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She's Got Me Daydreaming por Carolbertoloto

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Palavras: 3481
Acessos: 3990   |  Postado em: 18/06/2017

Superficial Love

Superficial Love

POV- Cosima

O tempo voa quando estou com ela. É como se eu pudesse vencer todos obstáculos em minha vida. Tudo aquilo que não fazia mais sentido, ao lado dela, reencontrei o controle e a razão. As aulas na faculdade ficaram interessantes, o trabalho no lab era eficaz e descomplicado, no Leda eu não tinha mais distrações ou problemas. Tudo era pleno e sereno. Mal percebi que os dias viraram o mês. Delphine Cormier era minha, e aqueles foram os dias mais contentes da minha vida.

Entretanto, ter minha chefe como "namorada" causou certas mudanças, principalmente em relação à amizade. Nosso grupo estava destruído. Paul não saia mais, Donnie e Felix tornaram-se melhores amigos, Scott só me via nas aulas e no trabalho, Alison estava engajada nos negócios, e nunca mais todos nós nos reunimos para uma cervejinha.

Gosto de pensar que esses transtornos deixaram de ser problemáticos após minha formatura. Estou tão perto de me graduar que até consigo sentir o sabor da satisfação ao segurar meu diploma. Em duas semanas poderei degustar os frutos pelos quais batalhei durante quatro anos. Tudo seria mais tranquilo, poderei assumir namoro e ir embora com Delphine e Scott para o Canada. Não sei ao certo se meu projeto ganhará a competição, mas tenho a certeza que meu parceiro e eu fizemos um ótimo trabalho.

Na quinta-feira, Dra. Cormier anunciou à classe que as apresentações começariam semana que vem. Ou seja, o resultado da competição será relevado no dia da colação de grau.

Porr*, o tempo realmente voa!

Ainda na vibe nostálgica, tive que fazer uma das coisas mais complicadas da minha vida, pedir demissão no Leda. Servi todos os tipos de bebida, distribui tantos sorrisos e recebi todas as cantadas desse mundão durante os quatro anos em que trabalhei no bar. Foi uma experiência incrível, moldou minha responsabilidade e me fez dar valor ao dinheiro suado. Sentirei saudades de Marion e Sarah, não muita de Rachel, mas serei eternamente grata pela oportunidade que me foi dada.

A sexta-feira chegou trazendo aquele sentimento de euforia e paz. Scott e eu finalizamos nosso projeto e relatórios, agora é só esperar pela apresentação na semana que vem. Ao final do expediente, meu parceiro saiu às pressas para seu encontro. Meu amigo é tão "sortudo" que só conseguiu uma namorada agora, e em dois meses terá de deixa-la aqui para poder estagiar no Canada.

Às vezes Scott consegue ser mais fodido do que eu.

"Não esqueça a proteção, cara!" Provoquei ironicamente enquanto assisti toda àquela bagunça de ser humano saindo pela porta.

"Vai se danar, Cos!" Seus xingamentos banais eram tão delicados quanto seu corte de cabelo.

Voltei minha atenção para o computador, ainda precisava atualizar um último relatório antes de começar a curtir meu final de semana.

Todos os outros cientistas já haviam partido. O lab estava calmo e mergulhado no silencio. Entretanto, eu sabia que alguém se aproximava. Senti o peso da presença e o aroma da essência. Era uma sentimento familiar e completamente novo. A cada olhar, toque, e troca de palavras eu me apaixonava ainda mais por àquela mulher.

"Dra. Niehaus, atualizando o sistema só agora?" Pousou uma mão em meu ombro, e com a outra puxou meu cabelo de lado. O calor de seu hálito sabor hortelã preencheu os poros de meu pálido pescoço.

Gemi suavemente.

"Dra. Cormier, já estou terminando." Anunciei de olhos fechados para poder sentir cada sensação de maneira ampliada.

"Sempre atrasada, sempre molhada." Uma de suas mãos invadiu os muros de minha estrutura, e por debaixo de meu vestido, avassalou minha intimidade.

Os dedos ligeiros, logo, encontraram uma maneira de me tirar a sanidade. Em movimentos circulares e ponderados, eles insistiram em me enlouquecer.

"Termine logo, te espero no carro." Dra. Cuzona Cormier retirou suas mãos de mim e sumiu antes que eu pudesse ter alguma reação.

Filha da puta!

Cara, é ridículo o poder que ela tem sob mim.

Cosima você é fraca, fraca!

Da mesma forma com a qual o amor nos traz força, ele também é capaz de relevar o quão facilmente nos entregamos à debilitação.

