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She's Got Me Daydreaming por Carolbertoloto

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Palavras: 4598
Acessos: 5134   |  Postado em: 27/06/2017

One Last Time

One Last Time

POV-Cosima

Acordar ao som das ondas quebrando, é um privilégio.

Ajustar meus olhos à luz do sol e céu azul, é completamente diferente do que estou acostumada.

Encontrar fios ruivos em minhas roupas e o degustar do sabor de framboesa, já viraram rotina.

Quando Hannah me convidou para passar as férias de verão com ela em Charleston na Carolina do Sul, fiquei meio sem saber o que responder. Entretanto, após conversar com Felix, e realmente ouvir seus conselhos, decidi me dar a chance de seguir em frente. Quero aproveitar cada segundinho de meu tempo com Hannah antes de partir para o Canadá.

Estamos na casa de veraneio dos pais dela, localizada em frente à praia, em uma vizinhança calma, repleta de aposentados que adoram colocar suas cadeiras no jardim e tomar cerveja light. A tranquilidade que essa viagem me trouxe é revigorante feito a brisa do mar. Faz pouco mais de um mês que chegamos, e ainda temos duas semanas antes de voltarmos à realidade. Hannah não se preocupa com o seu recém desemprego, enquanto eu morro por dentro à espera do dia em que terei de deixar tudo para trás e ir trabalhar ao lado de Delphine. Não que isso seja algo ruim, porém não sei mais como me sinto em relação à ela. As primeiras semanas que passei aqui foram bem complicadas, especialmente após descobrir que Paul e Delphine voltaram a morar juntos. Alison me manda e-mails contando sobre tudo o que acontece, ela não poupa detalhes sobre sua neurótica rotina. Donnie tomou coragem e fez o pedido que Ally sempre almejou, e no final do mês, meus amigos irão se casar. Ela entende minha ausência durante a preparação para o grande dia, até porque eu não entendo nada sobre planejar um casamento, por isso ela usa e abusa de sua madrinha francesa.

Os Hendrixes decidiram oficializar sua união antes de nossa viagem ao Canada. Agradeço por estar bem longe da correria e pressão que está rolando em Rhode Island. Nem precisei enviar minhas medidas para meu vestido de segunda madrinha, Felix já tinha cuidado desse detalhe, ele insistia em me convencer a não voltar para casa antes do final do mês. Sei que tem algo muito ruim acontecendo, eu consigo sentir, mas meus amigos mentiam muito bem. Então assim como eles, decidi mentir, fingir que não estou me preocupando com nada além do corrente tempo com Hannah.

Durante minha estadia em Charleston, visitei muitos lugares. É incrível como as pessoas subestimam o potencial turístico da Carolina do Sul. Dona de um clima subtropical, é um esconderijo necessário. A cidade em que vivi momentos deliciosos foi o palco de umas das mais sanguinárias guerras civis, a Guerra da Secessão. Por isso, o local transparece história. A arquitetura, os parques, os cemitérios, os museus, os centros históricos, e até mesmo o sotaque largado e sulista dos habitantes, denunciam a peculiaridade do local. Há algumas ilhas bem conhecidas. Tive a oportunidade de me banhar no salgado do mar em Palms Island e Jonh Island. Pude sentir o carregado aroma das ostras grelhando, o tentador sabor da culinária marítima e perigoso doce das piñas coladas.

 A casa onde ficamos era grande e amigável, digna de inspirar Nicholas Sparks em seus romances. Construída com madeira em tons claros de azul e branco, a famosa varanda à frente com as cadeiras de balanço, o deck de madeira que leva até a praia, a invasora areia espalhada pelo caminho e as palmeiras ao redor eram a essência de um sonho aconchegante.

