Ela me libertou no instante em que sua boca tocou na minha e eu a agradeceria eternamente por isso.

Deitei ao seu lado e mesmo que inconscientemente, ela me aconchegou em seus braços.

- Minha loira... – a ouvi resmunga e sorri.

- Isso tá cheio... – Samantha comentou assim que entrou no quarto, acompanhada de Melissa.

- Viram a Paloma? – Cássia perguntou.

- Ficou na cozinha com a Camila. – Mel se jogou no colchão que estava no chão.

- Falem mais baixo... – Nicole reclamou.

Flávia se remexeu, mas não acordou. Beijei de leve os seus lábios.

Paloma entrou no quarto com Camila e alguns minutos depois o quarto ficou na penumbra. Fechei meus olhos, dormindo instantaneamente, sentindo o cheiro gostoso que vinha da minha namorada.

7 de julho.

Acordei no dia seguinte com uma barulheira sem fim.

- Gente, a minha namorada tá dormindo... – sentei na cama.

- Não tá mais... – Camila riu.

- Bom dia, meu amor... – Flávia me deu um selinho demorado. – Desculpe por isso...

Sorri.

- Tudo bem... Bom dia amor... – lhe puxei para um abraço apertado.

Flávia e eu tomamos banho juntas. Ao menos tentamos faze-lo e depois de vestidas, descemos para o café da manhã. A mesa, como de costume, estava cheia e barulhenta. Me acostumei totalmente e sabia que quando as férias acabassem, sentiria falta daquela bagunça logo cedo.

 Um celular começou a tocar.

Olhei para a minha namorada.

Flávia não atendeu.

- Quem era? – perguntei somente para ela escutar.

- Acho que não vai gostar de saber. – deixei a xicara que levava a boca de volta a mesa.

- Flávia... – ela segurou a minha mão.

- A Caroline... -  soltei o ar com força.

- O que ela quer? – me controlava ao máximo.

- Não sei, amor... Olha, não fica brava comigo. Juro que não tô fazendo nada de errado. – fechei o punho, absorvendo suas palavras.

- Depois conversamos... – perdi a fome. Minha mãe apenas nos observava. Meu pai estava entretido com o Henrique.

Depois do café da manhã, ajudei as meninas com a louça. O trabalho foi rápido por sermos muitas. Flávia estava no quintal com a mãe e os irmãos. Becca se colocou ao meu lado, me encarando com um sorriso.

- Não deveria ficar de pé tanto tempo... – falei.

- E você deveria dar mais crédito a sua namorada... – ela riu.

- Diz isso porque não é atrás da Emi que tem mulher... – Becca franziu o cenho.

- E nem terá... – dessa vez quem riu foi eu.

 

Becca

- Ciumenta... – Amanda se atreveu a dizer.

- Olha quem fala... – zombei.

- Filha? – ouvi a voz da minha mãe. Deixei o guardanapo sobre a pia e me aproximei de minha mãe.

- Oi mamãe... – ela sorriu, passando delicadamente sua mão sobre a minha barriga.

- Vamos sentar na varanda? – concordei com um acenar de cabeça.

Desde que meu pai se foi, dona Alice e eu nos unimos. Hoje a vejo me olhar da forma que eu sempre sonhei. Infelizmente, foi necessário o meu pai partir. Sentamos em um sofá feito artesanalmente. Havia duas confortáveis almofadas coloridas.

- Meu amor, vou ter que me ausentar por uns dias... – franzi o cenho.

- Mas, por que mamãe? – não gostei da ideia.

- Preciso por a venda uma de nossas casas... Desejo ficar cuidando de vocês e não precisar ir com tanta frequência ao exterior... – passei a mão sobre meus cabelos.

- Queria poder ir com você... – ela sorriu, tocando em minha face.

- Aproveite sua lua de mel e as férias. Prometo que essa será a última viagem e quando voltar, não irei mais desgrudar de vocês. – ela me fez rir.

- Promete? – fui acolhida em seus braços.

- Prometo! Vocês são os meus bens mais preciosos, filha. – fechei meus olhos.

Ficamos por alguns segundos daquela forma, até que senti ela se afastar.

- Sua esposa quer sua atenção... – olhei para trás e Emi estava lá, segurando um coco em sua mão. – Nos falamos depois... – ela beijou meu rosto e saiu.

