Capítulo 50 As coisas acontecem.
CAPÍTULO 50: As coisas acontecem.
Estava frio aquela noite, provavelmente iria chover constatava Rachel.
Seu taxi parecia não chegar nunca e enquanto esperava a demora do carro que iria lhe buscar para levá-la para o mais longe possível daquele lugar, distraia-se com seu celular e seus pensamentos.
Como fora parar ali? Ainda tentava entender como se deixou envolver daquela forma em tão pouco tempo. Só podia esta ficando louca, ou burra.
Não sabia qual opção era a pior.
Sorriu achando graça dos próprios pensamentos e se focou novamente na tela do seu celular até escutar um barulho que vinha de longe.
Olhou para os lados mas não encontrou ninguém e estranhou.
-- É eu só posso esta ficando louca – se repreendeu achando que estava ouvido coisas.
Compenetrada na tela de seu aparelho buscando o numero para ligar novamente para a frota de taxi e saber o porquê da demora, até que sua atenção foi atraída para agora não um barulho e sim uma voz falando algo que não conseguiu identificar.
-- Mas o que... – ia dizendo olhando para os lados buscando de onde vinha aquela voz até que outra vez ouviu.
Algo estava estranho.
Era como se conhecesse, mas não tinha ninguém ali... talvez fosse dentro da mansão, na festa, alguém próximo dali ou talvez estivesse fazendo alguma coisa lá dentro, quem sabe.
Outra vez mas dessa vez um grito, uma voz mais forte e alterada.
Aquilo não parecia legal e seu sexto sentido mandou ignorar o que quer que fosse.
A única coisa que não precisava para si era se meter no meio de outra confusão ainda mais na qual não foi chamada.
Suas costelas ainda doíam da ultima vez que foi dar uma de boa samaritana.
Mesmo seu cérebro tentando alertar para não se meter no que não era chamada, afiou os ouvidos tentando prestar mais atenção no que acontecia ao seu redor.
Mais um grito...
E dessa vez a voz se tornava mais reconhecida por seus ouvidos, mesmo sem ainda ligar a voz a quem pertencia.
... ... ... ...
-- Me larga! – Júlia gritou novamente tentando em vão soltar-se dos dois homens fortes que lhe seguravam enquanto Jack se aproximava a rodeando e ameaçando-a.
Jack já havia desferido alguns golpes contra a loirinha que não podia ao menos se defender.
Um dos socos que Jack desferiu contra Júlia pegou em cheio entre sua sobrancelha e cantos dos olhos fazendo alguma parte daquela região se abrir e o sangue em grande quantidade molhar parte de seu rosto e principalmente aquele olho dificultando um pouco sua visão, já que por estar presa não podia sequer limpar aquela área.
-- Quer me bater ao menos me solte para que eu me defenda seu covarde! – esbravejou a loira se debatendo entre os braços fortes dos dois homens.
-- Cale essa maldita boca! – gritou parando de frente para ela e segurando-lhe seu pescoço de forma rude e apertando-o até ver a tonalidade do rosto da outra mudar para avermelhado – eu poderia te matar aqui e agora, deste jeito.
Os olhos verdes encaravam o homem que começava a sufocá-la.
-- Mas eu não irei te matar assim – Jack lhe sorriu um sorriso um tanto psicopata que até mesmo assusto um de seus “capangas” – seria fácil demais.
-- Me solta, se quer brigar seja justo! – Júlia tentou novamente recuperando o fôlego e ouviu uma gargalhada do outro.
-- Cale essa maldita boca! – outro soco no rosto da garota a fazendo tontear.
Jack sacou algo de seu bolso e se aproximou rápido da loira levantando seu rosto a puxando pelos fios loiros de seu cabelo.
A encarou com um sorriso sádico e aproximou uma espécie de faca da garganta da loira a fazendo suspender a respiração.
Rapidamente a faca que estava na garganta de Júlia mudou sua direção e foi cravada diretamente em uma de suas pernas fazendo-a gritar de dor vendo o objeto enterrado em parte de sua coxa.
-- Desgraçado!
-- Isso não é nada educado! – gritou de volta para a loira afundando mais a faca em sua perna a ouvindo gritar mais, fazendo-o gargalhar – e nem inteligente – completou ainda forçando a faca na perna da loira.
-- Para com isso! – Júlia pediu sentindo aquele objeto penetrar sua carne mais fundo.
Antes que Jack dissesse algo para a loira ouviu outra voz o interrompendo momentaneamente com sua pergunta.
-- Jack não era apenas um corretivo? – indagou um dos caras que seguravam a loira – você já bateu nela, agora vamos embora cara!
-- Cala a boca! – Jack gritou com o rapaz fazendo o mesmo se assustar – Eu digo quando as coisas acabam!
Puxou a faca da perna de Júlia a fazendo dar outro grito tamanha a dor e novamente cravo-a no mesmo local da onde tinha acabado de tirar, e se divertiu com aquilo.
A loira se remexeu e lagrimas se fizeram em seus olhos, tentou novamente se soltar.
... ... ... ... ... ...
Rachel tentou identificar a quem pertencia aquela voz, e quis ignorar.
Parecia algo não muito bom.
Uma sensação estranha apossou-se de seu corpo como se tudo indicasse que algo errado estava acontecendo, e outro grito se fez presente.
“Ignore!” pensou gritando consigo mesma sobre aquilo que começava a incomodá-la.
Como em toda essa viagem decidiu agir escolhendo a opção que sua cabeça e sexto sentido gritavam para não fazer.
Largou sua mala ali mesmo onde estava na frente da mansão e desistiu de ligar novamente para o taxi.
Seguiu até onde os gritos vinham.
... ... ... ... ...
Jack largou a faca cravada na perna da loira e se afastou apenas um pouco para voltar lhe dando um soco forte na boca do estomago fazendo o corpo da menor deles pender para frente ainda segurada pelos dois homens.
-- Pelo amor! – pediu respirando com a dor – é dinheiro que você quer? A gente pode conversar…
-- Chega Jack – o mesmo cara de antes falou – ai a gente pode conseguir uma grana com a menina.
-- Já falei para calar a boca, vocês dois! – esbravejou novamente – eu não quero o seu dinheiro sua idiota, eu vou te matar!
... ... ... ... ...
Rachel chegou de onde vinha os gritos e se deparou com Júlia sendo segurada por dois homens e um terceiro que parecia bem alterado com a voz ríspida esbravejando alguma coisa.
-- Você só pode ta brincando – falou consigo mesma vendo que novamente a loira estava encrencada. – olha dessa vez eu não vou te ajudar, não mesmo. Eu me recuso a livrar sua pele Júlia – debatia consigo mesma em um tom baixo.
Saiu de suas divagações quando viu o homem alterado retirar algo de trás de sua calça e apontar para a loira.
-- Droga! – soltou baixo observando com atenção.
Jack apontava uma arma na direção da loira ostentando um sorriso diabólico.
-- E agora, onde está Paul San’Germany? – perguntou o rapaz rindo e balançando a arma – Ah eu esqueci, você o matou! Péssima idéia não? Acho que dessa vez não tem mais ninguém para te salvar princesinha!
-- Eu to fora! – o rapaz que já tinha indagado outras vezes disse soltando a loira – eu não vim matar ninguém, muito menos ajudar com isso!
-- Segure-a novamente seu rato! – Jack apontou agora a arma para o rapaz.
Rachel tinha se aproximado deles sem que ninguém percebesse ficando atrás de umas caixas que tinham no local, por mais que sua consciência dissesse que o melhor a se fazer era deixar aquilo para lá, pois ela não tinha nada a ver com isso...
Mesmo sabendo disso, ignorou tudo o que sua mente gritava para si e mais do que rápido se aproximou deles.
Os olhos de Júlia encararam a garota de cabelos castanhos sem entender se era sua cabeça lhe pregando peças.
Tentou-se soltar do homem que ainda a segurava e se debateu com o homem, enquanto Jack engatilhava a arma.
-- Eu não quero participar de um assassinato Friz! – o homem que tinha a arma apontada para si falou temendo a raiva do outro – você não mencionou que iria matar alguém! Apenas disse que era um corretivo, por isso estou aqui!
-- Seu...
-- Chefe! – o homem que tentava segurar Júlia e trocava alguns golpes com a mesma gritou quando viu uma garota se aproximar – atrás de você!
Só então Júlia realmente percebeu que não era peça alguma de sua cabeça, Rachel realmente estava lá e seu coração se aliviou de uma forma que nem saberia explicar.
-- A arma! – Júlia gritou para a garota.
Tudo foi rápido.
Jack ouviu o aviso de seu parceiro e virou o rosto para ver de quem o outro falava, quando percebeu que realmente tinha alguém e foi se virar por completo para direcionar seu revolver ao novo alvo, o corpo de Rachel se chocou contra o seu.
Um disparo!
O barulho fez com que todos ficassem com um zumbido nos ouvidos.
As mãos de Rachel seguraram as de Jack evitando que apontasse a arma para si.
Suas costelas incomodaram mas não ao ponto da dor falar mais alto que a adrenalina daquele momento.
Júlia aproveitou para soltar-se do homem que ainda tentava lhe segurar e trocou alguns socos com ele até o outro rapaz interferir.
-- Qual é brother, vai participar disso? Você vai ser preso junto com ele – dizia tentando chamar a atenção do rapaz que tentava ainda segurar a garota que lutava contra ele – a corda sempre estoura para o lado mais fraco! Vamos embora, ele esta louco apontou a arma pra mim, parceiro!