No quintal havia uma pequena churrasqueira, três coolers e uma piscina onde Hannah e eu passamos a maior parte de nossos dias. Nossa rotina era acordar sem pressa para levantar, ir para cozinha onde a ruiva preparava Frittadas, Waffles e suco de laranja. Após comermos, passeávamos com as bicicletas pela rua até chegarmos no centro. Às vezes fazíamos compras, porém nossa prioridade era respirar a história da cidade. Visitamos o Middleton Place, o Waterfront Park, o Old Slave Mart Museum, os vários restaurantes, e por fim, fomos de barco até o monumental Fort Sumter, palco de duas grandes batalhas durante a guerra civil, estar lá me causou sensações sombrias, arrepios e curiosidade. Houveram momentos em que Hannah me introduziu à agitada vida noturna. Frequentamos algumas baladas, bares e luais.

Se alguém tivesse me perguntado há três meses atrás como imaginava passar minhas férias de verão, jamais teria me ocorrido a ideia de ser assim, mas agradeço gritando pela paz que a ruiva me trouxe. Aos poucos fui me cedendo ao seu amor e desistindo de sonhar acordada por um romance ruim. Mesmo com meus confusos sentimentos, a esperança de ter Delphine ao meu lado ainda era viva, desfalecia ao passar dos dias, porém ainda era capaz de me causar risos apaixonados. Parecia feitiço, magia negra ou um traiçoeiro destino, e eu ainda sinto seu calor em meus ossos.

Beijar os lábios de Hannah, lamber sua suave carne e gem*r em reposta ao seu toque certeiro era feito injeção de insulina em minha alma diabética. Não era a solução, mas remediava minha dor e saudade. Gostaria de ser capaz de escolher a quem amar, a quem me doar, a quem entregar tudo o que quero depositar. Queria descartar a ideia de completar minha metade nos afetos e dialetos de Delphine Cormier.

As pessoas não entendem, não compreendem que quando o amor aborda, ele transborda. Alucina e assassina a mente, causa desespero, verdade e mentira. Não conheço poesia ou melodia capaz de resumir os efeitos dos feitos, a delicada beleza e a sombria chama acesa no coração de quem aceita a perdição ao se encontrar em alguém.

E foi nela em quem me encaixei.

Os últimos dias em Charleston foram tranquilos e maravilhosos. Hannah curtia seu tempo comigo enquanto a ansiedade tomava conta de meu ser.

Ao chegar em Rhode Island, Felix me ajudou com a bagagem. Ele escolheu meus trajes e acessórios para levar ao Canada. Pude ver que estava orgulhoso de mim, mas senti que seus segredos o atormentavam.

"Por que você não me fala o que tá acontecendo?" Questionei ao fechar a mala.

"Porque não quero acabar com esse sorrisinho bobo." Respondeu rapidamente.

"Fe, você sabe que eu odeio ser a última a saber das coisas." Reafirmei olhando pro relógio.

"Olha, na hora certa, você vai ficar sabendo." Seguiu meu olhar, "Você não está atrasada para encontrar com a Alison?"

Prometi acompanhar minha neurótica amiga na última prova de seu vestido.

"Um pouquinho. A Hannah já deve estar chegando para me levar." Informei.

"Bom, você também tem que experimentar o seu vestido. Espero que não tenha engordado na sua lua de mel." Brincou, levantando as sobrancelhas.

"Tá me chamando de gorda? Seu ridículo!" Levei as mãos até minha barriga. Não estava diferente do que sempre foi, porém comecei a me sentir insegura.

Após alguns ligeiros minutos, ouvi a buzina anunciando que minha carona tinha chegado.

Minha parceira de aventuras estava linda, como de costume. Vestia a famosa jaqueta de couro que exibia seu generoso decote. Passeei tanto nas ondas de seus seios durante nossa viagem, até bateu uma discreta saudade de seu sabor.

Ela me levou à loja e logo sumiu de minha vista.

Respirei fundo antes de entrar, sabia que encontraria a francesa que tanto desejo.

Fui recepcionada pela atendente que guiou o caminho até a sala de provas.