- Toma amor... – Emi beijou meus lábios e sorrimos uma para a outra. Ela me entregou o coco que estava ao natural.

- Obrigada amor... – Emi me fez deitar em seu colo. Apoiei minha cabeça sobre seu peito e com a ajuda do canudo, bebi um pouco do liquido adocicado.

- Recebi uma ligação... – nos encaramos. Emily estava com um sorriso leve em sua face.

Minha esposa é linda.

-Do que se trata, amor? – Emi beijou calmamente a minha testa.

- O detetive encontrou a namorada de infância da minha mãe. – abri levemente a boca em surpresa.

- Nossa, meu amor. E quando vai dizer a Juliana? – levantei, sentando no sofá.

- Hoje a noite... – Emi segurou a minha mão livre. – Acha que ela pode ficar chateada?

Sorri, beijando-lhe os lábios cheios e bonitos.

- Eu tenho certeza que ela vai ficar feliz... – e tinha mesmo. – Mas, ele descobriu algo mais?

- Sim, sim... Disse que ela é divorciada e tem três filhos. Mora em São Paulo. – Emily não abandonava o sorriso. – Acha que devo ligar ou...

- Amor, dê todas as informações a sua mãe e deixe ela decidir o que fazer... – aconselhei.

- Você tem toda razão, meu amor... – ganhei um beijo carinhoso. – Eu te amo e tô louca pra conhecer nosso filho...

Dessa vez quem sorriu foi eu.

- Eu te amo... – lhe dei um selinho. – E ele será tão lindo quanto você...

Nos abraçamos, rindo igual bobas.

Eu mal podia esperar pela sensação de sentir meu filho se mexer dentro de mim.

Uma ansiedade gostosa me tomava a cada vez que lhe imaginava em nossos braços.

 

Nicole

- Tia, sai desse banheiro! Eu quero fazer xixi... – Paloma batia na porta há mais de cinco minutos.

Minha tia nada normal havia se trancado dentro do banheiro há mais de meia hora. Ouvimos alguns barulhos estranhos, mas não dava  para saber ao certo do que se tratava. Isabela apenas ria de Paloma.

- Só mais cinco minutos... – ela gritou.

- Eu não tenho mais cinco minutos... – Paloma esbravejou.

- Paloma... Não enche... – minha irmã bufou e saiu do quarto. Na certa, foi procurar outro banheiro.

- O que sua tia deve estar fazendo? – minha namorada, que lia a um livro da faculdade, perguntou sem tirar os olhos da pagina.

- Eu juro que não quero nem imaginar... – tirei o livro de sua mão. – Eu já estou com saudade da sua boca...

- E que tal matar essa saudade? – me coloquei sobre Isa, a fazendo deitar.

Sorrimos.

- Me parece uma ótima ideia... – puxei o seu lábio inferior com os dentes.

Isabela segurou a minha nuca e quando eu pensei que iriamos nos beijar, a porta do banheiro se abre.

- Opa... – quase bufei em frustração. Isabela riu e eu sai de cima dela.

Foi quando vimos Micaela sair do banheiro. Seus cabelos estavam desgrenhados e a boca vermelha. A roupa de ambas dizia exatamente o que andaram fazendo dentro do pequeno espaço.

Minha tia não aparentava um pingo de vergonha. Micaela parecia um pimentão.

- Já estamos de saída... – Juliane segurou a mão da namorada e saíram do quarto.

- Tia? – ela colocou a cabeça para dentro do cômodo.

- Que? – ela perguntou de cenho franzido.

- Seu short tá do avesso... – ela olhou para o próprio corpo e sorriu.

- Eu já sabia... – rolei os olhos e Isa gargalhou.

- Tá... – ela deu um ‘tchau’ com a mão e se foi.

- Tô pra conhecer alguém mais cara de pau que a Juliane... – Isabela comentou, me puxando para deitar ao seu lado.

- Ainda me pergunto de onde saiu essa qualidade... – falei em ironia.

Isabela e eu até tentamos namorar, mas o quarto foi invadido por Camila e companhia. Já que não tínhamos privacidade, resolvemos apenas ouvir as bobagens que Samantha e Cássia conversavam.

Melissa estava extremamente calada.

Era estranho, pois a garota sempre estava a tagarelar. Algo me dizia que aquilo tinha haver com a desmiolada da Camila.

