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Uma Pequena Aposta por Rafa

Ver comentários: 6

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Palavras: 3456
Acessos: 6170   |  Postado em: 23/06/2017

Capítulo 30

Melissa retornou arrasada, foi até a casa da sua mãe, entrou sem que ninguém a visse e foi direto para seu quarto, tomou banho e desceu até a cozinha.

 

 

-- Mada faz um mingau de aveia? – pediu a Madalena, antiga cozinheira da casa e que também viu Melissa nascer e crescer.

 

-- Para você? – perguntou assustada – Nunca comeu isso e ainda implicava com seu pai quando ele pedia para ser feito. – argumentou.

 

-- Não é para mim, preciso levar para Isadora, ela não consegue comer aquilo que servem no hospital. – explicou com expressão e voz de cansaço – O médico pediu para alimentá-la com algo líquido pastoso, sabe como é isso? – perguntou com curiosidade fazendo careta.

 

-- Você poderia saber caso me ouvisse mais e aprendesse a cozinhar. – repreendeu a velha senhora – Só queria saber de trabalhar com seu pai, esqueceu o trabalho de uma casa.

 

-- Não vou ganhar nada cuidando de uma casa. – falou com desdém para provocar a cozinheira – Trabalhando na lida ou no frigorífico eu ganho muito mais cifrões. – gesticulou com os dedos na frente do rosto de Madalena.

 

-- Cris, eu sei que está se esforçando para parecer bem, mas eu lhe conheço de dentro da barriga de dona Ester. – falou em tom de seriedade – O que está acontecendo?

 

-- Nada. – mentiu – estou preocupada com a pequena.

 

-- Certeza que só é isso?

 

-- “Só isso”? Acha pouco? Quer ir ao hospital ver o que o monstro fez?

 

-- Foi uma maneira de me expressar, sabe disso e, mesmo assim, tenta mudar o assunto? Tudo bem. – Melissa pegou uma maçã e sentou-se a mesa, com as pernas esticadas em uma cadeira. Quando Madalena fez menção de falar alguma coisa, percebeu que a morena estava dormindo com uma maçã pela metade e a cabeça jogada para trás. Ela pediu ao motorista de Ester para levar a comida para Isadora, e tentou acomodar a morena melhor. A cozinheira ainda pensou em conduzi-la para o quarto, com ajuda de alguns dos homens que trabalhavam lá, mas corria o risco da morena despertar e sair.

 

***********************************

 

 

Quando acordou do rápido cochilo viu sua mãe a observando e abriu um sorriso.

 

-- Mãe... – olhou em volta e percebeu onde estava – Acho que adormeci.

 

-- Cristina, meu anjo passaram-se dez dias, e neste período você não comeu e nem dormiu direito. – falou com preocupação – Venha dormir um pouco, Júnior e Bruna estão com Isa.

 

-- Mãe, eu simplesmente não posso pensar nisso agora... – retirou as pernas da cadeira e sentou-se melhor – Tenho que me focar na recuperação de Isadora. – olhou ao redor e procurou o mingau – Mada, você fez o mingau que lhe pedi?

 

-- Fiz o mingau e pedi para o motorista deixar no hospital, aproveitei e mandei algumas frutas para você comer, e alguns iogurtes para Isadora.

 

-- Obrigada. – ergueu-se com a intenção de deixar a cozinha, mas ouviu o comentário da sua mãe.

 

-- Madalena, melhor preparar o quarto de hóspedes, porque logo serão duas enfermas, e como uma não poderá cuidar da outra, serão obrigadas a usar quartos distintos. – as duas mulheres olharam em seguida para Melissa.

 

-- Tudo bem dona Ester, a senhora venceu. – concluiu levantando as mãos aos céus em um gesto teatral. – Dormirei um pouco enquanto o jantar não fica pronto.

 

-- Não me lembro de ter falado alguma coisa que lhe persuadisse a dormir. – disse Ester – Falei Madalena?

 

-- Não lembro.