Júlia desferiu um soco forte contra o rosto do rapaz fazendo-o dar um passo para longe, o outro que tentava falar com ele então se aproximou o puxando pelo braço para que fossem embora.
Sua atenção então se voltou para Rachel e Jack.
Jack com o peso do corpo jogou-se para cima da garota que tentava lhe segurar fazendo assim os dois caírem no chão e então a garota sentir suas costelas perdendo a respiração, foi o tempo necessário.
Júlia pegou a primeira coisa que viu e se encaminhou para ajudar a garota caída com o rapaz.
Antes que Jack pudesse fazer qualquer coisa com a arma ou tentar se levantar sentiu algo lhe atingir a cabeça o desnorteando.
Outro golpe em sua mão fazendo com que sua arma fosse parar em algum lugar.
Jack teve a visão embaralhada que mostrava uma imagem distorcida e embaçada de alguém. Apertou a visão esperando que se acostumasse com a imagem e a tontura passasse.
Júlia o empurrou de cima de Rachel o jogando no chão e esticando sua mão para a garota que agora levava as mãos até a região de seu corpo que doía mais devido ao tombo.
-- Rachel vem! – pediu com a voz alarmada aguardando a garota lhe dar a mão para levantar-se.
-- Cara... isso dói! – choramingou a menina ao chão e aceitou a mão da outra que lhe puxou de uma vez – filha da puta! – exclamou gem*ndo de dor pela falta de delicadeza de Júlia.
-- Rachel vamos! – pediu puxando a garota com pressa.
-- Eu não consigo correr! – exclamou puxando suas mãos das de Júlia e levando em direção a lateral de suas costelas.
-- A gente tem que sair daqui – falou vendo Jack tentar se levantar ainda cambaleando e fazendo a outra perceber a mesma coisa – vamos!
Pegou no braço de Rachel novamente e foi puxando a garota que não conseguia ao menos correr.
********xxxxxx********
Saíram do beco e chegaram na rua vazia, pingos de água começaram a cair devagar e um clarão cortou o céu, instantes depois um barulho forte anunciando que aquela seria provavelmente uma noite de chuvosa.
Os pensamentos de Rachel foram parar em Manuela.
Por um breve instante enquanto caminhava devagar sendo puxada por Júlia, lembrou-se da noite na qual Manu e elas dormiram juntas no hotel, a garota de cabelos escuros teve medo dos trovões.
Um sorriso quis se desenhar em seus lábios com a lembrança quando observou o andar da loira que a puxava com um tanto de pressa para se afastarem mais dali.
Nem tinha percebido que estavam andando devagar pois alem de si que sentia dores viu Júlia andar mancando.
-- Júlia? – a chamou puxando sua mão para fazer a outra parar – o que acon... – ia dizendo quando sua voz morreu na garganta ao olhar para a perna da loira – tem uma faca ai! – exclamou assustada.
-- Eu juro que estou tentando não lembrar disso – a loira falou com uma expressão sofrida e voltou a andar ainda puxando a garota consigo – vamos Rachel!
-- Olha eu não consigo andar correndo se ainda não percebeu! – Rachel rebateu estressada regulando sua respiração para amenizar a dor em si – e nem você pelo visto.
-- Só cala a boca e anda! Eu não sei se você se lembra mas tinha um cara armado lá que já deve esta acordando e... – ia dizendo quando foi puxada novamente pela garota fazendo parar – mas o que...!
Ia exclamar quando observou Rachel ser agarrada por trás por um Jack que tinha uma expressão irada no rosto.
-- Onde pensam que vão?! – Jack gritou dando uma chave de braço no pescoço de Rachel.
-- Droga – Júlia soltou baixo engolindo em seco.
-- Quer saber, eu gostaria muito de torturar você mais um pouco, mas vou acabar com vocês agora! – engatilhou a arma novamente apontando para a cabeça da garota de cabelos castanhos.
-- Jack solta a Rachel ok? Seu negocio é comigo então se quer me matar vamos lá, ela não tem nada a ver com isso.
Jack gargalhou achando graça da loira que tentava convencê-lo a soltar a garota.
-- Esta tentando defender ela e acha que eu realmente vou deixá-la ir? Você me acha tão burro não é San’Germany?
-- O teu problema é comigo Friz, deixa ela fora disso – tentou novamente sentindo o tamanho do descontrole do rapaz em sua respiração que se mostrava pesada.
-- Ninguém mandou essa enxerida se meter onde não foi chamada! – gritou com raiva apertando mais o braço no pescoço de Rachel.
-- Jack! – Júlia gritou chamando a atenção do rapaz – deixe de ser covarde e resolve seu assunto comigo! Você é tão desprezível que precisa de dois homens para segurar uma garota não é? Ficou com medo que eu te batesse de novo como da ultima vez? É isso?! Por que da ultima vez você precisou de ajuda também para me afastar de você, se lembra?!
“O que essa louca ta fazendo?” Rachel pensou sentindo mais forte o aperto em seu pescoço.
A intenção de Júlia era irritar mais Jack.
Precisava que ele sentisse mais raiva de si e torcia para que seu plano desse certo.
Assim que terminou de falar viu o resultado de sua provocação.
Jack afrouxou visivelmente o braço em torno do pescoço de Rachel e a arma que segurava na cabeça de Rachel foi para sua direção.
Comemorou mentalmente.
Só não planejou o que faria a seguir e no fundo esperou uma ajuda divina para que algo as tirassem dali.
-- Acha que tenho medo de você?! – Jack exclamou praticamente soltando Rachel e focando toda sua atenção em Júlia então atirou.
As mãos de Rachel foram aos seus ouvidos querendo defender-se do barulho perturbador que invadiu seus tímpanos. Seus olhos assustados encaravam o alvo do tiro.
Nem percebeu quando sua respiração não se fazia mais presente.
-- Acha mesmo?! – Jack gritou ainda apontando a arma na direção da loira – esse eu errei por que eu quis, mas o próximo vai ser na sua testa! – exclamou o rapaz que tinha os olhos vidrados na loira e mirou na testa da mesma.
“Pensa rápido!” A mente de Rachel gritou com ela, quando viu que Júlia estava em choque parada no mesmo local sem se mexer.
O tiro tinha pego nela? Não sabia, aparentemente ele errou, a outra nem sequer se mexeu para saber se estava totalmente bem.
“Porr* isso é hora pra ficar em choque Júlia?” A mente de Rachel pensava rápido e estralou em um aviso repetido em sua mente “pensa rápido” quando viu o homem engatilhar novamente seu revolver.
“Merda!” pensou uma ultima vez imaginando o que viria a seguir.
A arma de Jack estava apontada diretamente para a testa da loira que permanecia imóvel no lugar.
-- Júlia! – Rachel gritou atraindo a atenção da loira e apenas o olhar furioso de Jack – escuta!
-- Cala a boca! – Jack gritou apertando mais uma vez a arma em sua mão como se ajeitasse a mesma sem tirar da direção da cabeça da loira.
-- ABAIXA! – Rachel gritou e puxou o corpo de Jack o empurrando com seu próprio peso, levando suas mãos para a arma do rapaz então mais um tiro se fez, e a garota de cabelos castanhos rezou para que Júlia tivesse realmente abaixado.
E lá estava Júlia que não se abaixou totalmente, mas seu corpo abaixou-se apenas um pouco indo para o lado e agachando-se.
Sua mente estava toda embaralhada, nem entendeu como seu corpo respondeu ao comando da voz de Rachel.
A adrenalina se apossou de seu corpo em segundos fazendo-a ter alguma reação e vendo a luta corporal que os outros dois usavam.
Foi em direção a eles com a cautela de não ficar na mira da arma deles que parecia aleatória conforme os dois tentavam comandar para onde o revolver apontaria.
-- Solta! – Jack gritou medindo força com a garota.
-- Solta você! – Rachel rebateu ainda segurando as mãos do homem que portava a arma com força.
-- Sua vadia! – Jack vociferou lutando contra a outra e tentando puxar novamente a arma que agora se encontrava entre os dois, abaixada na altura de suas barrigas e quadris.
Tentou de forma desajeitada afastar a garota com um de seus pés e logo depois dobrou seu joelho canalizando sua força dando-lhe uma joelhada forte que pegou um pouco acima da cintura de Rachel.
O barulho de outro disparo misturou-se com outro clarão que cortou o céu.
A cabeça de Rachel bateu com força no rosto de Jack o fazendo soltar a arma no chão tamanha a dor que sentiu em seu nariz vendo o sangue jorrar do mesmo.
Júlia que estava extremamente próxima dos dois pegou a arma que caiu no chão e em um pensamento rápido jogou o artefato longe com toda a força que tinha, fazendo a arma se perder por algum lugar da grama que havia na calçada.
-- Eu vou matar você! – Jack gritou cuspindo o sangue que escorria do nariz entrando em sua boca e jogou Rachel no chão ficando por cima dela.
Júlia avançou contra as costas de Jack tentando tirar o rapaz de cima da garota que estava ao chão.
Jack teve Júlia pendurada em suas costas e com uma mão apenas tateou o corpo atrás de si encontrando a faca que estava ainda na perna da loira e empurrou mais um pouco para depois arrancá-la com força e de uma vez.
-- Se afasta! – uma voz se fez presente vindo de longe chamando a atenção dos três que estavam ao chão próximos a guia da calçada.
Júlia observou de onde vinha a voz e viu três homens que portavam armas correndo ainda longe em sua direção.
“Os seguranças” pensou aliviada se afastando mais de Jack com a dor alucinante em sua perna.