“Só pode ser isso”. Pensei.

 - Meninas, vamos almoçar... – minha mãe chamou.

- Já vamos, mãe. – olhei para Isa. – Amor, já ligou para os seus pais?

- Já sim... Mamãe te mandou um beijo e meu pai disse que assim que voltarmos, ele te espera para um cafezinho. – sorri.

- E que tal me dar esse beijo que a minha sogra mandou?

- Tem gente aqui... Sabe. – ouvi Camila resmungar.

- Hoje não é nosso dia... – Isabela riu e me roubou um selinho. – Quem sabe mais tarde? – ela cochichou em meu ouvido, fazendo os pêlos de meu corpo se arrepiarem.

- Vou esperar ansiosa...

Selei nossos lábios demoradamente.

 

Marcela

Olhei para a tela do celular que tocava insistentemente. Passei a mãos sobre meus cabelos, vendo a chamada ser finalizada. Sentei na beirada da cama, pensando em que a minha mãe poderia querer falar comigo.

Jaque já havia descido com o Nando.

Não disse a ela, mas por um impulso, havia ligado para a minha mãe e fora tratada com muito desprezo. Sei que não deveria esconder nada da minha agora esposa, mas acabei por fazer. Ela iria saber e não passaria de hoje.

Jaqueline...

Quando eu menos esperei, esse anjo de olhos verdes apareceu.

A amo, infinitamente.

- Amor? – me virei para a porta. – Por que tá chorando?

Toquei o meu rosto e nem sequer havia percebido que lágrimas banhavam a minha face. Imediatamente senti Jaqueline me acolher em um abraço apertado, protetor. Me culpei mais uma vez por não ter dito a ela que havia conversado com a minha mãe e que ouvi coisas que ninguém jamais deveria dizer a outra pessoa.

- O que aconteceu? – sentia o carinho sendo feito em meus cabelos.

- Amor, me perdoa... – implorei.

- Mas, pelo quê? – sua voz era calma.

- Eu liguei pra minha mãe há dois dias e ela me disse coisas horríveis... – disse de uma vez.

Por um tempo o silencio se fez presente.

Pensei que Jaqueline poderia estar chateada, mas era ela ali...

- Amor, eu prometi cuidar de você e é isso que farei... – ela me afastou, pouca coisa e me inundou com seus verdes. – Então, não guarde essas coisas... Eu sou a sua esposa e quero saber tudo que te afeta...

Jaque tocou o meu rosto.

- Por favor, não me deixe de fora... – senti meu coração apertar.

- Me desculpe... Prometo que jamais vou fazer novamente, meu amor... – a apertei, querendo fundir-me a ela.

- Tá tudo bem, minha vida...

Ficamos algum tempo, curtindo aquele abraço.

Durante o almoço, a minha cabeça ainda estava na ligação da minha mãe. Me senti tentada em retornar, mas decidi por hora não fazê-lo. Nando estava todo lambuzado com molho de tomate.

- Mamãe, quando vou ter um irmãozinho? A tia Flávia dois... – ele fez um gesto com os dedinhos.

Todos gargalharam.

Jaqueline me encarou sorrindo.

- Vai ter mais guri? – Juliane perguntou.

- Vai se animar também? – Nicole perguntou para a tia. Micaela encarou a namorada.

- Uma coisa de cada vez... – ela beijou a bochecha de Mica. – E me tirem de foco...

Rimos.

- Gente, dessa forma a casa vai ter que ganhar mais um andar... – Paloma comentou.

- Até que não é uma má ideia. E mais banheiros também... – Nick olhou para a tia.

- Essa parte me agrada, afinal a tua Ju tornou o nosso o seu quarto... – Nicole e Isabela gargalharam.

- Como assim? – Flávia perguntou.

- Melhor não saber, maninha... – Nick disse, encarando a tia.

Continuamos o almoço, tendo de ouvir algumas perolas de Juliane.

A pergunta de Nando não me saia da cabeça e pelo que pude perceber, Jaqueline também ficou animada.

Era algo a se pensar...

 

Micaela

- Mana, eu queria tanto ter ido... – Fábio dizia melancólico através da chamada de vídeo.

- Eu sinto muito, mas você conhece nossos pais... – meu irmão bufou.

- Aqui tá muito chato. Eu queria mesmo é tá ai. A Juliane já fez alguma bobagem? – perguntou ele, parecendo mesmo ansioso.