"Cosima!" Alison gritou alto ao me ver chegando.

"Hey!" Correu até meus braços e apertou minha estrutura.

"Santinha do céu! Como você está bronzeada! E essa cara de sono? Não dormiu direito? Você comeu antes de vir? Está com fome?" Os instintos maternos da noiva eram impulsivos e evasivos, porém tolerei todos eles com um sorriso no rosto.

"Eu tô bem, doida. Mas aceito uma bebidinha." Soltei seu corpo agitado.

"Maddie, traz uma tacinha pra Cosima! Ah! e o vestidos das meninas também." Ordenou à sua assistente de produção.

"Cosima..."

PUTA MERDA! AQUELE SOTAQUE AINDA MEXIA COMIGO.

O jeito pausado com o qual minha ex-chefe pronunciava meu nome, era nostálgico e consumido de arrependimento.

Era possível me perder no voo das borboletas em meu estômago.

"Delphine." Respondi ao penetrar seu olhar, fingindo que sua presença não me perturbava.

Ela aparentava cansada. Seu rosto estava mais fino, mas as curvas de seu longo corpo estavam mais definidas. Seus pequenos seios ganharam forma e volume.

"Aqui está, Senhorita." Maddie me entregou a bebida.

Tomei alguns goles revezando meus estudos sobre Delphine e meu vestido.

"Amigas, tirem as roupas." Alison não fazia ideia das vezes que "tiramos as roupas" uma da outra.

Lembrar de tal fato lubrificou meu íntimo e atiçou as fotos de minha memória.

Nos despimos rapidamente. Discretamente, eu a observava pelo canto do olho, vestimos nossos rosados trajes.

O meu coube sem esforço.

"Cos!" Alison liberou um suspiro carinhoso e lágrimas repentinas.

"Você está linda." Delphine disse sem a menor discrição, como se ela não fizesse questão de esconder seus pensamentos sobre mim.

"Obrigada, meninas." Agradeci envergonhada ao me olhar no gigante espelho.

"Alison, temos um problema." Maddie informou ao ajudar a Francesa com o zíper.

"Ele não está fechando na parte da barriga." Acrescentou pronta para fazer os ajustes.

"Estou gorda demais." Delphine resmungou.

"Você está graciosamente gordinha, amiga. Tá tudo bem, só está ficando mais linda ainda." Ally confortou o ambiente com olhos de ternura.

Cara, como assim "graciosamente gordinha"? Que tipo de eufemismo é esse?

"Comeu muito, Cormier?" Fiz um falho trocadilho.

Ela manifestava uma expressão preocupada e um tanto desesperada em sua face.

"Não, Cos..." A noiva tentou explicar, mas logo foi interrompida, "Eu parei de fumar, por isso ganhei uns quilinhos." Delphine informou como quem queria mudar de assunto.

Estranho.

"Bom, agora é minha vez." Alison entrou em um provador individual junto com as moças que trabalhavam na loja. 

Enquanto Maddie passava as novas medidas de minha ex-chefe para costureira do lado de fora, Delphine e eu ficamos sozinhas por alguns minutos.

Um silêncio embaraçoso tomou conta do ambiente.

"E como foi de viagem?" Aquela voz despedaçou meu orgulho.

Pude sentir o tom inconfortável em seu tom.

"Foi ótima!" Provoquei, mas fui sincera.

"Que bom!" A ironia a consumia, "Vocês estão namorando agora?" Questionou com um olhar severo e expressão vazia.

"Hum! Não sei dizer, é complicado." Mordi os lábios e a observei querendo degusta-los.

"Estar com alguém pode ser assim às vezes." Fixou em minha retina e ali ficou por algum tempo.

"Não deveria ser assim, mas concordo com você." Sentei na poltrona e cruzei as pernas.

"Você parou de fumar? Parabéns." Congratulei com honestidade.

