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Uma Pequena Aposta por Rafa

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Palavras: 6326
Acessos: 7586   |  Postado em: 01/06/2017

Capítulo 12

 

Isadora voltou motivada a se abrir em definitivo com seu pai, marcou um almoço com ele no dia seguinte, após as aulas.

 

-- Filha, como foi seu final de semana? Sua mãe me contou que você foi para o sítio do seu avô com a neta de José de Alcântara Peixoto? – ele nunca chamava Melissa pelo nome, para seu pai ela não passava da única herdeira dos Alcântara Peixoto.

 

-- Melissa pai, o nome dela é Melissa – “Droga! Ele só pensa na família da Mel, nem o nome dela sabe”.

 

-- O que você disse? – perguntou após percorrer os olhos no cardápio entregue pelo garçom.

 

-- Pai, eu queria lhe contar uma coisa.

 

-- Já escolheu filha? – novamente perguntou sem se importar com o que a filha falava. Isadora respirou fundo, e segurou a mão do pai.

 

-- Pai eu preciso lhe contar uma coisa. – olhou firme os olhos castanhos – Eu fiz minha inscrição para o vestibular de Jornalismo.

 

-- Como Isadora? Não entendi o que você acabou de falar. – mostrou não só sua irritação, como o seu descontrole.

 

-- Entendeu sim pai. Eu farei vestibular para jornalismo.

-- O que você pensa que está fazendo mocinha? Enlouqueceu? – perguntou perdendo de vez o controle e chamando atenção de outras pessoas que almoçavam no mesmo restaurante.

 

-- Pai... – segurou a mão do homem e olhou em volta.

 

-- Olha a quantidade de portas que estão se abrindo por causa da influência dos Alcântara Peixoto. Sabe o que isso significa?

 

-- Pai... – foi novamente interrompida.

 

-- Aquela menina será seu “cartão de ouro”, o seu passe para o sucesso... Várias portas se abrirão... – segurou a mão da filha - Isadora você poderá ser o braço direito dela.

 

-- Pai, eu não quero. – “A única coisa que quero é ser a mulher e companheira, o amor da vida de Melissa”. – pensou enquanto o pai gritava.

 

-- Não tem o que querer e ponto. Minha vontade é o que prevalece, você não tem como se sustentar fora daqui.

 

-- Pai, Melissa me convidou para morar lá no apartamento dela... Poderemos dividir as despesas entre nós duas. – quando o homem escutou o nome da herdeira, sua expressão e olhar mudaram, e logo ele tomou outra postura.

 

-- Morar com uma Alcântara Peixoto? – disse pensativo com as mãos apoiando o queixo – Isso pode ser bom.

 

-- Pai, isso não é um negócio, é minha vida – estava quase chorando.

 

-- Tudo bem filha. Sua sorte é que papai é um homem compreensivo. Permitirei que more em São Paulo e faça este curso ai que deseja. – Isadora respirou fundo e achou melhor aceitar de uma vez as colocações do pai, pelo menos por enquanto.

 

*************************

 

Meses depois.

 

-- Vem Isa, vou mostrar o quarto que deixei preparado para você – Melissa estava empolgada com a ideia de ter a amiga morando no mesmo teto que ela.

 

-- Mel, eu não quero atrapalhar seu ritmo de vida. – disse uma acanhada loirinha segurando a mala e com uma mochila nas costas.

 

-- Que ritmo Isa? Endoidou agora? – perguntou observando a expressão da amiga.

 

-- Mel, eu sei que você traz seus namorados para cá, e não quero que se sinta mal por isso e...

 

-- Isadora... – pegou as mãos menores e as levou até os lábios, beijando-as com delicadeza – Aqui não entra ninguém faz tempo. Desde o dia que prometeu vir morar comigo, mudei algumas coisas, não quero que encontre nada diferente de como você gosta, e estou lhe dando liberdade para mudar qualquer coisa de lugar. – Isadora sentiu uma alegria imensa em ouvir tudo aquilo, e pensou no que seu avô havia lhe dito meses atrás.

 

“Será que ela sente o mesmo por mim?”

 

-- Mel, eu quero que prometa uma coisa. – beijou as mãos da morena que ainda envolvia as suas – Caso eu esteja atrapalhando você me diz?

 

-- Tudo bem, mas isso nunca vai acontecer. – retribuiu o beijo, nas mãos envolvidas as suas, olhando fixamente nas lindas esmeraldas. – Você é a minha luz, meu sol nos dias de escuridão, nunca irá me atrapalhar, pelo contrário, preciso de você para me guiar. – Isadora sentiu as lágrimas escorrerem e uma felicidade a invadiu.

 

As duas estavam felizes nessa nova fase de suas vidas. Melissa se derretia de carinhos pela loirinha, fazendo todas as suas vontades – “O que Isadora quer, Isadora consegue.” – Esta era a frase mais pronunciada pela morena quando a sua pequena pretendia alguma coisa. Enquanto Isadora não deixava faltar nada do que a morena gostasse em casa.

 

-- Mel vem comer, fiz um empadão de frango e acho que você vai gostar.

 

-- Amo empadão de frango – declarou olhando a comida depois de se aproximar da mesa. – Vamos abrir um vinho?

 

-- Vinho Mel? – perguntou em tom de surpresa, colocando um pedaço do empadão no prato da morena.

 

-- Sim. Vamos comemorar um mês de sua chegada. – respondeu com um sorriso que fez Isadora deseja-la mais.