Lembrei de quando entrei no quarto e ela estava amarrada com as próprias calcinhas.

- Quer mesmo que eu responda?! – ele abriu um sorriso.

Fiquei mais de uma hora com o pirralho na tela do celular. Juliane dormia abaixo de mim, parecendo tão serena. Estávamos deitadas na rede, na varanda dos fundos. A casa estava silenciosa.

Raridade.

Deixei o celular sobre um sofá que estava perto e me aconcheguei mais a minha namorada. Ela me apertou e eu senti Juliane aspirando os meus cabelos. Sorri, sentindo o meu corpo amolecer em seus braços.

- Amor, eu estava pensando... – ela começou. – Já notou que a Melissa tá muito estranha?

Franzi o cenho.

- Agora que comentou... – parei para pensar. – Ela tá assim desde o dia do quarto...

Juliane gargalhou.

- Você adora se envolver em confusão, não é?! – sorri.

- Quer que eu mude? – lhe encarei.

- Logico que não... – ela sorriu. – Te amo desse jeitinho...

- Ama? – ela colou sua testa a minha. – Então me deixa morder essa boca...

Fechei meus olhos, sentindo a boca quente e molhada ch*par o meu lábio inferior, tudo lentamente e os dentes o puxar de leve. Suspirei, me deixando levar pelas sensações que somente ela conseguia de mim.

Toquei o seu seio, ouvindo um suspiro...

Meu corpo acendeu.

- Tia... Não bastou o banheiro?

Tudo que é bom, dura pouco.

- Nicole... Você não poderia ser menos estraga prazer? – Flávia também apareceu. As duas sentaram no sofá.

- Por que não vão namorar e vazam daqui? – Juliane perguntou zangada, fazendo as sobrinhas rirem.

- Olhos bonitos e a minha loira estão dormindo... – Flávia explicou, deitando sobre a coxa de Nicole.

- Não viram que estávamos ocupadas? – elas se entreolharam.

- Sim! – responderam juntas.

- Por isso mesmo interrompemos... – Juliane bufou.

- Tudo bem, amor... – falei, rindo das feições de desagrado de Juliane.

- A Mica não se importa, tia. E a senhorita nem deveria reclamar, afinal é a maior de todas as intrometidas daqui. – Nicole deu de ombro.

- Isso é incontestável... – Emi surgiu.

- Que legal... Lá vem mais uma. – Emi se escorou em Flávia. – Agora só falta a Camila...

- O que tem eu? – Juliane revirou os olhos e eu gargalhei, acompanhada das outras meninas.

- Nada, Camila. Por que não liga pro Fábio? Ele tá se sentindo solitário. – a menina franziu o cenho.

- Ele ligou hoje... Tá entediado na casa dos nossos avôs. – falei, vendo Camila fazer gestos obscenos para Juliane, que também fazia o mesmo. – Juliane, se comporta...

Ela parou.

Nicole, Emi e Flávia gargalharam.

- Canoa... – as duas disseram juntas.

- Meninas, vocês viram a Mel? – Samantha se colocou ao lado de Camila.

 

Melissa

- Nossa, Mel. Sinto muito que esteja assim... – Cintia lamentou.

- Eu também, Cintia. O jeito é esperar passar... – fitava o céu, que se encontrava em um azul lindo. – Te ligo mais tarde, minha amiga.

- Tudo bem, Mel. Vou esperar e se cuida... – respirei fundo, encerrando aquela ligação.

Deixei o celular sobre a minha coxa e continuei ali, deitada na sombra da casa do ‘amasso’ como o pequeno imóvel foi nomeado. Respirei fundo, aspirando o ar fresco daquela tarde.

Queria ficar sozinha, remoendo a má sorte que me assolava. Não imaginei que ficaria daquela forma novamente. Não era justo! Por quê? Por que logo a Camila? Ela nem sequer me olhava e depois do ocorrido, as coisas ficaram ainda mais estranhas.

Me manter longe.

Essa foi a opção que escolhi.

- Melissa, sua burra! É claro que beber daquele jeito iria dar em coisa ruim. E você? Seu coração burro... Só coloca a gente em furada...

- Falando sozinha? – arregalei meus olhos.

- Puta que pariu! Até ouvi vozes, agora tô ouvindo... – franzi o cenho.