Após terminar a atualização, busquei minha bolsa e fui ao encontro de minha professora no carro. Dirigimos rapidamente até o loft. A saudade gritava tão alto quanto nossa necessidade intima.

Delphine e eu ficamos juntinhas todos os dias no mês passado. Dormimos agarradas, fizemos amor, brincamos, e curtimos nossos momentos. Foi como um sonho. A vida de casal apaixonado nunca me soou tão divertida e doce. Eu até tinha escova de dente em seu imenso banheiro.

Adorávamos ficar no hotel, porém hoje optamos por passar a noite no loft. Felix não estava lá, então aproveitamos o vazio do ambiente para preenchermos o local de prazer e gemidos.

Entre meus lençóis coloridos, Delphine e eu navegávamos em mar aberto. Seus finos lábios beijavam minha pele enquanto suas mãos salientavam minha textura. Era incrível como ela já havia desvendado cada mistério de meu corpo. Lia meu mapa sem auxilio ou dúvida. Seu toque era quente e gentil. Trazia arrepios e interrompia minhas sinapses. Deliciou-se com meus seios e desceu até minha barriga, onde levou um certo tempo para satisfazer sua fome. Distribuía beijos e me lambia como se eu fosse um picolé de coco queimado.  

Cautelosamente chegou à minha virilha. Lá, passou sua língua inteligente em cada centímetro de minha pele. Passeava pelos cantos até aterrissar em minha vagin*. O choque térmico é arrasador. Aquela língua e meu clit*ris dançavam feito melhores amigos. Eram parceiros no crime e na vida. Às vezes acho que criei um monstro, pois Delphine era boa demais no sex*, e além de sua qualidade, ela tinha uma fome insaciável. Se fosse por minha chefe, faríamos amor sem intervalos para recomposição do espirito ou folego.

Ao penetrar seu longo indicador em mim, encontrou um tecido áspero que me levava à loucura. Nessa área, ela trabalhou com seu dedo oscilando nos movimentos e força. Tenho certeza que incomodei meus vizinhos com meus gritos e uivos descontrolados e involuntários. Entretanto, a expressão no rosto de Delphine enquanto bebia todo meu liquido melado, era a mesma que crianças fazem ao degustar seus doces preferidos. A comparação não é intencionalmente suja, porém é a mais verossímil que encontrei.

A exaustão me possuiu em sincronia com minha ofegante respiração.

"Eu te amo, meu amor." Dra. Cormier escalou minha pequena montanha e deitou ao meu lado.

"Eu poderia ouvir isso o dia todo." Sorri e despertei alegria em sua satisfeita afeição.

Como um alarme barulhento, Felix chegou nos acordando de um lindo sonho.

Ele não estava sozinho, pude reconhecer a voz de Donnie, a qual soava abatida e embriagada.

O relógio marcava 20:00, um pouco cedo pra estar muito louco.

"Donnie, senta aí! Vou pegar água pra você." Meu colega de quarto pode sentir que Delphine e eu estávamos em meu quarto, então posicionou o bêbado na direção oposta às minhas semiabertas cortinas.

"Fica aqui e não faz barulho." Sussurrei nos ouvidos de minha chefe. Seu olhos consumidos pelo pavor entenderam a gravidade do problema e me assistiram vestir meu roupão.

"Eai, pessoal!" Exclamei forçadamente.

"Ah! Cosima, não sabia que estava aqui." Felix mentia bem, porém não escondia seu sarcasmo.

"Oi Cos! Tudo bem?" O palhaço da turma se tornou o "coitado da turma", manifestava uma puta decepção e desconsolo em sua face.

"Eu tô bem! Mas e você? Alison ainda não voltou?" Eu já sabia a resposta. Minha amiga às vezes vinha aqui reclamar da falta que seu namorado faz. Porém o que Alison tem de neurótica tem de orgulhosa.

"Não! E não sei se quero que ela volte." Felix entregou o copo para Donnie que se preparou para nos contar sobre o que se passava com ele.

Meu colega de quarto e eu sentávamos no mesmo sofá, encaramos aquele rosto tristonho e ouvimos a chocante confissão confusa de Donnie.

"Eu não sei explicar. Amo a Alison, não sei não amar aquela maluca. Mas tem alguma coisa acontecendo comigo, eu não consigo lutar contra. É como se fosse uma praga por ter sido criado por pais machistas e preconceituosos." Rezei em segredo para que eu estivesse errada, pois as próximas palavras de meu amigo seriam um tiro na cabeça.

"Alison nunca me deu a atenção e carinho que você me dá." Seus olhos não estavam mais tão tristes assim ao olharem na direção de Felix.

PUTA MERDA!

CARALHO!