 

-- Ah, eu tenho medo de beber, sabe que não tenho costume.

 

-- Não tem, mas pode começar a adquirir. O que acha? Posso abrir?

 

-- Tudo bem vai pegar. – afagou o rosto da morena após perceber aquele olhar de cão que caiu do carro de mudança. Melissa correu e pegou a garrafa que abriu em segundos e serviu.

 

-- Isa se eu não tomar cuidado vou acabar engordando com você morando aqui. – falava enquanto comia – As comidas feitas por você são maravilhosas, e olha este empadão, cheio de requeijão.

 

-- São as mesmas que vi servir diversas vezes na fazenda do seu avô e você quase não tocava no prato, e isto não é um simples requeijão é catupiry.

 

-- Ué! Elas não eram feitas com o seu tempero, pequena. – piscou o olho e tomou um gole do vinho que havia na taça. Isadora sentiu o rosto ruborizar e um calor tomou seu corpo. – Anjo, catupiry virou comida essencial nesta casa.

 

 “Essa frase tinha sim um duplo sentido” – pensou a loirinha. – “Não é coisa da minha cabeça”.

 

-- Não coma tanto, porque eu fiz sua sobremesa preferida. – advertiu na tentativa de desviar o assunto.

 

-- Minha sobremesa preferida? Qual delas? – apertava a mão menor entre a sua.

 

-- Sua volúvel! A que você me disse gostar muito. – fingiu contrariedade.

 

-- Aposto como você não sabe qual é minha sobremesa predileta. – desafiou com um belo sorriso.

 

-- O que vale nesta aposta? – perguntou sorridente e com um brilho no olhar.

 

-- O que você quiser, afinal eu sempre ganho. – “Queria apostar um beijo seu” – Melissa pensou assim que a pergunta lhe foi feita.

 

-- Nem sempre querida. – respondeu com um sorriso malicioso. – Um dia sua sorte acaba e eu quem irei exigir minha recompensa.

-- Sempre ganho minha pequena, mas eu deixo você sonhar mais um pouco. – acariciava o rosto da loirinha se entregando nas profundezas daqueles olhos verdes.

 

-- Hum... Vamos apostar então? – tentou sair da imensidão do azul safira.

 

-- O que você quer?

 

-- Uma semana de folga na faxina da casa. – “Queria você, inteira e só para mim”. – foi à resposta que Isadora queria falar, mas a voz não saiu.

 

-- Justo. E se eu ganhar... – fez um ar pensativo – “Quero você” – pensou Melissa um pouco alta com a bebida. – Uma semana só de comidas que eu gosto.

 

-- Isso não vale. Você vai querer comer porcarias durante uma semana inteira.

 

-- Comida saudável e boa. Eu prometo. – levantou a mão em um ato solene.

 

-- Apostado. – apertaram as mãos em sinal de respeito ao acordo. – Escreva em um papel o que você mais gosta e eu escrevo o que fiz e sempre achei que era a sua preferida, assim você não vai roubar.

 

-- Eu nunca roubei, todas as vezes que ganhei foi puro mérito.

-- Eu sei Melissa, conheço você com a palma da minha mão. - juntou os dois pedaços de papéis e colocou em um canto da mesa, sorrindo com o bico que a morena fez ao seu comentário - Sua sobremesa preferida é pavê de morango.

 

-- Errado! – gritou sorrindo para Isadora e logo em seguida jogando os braços para cima comemorando a vitória.

 

-- Você disse isso uma vez em minha casa.

 

-- Lembro-me muito bem deste dia e falei a seguinte frase: pavê de morango é uma das minhas sobremesas preferidas. – Isadora pensou um pouco e lembrou a ocasião, dando-se por derrotada.

 

-- Qual é então Melissa? – estava completamente desanimada por comer uma semana inteira as comidas “preferidas” que Melissa gostava de fazer ou comprar.

 

-- Tiramissú. – observou o olhar derrotado da amiga – Não fique assim minha pequena, você pode se surpreender com minhas comidas prediletas.

 

-- Disso que tenho medo. – permanecia com um ar derrotado – Uma semana com sanduiches, e porcarias de todos os tipos, carregados de quilos e mais quilos de requeijão. – lamentava enquanto pegava o pavê na geladeira.

 

As duas terminaram o jantar, e juntas, guardaram as sobras de comida e colocaram as louças na máquina.

-- Ótimo! Pegarei essas sobras e deixarei para comer quando aparecer com suas comidas prediletas. – lamentou mais uma vez.

 

-- Reclamações! – brincou. Melissa, contra a vontade de Isadora, abriu outra garrafa de vinho, e, dirigiram-se até a sala. Enquanto a loirinha procurava alguma coisa para assistir entre os vários canais, Melissa a observava com desejo, deixava transparecer o desejo que sentia pela loira.

 

-- Vai ficar ai? Em pé? – Isadora olhou para trás e resolveu sentar ao seu lado.

 

-- Quer assistir algo?

 

-- Não, pode escolher qualquer coisa. – respondeu observando-a. Isadora se aproximou mais, colando seu corpo ao corpo maior. Melissa sentiu seus pelos arrepiarem, era muito sacrifício ficar ali, sem pega-la em seu colo e enchê-la de beijos, sentiu seu sex* latejar, e achou melhor ir até o banheiro.

 

-- Mel, você desceu pelo ralo? – estava demorando a retornar.

 

-- Quase isso. – respondeu saindo do banheiro. Isadora a olhou com curiosidade.