 

-- Argh! Vou para meu quarto. – olhou para cozinheira – Quando o jantar ficar pronto mande alguém me chamar. – recebeu como resposta um aceno de cabeça e saiu em seguida.

 

-- Madalena prepara algumas coisas para ela levar, e coloca uma daquelas bisnagas de requeijão.

 

-- E ela vai comer dona Ester? Essa menina sempre foi ruim para comer, agora que anda nervosa...

 

-- Com Isadora ela come, aquela menina sabe convencer bem a minha filha.

 

-- Essa menina foi uma benção na vida da nossa criança dona Ester, às vezes, penso que ela não existe.

 

-- Por aturar o gênio difícil e consequentemente mau humor de Melissa Cristina? Além da sua resistência a comida que a deixa insuportável e sua forma analítica de ver as coisas? – sorriu – Acredito que ela seja um ser espacial ou simplesmente um anjo.

 

-- A senhora estava falando de quem? Da Cristina ou do doutor Daniel? – brincou a cozinheira.

 

-- Acho que mereço, também, o dom da dúvida quanto a minha identidade. – ambas sorriram.

 

 

*************************************

 

 

-- Isa, o que é isso aqui? – perguntou apontando para duas válvulas que se sobressaiam na parede.

 

-- Oxigênio e ar comprimido. – respondeu tranquilamente.

 

-- Sério? – perguntou com uma expressão de espanto e empolgação – Fala sério Isa, “tá” de sacanagem “né”? – sorriu.

 

-- Com o que Jú? – estava surpresa com a reação do amigo. Júnior cruzou os braços e lançou um sorriso malicioso para a loirinha.

 

-- “Tô” vendo que você “tá” igual à Melissa, brincando com tudo. – permanecia sorrindo – Como eles conseguiram amassar o ar e “butar” nesse negocinho? – aproximou-se mais da válvula de saída para examinar

 

-- Eles não amassam o ar Jú... – bufou.

 

-- Como não Isa? – interrompeu – Você acabou de falar – pensou um pouco - Deve ser um trabalho difícil. Papai diz que esse tipo de trabalho é altamente “extravasado”, ele até fala um nome que não lembro agora, parece que é uma mistura de óculos com idade, tá ligada? – fez uma careta ao concluir.

 

-- Alta periculosidade. – completou vencida. – Jú, eu lhe expliquei que não é “extravasado”, e sim estressado. – repetiu com paciência.

 

 

-- Isso! Vou falar “mermo”, você e Mel “são muito indigente”. – disse com satisfação e orgulho das amigas. Isadora, mesmo acostumada com o amigo, não pode deixar de rir desta vez.

 

-- Melissa Cristina? Indigente? – a loirinha se divertia com a conclusão do amigo – Jú, eu não posso sorrir que dói, quer para? Eu sou a indigente, Melissa nunca foi ou será.

 

-- Olha Isa, – falou em tom sério - sabe que gosto de você como irmã, mas falar mal de uma amiga por trás não “rola” “véio”... – repreendeu – ainda mais se você é “mina” dela.

 

-- A que você se refere Júnior? – perguntou ainda sorrindo

 

-- Você duvidou que Melissa, é indigente.

 

-- Não duvidei não Jú, ela realmente não é indigente, e sim inteligente. – voltou a sorrir. O rapaz sentou no sofá analisando minuciosamente as válvulas.

 

-- Oh Isa, oxigênio é fácil porque tem aqui. – apontou ao redor – Não é só o mano “fungar” e depois assoprar ali no “treco”. É aquelas parada que faz a gente ficar vivo.

 

-- Isso aí Júnior, oxigênio faz essas parada mesmo. – o rapaz apontou a válvula, e, em seguida colocou a mão no queixo.

 

-- Mas Isa, ar comprimido, eu não sei como eles “fazem” tá ligada? “Deve de ser” difícil “mermo”. – pensou mais um pouco e gritou como se fosse uma grande descoberta – Eles devem usar “aqueles treco” de “recital” que amassa o lixo “recintido”, e faz os comprimidos.