"Sim, a nicotina era o menor de meus vícios." Declarou ao se sentar ao meu lado.

Seu forte perfume invadiu minhas narinas sem o mínimo pudor ou respeito.

"Meninas?" Alison gritou do provador, "Prontas?"

Sou incapaz de decidir o que era mais bonito, o sorriso naquele rosto simétrico ou o vestido branco naquele corpo definido.

Alison estava linda, parecia uma princesa. Seus ombros ossudos à mostra, quase imperceptíveis ao serem comparados com o fino véu que cobria aquela face rosada.

"Ally..." Respirei fundo, "Uau! Sem comentários, amiga." Senti uma pequena lagoa de lágrimas começar a formar em meus olhos.

"Pode comentar, quero opiniões." Despertou riso em todo mundo.

"Olha, Alison. Nunca vi uma noiva tão linda como você." Delphine acrescentou exibindo seu lado doce. Olhei em sua direção e, sem querer, a imaginei com o mesmo vestido branco. Uma foto perfeita e delicada, minha ex-chefe como minha noiva, como minha amada.

Antes que pudesse me impedir, eu já estava sonhando acordada novamente.

A melancolia e fome infestaram minha mente e estômago. Todos aqueles sentimentos falsamente desfalecidos em mim, ganharam vida, sobressaíram toda minha dor e mágoa. Eu ainda a amava com força e sem razão.

Após terminarmos com as provas, partimos para o restaurante mais próximo onde almoçamos e conversamos sobre nossos planos noturnos. Felix havia preparado a despedida de solteira. Seria em uma boate gay, ele convidou os amigos mais próximos e até mesmo pessoas desnecessárias como Shay.

"E por que Felix a convidou?" Minha ex-amante questinou raivosa.

"Não lembro direito, mas acredito que ela foi o contato para fecharmos o andar de cima. Acho que Fe sentiu que não poderia descarta-la depois da ajuda." A noiva explicou calmamente.

"Shay tem muitos contatos para festas, ela faz parte da atlética de psicologia, deve ser isso." Adicionei meu conhecimento inútil sobre minha ex-namorada.

"E vocês nunca mais se falaram, Cos?" Enquanto digeria a pergunta, Delphine me olhava interessada.

"Não, Ally. Faz um tempinho que não a vejo." Engoli meu vinho gelado.

"E se você quiser chamar a Hailey para ir na festa, é só avisar."

Dra. Cormier não tinha o porquê me encarar com olhos selvagens, mas o fez da mesmo assim.

"AH! Acho melhor não. Passamos um mês inteiro juntas, quero ficar com vocês agora." Juro que não foi uma indireta, porém enquanto Alison sorria graciosamente, Delphine manifestava todas aquelas expressões que amo. Desejo, saudade, domínio e fome.

Bom trabalho, Cosima.

Mostra pra ela que você tá querendo de novo. Vai lá ser trouxa de novo. Uma vez é pouco, né?

Depois de comermos, combinamos de nos encontrar às 18:00 no estacionamento da balada. Felix era o organizador da noite, ele estava correndo com os últimos detalhes, ou seja, minha carona teria de ser com ninguém menos do que aquele pecado ambulante.

"Passarei em sua casa quinze minutos antes, pode ser?" Perguntou salivando por qualquer sinal de meu tesão.

"Sim, é só buzinar que eu desço. Nem precisa subir." Assassinei suas esperanças com classe.

O céu já ficava escuro e estrelado. Nada que se possa comparar com a Carolina do Sul, mas mesmo assim era bonito.

Ao som de Colbie Caillat, fiz um pequeno esquenta tomando cerveja e me aprontei lentamente. Escolhi uma regata preta de seda e um jeans rasgadinho. Amarrei meus descontrolados dreads e fumei um baseado para acalmar os nervos. Delphine nunca se atrasou, mas dessa vez ela estava de parabéns. O relógio marcava 18:30, Felix já até havia começado com a surpresa para Alison, strippers vestidos de bombeiros. Não fiquei chateada por perder a deplorável cena, porém estava puta por estar atrasada.