 

-- Está tudo bem?

-- Claro.

 

-- Aposto que bebeu demais. – Melissa sorriu de um jeito malicioso.

 

-- Cuidado com que aposta, mocinha. – abaixou-se erguendo as mãos como se fosse lhe fazer cócegas e quando Isadora desviou, Melissa se desequilibrou e caiu sobre ela.

 

-- Desculpa. – pediu olhando nos olhos da amiga - Parece que me acostumei a cair por cima de você. – disse a poucos centímetros da sua boca.

 

-- Na... na... não tem problema, fico feliz em lhe ser útil em alguma coisa. – respondeu com a respiração ofegante, sentindo o cheiro do corpo da morena, e vendo sua boca tão próxima.

 

-- Queria ter apostado outra coisa... – Melissa não sabia mais como manter seus pensamentos, o contato com o corpo de Isadora e a aproximação de sua boca, somado a quantidade de vinho absorvida, estava deixando-a sem controle – Isa, eu queria... – engoliu seco e aproximou-se mais da boca da amiga, fechando seus olhos. Isadora sentiu uma umidade lhe tomar diante da cena, e quando ela se entregou, aguardando o beijo tão esperado, as duas foram interrompidas pelo telefone.

 

“Droga!” – pensaram as duas ao mesmo tempo.

 

-- Precisamos atender... – era uma constatação que não sabia se veio como afirmação ou pergunta. Melissa havia perdido a pouca coragem com a interrupção, e achou aquela a saída para sua salvação.

 

-- Parece que sim... – respondeu saindo de cima de Isadora para ela atender ao telefone.

 

-- Alô! Oi pai.... Sim... Está tudo bem. – ela passou alguns minutos ouvindo as recomendações do pai, e respondendo suas perguntas sobre Melissa. Em momento algum perguntou se a filha estava bem, ou precisava de alguma coisa. Quando desligou, percebeu que a morena estava no quarto, sentou no sofá bebendo um pouco do vinho que restava na taça, depois jogou a cabeça para trás e permaneceu olhando para o teto, imaginando que ali poderia ter acontecido o primeiro beijo entre elas. – “Queria ter coragem de bater naquela porta... Queria lhe dizer Mel: como eu lhe amo!” - Não sabia que sua amiga, estava, naquele momento, chorando por não ter seu amor correspondido.

 

Na semana seguinte, após um dia de aulas e trabalhos na universidade, Isadora voltou e estranhou a escuridão no apartamento, geralmente Melissa era a primeira a chegar.

 

-- Mel? – olhou na direção da cozinha e viu uma mulher alta, com o cabelo preso a dois kanzash, um quimono de seda vermelho e mangas compridas, no rosto um sorriso iluminado e levando entre suas mãos, uma barca com vários tipos de sushi. Isadora não pode deixar de ri com a cena – O que é isso Melissa? 

-- Começa hoje sua semana com comidas que eu adoro.

 

-- E precisava entrar assim no clima? – perguntou sorrindo.

 

-- Para você se acostumar, e não rejeitar novas experiências. Eu sei que vai resistir no começo. – colocou a barca no centro da mesa e foi até o sofá, pegou uma caixa e entregou à loirinha – Tome, aqui tem sua roupa para noite de hoje, caso tenha alguma dúvida na forma como se vestir ou prender seus cabelos, apenas me chame, ajudarei de bom grado. – piscou e saiu. Definitivamente, aquele jeito de piscar e sair deixava Isadora sempre sem palavras.

 

Isadora abriu a caixa e sorriu, olhou novamente para a morena que lhe observava de longe.

 

-- Vamos pequena, já está tudo quase pronto.

 

-- Odeio quando me chama de pequena. – franziu o nariz em um gesto adorável, Melissa sorriu e desejou abraça-la e enche-la de beijos.

 

-- Amo lhe chamar assim, porque você é minha pequena e sempre faz essa carinha. – voltou correndo até a loirinha, beijando-lhe a ponta do nariz – Agora anda, vai se arrumar, estou com fome.

 

Melissa terminou de arrumar a sala, colocando-a em um clima ameno, a meia luz e um som suave de música instrumental, como Isadora gostava. Sabia que ela poderia não gostar de sake, escolheu um chá verde gelado. Quando Isadora chegou à sala, vestida com o quimono verde de seda e os cabelos soltos, Melissa sentiu a sua boca abrir e teve a certeza que se ela não estivesse presa ao corpo, certamente teria caído.

 

-- Ficou linda! – foi à única coisa que a morena conseguiu pronunciar. A loirinha apenas sorriu em consentimento.

 

-- Preferi o cabelo solto, algum problema para você?

 

-- Na... não, es... está ótimo. – não conseguia falar.

 

-- Então, qual o cardápio de hoje? – olhou a mesa bem arrumada e observou a amiga ainda admirando-a – Mel, o que vamos comer? – Melissa permanecia encantada – Melissa! – chamou passando a mão na frente dos olhos azuis.

 

-- Ahã? Sei lógico que sei disso. – tentava disfarçar a admiração ao vê-la vestida como uma oriental.  – O que? Cardápio? Pequena, não sei se você vai gostar, por isso preparei tudo para primeiro experimentar e caso não aprecie, livro você da aposta. – falou um pouco sem jeito, enquanto Isadora sorria.

 

-- Não. Aposta é para ser honrada. Vamos lá, o que temos aqui? –apontou para barca que estava na pequena mesa de centro, após sentar no tapete da sala.

