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She's Got Me Daydreaming por Carolbertoloto

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Palavras: 2199
Acessos: 1815   |  Postado em: 06/06/2017

She Keeps Me Warm

POV- Delphine

O sabor efêmero e distinto da primeira tragada de tabaco é sápido e renovador. O onusto da nicotina em meus pulmões traz tranquilidade à alma. E para levar-me ao mais pleno estado sereno, completo um mau hábito com o sabor amargo e defumado de uma boa dose de Whisky.

Jamais escondi meus mortíferos vícios. Confessar meus pecados na imensidão de meu solitário silêncio é uma válvula de escape da minha melancólica realidade. Aprendi com meu pai como descontar os problemas em uma aprazível garrafa de conteúdo destilado. Foi com minha mãe, que compreendi que nem sempre a vida é justa ou digna. Fui criada sob um conceito falho e moldada por um trágica felicidade paralela.

Afinal, o que é ser feliz?

É um sentimento ou uma distração?

Ao certo, jamais compreenderei tal dilema. Entretanto, os diversos ensaios à felicidade são rascunhados em linhas tortas e frágeis sob uma textura querida e familiar, sob a imensidão da epiderme de Cosima Niehaus.

São incompreensíveis os feitiços lançados em mim. O elétrico choque do toque, o brusco impacto visual, o fulminante desejo e o apocalíptico amor.

Como caí em tentação?

Como permiti minha vagarosa decadência?

Como seguir minha rotina sem graça sem aquele sorriso estimulante?

Meus sentimentos são surdos, cegos e gritantes. Não fazem sentido ou razão. Minhas emoções são súbitas, erradas, errantes, arrebatadoras, e por mais que me tragam tamanho desconsolo, minha singela paixão por Cosima é a única coisa capaz de iluminar a escuridão de minha alma perdida.

Cosima infantiliza minha maturidade, recria o significado de dor e banaliza meu conhecimento sobre a vida. Minha aluna evidencia minha necessidade por algo a mais, aponta nitidamente minha vontade de viver e a exaustão de meus ossos em apenas sobreviver.

 Desconheço o destino e temo por um futuro longe de minha grande paixão. Entretanto, às vezes não saber algo pode causar perdas involuntárias, sejam elas quais forem. Perder algo sem ao menos perceber é duro, porém assistir sua própria burrice lhe decompondo...isso é a chama do inferno escravizando seu espírito.

A manhã invadiu meus poros com seu frio glacial. Era fora do ordinário a sensação congelante no final da primavera, nem a quentura dos braços de meu namorado era capaz de esquentar meu esqueleto. Tomei coragem e levantei da cama. Por mais frígida que a segunda-feira estivesse, a vista proporcionada por minhas gigantes janelas era um espetáculo de tirar o ar.

Minha ducha foi rápida, porém a seleção de minhas vestimentas foi lenta. Escolhi um conjunto social cinza, um batom neutro e um perfume aromático. Não havia classes para lecionar pela manhã, então preparei um café preto e segui ao laboratório.

O relógio marcava 9:00 horas, estava cedo para receber visitas tão indesejáveis e inesperadas como aquela.

Uma mulher loura de estatura menor que a minha. Sua presença era um pesadelo constante.

"Shay? Procurando alguém?" Questionei já tendo uma leve ideia da resposta. "Que fofo!".

O sarcasmo vazava em minha inconsequente língua.

"Delphine!" Respondeu ao vira-se em minha direção.

Seus olhos estavam mais azulados como se tivesse passado a noite chorando. Seu rosto inchado alimentou minhas suspeitas de um trágico término à ela.

"Quero falar com você mesmo." Seu tom era raivoso, mas não causou-me medo.

"Pois bem. Fale." Aproximei-me e senti minhas mãos formigarem.

"Primeiro, vai tomar no seu cu! Como você consegue ser tão falsa e asquerosa assim?" Seus insultos eram provocativos. Eu necessitava manter a calma e a pose.

"Perdão, com quem pensa que está falando?" Franzi minha testa e a desafiei em um duelo com meus olhos bravios.

"Estou falando com a escrota que destruiu meu relacionamento pelo fato de estar tendo uma crise de meia idade. E ainda não satisfeita, mente como uma víbora para seu namoradinho egocêntrico." Seu corpo estava cada vez mais próximo.

"Há! Você é apenas uma criança mimada. Aceite que sua namorada não lhe quer, e vá trocar as fraldas antes de vir me incomodar." Lancei um sorriso repleto de ironia e satisfação.

"Olha aqui, sua filha da puta!" Com dedo apontado em minha face, pude sentir o calor do seu ódio "Cosima pode até não ser minha, mas garanto que não será sua. Até porque, você vive de aparências, não vai arriscar sua posição na faculdade ou nesse laboratório imundo para poder superar essa fase e essa paixão passageira em sua vida."

"Você não sabe o que está falando." Eu estava prestes a perder o controle e acabar com a raça dela.