-- Droga! Culpa sua! – Jack esbravejou olhando para Rachel e em ato de raiva a puxou pelo queixo e virando a cabeça da mesma de lado e a empurrando novamente para o chão fazendo com que batesse a lateral da cabeça com força entre o chão e guia que estava ali.
A força foi tanta que fez a cabeça da garota dar um estralo e sua visão escurecer.
-- Solta a faca! – a voz de um dos seguranças se fez presente e um disparo no chão próximo a Jack foi feito.
O rapaz de imediato largou a faca e se levantou correndo em outra direção tentando fugir naquela rua escura.
Dois seguranças correram para segui-lo sumindo da visão dos demais.
-- Rachel? – Júlia chamou aproximando-se arrastando a perna dolorida.
-- Júlia? – o terceiro segurança se aproximou ainda empunhando a arma – você esta bem? – era André o novo chefe de segurança. – Quem era aquele cara? Tentou assaltar vocês?
Júlia apenas se ajoelhou junto de Rachel que estava sem consciência, não sabia se mexia na garota ou não.
-- Rachel acorda... – aproximou-se tocando o rosto da garota tentando ter alguma reação – Ei Rachel!
-- Júlia eu preciso que me responda! – André perguntou novamente e se agachou junto da loira checando o pulso da garota desmaiada – ela esta respirando, o que aconteceu?!
-- Ele tentou me matar, ela me ajudou... e-ela... ela me salvou – respondeu gaguejando em desespero.
Só agora perceberá como seu coração estava disparado e então sentiu suas pernas moles devido a adrenalina que ia sumindo.
Ouviu-se dois disparos e André se pôs de pé.
-- Vá para dentro, peça que alguém venha buscar sua amiga rápido! – empunhou novamente a arma e começou a ir em direção dos disparos – preciso ajudar meus colegas, vou pegar ele!
Garantiu se pondo a correr em direção da onde vinha o barulho.
********xxxxxx********
-- Rachel acorda – Júlia tentou novamente dando leves tapas no rosto da outra e com cuidado ajeitando a cabeça da garota de cabelos castanhos em seu colo – Rachel...
Não soube dizer se foi muito ou pouco tempo, pois estava perdida na noção de quanto tempo Rachel estava desacordada, até que a viu obtendo consciência outra vez e abrir os olhos lentamente.
-- Graças a Deus! – disse soltando o ar de seus pulmões – Rachel esta me ouvindo?
Encarou os olhos da garota que tinha a cabeça apoiada em seu colo e viu confusão neles, logo seguido de um gemido.
-- Rachel, esta me ouvindo? – perguntou novamente fazendo com que o olhar da outra se focasse nos seus – Rachel?! – chamou um pouco mais alto.
-- Não grita – pediu em um gemido levando devagar uma mão até a lateral de sua cabeça onde foi batido, sentiu um pouco a cima da ponta da orelha a dor e algo mais que não conseguiu identificar, sentia o local quente.
-- Eu só queria me certificar que estava me ouvindo – Júlia falou aliviada e soltando uma espécie de sorriso e alivio.
-- Nem seu eu não quisesse conseguiria não ouvir – disse devagar sentindo dor ao respirar – sua voz é irritante.
-- Você ta ótima! – Júlia riu com a implicância da outra – Sabe, eu nunca fiquei tão feliz em te ver quando você apareceu naquele beco – revelou.
-- Você me deve uma por no mínimo 2 anos – Rachel rebateu devagar entre as respiradas.
Mais um disparo foi ouvido assustando as duas garotas.
-- Rachel a gente precisa sair daqui.
-- Eu sei, meu quadril ta queimando – comentou atraindo o olhar da outra para o local.
Tinha sangue ali.
Rachel devagar acompanhou o olhar da loira e sentiu sua cabeça completamente pesada.
-- Júlia eu juro que... – respirava controlando a dor do corpo – se ficar cicatriz... eu vou matar você!
-- Cade seu celular? Eu vou chamar a ambulância – Júlia disse preocupada.
-- Eu não sei – respondeu confusa sentindo uma dor de cabeça enorme.
-- Você precisa ir pro hospital – ia se levantar mas foi segurada pela outra.
-- Fica aqui – exclamou seria – foi só de raspão.
-- Rachel... – Júlia falou em duvida e balançou a cabeça negativamente – a gente precisa sair daqui, eu preciso buscar ajuda, a Pauline, ela deve esta lá dentro ainda e... – disse sentindo as gotas que tinham caído devagar como apenas uma garoa se intensificar em uma quase chuva.
-- Me ajuda a levantar, não me deixa sozinha – Rachel pediu fechando os olhos.
A loira se pôs de pé e com cuidado ajudou como pode a garota de cabelos castanhos a se erguer.
Rachel pensou que iria desmaiar novamente quando sentiu a dor de todo seu corpo se duplicar. Sua cabeça pareceu mais pesada do que antes, então agarrou-se no corpo da loira se escorando, passando um deu seus braços pelo ombro de Júlia.
-- Eu estou te segurando – Júlia tentou passar segurança para a outra e caminharam devagar.
O caminho da rua até dentro da mansão parecia ter ficado bem maior do que realmente era para as duas garotas que andavam com dificuldade.
-- Meu Deus Júlia, para! – Rachel pediu assim que chegaram a entrada de onde metade dos convidados da festa ainda estavam – eu não consigo mais, para.
-- Rachel a gente ta chegando – respondeu ainda apoiando a garota em seu corpo.
-- Eu não consigo mais andar Júlia, eu vou vomitar – disse se sentindo tonta e enjoada.
-- Calma, respira ok? Fica aqui – pediu guiando elas até uma pilastra que tinha ali e a escorou – Eu vou buscar ajuda.
Rachel concordou com um balançar de cabeça e viu a loira se retirar.
********xxxxxx********
Caroline acordou em um sobressalto assustada com um barulho que ouviu perto dali.
-- O que foi? – Manuela perguntou se desgrudando do corpo da outra.
-- A gente pegou no sono – novamente se fez o barulho que a acordou fazendo-a levantar da cama – você ouviu?
-- Sim, aconteceu alguma coisa? – Manuela perguntou se sentando na cama vendo a outra se aproximar da janela e olhando para o lado de fora.
No quarto que estavam a janela dava visão para toda uma parte da rua, Caroline observou entre as cortinas a movimentação de alguns homens do lado de fora na rua e algo a alarmou.
-- Os seguranças estão seguindo alguém lá fora, isso foi tiro – falou se afastando da janela e buscando seus calçados.
-- Devo me preocupar? – Manuela perguntou estranhando e se levantando de vez.
-- Eu não sei, esta tendo uma festa lá embaixo e os seguranças estão perseguindo alguém, vou ver o que aconteceu – disse terminando de calçar seus saltos.
-- Eu vou com você! – Manuela concordou fazendo o mesmo que a morena.
********xxxxxx********
Dentro de onde rolava a festa Júlia entrou mancando e atraindo olhares para si o que fez o DJ abaixar a musica.
Os olhos de Júlia correrão por aquele espaço inteiro e pararam na única pessoa que poderia te ajudar causando mais um alivio naquela noite.
Pauline.
Se apressou como pode indo até a mesa onde estava sua família Os San’Germany e lá estava Pauline sentada ao lado de Rebecca e o outro rapaz que acompanhou Becca no tapete vermelho.
-- Rebecca você deveria descan... – Pauline dizia com uma mão segurando a mão de Rebecca e com a outra na cintura da mesma que reclamava de dor na região, ia dizendo quando foi interrompida por uma voz fazendo a atenção de todos da mesa encarar a dona da voz.
-- Pauline! – Júlia chamou espantando a todos.
-- Meu Deus Júlia o que aconteceu com você?! – Elisabeth se pôs em pé e se aproximou pegando no rosto de Júlia e vendo os machucados ali.
-- Sempre querendo chamar a atenção – Cristinne soltou revirando os olhos.
-- Pauline me ajuda – chamou tentando se livrar dos toques de sua mãe – A Rachel ta mal lá fora.
-- Júlia tua perna! – Rebecca exclamou olhando assustada para onde saia sangue.
Pauline se pôs de pé no mesmo instante vendo o que Rebecca disse e indo em direção a loira.
Iria começar a avaliar a loirinha quando a mesma pegou em sua mão chamando sua atenção.
-- Pauline a Rachel, por favor!
-- Onde ela esta? – perguntou encarando os olhos verdes e a viu apontar para fora.
As duas caminharam para encontrar Rachel e viram a menina com a cabeça apoiada na pilastra.
Não perceberam quando todos os San’Germany as acompanharam querendo entender o que acontecia até que avistaram a menina ali.
-- Mande todos embora, avise que a festa acabou! – Elisabeth pediu a um de seus filhos mas a voz forte de seu pai ecoou no ambiente.
-- Quero que me digam o que houve e então eu comunicarei.
Júlia e Pauline se aproximaram de Rachel a desencostando da pilastra com cuidado para poder olhar o rosto da garota.
... ... ... ... ...
-- O que diabos aconteceu?! – Albert perguntou novamente fazendo todos o encarar.
-- Tentaram me matar, Rachel me salvou! – Júlia falou em alto e bom som atraindo novamente todos os olhares para si.
Albert saiu rapidamente em direção ao microfone para comunicar o fim da festa
Pauline puxou a cabeça de Rachel com delicadeza a fazendo lhe encarar.
-- Rachel consegue me ouvir? – Pauline perguntou observando seus olhos.
-- Sim – respondeu fraco.
Sentiu uma pontada forte na cabeça e a dor que parecia que iria esmagar sua cabeça se fez mais forte a fazendo fechar os olhos e respirar com mais intensidade o que também causou outra dor forte em suas costelas e costa.