 

-- Comida japonesa.

 

-- Verdade? Nem tinha percebido. – respondeu com sarcasmo.

 

-- Isa! – repreendeu com um sorriso de lado e um gesto com a cabeça – Vem, vou lhe mostrar tudo. – Isadora aguardou Melissa sentar ao seu lado e a primeira coisa que fez, depois de sentar foi ensinar a loirinha a pegar o hashi. Percebendo que não estava tendo muito sucesso, Melissa resolveu explicar como era feito cada peça da comida, enquanto a oferecia diretamente na boca da amiga. Ela molhava o sushi no shoyu com as próprias mãos.

 

-- Desculpa Mel, mas é um pouco complicado de pegar nestes pauzinhos assim na primeira vez. – explicou à loirinha.

 

-- Não se preocupe linda, no Japão eles comem com a mão mesmo, seguindo a etiqueta a risca. – colocou um hot Filadélfia na boca da loirinha, pedindo que ela fechasse os olhos para deixar o gosto interagir com o paladar – Gostou? – recebeu um sorriso como resposta. Melissa ficou observando sua pequena mastigando com os olhos fechados e um sorriso maroto que fazia seu nariz franzir.

 

-- Adorei! – respondeu após engolir e abrir os olhos, imergindo no mar azul a poucos centímetros. – Não sabia que você gostava de comida japonesa.

 

-- Na verdade sou apaixonada pela comida oriental, mas a japonesa me deixa louca.

 

-- Estou fazendo feio né? – perguntou tentando mais uma vez segurar os hashis.

 

-- Não pequena. Deixe-me explicar, os sushis, na verdade, era uma culinária rápida para os japoneses, algo que eles podiam fazer e logo sair comendo, era o que hoje nós podemos chamar de "fast food" – observou a empolgação com que Isadora lhe escutava - Até hoje eles comem com a mão, no entanto, quando veio para o Ocidente, aconteceram as mudanças. Lá por exemplo não existe o hot Filadélfia, este que você acabou de comer.

 

-- Ele é delicioso, mas, não é cru como eu imaginava.

 

-- Nem todas as peças são cruas, existem as fritas, as de frutas, vou lhe mostrar esta, por exemplo. – pegou um uramaki – Ele se difere porque o nori, essa folhinha verde que é uma alga, fica na parte interna e o arroz na parte externa. Este aqui é de pepino e kani, quer experimentar? – molhou a peça no shoyu onde já havia sido dissolvida a raiz forte e ofereceu à loirinha, novamente, depositando em sua boca.

 

-- Hum... – expressou enquanto mastigava de olhos fechados – Mel, este é um pouco mais picante?

 

-- Sim minha linda. Está vendo esta pastinha verde aqui? Isso é raiz forte ou wasabi, é só misturar um pouquinho ao shoyu, e fica mais picante.

 

-- Posso experimentar um daqueles agora? – pediu apontando um peixe de cor laranja por cima do arroz.

 

-- Este é peixe cru, na verdade ele se chama niguiri sushi de salmão, quer se aventurar? Garanto que os crus são os melhores – disse com um sorriso malicioso.

 

-- Quero – saiu uma voz quase rouca de desejo por ver aquele sorriso. Melissa pegou a peça entre os dedos, passou delicadamente no molho de soja, e ofereceu na boca da loirinha que percebeu o molho escorrendo entre os dedos da amiga e não resistiu, após aceitar a peça, lambeu dedo por dedo. Melissa sentiu uma súbita umidade entre as pernas, observou a loirinha limpando seus dedos com a própria boca, engoliu seco, segurava-se para não beija-la.

 

 “Essa língua... essa boca... força Melissa, você sabe que se beijar não vai ficar só nisso... Deus é forte!” – falava para si mesma – “Que efeito é esse desta menina sobre mim? Não posso beijá-la, ela me considera uma irmã” – pensava a morena, paralisada com a atitude da loirinha. – “Mas irmã não faz isso que ela... ela... está limpando meus dedos com a boca... Não Melissa, isso definitivamente não é atitude de irmã e eu não vou mais me segurar.” – decidiu após perceber sua umidade aumentar e seu coração disparar.

 

“Mel eu te amo! Preciso sentir seu sabor... Deus, como desejo essa mulher, mas ela nunca se entregaria a mim”. – era a vez de Isadora pensar, enquanto terminava de lamber os dedos e depois, o punho da morena – “Por que tem que pensar que somos irmãs? Não somos irmãs Mel”. – gritava para si mesma, entregando-se ao azul sem fim.

 

De repente as duas mulheres se viram invadidas de desejo, o sex* de Isadora latej*v*, enquanto o de Melissa poderia provocar uma inundação de tão úmido. Olhos azuis entregues as esmeraldas, bocas a centímetros de distância. Isadora resolveu arriscar e foi se aproximando faminta daquela boca que há anos desejava, estavam bem próximas. Melissa sentia o hálito da loirinha, fechou os olhos e se entregou, quando, de repente, o telefone tocou tirando-as do momento “mágico” e tão esperado por Isadora.

 

“Droga!” – pensaram as duas ao mesmo tempo – “Novamente!”. - A morena se levantou revoltada, e atendeu de forma ríspida, tentando matar, só com sua voz, a pessoa no outro lado do aparelho.

 

-- Alô.

 

-- Olá Melissa, tudo bem? Por favor, quero falar com Isadora – era a mãe da loirinha.