"Claro que sei! Você é uma aproveitadora, só quer brincar com sua aluna/funcionária. Você não a ama!"

Meu sangue fervia. Minhas bochechas coravam. Meu coração acelerava o compasso.

Segurei aqueles pulsos finos e tão facilmente quebráveis.

"Olhe pra mim!" Nossas faces encostaram uma à outra.

"Você não me conhece, e com certeza não sabe do que serei capaz se tentar atrapalhar minha vida ou a de Cosima." Sacodi Shay bruscamente "Entendeu, pirralha? Vou acabar com você e não sobrará o menor fragmento de sua carcaça insignificante."

Soltei seus pulsos e seu corpo foi lançado para trás.

Momentos como este lembram-me o quão agressiva minha força pode ser.

"Você é louca! Louca!" Gritou desesperada e apavorada.

"Tente a sorte de ser esperta, e eu cumprirei minha promessa sem a menor piedade." Analisei seu corpo trêmulo desaparecer de vista.

O que acabou de acontecer?

Seria, Shay, capaz de denunciar-me ao reitor? Ou até mesmo contar sobre meu caso para Paul?

E a pergunta que não calar, como terminarei meu relacionamento com Paul?

Ele, na certa, não aceitaria com tranquilidade, ficaria devastado e perdido. Até imagino que perdoaria minha traição, mas com certeza, não permitiria que Cosima chegasse perto de mim.

É, Shay tem argumentos válidos.

Seria eu capaz de abandonar minha carreira na Brown?

Ó céus, o que fazer?

Demorei alguns longos segundos até me recompor. Ao chegar em minha sala, servi uma dose de Whisky e liguei para a segurança.

"Dra. Cormier, como posso lhe ser útil?" A voz grossa de Ferdinand era marcante e ácida.

"Bom, Ferdinand, espero que aprenda a não autorizar a entrada de estranhos no laboratório." Postulei ainda irada.

"Mas Dra. Cormier, a moça sempre vem aqui, é a namorada de Dra. Niehaus..." Interrompi seus defensivos argumentos.

"Ex namorada, Ferdinand! E se você estima seu trabalho, nunca mais permita entrada de Shay!" Com ódio coagulando minhas artérias, bati o telefone brutalmente e acabei derrubando alguns objetos de minha mesa.

"Merda!" Gritei em desabafo.

Pressionei meus olhos com força e respirei o mais fundo que consegui.

O estrago está feito, agora é saber como prosseguir.

Havia muito a ser feito naquela manhã conturbada. Incrível como a segunda-feira já começava tão desastrosa quanto meu final de semana. Um dos piores de minha existência. Assistir a cena luxuriosa de minha amante com sua ex-namorada foi uma facada atravessando meu coração.

O modo como Cosima rebol*va e gemia enquanto Shay deliciava-se com o conteúdo anatômico de minha aluna, foi um tormento assombroso.

Frequentemente, as imagens vêm e vão como um filme de horror sem patrocínio.

Concentra, Delphine!

Respire e não perca a esperança por um final feliz.

As horas arrastaram-se preguiçosamente. A quantidade de trabalho e burocracia eram fatigantes. Meu entretenimento era observar meus funcionários trabalharem com eficácia. O que me causava riso e graça era a performance encantadora e os olhares discretos de Dra. Niehaus.

Ao final do expediente, todos os relatórios foram atualizados, até mesmo os de minha perdição errante.

Todos começavam a partir, então impulsionada pela saudade, chamei por minha aluna preferida.

"Dra. Cormier, algum problema?" Seus óculos grossos e negros caiam perfeitamente em sua face larga e macia.

"Poderia me acompanhar um minuto?" Solicitei em meio aos corpos que esvaziavam as bancadas.

"Sim! Para onde iremos?" O tom amedrontado sem sua voz era harmoniosamente cômico.

"Para um lugar especial." Respondi ao sorrir.

"Hm! Tá bom!" Sorriu simultaneamente com os olhos, "Scott! Vai na frente, te encontro depois!" Em tom de voz alto, informou o parceiro desajeitado.

Seguimos até o elevador. As ondas térmicas ao estarmos próximas eram calorosas e supremas.

Ao entrarmos na caixa metálica, apertei o penúltimo andar. Estávamos sozinhas naquele ambiente atiçador. Porém havia câmeras nos cantos, não ousaria toca-la. Chegamos, e logo a conduzi às escadas que nos levariam ao nosso destino final.

A porta estava trancada. Ferdinand e eu somos os únicos que contém as chaves.

"Pronta?" Perguntei em tom suave.

"Ai! Cacete, vamo lá" Respondeu em tom rebelde.

Tudo ali estava ao meu favor. A escuridão na noite, a névoa leve e flutuante, a lua formosa e cintilante, o frio aconchegante, e para encerrar, o show das variadas, coloridas e mistas luzes vindas de prédios distantes e próximos. A altitude de nossa superfície deu-nos privacidade e o som abafado dos carros lá embaixo serviam de trilha sonora.