Sentia-se enjoada e tonta, seu corpo estava mole como se pudesse cair a qualquer momento.
-- Licença... – tentou pedir apenas dando tempo de afastar seu rosto das mãos de Pauline e virar a cabeça para o lado da pilastra onde não havia ninguém então vomitou.
Vomitou diante da dor perdendo o controle de sua respiração e tentando se manter de pé apoiando-se ali.
-- Ela bateu a cabeça muito forte – Júlia disse preocupada observando a garota de cabelos castanhos passar mal.
-- Desmaiou? – Pauline perguntou segurando os cabelos de Rachel.
-- Sim, ela ficou apagada por alguns instantes...
-- Quanto tempo Júlia?
-- Eu não sei – Júlia dizia agoniada.
-- Vomitou antes?
-- Não – Rachel quem respondeu com a voz fraca e parando de vomitar.
-- Rachel olha pra mim – pediu Pauline analisando a pupila de seus olhos mesmo que superficialmente, pegou com delicadeza o rosto da garota e olhou onde ela bateu vendo um corte onde o sangue escorria – tem um corte aqui, a gente precisa ir pro hospital.
-- O que esta acontecendo? – Caroline perguntou entrando no meio dos demais junto de Manuela e se deparando com uma Rachel pálida.
-- Acho que vou vomitar de novo – Rachel disse ao ouvir a voz da outra garota, porem não houve nenhum riso, sua aparência estava demasiadamente pálida causando preocupação em todos.
-- Rachel?! – Manuela chamou a atenção da outra e andou em sua direção.
-- O que aconteceu? – Caroline perguntou novamente e observou sua prima – Júlia o que... o que houve? Manuela e eu pegamos no sono e...
Manuela tocou Rachel e a mesma se afastou do toque incomodada.
Ouvir a voz da morena de olhos azuis e o que disse que estavam fazendo fez seu mal estar aumentar ainda mais.
Seu enjôo e tontura se fizeram presentes de forma mais forte e sua cabeça pesou mais como se estivesse pressionando a mesma com algo muito pesado, a sensação estava se intensificando, de tempo em tempo as pontadas fortes vinham fazendo sua respiração suspender.
Uma sonolência e moleza estavam apossando-se de seu corpo até que não sentiu firmeza nas pernas.
-- Rachel?... Rachel! – Manuela chamou percebendo o estado que a outra estava até que viu o corpo da garota amolecer e a mesma desmaiar, sendo amparada por Pauline que estava muito próxima.
-- Rachel? – Pauline chamou acomodando a garota de forma firme em seus braços.
-- O que aconteceu com ela Júlia?! – Manuela perguntou de modo desesperado e se aproximando mais de Rachel tocando o rosto pálido da garota nos braços de Pauline.
-- Ela bateu a cabeça, um tiro... ela levou um tiro, soco, ela... – Júlia ia dizendo de forma confusa e perdendo a respiração como se estivesse entrando em uma crise de pânico.
-- Júlia respira – Pauline pediu e olhou para os demais – alguém precisa chamar uma ambulância – pediu tentando aparentar calma para não assustar a loira.
-- Já chamei – Rebecca informou apoiando-se no braço de seu acompanhante.
Sem demora o socorro chegou e Rachel que acordou confusa estava dentro dela, Pauline a acompanhava como socorrista depois de insistir junto da equipe.
Enquanto dava atenção a Rachel que parecia confusa por estar ali dentro o outro socorrista avaliava Júlia.
********xxxxxx********
Fazia algum tempo que as duas garotas estavam sendo atendidas no hospital, apenas algumas pessoas estavam na sala de espera.
Elisabeth, Bryan, Rebecca, Caroline e Manuela.
Manuela tentou a todo custo ligar para Amanda que só dava caixa postal.
Quando viu Rachel desmaiando nos braços de Pauline seu coração se desesperou de tal forma que pensou que o mesmo poderia sair pela boca.
Ainda não entendia o que tinha acontecido e pelo que parecia ninguém saberia explicar.
Um bom tempo depois Pauline apareceu já com sua roupa de trabalho para explicar a eles o que estava acontecendo.
-- Elas estão sendo submetidas a exames para constatar que esta tudo bem, Júlia aparentemente só teve um ferimento profundo na perna, mas nada grave, algumas escoriações pelo rosto devido aos golpes que recebera, porem o que tudo indica é que ela esta bem.
-- Mas ela parecia em confusão enquanto te explicava o estado da amiga dela – Bryan perguntou preocupado.
-- Sim, ela estava entrando em choque, mas já esta bem agora, vamos só fazer mais alguns exames para nos certificamos que ela esta realmente bem.
-- E Rachel? – Manuela perguntou preocupada e encarando os olhos da doutora.
-- A Rachel eu não posso dizer sem ver os exames, ela sofreu uma pancada muito forte na cabeça e precisamos ver se ocorreu algo grave, teve também um tiro no quadril que foi de raspão, e chegou reclamando de muita dor nas costas e costelas, por isso vamos examiná-la mais a fundo.
Manuela assentiu com os demais e viram Pauline se afastar entrando em uma porta, deixando para trás os que esperavam.
********xxxxxx********
Gorete depois que foi expulsa por Pauline na fisioterapia de Rebecca ficou muito nervosa com a intromissão da doutora, teria que resolver isso, não podia deixar assim.
Os dias passaram e Rebecca ainda exigia a presença de Pauline em todas as seções, a ameaça que foi feito a doutora a fazia ficar chateada com toda aquela chantagem, fazia perceber que Rebecca era apenas mais uma garota mimada que usava seu dinheiro pensando que podia fazer o que quisesse e comprar o que bem entendesse, mesmo se isso fosse pessoas.
Falava apenas o necessário com a paciente, nem era preciso sua presença ali, ainda não entendia porque do capricho da outra em fazê-la perder o tempo que poderia descansar para estar ali.
E esses últimos dias ela andava tão cansada.
Os plantões daquele hospital estavam a esgotando, as vezes parecia que só tinha ela ali naquele enorme hospital, mal conseguia descansar como todos os outros no lugar que era destinado a eles em plantões.
Rebecca agora era acompanhada por John o novo fisioterapeuta.
Um rapaz bonito que devia ter algo como uns 26 anos, seu físico atlético lhe davam um ar de garoto viciado em academia, seus músculos contrastavam com o enorme sorriso que dava sempre simpático com sua paciente Rebecca San’Germany.
Era tanta “rasgação de seda” entre ele e Rebecca, sempre tão solicito e com seu enorme sorriso estampado no rosto que Pauline revirava os olhos por diversas vezes. Realmente achava uma palhaçada estar ali, e tudo aquilo.
-- Esta progredindo bastante Rebecca – John falava sorrindo para a garota que lhe sorriu de volta feliz pelo elogio – Daqui a pouco vai esta correndo por ai a fora.
-- Não vejo a hora – Rebecca disse estendendo mais o sorriso e acompanhando os movimentos do homem que lhe ajudava.
-- Tudo com cautela – Pauline se fez ouvir folheando uma revista – não é da noite pro dia que vai sair correndo por ai como o Usain Bolt.
-- Como você é mau humorada – John comentou olhando a medica que nem os encarava, baixou a voz, mas não o suficiente fazendo as duas ouvir sua pergunta que era dirigida para Rebecca – Por que ela tem que estar aqui?
-- Não ligue para John, a doutora é ranzinza assim mesmo, não é estraga prazeres? – riu perguntando a medica
-- Acredite John eu sou a menos interessada em estar aqui, por mim seria ótimo esta na minha cama dormindo, eu bem queria – Pauline disse esticando sua postura e ouvindo suas costas estralar.
-- Pena que querer não é poder não é mesmo doutora? – Rebecca rebateu com um sorriso de canto fazendo Pauline soltar um suspiro desgostoso.
Os dias passaram assim com Rebecca progredindo, ainda sentia dores mas já conseguia manter-se de pé, com ajuda se apoiando, mas já conseguia e isso causou uma felicidade imensa dentro de si.
Pauline ficou feliz com o rápido progresso de Rebecca, a garota San’Germany sorria feliz e seu sorriso era tão bonito solto que encantava a doutora, mas Pauline preferia pensar que a felicidade que sentiu pela outra estar feliz era apenas por esta perto de se livrar daquela garota mimada.
-- Vai ter a festa do aniversario de Júlia, preciso comparecer – Rebecca comentou em uma das sessões.
-- Não acho uma boa idéia – Pauline disse dando sua opinião logo sendo rebatida por John.
-- Não vejo problemas nisso, Rebecca esta indo bem, já não sente tantas dores – John comentou em um tom evidenciando seu desgosto pela presença da doutora ali.
-- Nós podemos conversar um minuto? – Pauline pediu se afastando um pouco de onde Rebecca estava fazendo o rapaz a seguir contra gosto.
-- O que quer? – perguntou de forma rude.
-- Olha só John, você é um ótimo profissional, eu sei disso, foi o melhor amigo de Nicolas que te indicou para acompanhar a senhorita San’Germany, mas acontece que essa festa não é uma boa idéia você sabe disso, ela começou a parar de sentir dor agora não faz nem dois dias, conseguiu ficar de pé sem reclamar não tem nem 72 horas, acha mesmo que vai ficar tudo bem se ela for? Não apóie isso John, aconselhe ela a não ir.
-- Eu sou o fisioterapeuta aqui, e digo que não há problemas da Rebecca comparecer a festa da irmã dela – John dizia serio encarando Pauline, os dois estavam de pé próximos e ainda assim o homem falou alto.