 

-- Isa, sua mãe – nem se deu ao trabalho de responder. Isadora se levantou a contra gosto, praguejando mentalmente tudo e todos.

 

“Não se esqueça de desligar este telefone ou jogá-lo dentro de um balde com água na próxima vez” – a morena falava para si mesma.

 

-- Oi mamãe – disse forçadamente.

-- Como está minha filhinha?

 

“Na merd* mamãe, bem na merd*!... A senhora acaba de atrapalhar a chance da minha vida.” – pensou em dizer, mas se conteve – Bem. – a mulher não tinha mesmo percebido o desagrado na voz da filha, nem sequer imaginou ter atrapalhado algo. Enquanto as duas se falavam, a loirinha observou a morena emburrada, comendo sozinha, usando os hashis e bebendo alguma coisa. Quase vinte minutos depois do monólogo, isso porque a loira só respondia “hunhum”, “sim”, “não” e “mamãe, tenho que ir”, só então, a ligação foi encerrada. – Mel, desculpa, ela chegou de viagem e estava querendo me contar.

 

-- Não foi sua culpa. – olhou a expressão de angústia da loirinha e tentou quebrar o momento – Para onde ela havia viajado?

 

-- Não sei.

 

-- Isadora, vocês ficaram vinte minutos ao telefone com ela falando sobre a viagem e nem sabe para onde ela foi? – estava perplexa.

 

-- Eu nem prestei atenção. – respondeu sendo sincera e de forma displicente, sem perceber o sorriso malicioso no rosto da amiga.

 

-- Estava pensando em que? – perguntou cheia de malicia na voz.

 

-- Na comida... Em que mais poderia pensar? Estou com fome. – respondeu ruborizada após perceber a insinuação da morena.

 

-- Sei. Vem aqui, vou terminar minha aula. – as duas permaneceram desfrutando da barca e da bebida que a principio Isadora achou forte, mas, depois de sentir o sabor dissipar em comunhão com a comida, aceitou bem o sake. Não aconteceu mais nada naquela noite, a “mágica” e sua oportunidade havia sido atrapalhada. Durante toda a semana Melissa apresentou os melhores pratos de várias culinárias, mas, sem dúvida, a melhor de todas havia sido a comida japonesa, essa, com certeza, tinha fisgado o paladar da loirinha.

 

**********************

 

O primeiro semestre corria, tanto Isadora como Melissa vivia cheias de trabalhos e provas. A loirinha fez amizade com um grupo com quem se familiarizou facilmente eram dois rapazes e uma menina, provavelmente da mesma idade que a sua.

 

-- Gente, a biblioteca vai fechar hoje.  O comentário de que irão recolher alguns livros por causa da reforma, e outros por causa do novo sistema que terão de utilizar para catalogá-los. – falou com um ar vencido Jonas.

 

-- E agora hein? Onde vamos fazer nosso trabalho? Sem biblioteca, sem livros e sem acesso a internet. – constatou Débora.

 

-- Poderíamos fazê-lo lá em casa. – sugeriu a loirinha - E ai, vocês topam?

 

-- Isadora, na boa, bem que eu toparia, mas aquela sua amiga mete medo em qualquer um. – Débora revelou.

 

-- Ela é linda! – interrompeu Júnior que estava calado até o momento, só observando Débora.

 

-- Linda e uma amiga maravilhosa. – completou a loirinha sorrindo. Sabia que seus amigos morriam de medo dela, do ar autoritário e esnobe que a morena mantinha. Foi assim na escola e continuava sendo na universidade.

 

-- Para você que é esse poço de paciência. – olhou para os amigos e prosseguiu - Estavam falando que o último namorado dela até hoje está correndo com medo daquele rostinho lindo. – retrucou Jonas – Sabe que colocaram o nome dela de Lucrécia Bórgia?  - perguntou com um sorriso maldoso no rosto.

 

-- Só por que ela é linda e adora afastar os namorados? – perguntou Débora.

 

-- Quem é essa mulher? Ela estuda na universidade? – quis saber Júnior.

 

-- Não. – respondeu Isadora impaciente com o comentário maldoso de Jonas – Lucrécia Bórgia foi à filha do Papa Alexandre VI. Existia um grupo de pessoas que defendia a ideia de que ela era uma assassina vil e cruel, matava seus maridos e pretendentes envenenados.

 

-- Eita! – exclamou com um ar amedrontado – Mas Papa pode ter filho? E por que padre não? – quis, novamente, saber Júnior.

 

-- Veja a confirmação de tudo, ela era tão alucinada por sex* e cheia de amantes como sua amiga. – constatou novamente Jonas.

 

-- Você está sendo no mínimo preconceituoso e tendencioso em suas colocações. – irritou-se a loirinha – Melissa é uma das pessoas mais doce e amiga que conheço. Nunca matou namorado. – “Para minha tristeza” - pensou, pois ela morria de ciúmes só de imaginar alguém beijando sua morena.

 

-- Também, aposto que só tem você como amiga. – disse o rapaz com um ar vitorioso.

 

-- Quer saber? Querem fazer o trabalho, façam em qualquer lugar, eu vou para minha casa e farei lá, mas não esperem que coloque nomes sem a participação de vocês.

 

-- Ei, espera ai, esta é a opinião dele. – apontou Débora – Eu não conheço e não tenho nada contra a tal Melissa.

 

-- Eu vou também, não sei para onde, mas vou. – respondeu Júnior.