 

“Mel, cadê você amor?” – pensou após ouvir a conclusão do amigo. A loirinha respirou fundo e explicou.

 

-- Jú, não é lixo recintido ele é reciclável. A máquina não é de recital e sim de reciclagem e ninguém vai fungar o oxigênio, eles irão aspirar.

 

-- Caraca véio, é “mermo” se eles “fungassem iam ficar tudo cansadão”, “muito chapado” por causa dos gases influentes, por isso usam o aspirador. – foi à conclusão a que o rapaz chegou, deixando a amiga totalmente vencida. Isadora estava prevendo mais alguma tirada quando ele se aproximou das válvulas para observá-las melhor, mas, foi salva por Melissa que abriu a porta com um imenso sorriso, fazendo a loirinha derreter.

 

-- Conseguiu tomar ou comer – pensou um pouco e concluiu – não sei como se diz, para aquela coisa – fez careta - o mingau?

 

-- Delicioso Mel. Foi a Mada quem fez?

 

-- Uhum... Poderia ter sido eu. – arqueou uma sobrancelha e olhou fixamente para Isadora. - Tudo bem, foi Mada. Ela imaginou que você ainda estaria com fome, tendo em vista que seu universo paralelo – apontou o abdômen da loirinha – não aguenta meia hora com líquido – pensou mais um pouco – nem com sólido também – sorriu e recebeu um afago no braço.

 

-- Não enche Mel.

 

-- O que foi dessa vez? – perguntou baixinho no ouvido da loirinha, quase um sussurro, com intuito de provocá-la, o que Júnior observava.

 

-- Ele está analisando os gases “influentes”, e como o ar comprimido pode ser amassado ou aspirado. – desatou a falar tudo o que havia escutado durante a tarde, confundindo a cabeça de Melissa.

 

-- Meu anjinho desculpa, eu sei que deveria ter ficado, mas...

 

-- Não amor, estou brincando, foi até divertido, descobri que nós somos “indigentes”. – viu a expressão de dúvida no rosto da morena – Depois explico melhor.

 

-- Conto com isso. – sussurrou, provocando, novamente a mulher enferma - Então Júnior, Enrico não conseguiu estacionamento – olhou para Isadora – ele queria subir, mas, não conseguiu uma vaguinha – fez um beicinho que deixou a loirinha sensibilizada – vai lá embaixo que ele vai levar você para casa. – falou para o rapaz.

 

-- Não quer “mermo” que eu fique?

 

-- Não precisa, vai descansar também... – afagou o ombro do rapaz – Todos nós estamos cansados – concluiu – Obrigado por tudo meu amigo, você realmente é irmão da Isadora. – olhou para a noiva – Não por laços de sangue, mas pela força da amizade. – o rapaz ficou sensibilizado com as palavras da morena e lhe abraçou.

 

-- Um dia eu paro de ter pensamentos exóticos com você e lhe chamo também de irmã. – beijou a bochecha de Melissa, após ela tentar desviar o rosto do beijo e sair do abraço – Agora posso lhe chamar de Mel?

 

-- Não. – respondeu com a mesma rapidez com que o rapaz fez a pergunta. – Agora vai antes que Enrico receba uma multa, ainda mais quando é o meu carro. – concluiu. Júnior beijou o topo da cabeça de Isadora, o único local sem machucados, e se despediu das duas mulheres. Quando ele saiu, Isadora olhou para Melissa e percebeu sua expressão de cansaço.

 

-- Gatinha vem aqui. – chamou esticando a única mão livre, para recebê-la.

 

-- Como você passou à tarde? – acariciava os dedos menores.

 

-- Complicado, mas sobrevivi. – forçou um sorriso.

 

-- Dores?

 

-- Júnior. – disse em tom jocoso.

 

-- Isso é complicado. – sorriu.

 

-- Mel, você pode se abaixar?