MIGO, NÃO ENTRA NESSA!

"Felix, acho que talvez, não sei, mas eu acho que eu estou me apaixonando por você."

É AGORA FODEU!

Drama na minha vida? Quase não tem!

Pude imaginar a cara de surpresa que Delphine estava fazendo.

"Donnie, querido. Presta atenção, você não é gay! Pode ser que esteja curioso, mas eu te garanto que isso é apenas carência. Você acabou confundindo as coisas." Felix soava calmo e compreensível, até pareceu que a revelação não era algo novo e chocante.

"Cara, a Alison te ama! Você sabe o quão orgulhosa ela é. Não vai admitir, mas ela está devastada sem você. Ela mal se abre e quase nunca mais saiu comigo. Eu conheço minha amiga, Donnie." Adicionei com sensatez e despertei bons sentimentos em meu amigo.

"Você ama a Alison? Consegue deixar que ela vá embora de vez?" Questionei ao curvar meu corpo.

"Eu a amo mais do que qualquer coisa na minha vida." Foi a primeira vez que ouvi aquele Grandalhão falar com sinceridade e permitir que as lágrimas lavassem seu rosto rechonchudo.

"Então pare de se distanciar dela! Vá buscar sua mulher!" Felix animou o ambiente e se levantou em sintonia com Donnie.

"Vocês estão certos! Talvez eu tenha confundido tudo. Tenho que falar com a Alison!" Dirigiu-se até a porta e ao abri-la deu de cara com Paul.

"Puta que pariu!" Gritei involuntariamente.

"Pessoal! Que bom que tá todo mundo aqui." Meu grande amigo entrou e logo sentou ao meu lado.

Drama na minha vida? Para, né!

Santa merd* de todas a merd*s desse mundão.

Se antes Delphine estava apavorada, imagine agora.

Donnie e Felix se juntaram a nós na sala.

"Faz um mês que Delphine foi embora. Eu pensei que não fosse durar muito, mas eu tenho quase certeza de que ela tem outro!" Instantaneamente, meu colega de quarto me devorou com os olhos, "Ela não levou todas as coisas ainda. Se vocês me ajudarem a descobrir quem é esse cara, talvez eu consiga impedir que ela vá embora mesmo." Paul tinha o tom desesperado e completamente fadado à tragédia.

"Mas por que você acha isso?" Felix questionou ainda mantendo contato visual com minha culposa presença.

"Ah! Ela não terminou comigo direito. Se não houvesse nenhuma possibilidade dela voltar, eu conheço Delphine, ela teria levado suas joias, fotos e bolsas favoritas." Seu tom agora era firme e decisivo. Meu amigo realmente acreditava que seu relacionamento ainda não havia acabado.

"Eu te ajudo a descobrir quem é esse filho da puta!" Donnie declarou raivoso.

Mal eles sabem que sou eu o "filho da puta"  

"Cos e Fe posso contar com vocês também?"

Não sei, Paul. Acho melhor você desistir e seguir sua vida.

"Claro, cara!" Vesti uma máscara costurada por empatia com detalhes em falsidade.

"Mas você precisa mudar também! Vou ser um homem melhor para Ally! Vou me esforçar para reconquistar seu amor todo de volta pra mim. Não adianta só descobrir quem é o otário que está com Delphine, você precisa ser melhor que ele." Donnie tinha tanta confiança e convicção em seu discurso, nem parecia que ele era aquela pessoa confusa sobre a sexualidade há quinze minutos atrás.

"Paul, e se ela estiver feliz com outro alguém?" Questionei e fui fuzilada pelos olhares odiosos de meus amigos.

"O quê? Tá maluca Cosima!" O Bombadão disparou sua fúria em agressividade contida.

"Não é possível escolher quem amar, e se ela estiver..." Fui interrompida por Felix que tentou ao máximo amenizar aquela desastrosa atmosfera, "Não importa! Vamos te ajudar! Agora vocês sumam da minha frente e vão lá resgatar a dignidade antes de reconquistar suas mulheres."

Todos nós levantamos rapidamente. Quando Paul e Donnie sumiram no corredor, Felix chamou por minha "namorada". Ela não demorou muito para se vestir e aparecer na sala.

"Você terminou ou não com o Paul?" Questionou de braços cruzados e sobrancelha levantada.

"Sim, claro que sim!" Respondeu sem dúvidas de sua decisão.

"Então trate de conversar com ele, pois ele ainda não entendeu o recado." Felix desafiou minha chefe de forma destemida.

"Olha Felix! Você não vai me ditar o que fazer. A vida é minha." Delphine retrucou em sua defesa.