 

-- E você? – quis saber Débora olhando Jonas.

 

-- Na casa daquela piranha eu não entro.

 

-- Ótimo! Tenho certeza que ela não gostaria de ter um machista, preconceituoso com ideias retrógradas que se veste de bom moço usando a religião para camuflar suas safadezas.  – cuspiu uma irritada loirinha.

 

-- O que você quer dizer sua santinha dos infernos?

 

-- Que todo mundo sabe a covardia que você fez com Ana Maria, engravidando-a e depois dando dinheiro para ela abortar.

 

-- E olha que a coitada quase morreu de infecção por causa das condições subumanas as quais você a submeteu naquela clínica. – completou Débora.

 

-- Quer saber? Vocês duas vão se fuder! – mandou irritado.

 

-- Ai playboy, num tenho as ideia boa, mas num é assim que se trata duas moça de família não. – ameaçou Júnior agarrando-o pela camisa.

 

-- Qual é seu monte de músculos acéfalo? Vai defender elas também é? Uma você quer comer e a outra deve ser piranha que nem a grandona que mora com ela.

 

-- Ai mano, você pediu. – só foi o tempo de larga-lo no chão e lhe dar um soco. O homem ficou caído ali com a mão no nariz.

 

-- Deixe-o ai Júnior, vamos embora. – Isadora puxou o rapaz pela mão.

 

Estavam entrando no carro de Débora quando o rapaz perguntou para as duas mulheres:

 

-- O que é ac...ac... ah, aquilo lá que ele disse que eu era?

 

-- Ele é um burro Júnior, não liga para o que ele falou. – Débora pediu com carinho e lisonjeada em ter ouvido que o rapaz a queria.

 

Júnior era um rapaz com o corpo atlético, lutador de jiu-jitsu, alto, loiro, olhos azuis, e facilmente poderia se fazer passar por irmão de Isadora. Ele era filho de um deputado, ninguém sabia como havia conseguido passar no vestibular de umas das universidades mais concorridas do País, pois, como a própria Débora sempre falava: “ele era lindo, forte, mas quando abria a boca...”. No entanto, mesmo com “certas limitações” de aprendizado, era de um coração bom, humano e muito amigo, adotando como irmã a linda Isadora, que sempre estava ajudando-o nos trabalhos e provas do curso.

 

Débora era ruiva, pouca coisa mais alta que Isadora. Com grandes olhos castanhos, era muito falante e gesticulava demais. Também era do interior de São Paulo, foi para a Capital apenas com a intenção de cursar a universidade e, depois de formada, aventurar-se na cidade do Rio de Janeiro, tentar arrumar algum emprego por lá e morar próximo à praia.

 

Chegando ao apartamento, Isadora percebeu que Melissa ainda não estava, resolveu preparar um lanche para os amigos e logo em seguida, começaram o trabalho. Quase uma hora depois, a morena chegou, e ficou surpresa por ver aqueles dois estranhos em sua casa, logo a loirinha se adiantou em realizar as apresentações e explicar o motivo da bagunça de livros na sala.

 

-- Mel vem cá. – Isadora a chamou logo que viu entrar, pegando-a pela mão.

 

-- Boa tarde a todos! – cumprimentou educadamente, Estava segurando dois livros volumosos entre os braços.

 

-- Débora, Júnior, esta é minha amiga Melissa. – olhou sorridente para morena, que só de olhar aquela expressão se derreteu – Mel, estes são meus amigos de curso Débora e Júnior.

 

-- Muito prazer Melissa! – adiantou-se Débora com um sorriso e esticando a mão que foi acolhida pela mulher mais alta e depois se voltou para Júnior com o mesmo objetivo.

 

-- Muito prazer, Júnior, não é? – o rapaz respondeu e ficou observando-a de boca aberta – Algum problema? – questionou a morena percebendo a expressão do jovem.

 

-- É verdade que você é filha do Papa? – coçou a cabeça – É que eu pensei que padre não se casasse, e como ele é padre chefe dos padres...

 

-- Júnior! – interrompeu Débora.

 

-- Desculpa, mas não sou filha do Papa, muito pelo contrário. – respondeu sorrindo. Júnior permaneceu admirando-a.

 

-- Pode não ser filha de Papa que dizem ser santo, mas é linda como uma santa! – completou pensativo. Melissa deu uma gargalhada, enquanto Isadora observou irritada.

 

-- Júnior!  - Débora repreendeu - Desculpe por termos invadido seu apartamento assim, mas não tínhamos onde fazer esse trabalho e precisamos entrega-lo na sexta. – tentou amenizar a situação.

 

-- Sinta-se a vontade. Este apartamento também é da Isadora. Agora vou pedir licença porque tenho um monte de coisa para estudar também.

 

-- Licença gente, mas preciso trocar uma palavrinha com a Mel – pediu e saiu seguindo a amiga.

 

Melissa entrou no quarto e começou a retirar a roupa, quando foi surpreendida por Isadora que entrou sem bater.

 

-- Desculpa Mel, deveria ter batido, mas...

 

-- Não tem problema minha linda. Entra. – interrompeu a amiga que tentou se explicar, por tê-la pego sem camisa.

 

-- Você ficou chateada por ter convidado estranhos para dentro da sua casa?

-- Não são estranhos, pelo que me disse são seus amigos, e esta também é sua casa, até que me provem o contrário. – piscou para a loirinha – Mas...

 

-- Mas?