- Pirou mesmo... – levei a mão ao peito, quando a face de Camila surgiu em meu campo de visão.

Em vez de levantar e ter um pouco de dignidade, fiquei parada, observando os traços bonitos e femininos. A boca cheia, convidativa e me imaginar beijando-a foi impossível. Camila era linda e isso não dava para ficar indiferente.

- Tá tudo bem? – voltei da nuvem em que me encontrava.

“Haja normalmente”. Pensei.

- Sim, sim... – o que ela estava fazendo ali?

- Samantha tá te procurando... – ela deu de ombros.

Então era isso...

Quis me chutar.

- Eu vou depois... – falei, desanimada.

Camila, invés de ir embora, sentou na areia ao meu lado.

- O que tá pegando com você? – sua pergunta me pegou de surpresa.

Coração, seu idiota... Para!

Engoli em seco, não me atrevendo a olha-la.

- Do que fala? – perguntei, fingindo tranquilidade.

- Do fato de você tá estranha. Costuma ser mais animada... – fechei meus olhos.

- Não é nada... Às vezes fico assim... – menti. – Depois volto ao normal...

Durante algum tempo, o único som que se ouvia era o dos pássaros e as ondas. Me perguntei o que se passava em sua cabeça. Sentei, mirando o horizonte e sentindo o vento bagunçar os meus cabelos.

Com ele, o cheiro do shampoo dela.

Quase fechei meus olhos...

- Sobre aquele dia... – nesse momento me obriguei a olhar para ela. Camila fitava as próprias mãos.

Ela deveria estar muito arrependida.

Levantei.

- Esqueça isso, Camila... –ri sem humor. – Não se preocupa, vou fingir que nunca aconteceu e pelo que parece, todas esqueceram...

Não a olhei, mas percebi que ela me encarava.

- Prometo jamais comentar com ninguém... – coloquei meu celular no bolso. – Vamos voltar...

Eu queria saber de onde aquela calma toda saiu.

Comecei a caminhar, sentindo ela levantar e passar a fazer o mesmo.

 

“Estou fazendo o certo. Ela não me vê de outra forma”. Pensei, sentindo um vazio em meu peito.

Fim do capítulo


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Próximo capítulo

Comentários para 1 - Capítulo 1 - 6 de Julho de 2016:
Lea
Lea

Em: 19/08/2021

Minha nossa, é muita mulher,tive que prestar muita atenção para não me perder!! Mas terminei o capítulo entendendo quem está com quem direitinho!!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

MartaGamaAurelia
MartaGamaAurelia

Em: 07/02/2019

Amando como todas a as outras. Bjs

Responder

[Faça o login para poder comentar]

patty-321
patty-321

Em: 30/01/2018

Voltaram. Que maravilha!! Vou ja ler.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

lay colombo
lay colombo

Em: 22/08/2017

Ai q capítulo mais amorzinho, adoro o qnt elas são unidas e cuidam uma da outra. E a Cami arrasou, tá de parabéns.

Ah mas já tá acabando ? Q triste.

Bom bjs e até o próximo

Responder

[Faça o login para poder comentar]

huL
huL

Em: 16/08/2017

Olá meninas, não sou muito de "sair da moita",  masss vocês merecem, esse conto merece!  Confesso que eu comecei a ler pq o conto estava completo (a primeira parte), pois sempre fico muito ansiosa quando tenho que esperar. Eu tô aqui pra dar os parabéns,  tô torcendo para que tudo melhore e você possa se inspirar, escrever e nos inspirar mais ainda!  

Com toda essa vibe boa do conto eu tenho certeza que vocês devem ser pessoas incríveis! Estão de parabéns. 

PS.: não fiquem chateadas com certas pessoas, sabe como é..  Sempre tem um "fdp" 


Resposta do autor:

Olá linda ficamos muito felizes por você sair da moita e nos privilegiar com sua presença.                                   Bom que esta gostando.

Obrigado pelo apoio.

Bjs! 

Lena.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

lay colombo
lay colombo

Em: 28/06/2017

Oq aconteceu ? Levei um puta susto qnd cliquei na história e deu história inexistente.

 


Resposta do autor:

o site pirou, Lay...

duplicou a minha estória e quando fui apagar uma delas, a outra também se foi...

cara, tô muito triste...

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web