Como se o drama não bastasse, minha novela mexicana ficava cada vez mais digna de aplausos e misericórdia.

"Vou ditar sim, porque vocês duas me arrastaram nessa merd*! E se você não acabar com essa porr* de confusão, eu acabo por você!" Descruzou os braços e peitou minha professora.

Em desespero, entrei no meio daqueles corpos altos e magros.

"Parem!" Empurrei a tensão com toda minha força.

"Intrometer-se comigo só lhe trará dor de cabeça e arrependimento, Felix." Delphine disse enquanto se preparava para partir, "Você vem, Cosima?" Penetrou minha alma com seus olhos irados.

Eu vestia apenas um roupão e pantufas, porém não ousei desobedecer minha furiosa amante.

"Isso, Cosima! Vá com ela, mas não traga mais essa merd* de confusão para casa novamente ou quem irá embora sou eu!" Felix declarou irritado e abriu passagem para meu corredor da morte.

Partimos sem olhar para trás e fomos para o hotel onde Delphine estava hospedada. Já fazia um mês que ela estava morando naquele luxuoso quarto. Nunca havia me importado com essa longa estádia, mas depois da conturbada conversa no loft, comecei a me questionar até quando ela ficaria lá ao invés de procurar um apartamento para morar.

Merda!

A insegurança me invadiu trazendo assombrosas dúvidas.

Procurei por algo que pudesse substituir meu roupão caseiro. Vesti uma calça rasgada e minha camiseta do Nirvana. Sabia que deixar algumas roupas por lá seria uma boa ideia. Após me trocar, ascendi um baseado para espantar a confusão em minha cabeça e alterar a densidade da gravidade que nos cercava.

Delphine e eu estávamos espalhadas pela cama, nos tocávamos sutilmente apreciando a brisa chapada de nossos corpos.

"Sabe, não custaria nada você falar com Paul." Iniciei a conversa já sabendo que iria me arrepender depois.

"Cosima..." Encheu os pulmões e expulsou o oxigênio manifestando irritação, "Falar com Paul só trará mais tristeza à ele. Não há o porquê piorar a situação."

"Delphine, não é bem assim. Você ainda tem roupas e muitas outras coisas no seu apartamento. Se é para acabar com nossos problemas, vá buscar o que é seu, alugue um outro apartamento e saia desse hotel. Faz um mês que você tá aqui. Não é insensato o Paul pensar que vocês ainda tem chance de dar certo."

Minha chefe se levantou e franziu a testa em angustia.

"Como assim Cosima? Você não acredita em mim? No nosso amor?" Questionou pronta para começar uma trágica briga.

"Eu acredito em tudo isso! Mas eu não quero ficar escondendo nossa relação, não poder te amar abertamente. Daqui uma semana você não será mais minha professora e provavelmente não será mais minha chefe no laboratório. Tudo conspira ao nosso favor, é só continuar assim e terminar esse lance com o Paul. Fala com ele e já era." Descompliquei nossos problemas sem poupar meu folego, entretanto para Delphine acabei soando leviana.

"Você é muito nova para entender certas coisas, então confie em mim, tudo se ajeitará no tempo certo." Declarou com superioridade, e tal fato me enfureceu.

"Eu não quero um amor superficial. Eu tô cansada dessa merd* de enrolação! Fala com o Paul e tudo isso acaba! Não aguento mais ter que esperar para te tocar ou para te sentir, eu fico louca assim." Pulei da cama e me aproximei daquele corpo feito para me alucinar.

"Estou exausta dessa situação também, mas não adianta apressar as coisas." Estendeu os braços para me tocar.

"Não! Fala com o Paul e tudo isso passa." Demandei o mínimo.

"Não falarei com ele, esqueça!" Respondeu com sua ridícula posse de poder.

"Então, deixa que eu acabo com essa confusão!" Declarei ao me retirar do ambiente.

"Cosima, volte aqui! Onde você vai? O que vai fazer?" Correu atrás de minha partida e alcançou meus finos antebraços.

"Fica tranquila, não irei contar nada pro seu namorado." Confortei seu desespero.  

"Não ligo para o que ele vá dizer, apenas me importo com seus sentimentos." Eu amava aquela mulher, mas foi naquele momento que eu impulsivamente decidi parar de ama-la tanto assim.

"E você não se importa com meus sentimentos?" Perguntei apavorada com a resposta.

"Claro que sim! Eu te amo!" Aliviou minha tensão.

"Então fale com Paul, por mim Delphine. Se você me ama mesmo, acabe com seu relacionamento de uma vez por todas." Implorei em um último suspiro.