 

-- Aquele garoto é meio estranho... – concluiu sorrindo – Que papo é aquele de filha do Papa?

 

-- Mel é uma história chata e longa, mas não liga para ele, é... – pensou nas palavras certas e lembrou-se da amiga Débora – Um pouco limitado, mas tem um coração imenso e quando eu lhe contar o motivo da pergunta, você vai concluir o quanto ele é legal.

 

-- Confio em seu discernimento minha linda. – beijou a ponta do nariz da loirinha, deixando-a toda arrepiada.

 

-- Fiz um lanche para gente ainda a pouco, quer que prepare alguma coisa para você?

 

-- Eu amo sua comida. – mostrou um sorriso após ouvir aquela oferta.

 

O trabalho seguiu tranquilo, Melissa ainda expressou sua opinião em determinadas questões, deixando as duas mulheres agradecidas pela ajuda e boquiabertas com o conhecimento da morena. Logo a impressão de mulher dura e fria que todos falavam que ela possuía, foi dissolvendo e a ruivinha percebeu que a amiga realmente estava certa, Melissa era inteligente e de bom caráter.

No final da noite, a morena sentou de braços abertos no sofá, observando os três que terminavam de arrumar o ambiente, cheio de livros e folhas, então resolveu saber sobre a “tão falada história do papa”.

 

-- Então, dever feito e aprendido, agora quero saber o motivo da dúvida sobre minha paternidade, questionada pelo Júnior.

 

-- Não questionei isso Melissa, até porque você não é um produto de fábrica, é um ser humano de carne e osso, que chora, ri, come e é linda...

 

-- Ela já entendeu Júnior. – Débora interrompeu – E ela quer saber sobre paternidade e não sobre patente ou qualquer coisa parecida.

 

-- Ah é?

 

-- É sim e isso tem uma diferença imensa... – os dois discutiam, enquanto as lindas safiras observavam de forma divertida, até encontrar suas esmeraldas que lhe piscou com uma expressão zombeteira.

 

“Meu doce, você é minha vulnerabilidade”. – pensava a morena enquanto mergulhava no verde daqueles olhos.

 

-- E vamos indo porque as meninas querem descansar. – concluiu Débora, encerrando de vez a discussão. – Obrigada mesmo Melissa.

 

-- Não tem de que. Marquem com Isa qualquer dia para fazermos um jantar, tenho certeza que com a presença do Júnior não será monótono. – a morena fez o convite olhando dentro das esmeraldas. Isadora ficou feliz em ver a receptividade oferecida pela mulher que amava, aos seus amigos.

 

-- Certamente. – concluiu apertando a mão da mulher mais alta, percebendo as trocas de olhares – “Para tudo gente! Ela se derrete toda só de olhar para Isadora?” – pensou a ruiva, mas não fez comentário algum.

 

Quando os dois saíram, Melissa bateu no sofá, esperando que a loirinha sentasse. Isadora sentou ao seu lado, mas logo viu uma almofada ser colocada em seu colo, e, em seguida, Melissa deitou, com as pernas para fora do sofá. A loirinha riu com o jeito da morena, e não deixou passar a oportunidade, iniciou um cafuné, fazendo-a relaxar mais, e explicou toda a história, surpreendendo-se ao final com o silêncio da amiga.

 

-- Não vai dizer nada? Não vai querer sair por ai chutando traseiros alheios? Nem esganar ninguém? – perguntou boquiaberta com aquela calma desconhecida.

 

-- O que você pensa de mim? – perguntou abrindo os olhos que permaneciam fechados sob o efeito do cafuné.

 

-- Você é doce, amiga, companheira... – bateu de leve em sua testa - Conheço muito bem você dona Melissa Cristina, então sei que tudo isso é mentira. – explicou passeando com o dedo indicador pelo rosto da morena.

 

-- Para mim basta. – respondeu e voltou a fechar os olhos.

 

-- O que basta? – parou e esperou a resposta.

 

-- Para mim o que vale é sua opinião, caso isso lhe afetasse de alguma maneira ou mudasse seu conceito sobre nossa amizade, eu colocaria esse garoto nu, amarrado próximo ao formigueiro e deixaria escorrer um pote de mel sobre ele. – Isadora riu alto e concluiu.

 

-- Esta falando que só se importaria se eu me incomodasse? – perguntou uma perplexa loirinha.

 

-- Hunhum...

 

-- Sua louca. – sorriu – Eu lhe amo sabia? – ficou admirando aquele corpo em seu colo.

 

-- Sabia, mas agora volta ao cafuné porque ainda tenho meia hora de massagens da nossa aposta que você não concluiu.

 

-- Como é que é? Quando vou terminar esse débito em dona Melissa? Quanto mais faço, mais tenho horas para pagar.

 

-- Quem mandou não contabilizar, assim como eu faço. – disse com apenas um olho aberto. – Você só paga o valor mínimo, assim como em um cartão de crédito, no outro mês vem à fatura com o valor mais os juros.

 

-- Sua cínica! – deu um beliscão leve.

 

-- Pequena... - repreendeu com os olhos fechados.

 

-- Cara de pau! – viu a morena abrir um olho e sorrir.

 

-- Eu lhe amo também... – estava sorrindo, o que deixou a loirinha derretida. – E muito.

 

-- Tudo bem, você acaba de ganhar nos argumentos.

 

-- Eu sempre ganho Isa. – falou com os olhos fechados.

