Meu doce desejo por Aness
Amizade
Os dias no trabalho passavam normalmente, hoje completam três meses que começamos e estávamos apreensivas para saber quem, ou quantas ficarão. A verdade é que das 5 que entraram, 3 precisam bastante desse trampo, então eu não gostaria de permanecer e uma delas não.
No final do dia nos chamaram no RH e nos parabenizaram por nosso trabalho. Disseram que recebemos muitos elogios da Joyce e do Antônio e que todas permaneceríamos. Fiquei, ou melhor, ficamos, super felizes, já tínhamos nos apegado, umas as outras. É claro, como em todo lugar, havia as que nos identificávamos mais, porém gostava de todas. Cada uma com seu jeito peculiar de ser.
Bianca e eu logo ganhamos outras responsabilidades. Junto com Carol, Jéssica e Grazi, formamos o bonde da irmandade. Foi Jéssica que nos nomeou assim, depois de nossa equipe ter sido elogiada pelos chefes, pelo excelente trabalho desempenhado, como nos disseram. E acabou ficando, bonde da irmandade!
Desde o dia que me perdi a caminho do refeitório, que não encontrei mais a Juh, já estou sentindo falta da presença dela. Não sei explicar o porquê, nem a conheço, porém desde aquele dia, quando a vi naquela sala, não consigo esquecê-la.
- Então meninas, vamos fazer algo hoje à noite? – Pergunto animada.
- Olha ela toda se querendo. O Bruno não vem hoje? – Carol graceja.
- Não senhorita, hoje ele está de trabalho! – Bruno é da Marinha, serve um pouco distante de onde moramos, então normalmente só vem pra casa de 15 em 15 dias.
- Ai sim. Que tal Teatro? – Bianca e sua cultura.
- Jura, Bianca? Ao invés de irmos a algum barzinho, ou melhor, Calçada da Fama, você quer ir ao Teatro? – Carol diz revirando os olhos.
- Qual é gente? Queria ver O Quebra-Nozes! - Bianca fala cabisbaixa.
- Aff, ok. O Quebra-Nozes de Bianca, depois, partimos pra Lapa. - Falo resolvendo o problema.
- Certo! – Falam juntas.
Saímos da empresa às 17h, fomos pra casa, nos arrumamos e partimos para o Teatro municipal.
O espetáculo começou às 20h. Lindo, perfeito, incrível, maravilhoso, são apenas alguns dos adjetivos que o classificam! No Intervalo, fui ao banheiro, Bianca e Carol estavam tão encantadas, que demoraram e eu acabei indo na frente.
Quando estou retocando o batom olho pelo espelho e a vejo parada atrás de mim com os braços cruzados.
- Juh?! – Digo surpresa.
- Você está me segundo, Diana ? – Ela pergunta séria.
- O que? Eu? Nãoo... -Me atrapalho com as palavras e ela ri de mim, qual é dessa mulher?!
- Estou brincando, menina! Relaxa! – Juh diz e eu reviro os olhos. Que susto.
- Eu vim com minhas amigas. Carol e Bianca. E você veio sozinha ou com o namorado?
- Vim com uma amiga também, não tenho namorado. Mas me fala, está gostando?
- Se estou gostando?! Estou amaaaando! E você, está curtindo? E sua amiga cadê?
- Você é uma figura. Eu já disse isso?! Sim, estou curtindo muito. E minha amiga está me esperando lá fora.
- Cara, vou te falar, na real, não estava muito afim de vir. Queria mesmo era ter ido direto pra Lapa, só que como Bianca, super curte essas frescuras, então, aqui estamos. E que bom que viemos. - Finalizo sorrindo.
- Frescuras?! Ai menina, só você mesmo. E concordo com você, se não tivesse vindo não nos encontraríamos. Já estava sentindo falta dessa sua espontaneidade.
- Ah,é verdade. Eu não teria esse prazer de desfrutar, mesmo que momentaneamente, de tão agradável companhia! – Gracejo.
- Vão pra casa depois daqui?
- Com certeza que não! Vamos para Lapa, mulher!
- Interessante! Bem, se você estivesse sozinha eu me convidaria para ir junto. Mas como não está... – Ué, qual o problema dela com minhas amigas?!
Antes que eu pudesse perguntar, as meninas entram falando, eu olho para elas, e quando retorno para Juh, ela não está mais lá. Provavelmente entrou em uma das cabines. Até pensei em esperar, porém o intervalo acabaria, e voltamos para nossos lugares.