-- Baixe o tom que eu estou apenas conversando contigo – Pauline com uma expressão seria, começava a perder a paciência.
-- Não se meta no meu tratamento com a senhorita Rebecca, Pauline, eu nem sei por que você sempre esta aqui com toda sua má vontade!
-- Pois bem, faça o que achar melhor, mas você sabe que isso não vai fazer bem a ela! – devolveu no mesmo tom o encarando de igual para igual mesmo ele sendo alguns centímetros mais alto.
Rebecca observava a conversa acalorada dos dois e preferiu não se intrometer, ela precisava ouvir o que queria, e o seu fisioterapeuta disse exatamente o que ela precisava.
Um tempo depois da quase discussão os dois profissionais estavam ali na mesma sala, ambos sem se encarar naquele clima extremamente pesado.
-- Eu preciso da ajuda de vocês – Rebecca quebrou aquele silencio incomodo.
-- No que eu puder – John lhe sorriu arrancando outro sorriso da San’Germany.
Pauline se manteve calada encarando seu celular e uma revista que estava aberta, não queria ter que olhar para os dois e ver aquela simpatia toda dos dois, só de lembrar revirava os olhos de forma discreta.
-- Eu não posso aparecer na festa de bengala, queria saber se vocês não poderiam me acompanhar – propôs desviando o olhar do John e observando Pauline que permanecia seria e calada.
-- O que tem em mente? – John perguntou obtendo a atenção de Rebecca novamente em si.
-- Pensei que talvez ao invés de aparecer apoiada em bengalas eu poderia ter vocês como companhia, então me ajudariam.
O sorriso de John se estendeu mais e acenou com a cabeça.
-- Achei uma excelente idéia, é até bom eu estar por perto caso você sinta algo, sou forte posso te apoiar – disse fazendo menção aos seus músculos e flexionando os braços para evidenciá-los.
-- Ótimo – Rebecca lhe sorriu e encarou a medica – Pauline?
-- Sim? – respondeu ainda sem olhá-la.
-- Vai comigo? – perguntou atraindo em fim o olhar da doutora.
-- Acredito que não seja necessária a presença da doutora – John se intrometeu não dando tempo de Pauline responder – tenho força suficiente para te apoiar sem precisar a presença de Pauline.
Pauline achou desnecessário a intromissão do outro na pergunta que foi feita para si, mas não estava com o menor animo para responder. Na verdade nem queria ir a lugar algum com os dois.
-- Ainda assim, eu gostaria da companhia de Pauline – Rebecca falou em um sorriso simpático.
-- Rebecca... – John ainda tentou e foi interrompido.
-- Então Pauline, vamos comigo?
Pauline deixou escapar um riso pela cara de desgosto de John e logo segurou a vontade de rir mais do homem.
-- Rebecca eu agradeço o convite, mas não posso aceitar – recusou ainda segurando o sorriso da cara do outro.
-- Mas como não? – perguntou Rebecca se indignando com a recusa e endireitando sua postura – você precisa ir.
-- Não Rebecca – Pauline disse afim de cortar o tom da outra que estava mudando – eu tenho outras coisas a fazer, e não sou obrigada a fazer tudo que me pede, ou que você pensa mandar.
-- Escuta aqui Pauline... – Rebecca começava a se irritar com a recusa e com o tom da outra mas foi cortada.
-- Olha, a sessão já acabou preciso ir – disse olhando em seu relógio de pulso e ser levantando – tome cuidado nessa festa, não abuse.
Avisou e saiu em seguida sem dar chances da outra debater.
Quando ia seguindo para o estacionamento encontrou uma velha amiga de faculdade e demorou um pouco conversando, assim que se despediu viu Rebecca saindo e logo depois John.
Seguiu para pegar seu pobre e velho carro querendo apenas chegar em sua casa para poder descansar, seu corpo pedia um banho e cama.
-- Ainda bem que não aceitou o convite de Rebecca – John disse fazendo seu corpo tencionar. Nem tinha percebido a presença dele – com esse carro iria apenas passar vergonha – debochou olhando para o carro – essa lata velha ainda anda?
-- O que você quer John?
-- Nada, só tome cuidado para não pegar tétano nessa coisa que você chama de carro – riu indo em direção ao seu carro do ano e deixando Pauline ali.
... ... ... ... ...
Rebecca estava inconformada com a recusa de Pauline.
Bryan a acompanhava ambos se arrumando para o evento de mais tarde e ele não pode deixar de reparar o descontentamento de sua irmã.
-- O que esta acontecendo? – perguntou ele procurando uma camisa que usaria.
-- Nada.
-- E o nada te deixa com a expressão fechada? – parou de olhar as camisas e virou olhando para sua irmã que aguardava uma das vendedoras trazer seu vestido – Tem até uma ruga surgindo no seu rosto querida.
-- Para Bryan, não tem nada aqui – disse tocando seu próprio rosto e olhando em um espelho que tinha ali.
-- Sabemos que algo te incomoda, o que é?
Rebecca suspirou encarando seu irmão.
-- Pauline se recusou a ir na festa comigo acredita? – usou o tom mais indignado que podia fazendo seu irmão arregalar os olhos surpreso.
-- Você convidou aquela medica gata pra ir na festa com você?! – perguntou surpreso e se empolgando – Não acredito! Bom gosto maninha! – comemorou.
-- Não diga besteiras Bryan, eu apenas a convidei como minha medica.
-- E médicos vão em festas acompanhando seus pacientes por acaso? – indagou erguendo uma sobrancelha.
-- Bryan cala a boca, não tem nada a ver com isso que você esta insinuando.
-- Não? Então por que esta tão incomodada com a recusa da doutora?
-- Eu... eu apenas queria que ela fosse, me sentiria mais segura caso acontecesse alguma coisa, não sei – tentava falar firme para seu irmão não insinuar coisas que achava desagradáveis.
-- Bom, mas você me falou que o seu fisioterapeuta irá te acompanhar, então não tem a necessidade da doutora ir Rebecca, por que o incomodo todo?
-- Só não gostei do jeito que ela recusou, quem não quer estar numa festa dos San’Germany? – disse se justificando da forma mais firme que pode.
-- Realmente, muitos morreriam para ir, mas essa medica não parece ser todo mundo.
-- Ela não é – soltou baixo, e Bryan notou.
-- Bom, você tem a opção de continuar brava com a recusa da doutora ou mudar isso meu bem.
-- Como assim? – o encarou confusa e o viu sorri-lhe de canto.
-- Desde quando um San’Germany se conforma com uma recusa?
-- Não estou entendo onde você quer chegar Bryan, seja claro.
-- Simples Becca, você não vai aceitar a recusa da doutora.
-- Mas como, ela deixou claro que não iria – respondeu tentando entender o ponto que seu irmão queria chegar.
-- Bom, você faz idéia do manequim da doutora gostosona?
-- Acho que sim, por que? Você não esta pensando em... – ia dizendo e foi cortada por um Bryan de sorriso aberto.
-- Exatamente querida! Vamos comprar um vestido lindo de morrer para aquela deusa da medicina, e mandaremos o vestido junto de um convite formal para ela pelo nosso motorista.
Rebecca olhou para seu irmão em duvida que aquilo podia funcionar, mas não tinha outra opção então concordou começando a sorrir. Talvez a idéia dele desse certo.
********xxxxxx********
Pauline tinha acabado de tomar um banho relaxante quando ouviu a campainha de seu apartamento, vestiu-se em um roupão de forma rápida e foi ver quem era.
Abriu a porta sem entender aquele homem uniformizado de motorista e o reconheceu, era Josias, o motorista de Rebecca.
-- Boa tarde, aconteceu alguma coisa? – perguntou abrindo a porta para o motorista que carregava um saco e um papel nas mãos enluvadas.
-- Boa tarde senhorita Pauline, eu vim a mando da senhorita Rebecca, ela pediu que eu lhe entregasse isso – estendeu o saco e o papel que segurava.
Pauline observou atentamente aquele papel o lendo e não acreditando.
Olhou para o saco e viu um lindo vestido nele.
Não acreditava que aquela garota fosse tão insistente.
-- Mas o que é isso? Leve de volta – pediu estendendo as coisas para o motorista e o mesmo deu um passo para trás.
-- Não posso senhorita, tive ordens expressas para fazê-la aceitar, e seu eu aparecer com isso lá posso perder meu emprego.
-- Eu não quero! – exclamou se irritando – quem ela pensa que é para pensar que eu vou fazer todos seus caprichos?!
-- Senhorita por favor, eu não quero perder meu emprego – implorou o motorista – eu preciso dele, e caso a senhorita não compareça eu irei ser demitido.
-- Mas isso não tem cabimento! – exclamou irritada.
-- Ela irá pensar que eu não entreguei a senhora, ou que roubei, por favor não faça isso comigo – implorou mais uma vez.
-- Diga a ela que eu me recusei e caso tenha duvidas mande me ligar!
-- Não é assim que as coisas funcionam com os San’Germany senhorita, já aconteceu outras vezes de funcionários serem demitidos pelo mesmo motivo.
-- Isso é um absurdo! – exclamou extremamente nervosa – eles não podem fazer isso, vocês podem entrar na justiça contra eles!
-- Senhorita eu tenho dois filhos para sustentar, acha mesmo que iria ganhar a causa rápido? Por favor eu estou lhe pedindo, compareça, se quiser eu me ajoelho – pediu o homem fazendo menção de dobrar seu joelho.
-- Não faça isso, fique calmo, eu irei – disse soltando um suspiro pesado.