Minha funcionária estava boquiaberta e maravilhada com a vista. E eu admirava cada pedacinho de sua anatomia. Ela é fascinante, mágica, pitoresca e delirante.

"Vem!" Peguei em sua mão e nos dirigimos até o limite.

Com as mãos segurando as barreiras que a proibiam de alçar voo, e o reflexo da cidade sob as lentes de seus óculos, Cosima respirou aliviada em estar segura ao lado meu.

"Isso é incrível!" Declarou inocentemente.

"Concordo!" Respondi e busquei seu corpo para mim "Cosima, eu não sei mais o que dizer ou sentir por você. Mas eu quero que você entenda que eu não queria me apaixonar, não estava em meus planos, mas eu..." Um oceano passivo formava em meus olhos "Je t'aime, Cosima." Minha voz falhava enquanto as lágrimas escorriam em minha face.

"Je t'aime. Je t'aime. Je t'aime." Selei aqueles lábios polposos e gentis. O beijo ficava gradualmente mais e mais molhado por conta de nosso salgado choro.

Erámos o perigo e o seguro. A vida e a morte. O branco e o preto. A arma e a bandeira branca.

Tão opostas, divergentes, e extraterrestres de nossos respectivos mundos. Entretanto, são essas diferenças que nos conectam em uma ligação pura, verdadeira, intensa e penetrante.

O calor de seus lábios evaporou ao afastarem-se de mim.

"Delphine." Sorria e engolia as gotas que caíam sem parar, "Eu te amo. Puta que pariu! Como eu te amo, você virou todo meu mundo de ponta-cabeça, e eu gostei."

"Você fez o mesmo comigo." Expliquei em minha defesa.

"Seus beijos são uma arte, mas não são o que mais desejo. Tudo o que eu mais quero é o seu coração, é ficar com você." As palavras de Cosima desestruturam-me com classe.

"Cosima, me ouça e acredite em mim." Segurei seu lindo rosto em minhas mãos, olhei bem no fundo de seus autênticos olhos, "O que mais almejo é ficar com você. Entretanto, você sabe o quão complicada é nossa situação, e ela só piora. Mas eu te amo e vamos dar um jeito, okay?"

Minha aluna acenou com a cabeça e voltou a me beijar com vontade. Nossas línguas abraçavam-se enquanto movíamos ao ritmo do amor.

Erámos uma só carne, pude sentir as batidas de seu coração como se fossem minhas. Senti a presença de seu espirito possuindo meu cerne e revelando minha áurea. Lia-me decorando cada linha de minha trajetória, dos chutes que levei, dos empurrões e socos que me agrediram ao passar dos anos. Curava minhas feridas com sua saliva medicinal e cicatrizava todos os arranhões de uma vida catastrófica. 

"Felix sabe sobre nós." Interrompeu nosso momento com péssimas notícias.

"E Shay pagou-me uma visitinha hoje." Recruquei em uma competição trágica.

"E agora? Felix não tá bravo, mas é desanimador em relação à nós." Disse ao baixar a cabeça.

"Hey! Hey!" Segurei seu queixo gentilmente até que seus olhos pudessem encontrar os meus.

"Tudo está contra nós, mas tenha fé em nosso amor. Eu não vou suportar perder você novamente." Confessei para intencionar um sorriso.

"Você nunca vai me perder, Delphine. Mesmo que eu tente não pensar em você, eu falho. Você está em todo lugar, no meu lençol e travesseiro, na minha sala e no meu chuveiro. Está aqui fora e aqui dentro. Não tem como fugir, nem mesmo se eu quisesse." Seus dentes tortinhos e pontudos riam graciosamente.

A eternidade contida em seu olhar me era tão estimável. Ainda não compreendo como alguém tão pequeno pode causar uma estrondosa tempestade em meu mar. Cosima Niehaus é as cores do arco-íris, é a vida após a vida, é a calmaria do oceano, é o fogo que queima e o vento que gela. Ela é a brisa quente, a cafeína numa segunda-feira cansativa. O estímulo de um maratonista e risada de uma criança.

Fazia frio, muito frio. Entretanto, minha amante mantinha-me aquecida com seu corpo e desejo.

Ventava forte, mas sua presença abrigava-me.

 A noite era escura, mas seu amor iluminava o caminho e clareava a escuridão.

 Com apenas um toque, petrifica meus nervos e ensopa meu sex*.

E Em seu caís atraquei meu velho barco, e em seu terreno encontrei meu lar.

A felicidade é ela, e somente ela espairece minha confusa conturbação.

 

Não há palavras, expressões ou canções que possam resumir a beleza de meus sentimentos por Cosima. A mentira vira verdade. O maligno vira divino. E por fim, minha vida ganha sentido, honra e dignidade. É o seu amor que me mantém viva. 

Fim do capítulo


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Comentários para 12 - She Keeps Me Warm:
AureaAA
AureaAA

Em: 06/06/2017

Perfeito!

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