CADE VOCÊ, DRA. CUZONA?

É ISSO! VOU DE UBER.

Ao descer as escadas, saquei meu celular e abri o aplicativo.

"Desculpa pelo atraso, tive um imprevisto." Lá estava ela em seu carrão elegante. E cara, como ela estava linda. A filha da mãe poderia ser menos bonita, só um pouquinho.

Nem querendo, consegui ter raiva dela.

"Tá tranquilo."

Não, não tá "tranquilo".

"Você está linda, Cosima."

Tô, tô linda mesmo!

"Valeu."

COSIMA NÃO OUSE ELOGIAR DELPHINE.

NÃO.

OUSE.

"Você também."

SEU LIXO HUMANO!

"Você está chapada também, certo?" Com um belo sorriso no rosto, ela me olhou derretendo meu coração durão.

Tá, nem tão durão assim.

"Sempre." Respondi suavemente e me apossei do rádio.

Pude sentir que ela adorava me observar sendo eu mesma.

E eu adorava quando ela fazia isso.

Quando chegamos na balada, todos já estavam bem bêbados.

Reconheci a maioria dos rostos embriagados, principalmente aquele que me olhava furiosamente.

Entramos no lounge e nos deparamos com corpos dançantes e copos cheios.

Um garçom, em um traje erótico, se aproximou de nós.

"Champanhe?" Estendeu a bandeja em nossa frente. Fui logo pegando uma taça, e não pude deixar de estranhar a recusa de Delphine.

"Não está mais bebendo?" Perguntei ao engolir o gaseificado liquido.

"Estou dando um tempo." Respondeu roboticamente.

"Meninas!" Feito um zumbi usando crack, Alison se jogou em nossos braços, "Pensei que vocês nunca viessem."

"Miga, tá louca? É claro que estaríamos aqui." Equilibrei seu peso e minha taça.

"Alison, sua vagabunda, vem aqui." Felix vestia uma fantasia tão erótica quando a própria definição.

 "Por que vocês demoraram?" A pergunta foi pra mim, mas o olhar irado foi para Delphine.

"Tive problemas com Paul." Ouvir isso deveria ter me trazido pena de meu amigo, entretanto, gostei de saber que seu relacionamento não ia muito bem.

Novamente, sou um lixo humano.

A música tocava alto, tenho certeza que era Britney Spears, mas me neguei a lembrar a letra.

Todo mundo dançava sem sincronia enquanto eu bebia o máximo de Mojitos possível.

Senti no ar um aroma familiar.

"Quem é vivo sempre aparece." Aquela voz suave quase ofuscou os gemidos da cantora.

"Shay." Virei para encara-la, "Tudo bom?"

"Tudo certo e você?" Apoiou-se no balcão para me mostrar seu belo par de seios fartos.

NÃO OLHA, PORRA.

NÃO OLHA!

MERDA! Olhei.

Sorriu satisfeita com minha fraqueza.

"Não tive a chance de te dar parabéns pela formatura e pelo estágio." Aproximou-se ligeiramente, "Então...meus parabéns." Confortou minha estrutura em seus braços finos.

Gostei do abraço, mas sem segundas intenções. Até porque antes de sermos namoradas, Shay e eu sempre fomos amigas.

"Obrigada." Me soltei ao poucos enquanto recompunha minha postura.

Conversamos por alguns minutos até sentir um vulto aflito passando por trás de mim. Quando virei para analisar uma figura machucada fugindo da multidão, tive o impulso de segui-la.

"Não vá!" Shay segurou em meu pulso me trazendo para perto dela novamente.

"Você não entende, eu preciso ir." Expliquei ao me soltar.

"É sempre ela, né?" Perguntou já sabendo a resposta, "Até quando você vai deixar Delphine te cegar?"