-- Muito obrigado senhorita, muito obrigado mesmo. Preciso ir – disse se afastando.
“Eu não vejo a hora de me livrar dessa garota! Quero distancia dessa família” pensava fechando a porta do apartamento com força.
... ... ... ... ...
-- E ai como foi? – Perguntou Rebecca que estava ao lado de Bryan dentro do carro esperando seu motorista.
-- Ela aceitou – Josias lhe falou assim que entrou e sorriu simpático como sempre.
-- Esta brincando? – Rebecca perguntou espantada – tão fácil?
-- Eu disse tudo o que a senhorita me aconselhou para que ela aceitasse, mas mesmo assim ela se mostrou irredutível em negar, então apelei para o lado emocional e disse que tinha dois filhos para sustentar e por isso não podia perder meu emprego – riu fazendo-a rir também.
-- Você nem ao menos tem filho Josias – Rebecca disse ainda sorrindo.
-- Mas ela não sabe – Bryan comentou empolgado por seu plano ter dado certo.
-- Bom trabalho Josias, agora vamos embora, precisamos nos arrumar – Rebecca falou com um sorriso estampado em seu rosto.
********xxxxxx********
Já faltando pouco tempo para a festa começar John chegou e cumprimentou a todos os San’Germany’s que estavam juntos naquela ocasião e sorriu para Rebecca estendendo-lhe o braço para servir de apoio a garota.
Os olhos de Rebecca seguiu para todos os lados a procura de Pauline, mas não havia nem sinal dela por ali.
-- Esta tudo bem Rebecca? – John perguntou observando a ansiedade dela.
-- Tudo – forçou um sorriso e continuou a olhar para os lados.
Bryan de longe observava a inquietação de sua irmã, o motivo já sabia, não tinha o que ser feito.
Faltando poucos minutos para irem ate a festa já que todos se perto dali, pois chegariam na limousine que iria parar de frente ao tapete vermelho.
Quando o carro estacionou os San’Germany começaram a entrar então se forçou também a segui-los com a expressão totalmente seria.
Ela não viria.
Rebecca constatou seria e com o olhar perdido na janela olhando a paisagem. Nem escutava o que John falava a fim de puxar papo.
Saiu acompanhada de seu fisioterapeuta e sorriu para as câmeras um sorriso totalmente forçado.
Ficou por um tempo junto de sua família ali naquele tapete vermelho sob os holofotes de todos da mídia que se faziam ali presentes.
Andou devagar se apoiando em John para sair dali e seguir junto com sua família para a mesa que era reservada para eles.
Como em toda festa dada por eles teve de ficar um bom tempo de pé com os outros cumprimentando as pessoas que seguiam até eles.
John a todo custo tentava puxar assunto com a garota que lhe respondia de forma educada e fazendo sorrisos simpáticos.
-- Posso falar com minha irmã um minuto? – Bryan se aproximou com a sua postura impecável que fazia na frente de todos.
-- Claro – o medico assentiu – vou pegar uma bebida – informou se retirando.
-- Te salvei? – Bryan perguntou sorrindo e viu um acenar de cabeça de Rebecca junto de um sorriso triste. – Rebecca não fique a...
Ia falando quando sua voz morreu olhando para a entrada.
-- Becca olha lá – apontou e teve o olhar da irmã para onde apontava, sorriu e falou ao ouvido dela – Ela veio.
Rebecca teve um sorriso desenhado em seu rosto vendo a presença de Pauline.
Ela estava linda com a roupa que eles lhe compraram.
-- Rebecca – Bryan chamou puxando seu braço – a mamãe, vem – chamou puxando a irmã e a apoiando quando viram Elisabeth ir em direção ao tapete vermelho com os Lancaster lá.
Os passos rápidos de Bryan fazendo-a acompanhá-lo estava sendo incomodo, mas respirou fundo e continuou.
Quando chegaram perto de sua mãe passaram mais um bom tempo posando para as fotos.
********xxxxxx********
Pauline se preparou contrariada.
Estava muito irritada.
Bufou contrariada e ligou para Evellyn sua amiga de longa data.
-- Quem é vivo sempre aparece não é mesmo? – Evellyn disse assim que atendeu.
-- Evellyn meu amor – Pauline chamou evidenciando que pediria algo.
-- O que você quer interesseira? – a outra perguntou com um tom de riso fazendo por fim a medica rir também.
-- Preciso da sua ajuda Eve, fui convidada para uma festa e preciso que me ajude a me arrumar.
-- Olha, a dona careta vai finalmente tirar as teias de aranha e sair – debochou de Pauline a fazendo revirar os olhos quando ouviu a risada da amiga – Pra onde você vai sua cachorra? Nem convida os amigos.
-- Juro que se eu pudesse eu convidaria, fui chamada para a festa dos San’Germany – disse já esperando a histeria de sua amiga o que não demorou.
-- O QUE?! – Evellyn gritou do outro lado fazendo Pauline afastar seu celular.
-- Olha eu te explico aqui, mas preciso muito da sua ajuda, a festa é daqui a pouco e eu preciso me arrumar.
-- Estou indo para ai, põe uma cerveja na geladeira, chego em 20 minutos.
-- Obrigada – agradeceu sorrindo.
Depois de ter explicado tudo para sua amiga que estava eufórica a deixou ali em seu apartamento lhe esperando para quando voltasse contar como foi, saiu ouvindo sua amiga desejar boa sorte diversas vezes e riu da empolgação que a outra tinha.
Estava atrasada.
Suspirou quando chegou ao térreo do prédio e ficou em duvida do que iria.
Nunca se importou com seu carro velho, não era agora que se importaria pela opinião de um babaca feito John.
Por outro lado pensava que provavelmente iria beber e não seria certo dirigir depois de ter ingerido bebida alcoólica.
-- Senhorita Pauline? – o homem que ficava na portaria do antigo prédio chamou – Está linda – elogiou fazendo a doutora corar.
-- Muito obrigada seu Igor – agradeceu sem graça.
-- Seu carro chegou.
-- Que carro? – perguntou franzindo o cenho.
-- Ah me desculpe senhorita, mas eu a vi tão linda e me atrevi a chamar um carro pelo aplicativo, deduzi que vai beber e não vou correr o risco de que algo aconteça a nossa bela doutora, imagina esse prédio sem a senhorita? – falou deixando-a mais tímida – não se preocupe, eu pago.
-- Não é preciso seu Igor.
-- Lógico que sim, eu que chamei eu pago – disse a acompanhando ate a saída onde o carro lhe esperava.
-- O senhor só se adiantou no que eu estava pensando em fazer, então muito obrigada, eu vou indo – sorriu beijando o rosto do quase senhor e foi até o carro.
Igor era um homem com a aparência marcada pelo tempo que trabalhava naquele prédio a alguns anos. Um dia Pauline foi chamada as pressas por ele que pediu para que lhe fizesse um favor atendendo um de seus filhos que estava passando muito mal.
A medica prontamente foi até onde estava o filho do velho homem e os ajudou.
Igor fez questão de pagar e Pauline recusou terminantemente dizendo que ele apenas podia ficar de olho em seu carro.
Não que acreditasse que alguém roubasse seu velho carro, porem não poderia aceitar o dinheiro do homem que mal tinha para eles.
Igor aceitou relutante, e desde então sempre fala com todo o respeito com a doutora que na opinião dele era apenas uma menina.
********xxxxxx********
Pauline quando entrou na festa com aquelas pessoas todas procurou com o olhar Rebecca e a viu, então viu a mesma com passos apressados andando para o tapete vermelho, negou com a cabeça.
Rebecca San’Germany estava fazendo tudo o que não devia.
Um tempo depois viu Rebecca ainda apoiada em um de seus irmãos vindo em sua direção.
-- Que bom que veio – Rebecca lhe sorriu.
-- Não tive outra escolha – rebateu causando um riso nos dois irmãos.
-- O importante é que esta aqui e esta linda doutora – Bryan disse galante fazendo a medica ficar tímida.
-- Obrigada – agradeceu envergonhada.
-- Bom, já que esta aqui pode ajudar minha irmã? Eu preciso ir falar com algumas pessoas – Bryan pediu tirando a mão de Rebecca que apoiava em seu braço.
Prontamente Pauline assumiu seu posto.
-- Não devia esta andando de salto Rebecca – Pauline a repreendeu apoiando-a e andando devagar – muito menos andado daquela forma.
-- Eu estou bem – Rebecca disse ainda sustentando seu sorriso branco nos lábios.
-- Onde esta seu fisioterapeuta?
-- John foi buscar alguma bebida – falou dando de ombros e sentindo a medica parar os passos para lhe encarar – o que foi?
-- Você não pode beber Rebecca! – exclamou seria.
-- Meu bem, eu posso fazer o que eu quiser – rebateu sorrindo de canto e vendo a expressão da outra endurecer.
-- Não seja irresponsável, eu não vim aqui para ver tantos erros, vou embora – disse-lhe firme e teve seu braço segurado com mais força pela outra.
-- Pare Pauline, eu não fiz nada – disse com mais firmeza tanto na voz quanto no braço da medica que ela segurava.
-- Não? Começando pelo fato de que você deveria descansar e não esta aqui desfilando nesse salto, ainda mais bebendo, eu vejo que esta fazendo varias coisas!
-- Eu não bebi, pare por favor – pediu no intuito de fazer a outra se acalmar e ficar na festa.
Pauline apenas se calou com a expressão seria e arrancou um sorriso de Rebecca que sabia que a medica estava contrariada, ela ficava um charme naquela expressão brava e seria demais.