 

-- Espera – foi em direção à mesa - aquela cadeira vai me deixar na sua altura. – Isadora permanecia deitada, pouco se movimentava para evitar dores. – O que essa cabecinha loira está pensando? – beijou as pontas dos dedos menores.

 

-- Mel se eu falar tudo o que estou pensando, primeiro você vai ficar preocupada, segundo vai ficar irritada, terceiro tentar me convencer de alguma coisa.

 

-- Sou tão previsível assim?

 

-- Não. Acredito que você é uma das pessoas mais complexas que já conheci, mas eu consigo traçar cada linha de expressão deste rostinho, e sei quando ele exprime preocupação e cansaço.

 

-- Eu falei hoje que lhe amo?

 

-- Não lembro. – sorriu. A morena beijou seus dedos e levou até os lábios machucados da loirinha. – Mel, eu sei que você pretende fugir do assunto.

 

-- Tudo bem, hoje todo mundo resolveu me infernizar um pouquinho. – respondeu mal humorada.

 

-- Não quero lhe aborrecer amor.

 

-- Então fala o que você pensou. – pediu após resmungar alguma coisa.

 

-- Aposto como você não tem comido direito. – viu os olhos azuis evitarem os seus – Suas roupas estão folgadas – concluiu sem dar margem para desculpas – Além disso, não têm dormido quase nada, estas olheiras falam por si.

 

-- Amor, a preocupação agora é com você.

 

-- Não Mel, minha preocupação é com você, principalmente... – parou de falar, pensando em como concluir a frase sem irrita-la ou magoa-la.

 

-- Principalmente?

 

-- Mel, Timóteo não foi liberado após o depoimento. – percebeu os olhos azuis desviarem dos seus – Ele não chegou a ir à delegacia, ou melhor, nem um policial se aproximou dele. – percebeu a expressão da morena mudar – Somos ligadas uma a outra meu amor – falou com ternura – consigo ver dentro de você, assim como você sempre me viu. Fala a verdade – pediu com carinho.

 

-- Não. – baixou a cabeça por alguns segundos e voltou a fixar os olhos nos verdes que amava – Quando eu lhe falei que não deixaria nunca ninguém lhe machucar por causa da sua orientação sexual, não estava brincando.

 

-- Ainda éramos adolescentes amor.

 

-- Agora somos adultas e temos um compromisso, isso renova e fortalece a promessa automaticamente. – beijou os dedos que estavam envolvidos entre suas mãos – Essa promessa tem validade para qualquer pessoa Isadora, e o que seu pai fez foi imperdoável.

 

-- Não tenho mais pai, Melissa. – falou com firmeza e irritação – Minha família hoje ficou restrita a pouquíssimas pessoas e dona Rute e doutor Timóteo não estão incluídos neste pacote.

 

-- Eu sei Isadora, e também não deixaria eles se aproximarem de você novamente, caso essa seja sua vontade. – mantinha um tom reconfortante.

 

-- O que aconteceu com ele? – percebeu o medo nublando os olhos azuis. – Mel, eu estou preocupada por você, e não por ele... – tentou encontrar as palavras certas, não suportava ver aquela escuridão nos olhos da sua noiva – Querida, não estou julgando seus atos, suas ações ou convicções, apenas não quero que você suje suas mãos com alguém como ele.

 

-- Ele está vivo, Isadora – disse em um fio de voz. Melissa sentia a garganta secar e um embrulho em seu estômago, formado pelo medo de Isadora abandona-la por ter machucado tanto seu pai.

 

-- Fico aliviada, Melissa. – passeou com o dedo indicador pelas mãos da morena.

 

-- Eu o machuquei muito mais do que ele lhe fez. – resolveu não mentir ou omitir mais os fatos. – Naquele dia eu... – começou a chorar.

 

-- Shiii... Estou aqui querida. – tentou reconfortá-la.

 

-- Isadora, eu disse que seria bom começar a rezar para você sair logo, ou eu o enviaria para o inferno. – disse abaixando a cabeça, atitude essa que deixou a loirinha penalizada.