"Shay, pare com isso. Você não sabe o que fala." Com uma leve raiva em minhas veias, eu a abandonei no balcão e acelerei meus passos em direção ao um corredor escuro.

Havia algumas camas redondas em áreas privadas, tal privacidade era dada pelas cortinas vermelhas que se fechavam ao redor. Em um cômodo solitário, lá estava a mulher da minha vida. Ela sentava na cama com lágrimas escorrendo em seu rosto.

"Delphine, tá tudo bem?" Beirei o local de maneira cuidadosa.

"Não, não está tudo bem, Cosima!" Desabafou ao se levantar e fechar a cortina atrás de mim.

"O que está fazendo?" Questionei preocupada.

"Você! Sempre você!" Lançou meu embriagado corpo contra a parede.

"Delphine, não faça isso." Pedi, sem força para afasta-la.

"Você não me quer mais? Então por que fica me olhando assim?" Apoiou uma mão na parede, me encurralando em sua deliciosa armadilha.  

"Te olhando como?" Entendia o que ela dizia, porém quis ver até onde iria.

"Com desejo e saudade." Soltou o peso de seu corpo sobre o meu.

Engoli minhas palavras e senti o sabor de tanta nostalgia.

"Hein, Cosima? Por quê?" Insistiu em uma reposta mais clara do que um cristal.

"Porque eu ainda te amo, porr*." Declarei ao me ceder por inteira.

Sua elástica língua invadiu minha boca, ela dançava sensualmente em sincronia com as espertas mãos sorrateiras. Todo o gosto que Delphine tinha era meu. Ela pressionava meu corpo e salientava minha pele por debaixo da blusa. Entrelacei meus braços em volta de seu pescoço e deixei que ela tomasse o controle de nossas ações.

Eu adoro quando me torno passiva ao seu toque.

Dra. Cormier me jogou na cama e montou encima de mim. Tirou seu vestido cinza e me assistiu com olhos apaixonados. Com apenas um mão, removi seu sutiã e recebi seus seios em minha boca.

Realmente, eles estavam maiores.

Mordisquei seus mamilos e senti toda a sensibilidade que ela mostrava.

"Delphine, você tem certeza?" Em um breve momento de lucidez, questionei encarando a realidade.

"Cosima." Aquele maldito sotaque, "Eu sei que tudo isso é minha culpa. Sei que não te mereço, que deveria ter sido mais cuidadosa." Desceu de minha estrutura e sentou-se em minha frente, "Você não pode me perdoar? Nem que seja temporariamente? Eu não tenho nada se não tenho você. Passei um mês punindo a mim mesma, eu não aguento mais. Então por favor...fique comigo por um minuto, depois volte para ela. Eu preciso te ter por mais uma vez, por uma última vez." Levou as mãos aos cabelos e mordeu o lábio inferior.

"Prometo que depois disso, te deixo ir." Acreditei em cada palavra, e a ideia de não ter mais Delphine foi aterrorizante.

"Você realmente acha que será a última vez? Somos como metal e ímã, sem querer, acabamos nos aproximando. A gente tinha tudo pra dar certo, era só você ter lutado um pouco mais. O que você fez? Voltou com o Paul!" Declarei minha frustração, sem abandonar seus olhos.

"Não voltei com Paul. Estamos morando junto por causa do..." Pausou em hesitação, "Por conta da viagem, logo estaremos longe. Ele dorme no sofá e eu na cama." Aproximou-se levemente.

"Ah tá! Você realmente espera que eu acredite nisso?" Questionei com raiva.

"Olha! Eu entendo que deveria ter lutado mais, porém estou sendo honesta. Não estamos juntos e nunca mais estaremos." Ouvir suas palavras sararam as feridas de minha insegurança.

"Então por que você disse que essa seria nossa última vez?" Perguntei, curiosa.

"Porque quando você souber o que está acontecendo, aprenderá a me odiar e nunca mais reaprenderá a me amar."