John olhou de longe Rebecca que estava acompanhada agora da doutora e não acreditou. Deixou sua bebida de lado e se aproximou de onde elas estavam.
-- Atrapalho? – perguntou se pondo ao lado de Rebecca e lhe ofereceu seu braço – já cheguei não se preocupe Pauline, pode ir curtir a festa – mandou como se fosse o dono.
Pauline o olhou seria junto de Rebecca que o encarou erguendo uma sobrancelha.
Que tom era aquele que estava usando?
Por mais que fosse simpática com ele não gostou do jeito que ele se dirigiu a Pauline.
-- Eu estou bem aqui John, obrigada pela preocupação – Rebecca respondeu antes que Pauline falasse algo.
-- Eu já cheguei, meus braços são mais fortes – contestou ainda lhe estendendo o braço evidenciando os músculos feitos na academia.
-- Como eu disse aqui esta ótimo, Pauline tem os braços firmes, e creio que não se incomoda de me ajudar não é mesmo? – perguntou olhando para a doutora.
-- Claro – assentiu a medica e esboçou um sorriso vendo o desgosto do outro – Te ajudo não se preocupe – emendou e viu Rebecca sorrir.
-- Então ótimo. Pode curtir a festa você se quiser John.
-- Não – negou tencionando seu maxilar em uma expressão seria – vou ficar presente caso os braços da doutorazinha percam a firmeza e não seja o suficiente.
Pauline pensou em responder pois estava sem paciência com o rapaz porem continuou calada.
-- Como queira – Rebecca rebateu encerrando a conversa.
... ... ... ... ...
Um tempo depois já no meio da festa Rebecca começou a sentir um incomodo muito grande e pediu para que pudessem sentar na mesa que era destinada a família.
Viu alguns San’Germany já sentados e outros por ali perto.
Pauline avaliou as expressões e postura de Rebecca já sabendo que tinha algo errado.
Rebecca sentou-se tendo Pauline do seu lado esquerdo e John do direito.
Ao sentar-se com a ajuda da medica suspirou com o incomodo.
-- Tome cuidado! – John disse para Pauline que ajudava Rebecca e se intrometeu a ajudar também a garota a sentar e recostar as costas na cadeira.
-- Esta tudo bem – Becca disse antes da medica responder.
-- São os saltos – Pauline comentou chamando a atenção dos dois.
-- Do que esta falando? – John perguntou se intrometendo novamente e fazendo a medica revirar os olhos sem nem ao menos querer disfarçar.
-- Ela esta sentindo dor se você não percebeu espertão – alfinetou de forma ríspida.
-- Olha o tom que fala comigo – John disse se irritando mais.
-- John me faça o favor de ficar calado? – pediu não agüentando a voz do outro e antes que ele falasse algo Rebecca interrompeu o inicio da discussão dos dois.
-- Vamos parar por favor?
-- Eu não fiz nada – resmungou o homem como uma criança mimada.
Pauline apenas negou com a cabeça e focou na mulher ao seu lado.
-- Esta doendo muito? – perguntou levando uma de suas mãos até as costas de Rebecca.
-- Um pouco – Rebecca respondeu e pegou a outra mão de Pauline quando sentiu o toque da medica.
-- De 0 a 10?
-- Cinco.
-- Rebecca você deveria descan... – Pauline ia dizendo quando foi interrompida por uma voz.
Júlia.
********xxxxxx********
Agora Pauline estava naquele hospital fora do seu horário de trabalho, mas insistirá bastante para acompanhar o caso das garotas.
Assim que podia levava noticias aos que esperavam.
Um bom tempo depois informou a todos o que aconteceria com as garotas que estavam sendo atendidas.
Depois de ir ver como as garotas estavam novamente e aguardar os exames foi até onde todos estavam, olhou de relance para cada um e seus olhos caíram sobre Rebecca que estava recostada com a cabeça no ombro de seu irmão.
Lembrou-se de Evellyn e ligou para a mesma se afastando um pouco dali.
-- A festa deve esta ótima, você até uma hora dessas na farra só deve esta maravilhoso ai, vi um pouco pela televisão, agora vou ver um filme deitada na sua caminha, ch*pa amiga!
Pauline sorriu sua amiga era doidinha.
-- Eu estou no hospital Eve – disse calmamente e ouviu um grito do outro lado da linha.
-- Como assim no hospital Pauline?! O que aconteceu? Eu estou indo para ai!
-- Ei meu amor relaxe, eu vim socorrer alguém, estou ótima.
-- Tem certeza?
-- Sim meu bem, relaxe, liguei apenas para avisar que provavelmente vou demorar pra chegar em casa assim você não fica me esperando, então durma se quiser quando eu chegar prometo não fazer barulho e... – olhou para o lado e viu a presença de Rebecca e seu irmão, quanto tempo estavam ali? Não fazia idéia – eu preciso desligar, te vejo depois, beijo Eve, se cuida.
-- Beijo anjo, cuidado ai.
-- Pode deixar – disse desligando o aparelho e virando em direção aos outros dois – aconteceu alguma coisa?
-- Desculpa atrapalhar – Rebecca pediu sem encarar a medica.
-- Tudo bem – Pauline disse olhando a garota.
-- Doutora tem noticias das meninas? – Bryan perguntou atraindo a atenção da medica.
-- Estou aguardando e... desculpa você é quem? – perguntou sem graça – é que vocês são iguais então...
-- Relaxe doutora – riu simpático – eu sou o Bryan, o mais bonito e simpático, e o mal encarado é meu irmão gêmeo Breno – emendou sorrindo e revirando os olhos.
-- Ah sim, me desculpe a confusão.
-- Imagina.
Os dois olharam para a outra que se mantinha calada e a viu respirar fundo.
-- Rebecca como você esta se sentindo? – perguntou olhando com atenção a garota.
-- Estou bem.
-- Mentira ela esta com dor – Bryan entregou a irmã.
-- Bryan! – Rebecca exclamou repreendendo o irmão.
-- São os saltos – Pauline disse se aproximando – vem sentar aqui – pegou com delicadeza seu braço e a conduziu para uns bancos que tinha próximos dali.
-- Eu to legal... – tentava contestar, mas foi em vão.
-- Bom se na festa você disse que estava uma dor no grau 5 agora eu arrisco dizer que esteja em um 6,5 ou 7 talvez – disse se abaixando na frente de Rebecca que já estava sentada e pegando nos pés da mesma.
-- O que esta fazendo?! – perguntou assustada observando de olhos arregalados a medica que se ajoelhava a sua frente pegando seus pés e apoiando-os em seu colo.
-- Te livrando disso aqui – respondeu calmamente retirando devagar os sapatos da outra – alem de te machucarem estavam já apertados – emendou observando os pés da outra.
-- Eu não posso ficar descalça – falou sentindo o alivio dos pés sem os saltos.
-- Vou trazer algo pra você, fique sentada – disse se erguendo – Bryan fica de olho nela pra mim?
-- Sim senhora – disse estampando um sorriso.
Então os dois irmãos viram a doutora se retirar dali.
Fim do capítulo
Genteeee eu preciso dizer que amei ver vocês falando da historia e a opinião de vocês, é muito amor <3 isso me deixa muito feliz, obrigada e espero que continue me ajudando com a opiniões de você sobre cada cap.
E teve algumas meninas que acertaram ein Rachel salvou o dia novamente haha, milhares de mordidas pra vocês garotas, espero que gostem! *-*
Comentar este capítulo:
keka_Keka
Em: 20/06/2017
Eu acabei de ler e ia fazer um comentário assim como 95% das meninas aqui sou fã da Rachel. Mas aí pensei melhor e reolvir dizer que: MENINAS, NÃO VAMOS MAIS EXALTAR A RACHEL, NEM QUERER UMA ATENÇÃO A MAIS ENTRE ELA E MANU, E BLÁ BLÁ BLÁ.... Não tem condição isso, umas 4 caps que ela só se ferra, se machuca, sofre... Quanto mais a gente pede ou torce, mas a autora faz diferente. Putz, isso é muita judiação com a gente. Não tenho psicologico pra isso não, o pior é que a gente se envolve de verdade com a personagem. kkkkkkkk. Então, vamos torcer em silêncio e continuar apoioando a história, vai que a gente tem um cap a nosso favor agora. kkkkkkk. Beijos, Bianka e volte logo hein
Resposta do autor:
Ai gente ri muito kkkkk é uma boa tatica essa sua kkkk será que funciona? Haha
Quem diria Rachel passando de detestável pra mocinha adorada haha amo saber essas coisas gente me divirto muito haha vou ver se dou um descansozinho pra ela ta? *-*
Lary_ferreira
Em: 19/06/2017
Tem algumas autoras que são meio más, mas a senhora Dona Bianca superou todas kkkkkkk
Eu estava louca achando que você tinha desistido da historia, mas no Facebook explicou o motivo na qual não atualizou por um bom tempo... Ai agora você aparece com esses 3 capítulos incríveis que já me deixaram doida por mais.
Quero pedir mais sobre Pauline e Beca por favorzinho.
Eu amei esse volta, só eu sei a felicidade que fiquei quando vi que havia atualizado.
Capítulos perfeitos. Parabéns.
Beijos
Resposta do autor:
Seu desejo é uma ordem haha
Me desculpe mesmo pela demora <3
vai pouquinho de Rebecca e Pauline pra vc haha *-*
[Faça o login para poder comentar]
JeeOli
Em: 18/06/2017
Manu vai ter q correr mt atrás da Rachel e cade a Amanda? Essa vai se arrepender mt do jeito q falou com a amada
Resposta do autor:
Amanda e Manuela so andam fazendo o que nao devem, agora é correr atras do prejuizo e torcer pra dar tudo certo haha Rachel é orgulhosa a Manuela vai perceber logo logo haushaus
[Faça o login para poder comentar]
Sem cadastro
Em: 18/06/2017
Oi, boa tarde!