No final do espetáculo que teve 2 horas de duração, nos dirigimos para a saída, sorrindo, elogiando, dizendo que deveríamos vir mais vezes, até pensei em voltar ao banheiro pra ver se encontrava com a Juh novamente, entretanto, achei melhor seguir nosso caminho e esquecer essa ideia.
Partimos para o Bar da Boa, onde sempre ficávamos, a atmosfera é agradável, tem Antártica, petiscos e samba, tudo que precisávamos. Por volta de 00h, chegam Leo e Will para se juntarem a nós, já estávamos vendo dobrado, rindo a toa, chorando por tudo e fazendo amizades com todos do bar.
- Eu já contei aquela história das gringas taradas? – Se Leo já tinha contato? Só umas mil vezes!
- Brother tu deu a maior sorte do mundo, aquilo foi melhor que ganhar na Mega Sena. - Comenta Will, já tão chapado quanto o resto da tropa.
-Só te digo uma coisa leke, quando aquelas duas gatas, me chamaram para o desenrolo, eu me tremi, igual uma vara verde. Te juro que eu quase desmaiei de emoção! – Léo relata orgulho.
- Tenho duas observações a fazer. Primeira: aquelas loiras não batiam bem. Segunda: Do jeito que você estava alto, o máximo que conseguiu fazer com aquelas duas, foi cair no sono ao lado delas. – Digo e as meninas e eu quase fizemos xixi de tanto rir, enquanto Léo me olhava com cara de indignado.
- Pois fique sabendo a senhorita desconfiança, que eu dei muito no coro sim. As gringas lá até quiseram repeteco. – Uhum, “repeteco”, sei.
- Só se foi nos seus sonhos mais loucos, Leonardo. – Diz Bianca sorrindo.
- Brother, não liga para essas estraga prazeres não. Você foi o primeiro, e único do grupo a fazer um ménage. Eu te invejo. E invejarei sempre. Não importa em que condições, ménage, é ménage. – Will fala puxando o saco do Léo. E nós reviramos os olhos.
- Vocês estão interessadas em ménage, meninas? Porque eu não estou! – Diz Carol, mandando mais um copo, pra conta.
- Claro que não! – Bianca e eu Falamos juntas.
- Isso porque vocês não sabem o que é bom, garotas. - Fala Léo.
Essa discussão se estendeu por mais ou menos, umas 2h, era sempre assim. Carol, Bianca, Léo, Will e eu, éramos amigos de infância. Inseparáveis. Brincávamos igual cachorro e gato. Mas sempre podíamos conta uns com os outros.
Há uns cinco anos, Léo se envolveu com pessoas erradas, e acabou entrando no mundo das drogas. Foi uma barra, a tristeza e o desespero da família, o nosso sofrimento por presenciar nosso irmão se perder cada dia mais, e nada poder fazer.
Essa angustia durou anos, até que com tratamento e muito esforço, conseguimos vencer, ele conseguiu se livrar. Eu pensei que nossa amizade desmoronaria quando tudo começou, ele se transformou em um desconhecido para nós. No entanto me enganei, ficamos mais unidos e inseparáveis, do que nunca. E hoje estamos aqui. Discutindo, rindo, contanto a mesma história de sempre que estamos chapados. Enfim, felizes por termos uns aos outros.
Saímos de lá, 03:30h, nos segurando um no outro. Chegamos em casa, uma hora depois, exaustos, e já pensando no que faríamos hoje a noite. Afinal, é sábado e temos que aproveitar.
Fim do capítulo
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mtereza
Em: 18/06/2017
Eita legal conhecer mais dela e a turma dela é esse encontro com a Juh na expectativa de elas passarem mais tempo juntas e curiosa para saber a reação da Diana quando descobri que a Juh é a chefe tão temida por todxs
Resposta do autor:
Olá mtereza :)
Os amigos dela são legais né?!
Então menina, acho que a Juh não está querendo ser descoberta não.
Pelo menos é o que está parecendo, e quanto a Di, deve ficar meio
confusa quando descobrir, já que com ela a Juh é totalmente diferente do que
com as outras pessoas. Rs
Bom domingo pra vc!
Beijoos
Aness.
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Mille
Em: 17/06/2017
Oi Aness
Só a Diana que ver a Juh e sempre se encontrando no acaso, feliz por todas conseguir a vaga.
Bjus e até o próximo capítulo
Resposta do autor:
Olá, boa noite Mille! :)
Pois é, só a Diana ver, parece que a Juh está se escondendo rs
Sim, que bom que todas puderam ficar.
Obrigada pelo comentário Mille, até o próximo *-*
Beijoos
Aness!
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