Se antes eu já sentia que algo muito fodido estava rolando, agora eu tenho a confirmação.

"O que está acontecendo, Delphine?" Insisti na revelação de tanto mistério.

"Cosima, por favor. Fique comigo hoje, esqueça isso por um momento." Suplicou com lágrimas em seus olhos.

E agora, Cosima?

Insiste ou desiste?

Se o que Delphine teme em me contar pode me causar ódio, por que eu quero saber?

Olha pra ela. Tão linda, tão vulnerável. Apenas de calcinha e sentada sobre os joelhos. Tão aflita e desesperada.

Engole essa curiosidade e faça amor com Delphine.

"Tudo bem! Fico com você." Anunciei minha decisão e logo fui surpreendida por toda sua anatomia.

Nos beijávamos com saudade e sagacidade. Ela me tocava com sabedoria e tesão. Nossos seios roçavam uns nos outros enquanto nossas bocas degustavam nosso sabor. Com suas mãos, Delphine passeou por meu corpo, relando em minha cintura, apertando meu peito e apalpando cada centímetro de minha pele. Nossos quadris dançavam ao ritmo da música que tocava, "Roses" por The Chainsmokers.

Espalhou sua quente saliva sobre minha epiderme enquanto distribuía beijos por cada canto meu. Foi descendo em direção minha barriga até alcançar minha virilha. Separou meu clit*ris com os dedos e me metralhou com movimento velozes. Sua língua era profissional no assunto prazer. Movia-se sem esforço ou ponderação. Ela me queria por inteira.  Lambeu minha carne e deliciou-se com meu liquido raro. Ela gemia tão alto quanto eu. Ali, Delphine ficou por um tempo, depois penetrou seu longo indicador em meu interior e em movimentos certeiros e circulares, causou meu apogeu.

Senti minha perna balançar e meus membros tremerem. Todos meus músculos se flexionaram e logo relaxaram.

Dra. Cormier analisou o escorrer de minha água e deu uma última lambida fatal.

Com esforço, puxei seu corpo para perto de mim.

"Você vai acabar me matando um dia." Declarei entre suspiros acelerados.

"Essa é a intenção." Sorriu e pousou um singelo beijo em meus trêmulos lábios secos.

"Agora é minha vez." Anunciei ao assumir o controle.

Debrucei-me em sua estrutura e estudei suas pintas perfeitas no torso.

Delphine é tudo o que eu não queria, mas necessitava.

É inacreditável o efeito que sua presença me causa. As mistas emoções tomam conta de meu espirito, me trazendo tanta harmonia e caos.

Eu amo cada pedacinho dela, cada defeito e jeito. E eu odeio tal sentimento.

Minha entrega é tão fácil e súbita. Chega a ser ridículo!

Afastei meus devaneios distantes para me aproximar de seu fim.

Sem cuidado ou juízo, posicionei beijos molhados em sua pele. Ela gostava e eu adorava.

Com minha língua, saboreei todo o teor e peculiaridade de sua natureza selvagem. Ela era indomesticável em sua maneira, porém sou a única capaz de doma-la.

Seus suculentos seios encaixaram minha boca com perfeição. Brinquei com eles sem preocupação enquanto minhas mão salientavam suas novas curvas.

Pode ser a saudade ou a carência, tanto faz, pois notei que minha amante esteja mais excitada do que o normal. Estava sedenta por um orgasmo e faminta por minhas habilidades orais. Empurrou minha cabeça na direção de sua delicada vagin*. Mesmo na hora de ser passiva, ela gostava de estar sob o controle. Aproveitei a oportunidade e dancei com seu órgão genital.

O aroma frutífero ainda era o mesmo, porém seu rebol*do era mais feroz. Mal pude degustar de seu deleitoso gosto, antes que eu pudesse diminuir a velocidade, Delphine liberou seu doce liquido quente em minha boca.