"Cosima..." Pressionei meus olhos, senti as pesadas batidas de meu coração, alcancei a maceta da porta, "Sinto muito, mas não farei isso."

Parti.

As lágrimas já caiam tão rápidas quanto meus passos até o elevador.

Delphine não me seguiu e isso me destruiu ainda mais.

Ao chegar no lobby do hotel, eu não sabia ao certo para onde ir. Busquei meu telefone no bolso e chamei um Uber.

Havia um pub mais afastado do centro. Ele era conhecido por sempre estar lotado e recepcionar bandas independentes. Eu não tinha pegado muito dinheiro em casa, mas agradeci por estar com meu cartão de crédito.

Ao chegar no O'Murphy's Pub me senti eufórica e sedenta por uma dose forte. O local estava muito bem habitado. As pessoas já estavam dançantes e bêbadas. O ambiente era muito familiar ao Leda, as luzes eram baixas, as paredes de tijolos, havia um palco e uma pista de dança. O que mais diferenciava o bar era as bandeiras e quadros Irlandeses. Ah! As bebidas também adicionavam na discrepância. Havia Guinness, Murphy's Irish Red, Jameson, Bailey's e outras. A banda da noite era muito harmônica. A setlist variava muito, tocava entre Artic Monkeys, The Killers, Foo Fighters, The Cure, Oasis e Pixies. Levei alguns minutos para digerir a atmosfera. Fui ao balcão e pedi duas doses de tequila, virei sem fazer cara feia e requisitei um coquetel com creme de Whisky.

A música que tocava fazia meu corpo mexer involuntariamente, "Bad Habit" por The Kooks. Meus olhos estudavam faces estranhas à minha natureza quase morta, até que avistaram um rosto tão familiar quanto os arrepios que ele causa. A mulher mal havia aparecido em minha vida e já instigava todos meus maus hábitos. Ela me fazia querer ser selvagem em uma floresta húmida e extremamente perigosa. Vestindo uma calça de coro, exibia as curvas de seu corpo. A clássica jaqueta aberta evidenciava seus fartos seios. Sorrindo ela se aproximou cheia de más intenções.

"Cosima, que bom te encontrar aqui." O aroma de framboesa já começava a me torturar, juntamente com o efeito causado pelas doses generosas do destilado.

"Hannah! Não sabia que você frequentava O'Murphy's." Soei feliz demais e proporcionei a ela um riso egocêntrico.

"Venho aqui às vezes, mas passarei a frequentar mais agora." Sentou na banqueta ao lado e arrumou seu longo cabelo ruivo.

"Posso te pagar uma bebida?" Ofereceu ainda sorrindo.

"Claro!" Não pensei em hesitar e a culpa é todinha da tequila.

PUTA QUE PARIU! Cosima, vá com calma!

O bartender colocou dois copos em nossa frente e os encheu com uma bebida desconhecida por mim.

"O que é isso?" Questionei cética o suficiente para denunciar minha insegurança.

"Algo que te fará pedir por mais." Hannah me provocava fatalmente, e eu adorava.

O sabor era amargo e doce em proporções variadas. Entretanto, eu necessitava de quantidades maiores.

A ruiva me pagou outras porções de prazer enquanto conversávamos sobre diferentes assuntos.

Antes que pudesse perceber, me encontrei debruçada em sua gravidade. A banda agregou à minha rebeldia ao tocar "Are You Gonna Be My Girl" por Jet.

"Eu amo essa música! Vem!" Hannah me pegou pela mão e levou toda minha loucura até a pista de dança.

As pessoas bailavam ao nosso redor. Os corpos remexiam e os gritos acompanhavam em melodia.

A beleza contida naqueles olhos verdes que me assistiam rebol*r era eletrizante. As mãos que me seguravam pela cintura eram firmes e decidias. E as covinhas naquele rosto perfeito tentavam meu autocontrole.

Hannah me puxou para perto.

SANTA MERDA!

Hannah colocou as mãos por debaixo de minha camiseta.

PUTA QUE PARIU!

Hannah me beijou com vontade.

FODEU!

Enquanto nossos pés se moviam no ritmo da música, nossas línguas dançavam com promiscuidade e muito tesão.  

Eu estava adorando tudo. O toque, o cheiro, a adrenalina, o desejo e a pegada.

Não era um pesadelo ou sonho...

Não estava dormindo ou sonolenta...

 

Acordada e embriagada me permiti ao desencontro de minhas emoções e à volta de minha falta de juízo. 

Fim do capítulo


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Comentários para 15 - Superficial Love:
Marcinha
Marcinha

Em: 15/08/2017

Ferrou Cos, segura essa pepeca mulé!! 

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