 

-- Mel, doutor Timóteo reza para o santo real, seu padroeiro. – pensou um pouco – Verdade que às vezes muda para o santo euro ou santo dólar. – sorriu – E ele não vai para o inferno. – a morena olhou com dúvida, Isadora percebeu e completou – O diabo teria medo da concorrência. – sorriu e fez a morena também sorrir. - Ei gostosinha, estou feia assim? – brincou esperando que Melissa elevasse a cabeça.

 

-- Acho que você ficou muito palhaça, isso sim. – respondeu após deixar os seus olhos azuis se encontrarem com os verdes.

 

-- Estou colocando em prática as “leis dos muppets”. – sorriram, lembrando-se de mais uma das inúmeras pérolas do amigo.

 

-- Meu anjo escute o que vou lhe dizer agora. – envolveu a mão de Isadora entre as suas – Nunca, nunca mesmo eu permitirei que alguém chegue até você para machuca-la, seja por palavras ou ações. – beijou os pequenos dedos – Nunca deixarei de lhe amar, mesmo que alguma coisa me aconteça, lembre-se que onde estiver eu a amo.

-- Mel... – estava com os olhos marejados – por favor...

 

-- Não Isa, agora me escute. Eu sei que seu pai não se intimidará, ele joga sujo, e tudo pode acontecer se conseguir um aliado tão baixo quanto ele.

 

-- Seu avô não lhe machucaria, apesar de ser manipulador, sem escrúpulos e jogar sujo, ele é seu avô. – Melissa lembrou o que ele havia feito com sua avó e concluiu que aquele homem seria capaz de qualquer coisa.

 

-- Tem razão. – ajeitou com cuidado os fios loiros que caiam displicentemente na testa de Isadora – Eu nunca vou lhe achar feia, não esqueça que sobrevivi acordando ao seu lado por mais de oito meses. – sorriu.

 

-- Complicado assim? – sorriu franzindo o nariz, iluminando os olhos da morena.

 

-- Uhum... – sorriu – Isa você é a pessoa mais importante para mim, acho que se um dia você me deixar, eu morro.

 

-- Não vai acontecer isso, seu número é exclusivo e se encaixa bem ao meu. – sorriram e Melissa beijou a ponta do dedo, levando-o em seguida até os lábios da sua pequena.

 

-- Sinto falta do seu beijo, do sabor da sua língua. – olhava dentro dos olhos verdes.

 

-- Eu também amor, sinto falta do seu beijo. – Isadora tinha os lábios cheios de pontos, edemaciados, e ainda tinha dificuldade em articular bem as palavras. Seu olho, antes envolvido em uma roda roxa, agora estava mais claro, e os pontos na testa, deram lugar a uma pequena cicatriz. Suas costas estavam cheias de lesões, algumas abertas, as mais profundas receberam alguns pontos que ainda cicatrizavam. O abdômen ainda apresentava hematomas causados pelos chutes, enquanto seus braços e pernas mostravam as marcas do cinto.

 

***************************************************

-- Ela era tão linda! – confessou com uma voz embargada. – Nesta foto está tão magra.

-- Eu a acho uma deusa grega, gorda ou magra. – riu. – Veja esses olhos. Vou pesquisar o nome dela na internet. – pegou o tablete e digitou o nome da morena. Apareceu uma entrevista sobre o frigorífico, e Francisco assistiu, enquanto Isadora se fingia de forte, ouvindo aquela voz que tanto amava. – Gente, mas ela é tudo! E esse sotaque? Coisa mais fofa! Jura que você deixou essa mulher escapar? – Isadora forçou um sorriso e viajou naqueles olhos azuis.

 “Saudades de ouvir meu nome pronunciado por você, meu amor!” – pensou enquanto viajava naqueles olhos.

-- Aparenta tanta tristeza nesses olhos, se comparar com aquelas fotos de vocês juntas. – Francisco constatou avaliando o vídeo.

-- Ela me jurou que nunca iria deixar de me amar. – pensou alto.