MERDA! COMO EU SENTI SAUDADES DISSO!

Entre espasmos e gritos, cedeu à gravidade toda sua prostração, e em inércia permaneceu.

"Nossa, você foi rápida!" Afirmei ainda faminta.

"Desculpe-me por ser assim." Seu tom era tristonho feito sua expressão.

"O que houve, Delphine? Por que você está tão estranha?" Perguntei já me preparando para o pior.

"Cosima, não estrague o momento." Implorou ao reconquistar a posse.

"Você disse que eu te odiaria se soubesse. Eu prometo que não farei isso, mas me conta logo, por favor." Confortei a tensão em sua atmosfera.

"Olha, é complicado." Suspirou.

AH! VAI PRA MERDA, NÉ?

COMPLICADO? PORRA, TUDO ENTRE NÓS É COMPLICADO!

"Não vai me contar mesmo?" Ameacei ao alcançar minhas roupas ao lado.

"Você vai embora?" Questionou não tão surpresa.

"Não aguento ficar com você sem saber o que está acontecendo." Informei enquanto comecei a me vestir.

Ela me observou em silêncio externo e barulho interior. Seja lá o motivo de tanto mistério, era nítido o medo que a afrontava.

"Última chance!" Declarei já pronta para partir.

"Nunca se esqueça que eu te amo, Cosima Niehaus." Sentou-se e assistiu minha partida franzindo a testa.

Cara, o que acabou de acontecer?

Eu preciso de um drink.

Fui até o bar e pedi por algo que fosse doce e amargo ao mesmo tempo, tipo Delphine.

O bartender me entregou um copo com liquido colorido e convidativo.

O sabor era exatamente o que eu precisava. Virei meu corpo à multidão ainda dançante. Cruzei olhares com Shay, quem me analisava em desaprovação.

FODA-SE!

Notei que Alison vinha em minha direção, então coloquei meu copo sobre o balcão. Já previa que ela se jogaria em meus braços.

"Amiga, onde você estava?" Perguntou em desordem de seus sentidos.

"Estava com Delphine."

Cosima, qual é a merd* do seu problema?

"Ó céus, ela está bem?" Recuperou metade se sua sobriedade e assumiu seus instintos maternos.

"Sim! Mas ela está estranha." Eu sabia onde queria chegar, e tinha certeza de que Alison me relevaria o segredo de minha ex-amante.

"São os hormônios, amiga." Disse ao ajeitar sua franja.

"Como assim, hormônios?" Nada fazia sentindo.

"A Del está gravida, Cos!"

SANTA MERDA.

QUÊ?

COMO ASSIM?

GRÁVIDA?

"Grávida?" Repeti em interrogação.

"Sim, foi um acidente, mas ela está gravidinha." Foi como uma anestesia direto na veia.
Minha corrente sanguínea mudou a direção de fluxo e causou-me falta de nutrientes nas células.

Busquei meu copo e tornei toda bebida de uma só vez.

Novamente, o sabor era exatamente o que eu precisava, mas a notícia era tudo o que eu não queria saber.

Por que tudo dá errado pra nós?

Por que é tudo tão difícil?

Delphine grávida, não fazia sentido.

PORRA!

MERDA!

Grávida, assim, do nada?

Quer dizer, do nada não, ela transou com Paul na noite anterior à minha formatura.

Que merd*, Delphine.

Como te perdoou?

Como sigo em frente sabendo que tomamos mil passos para trás?

O pior de tudo isso é que mesmo com raiva, ciúme e frustração, mesmo tendo mil motivos para desistir de tudo, tendo mil razões para odiá-la, não sou capaz. As contas são desfavoráveis à ela, porém eu apenas preciso de um motivo para não cessar fogo nessa maldita batalha infernal.

A real é que, mesmo tentando, jamais conseguirei deixar de amar Delphine Grávida Cormier.

 

É rir pra não chorar. 

Fim do capítulo


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