 

 

Aquela história realmente não havia incomodado Melissa, mas ela agora estava mais preparada para comentários maldosos e começaria a selecionar melhor com quem sair ou não. Apesar da forma simples em se vestir, e os hábitos simples, muita gente sabia que ela era herdeira de uma das fortunas do País. Seu avô possuía uma das maiores fazendas de criação de gado para corte, além do frigorífico da família manter negócios com vários países. A família ainda tinha vários negócios que envolviam a comercialização de laticínios. Melissa frequentava, em algumas ocasiões, lugares caros e da moda, era comum algum colunista da “imprensa marrom” pegá-la distraída e inventar situações, colocando-a como uma grande conquistadora.

Fim do capítulo


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Comentários para 12 - Capítulo 12:
line7
line7

Em: 03/06/2017

Oiieeeee..a ruiva já  percebeu o climão..heheh..a Gente  (eu) estou pra empurrar as duas pra se beijarem e o telefone tocar!?  Cara o telefone tocar!  Coisas acontecem na hora H e me batendo toda..kkkkk..  maravilhoso, esplêndido capítulo ^^ parabéns 


Resposta do autor:

Oi Line, elas irão se entender, eu prometo, mas ainda vai rolar uns estresses, e acredite: o telefone deixará de existir. Bjs

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Alexia
Alexia

Em: 02/06/2017

 

Olá autora muito feliz de ter vc de volta com suas histórias saindo da moita pra comentar! Mel não é fácil mais com a Isa do lado tudo vai da certo ansiosa pela aposta da Isa e Mel quando finalmente elas conseguem passar bons momentos juntas não demora a postar feliz demais em poder reler de novo essa história de amor das duas e com Junior a tira colo!!!! :-) :- ) :-)

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Alexia
Alexia

Em: 02/06/2017

 

Olá autora muito feliz de ter vc de volta com suas histórias saindo da moita pra comentar! Mel não é fácil mais com a Isa do lado tudo vai da certo ansiosa pela aposta da Isa e Mel quando finalmente elas conseguem passar bons momentos juntas não demora a postar feliz demais em poder reler de novo essa história de amor das duas e com Junior a tira colo!!!! :-) :- ) :-)


Resposta do autor:

Obrigada por sair da moita! Por favor, vamos sacudir esses arbustos pra sair mais gente dessas moitas, por favor! As duas não são fáceis e precisam de óculos. Oh insegurança danada. Uma postagem por dia, se tiver muitos comentários, amanhã posto duas vezes... hehehehehe.... Bjs

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ik felix
ik felix

Em: 02/06/2017

Querida Rafa,

Por favor, deixa rolar alguma coisa entre elas, porque, cara já é sacanagem, sempre tem que acontecer algo para atrapalhar!

E cara só elas não notam que estão praticamente casadas, só que sem os deneficios do mesmo. Beijo, IK.


Resposta do autor:

Vai rolar, eu prometo que vai ser legal o momento de rolar tudo... hehehehehe.... Elas estão cegas pela insegurança. Espera! Beijos

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Luuanna
Luuanna

Em: 02/06/2017

Não sei que milagre a Mel não quebrou esses telefones ainda, kkkkkk os bichos chatos viu.

aee o Júnior de volta, adoro ele. ????

Bjs Rafa

 

 


Resposta do autor:

Aguarde os próximos capítulos, esse milagre pode quebrar! Bjs

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Mille
Mille

Em: 02/06/2017

Pelo deuses o povo que gosta de atrapalhar!!!

Os amigos da Isa que cara preconceituoso esse Jonas, se a Mel pegar ele iria se arrepender do que falou.

Bjus e até o próximo


Resposta do autor:

Oh povo que atrapalha mesmo! Esse Jonas não vale nada, além de outros da história. Até o próximo capítulo.

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lay colombo
lay colombo

Em: 02/06/2017

Gente eu amo o Juninho, não tem como não rir qnd ele aparece, sem contar q ele deu uma puta acelerada nesse romance mesmo sem saber de nada né kkkkkkk

Argh como eu odeio os telefones dessa história, sempre atrapalhando.


Resposta do autor:

O Júnior em dose dupla: Uma Pequena Aposta e em Coincidências. Todas nós odiamos esses telefones. KKKKKKK Beijos

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Lili
Lili

Em: 02/06/2017

Dá pra deixar de empatarem por gentileza.

Já deu deixa logo elas se curtirem, pq depois vem um momentos fortes.


Resposta do autor:

Pois então! Essa coisa de telefone atrapalha mesmo. kkkkkkk Acho que tá perto.... Até o próximo capítulo.

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NeyK
NeyK

Em: 02/06/2017

Oxe, tanto empata é esse? Né possível isso nao, essas duas estão pendendo tanto tempo, tanto sofrimento atoa :( 

Sim dona autora, sou baiana ;p terra boa rsrsrs


Resposta do autor:

Oxê digo eu, tem que ter esse nó cego de telefone para valorizar o passe da história. Eu sou de João Pessoa, vamos colocar o nordestinês em dia, bora? Conheço Salvador, Feira de Santana, Ilheu, Juazeiro... tem outras cidades que não lembro agora... Oh época arretada de morar no Nordeste! 

Beijos

 

Responder

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patty-321
patty-321

Em: 02/06/2017

Poxa ainda nao foi desta vez. Ah maldito telefone.kkk. o Júnior e uma figura. Boa noite.
Resposta do autor:

Calma Patty, Mel está planejando algo trágico para este telefone. Beijos e até o próximo capítulo

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