Ai menina, amei q vc "postou ligeiro" kkkkkkk!!!
Então, claro q pensei q mais uma vez a Júlia fosse levar mais uma lembrança horrosa nessa vida complicada q ela tem! E sim, achei q como mtos romances, q "vira e mexe" a protagonista é estuprada, graças a Deus q vc teve "um lampejo de luz" e evitou tal coisa, acho q se tivesse acontecido eu não iria continuar a ler, pq, como eu disse sofrimento tem limite...
Vixe, tem até gente shipando RachelJúlia, rsrsrsrs! Olha q isso me passou pela cabeça mesmo? Mas não sei se ficaria legal, mas enfim... amei q vc soube contornar toda situação e as duas conseguiram sair daquela situação perigosa.
Mudando de assunto menina, falta mtos caps, pra terminar o romance?
Não preciso dizer o qto estou amando neh! Ótimo conto com enredo maravilhoso! P A R A B É N S!!!
BOM FIM DE DOMINGO E ÓTIMA SEMANA!
Resposta do autor:
Olha eu voltei rapidinho dessa vez ne? Kkkk
Agora entendi o que vc estava pensando haha e eu nao curto muito essas historias que no enredo rola isso de violência sexual que geralmente tras um filho nao planejado na historia e tal... acho pesadinho ai nao escrevo haha nao se preocupe kkkk
E esse novo casal gente? Nem tinha passado algo assim pela minha cabeça mas gostei da ideia kkkk so nao sei tbm se rola rs
E sobre o tanto de capitulos, olha pra ficar do jeito q eu pensei desde o início faltaria um pouco mais... porem ando pensando em encurtar a historia porem ainda nao tenho certeza... tenho medo de deixar muito vago o desfecho e ainda tem bastante coisas pra acontecer que eu gostaria de por... vamos ver nao sei haha
Otima semana Luyza ate a próxima <3 *-*
[Faça o login para poder comentar]
Tazinha
Em: 18/06/2017
To preocupada com a Rachel, além do tiro bateu forte a cabeça. E essa vontade de vomitar toda hora? Ai mds, espero que seja só um susto
Resposta do autor:
Ela ta sofrendo ne? Tadinha haushaus ate eu tenho dó as vezes kkkk
Vamos ver o que acontece com ela nosproximos caps, bater a cabeça é uma coisa muito seria, tem que ter cuidado *-*
[Faça o login para poder comentar]
Bfr_Laura
Em: 18/06/2017
Apesar da demora de postar os capítulos, você teve o respeito com a gente de vim se explicar, de responder os comentários passados nos agradecendo e nos tranquilizando por saber que a história não será abandonada e que você se esforçará pra postar mais rapido (que foi o que aconteceu nesse cap, voltou rapido). Eu sei que pra vocês autoras é muito bom ter capítulos com bastante comentarios, afinal, é o reconhecimento do trabalho de vcs. Mas pra gente também é bom ter capitulos postado com frequencia, ter uma resposta dos nossos comentários... Pq a gente gosta demais da historia, dos personagens... Eu queria fazer esse desabafo e agradecer vc autora pelo respeito com suas leitoras. Ahhhhhhhh, não posso esquecer de dizer que to muito brava com vc por so fazer a Rachel sofrer. Não bastava o coração agora fisicamente de novo? Nossa, que azar da nossa bichinha linda. Mil beijos pra você!
Resposta do autor:
Ah geeenteee eu fico tao feliz de saber o que vcs acham da historia, nao fazem ideia de quanto isso me ajuda pq vcs de alguma forma me inspiram e me divertem com algumas coisas ditas haha a maioria fica indignada eu dou bastante risada kkkk
E me desculpe mais uma vez pela demora que eu tive com a historia, nao queria isso, mas enfim aqui estou haha \o/
E agora a Rachel ta sendo minha vitima hahaha (risada má haushaus n? Ok kkk) dei descanso (mais ou menos) pra Julia e foquei na Rachel, mas vou tentar pegar leve com ela pode deixar kkkk
Fica brava com eu naaao <3
[Faça o login para poder comentar]
vivi19
Em: 18/06/2017
Você acorda e ver capítulo novo e fica toda feliz! Aí começa a ler ... Putz, Rachel sofrendo de novo? Tô acostumada já, tá levando porrada atrás de porrada!! Segue normal...
Resposta do autor:
Me desculpe meu bem, vamos dar um descansozinho para nossa ex menina má, prometo (ou n haushaus)
Fica triste nao... vem coisa por ai (:
[Faça o login para poder comentar]
Japa
Em: 18/06/2017
RACHEL melhor personagem dessa história!!! Sem mais!!!!
Resposta do autor:
Olhaa Rachel conquistando muitos fãs haha quem diria ne passar de menina odiada para uma das mais amadas, ai o mundo da voltas haha... muito bom saber que gostam tanto dela *-*
[Faça o login para poder comentar]
Fernandaaa
Em: 18/06/2017
Como assim autora? Aconteceu tudo isso e não disse como elas ficaram depois, principalmente a Rachel. Aí mds, você enrola muito a gente, é judiação isso. A Melhor coisa foi rachel ignorando Manu. Ela não pode ser besta, Manu que errou e que corra atrás. Rachel se mostrando uma pessoa maravilhosa, tão fofa ela lembrando da Manu mesmo no momento perigoso que ela estava passando ...
Resposta do autor:
A Rachel continua surpreendendo nao é? E desculpa judiar um pouquinho de vcs, prometo tentar consertar essa agonia no outro cap <3
Adoro saber o que acham de cada cap haha as vezes vcs me dao umas ideias maravilhosas kkkk vamos ver se a Manu cai na real de vez ne, acorda pra vida Manu! Haha
[Faça o login para poder comentar]
CarolMaahGeM
Em: 18/06/2017
Tenho que concordar com a perolams... Em tudo pois...
Resposta do autor:
Eu também concordei viu, e agora essa historia de novo ship de casal? haha adorei a ideia ri bastante haushaus
[Faça o login para poder comentar]
Mille
Em: 18/06/2017
Olá Bia
Menina você gosta de fazer as mebjnas sofrer, e a Rachel tadinha mal se recupera da queda da escada e já está no hospital e espero que a pancada nao traga estrago para ela, que definitivamente nos conquistou.
Rebecca não admite mais ela gosta da Pauline e que cara chato esse tal de John, porque a Rebecca não manda ele pastar.
Bjus e até o próximo
Resposta do autor:
Poxa gente eu mudei o foco do sofrimento da Julia pra Rachel haha mas vou dar descanso pra ela tadinha ate eu to com dó haha
E Rebecca talvez nao saiba o que é gostar de alguem, por isso esse querer ter a outra por perto ela nao entenda e nem queira aceitar, mas o Bryan ja ta sacando tudo haha.
Vemos que a Becca nao gostou muito de ver o John falando daquele jeito com a doutora.. agora sera que ela vai fazer algo a respeito?
É aquela historia ne: eu posso fazer vc nao haha (igual com irmaos vc pode xingar os outros nao kkkk)
Eu adoro saber o que vcs pensam genteee obg Mille <3
[Faça o login para poder comentar]
perolams
Em: 18/06/2017
Sinceramente eu já tô shipando Julia com Rachel. O problema de Amanda no meu ponto de vista nem é a preocupação com a familia, pra mim ela é uma patricinha mimada que não evoluiu nem um pouco ao longo da historia, o contrario da amiga que pode ate se encaixar na classificação "pobre menina rica", filha de um homem sem escrúpulos que só tem o amor da babá e evoluiu bem mais que a ruiva, já que as duas começaram demonstrando o mesmo comportamento. Todas as vezes que Julia mais precisou de apoio em sua estadia na mansão do clã foi Rachel que esteve por ela mesmo as duas sendo "inimigas".
Amanda sempre coloca alguma coisa acima da namorada, acho Julia muito trouxa.
Manu e Rebeca também tão precisando deixar de fazer merda. Uma surta com Rachel e a outra resolve ir fundo na humilhação contra Pauline e ainda aparece um rato de academia pra engrossar o coro de grosserias contra a doutora.
Que no próximo venham boas notícias sobre Rachel.
Resposta do autor:
Opaaa opa alguem shipando um novo casal?! Olha só gente, Rachel e Julia, que coisa... primeira pessoa que vejo desejando isso haha interessante...
E eu tenho queconcordar com vc em muitas partes, realmente a Rachel vem amadurecendo tanto né
Ja a Manuela ta toda naquela indecisão com a garota de cabelos castanhos espero so que ela abra os olhos rapido pq ao contrario da Julia a Rachel nao é tao boba (alguns diriam trouxa) ela nao espera ninguem e faz a fila andar rapidinho.
Rebecca o que dizer... talvez ela nao saiba lidar com pessoas, ainda mais se sente aquele "querer ter perto" agora vem John, acho que ela deve ter notado como o rapaz tratou a doutora e pelo jeito nao gostou nada disso, como dizem é "eu posso vc nao" kkkk
Eu preciso dizer que eu adooorei comentário!!! Amo saber o que vcs acham de cada cap isso é muito bom pra mim e me inspira haha <3 muito obrigada por ta aqui e me fazer rir um pouquinho haha (adoro a indignação de vcs gente kkkk)
Megas mordidas pra vc ate o proximo *-*
[Faça o login para poder comentar]
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]