-- Ela sempre foi de honrar as promessas que fazia? Ou era dessas namoradas que jurava e no outro dia nem tocava mais no assunto?

-- Não me lembro de Melissa prometer alguma coisa para alguém, e não cumprir. – sorriu – Comigo, ela sempre dizia uma frase: “o que Isadora quer, Isadora consegue!”. Como se tudo o que eu quisesse fosse lei, e suas promessas para mim, eram indiscutíveis.  

-- Então?

-- Ela jurou que nunca se esqueceria de mim, e sempre iria me amar, no entanto, veja o que fez após nossa separação. – apontou a revista que tinha como manchete a lua de mel de Melissa.

-- Isadora, uma coisa é jurar e guardar este sentimento dentro de si. – viu a expressão de dúvida e esclareceu. – Esta manchete, ou revista, não diz que ela esqueceu o amor de vocês. Claro que não iria passar a vida toda lhe esperando, o tempo passou e  fila andou. - silenciou os lábios da amiga antes que ela falasse alguma coisa. - Acha que ela chegaria diante da televisão e diria: “Isadora Marcondes eu ainda a amo e nunca me esqueci de você?” Não viaja Isa! Apenas vá em frente, e lute por ela. Depois da festa, você tem um voo marcado para o Brasil, vá atrás dela, e lute por esse amor. Fale a verdade e explique o que lhe fez fugir.

Isadora ficou pensativa, analisando as palavras do amigo. Sabia que aquilo fazia sentido, mas, sabia do orgulho e gênio da morena.

 

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Bom final de semana e aguardo comentários. Bjs


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Comentários para 30 - Capítulo 30:
Alexia
Alexia

Em: 25/06/2017

Olá! Rafa, boa tarde!

Que bom que a Isa resolveu tomar uma decisão e ir atrás da felicidade dela" o Mel" que faz a vida valer a pena! Na torcida por essas duas elas merecem toda felicidade!!! Bjs! Até o próximo capítulo! 


Resposta do autor:

Não sei se ela irá atrás Alexia, tem muita água para correr por baixo dessa ponte, ainda. Beijos e boa semana.

Responder

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lay colombo
lay colombo

Em: 25/06/2017

O q flar do Francisco, esse lindo q mal apareceu mas já merece um bjo só por incentivar a Isa a correr atrás da Mel. E sobre o q a Isa flo da Mel ser orgulhosa TD mundo sabe q qnd se trata da Loirinha a nossa morena engole o orgulho priorizando sempre a felicidade.

Enfim, bjos e até o próximo, vc arrasa.


Resposta do autor:

Obrigada Lay! Quanto a procura-la logo, não esquece que ela abandonou a morena, não será tão simples, por mais que se amem, quebrou a confiança. Beijos e boa semana

Responder

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Mille
Mille

Em: 24/06/2017

Olá Rafa

Isa voltando e espero que ela procure a sua fera e tentar reconquistar o amor abandonado por causa do avô dela.

Bjus e até o próximo, um ótimo final de semana


Resposta do autor:

Não sei se ela irá procura-la, elas são muito orgulhosas.  Beijos e boa semana.

Responder

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patty-321
patty-321

Em: 24/06/2017

Sabia q ela não ia querer q a Melissa desse fim no Timóteo. Momentos bem difíceis, não sei como a mel e a isa sobreviveram longe uma da outra. Muito amor, almas gêmeas. Bom fds. Bjs


Resposta do autor:

Acredito que esse amor que segurou as pontas durante a distância. Beijos e boa semana

Responder

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Deia
Deia

Em: 24/06/2017

Aposto como o avô da Mel tem alguma coisa com isso

 


Resposta do autor:

Será Deia? Boa semana!

Responder

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NeyK
NeyK

Em: 23/06/2017

Essa curiosidade que me mata rsrsr sério que a Isa caiu em uma chantagem? Será? 

Feliz são João dona autora ;D


Resposta do autor:

Olá, espero sanar um pouco dessa curiosidade agora. Boa semana!

Responder

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