Cherry Wine
Pov- Delphine
Ao receber a ligação de Grace no meio da madrugada, pude sentir mistos de angustia e culpa. A secretária de meu mentor me informou que Aldous estava entre a vida e morte. Por um breve minuto lembrei de tudo o que ele me ensinou, me mostrou, e as diversas formas que Dr.Leekie moldou a cientista que sou hoje. Ele precisava de minha presença e eu não seria capaz de agradecer por tudo com minha ausência.
Peguei o primeiro voo para o Canadá.
A viajem foi longa e quase tranquila. As nuvens dançavam lentamente, delimitando e criando os detalhes de uma face tão adorada por mim. Pude avistar o sorrido dela, e ela sorria só pra mim. A saudade já me consumia sem misericórdia. Imaginei como seria flutuar junto a todas as pequenas coisas que me rendem brutalmente a ela.
Quando verei Cosima novamente?
Quanto tempo precisarei ficar longe?
Talvez a distância melhore minha lancinante fixação por Dra. Niehaus. Talvez estar de volta ao começo possa significar um final feliz para uma história tão errada como uma falsa moral.
Final feliz?
O que é um final feliz?
Paul e eu casados morando em um lar tão previsível e sem graça?
Ou Cosima e seu requintado, brando sorriso dando comicidade e peripécia à minha vida? Transformando seus olhos em meu lar e seu abraço em meu caís? Não há nada que eu não fizesse para poder ancorar em seu porto.
Entretanto, poder e querer são coisas completamente diferentes.
Eu a quero, como eu a quero!
Parece que somos o revés do tempo. Duas pessoas, um lugar, um dia errado.
Quando senti o impacto das rodas batendo na pista, pousei minha concentração em Aldous e lancei meus doces devaneios para longe de mim, mas não tão longe assim. É nítida minha desqualificação no quesito de dissipar minha aluna da mente.
Dr. Leekie estava sendo tratado na Dyad, nada novo por lá, mesmo no corredor da morte meu mentor não abandonava a ciência.
Seu rosto magro e cansando transbordou de alegria ao me ver.
"Delphine, você veio!" Deitava na cama ligado aos aparelhos barulhentos e ao infortúnio.
"Aldous, é claro que estaria aqui pra você." Peguei em sua frágil mão gelada.
"Que bom! Não sei por onde começar, mas vamos lá." Levantou sem esforço, desconectou os fios, e sentou em uma cadeira de rodas elétrica surpreendendo minha inocência.
"O que você está fazendo? Volte pra cama, seu inconsequente!" Segurei a cadeira, por mim ele não passaria, "Delphine, estou bem agora. Ontem à noite fizemos um experimento urgente, o implante dos bernes, Delphine. Os bernes."
Dr. Leekie e eu passamos anos desenvolvendo uma audaciosa ideia. Criamos a teoria, desenvolvemos o modelo, e meu mentor foi o cobaia da mais moderna medicina. Os bernes projetados para servir como dispositivos médicos trazendo soluções no tratamento de doenças genéticas, designados para suprir as necessidades biológicas de seus hospedeiros. Os milagrosos parasitas são implantados na bochecha, e retira-los sem a devida assistência pode ser fatal.
A teoria é genial, mas há tantas falhas e defeitos na prática.
"Você é impulsivo e irresponsável! O protótipo não estava finalizado, Aldous!" Briguei com palavras e olhos maternos.
"É por isso que preciso de você aqui novamente, pelo menos para podermos terminar o que começamos" Dirigiu sua cadeira até mim, "Delphine, eu não vou viver por muito tempo, preciso de você aqui comigo para darmos continuidade ao meu legado."
"Tudo isso por um legado, Aldous?" Estava salivando a fúria que ele me causara.
"A ciência é tudo o que tenho, é tudo o que sempre tive, é tudo o que me sobrou. Não é só um legado, Delphine. Terminar isso é dar um sentido à uma vida não aproveitada, é a mulher que deixei partir, o casamento que nunca aconteceu, os filhos que não tive. Terminar isso é uma redenção, não é apenas um legado." Seus olhos evidenciavam a decadência de sua alma, meu mentor não teve muito durante seu tempo, mas o pouco que teve foi derrotado em uma batalha sanguinária contra sua carreira.
E se eu acabasse como ele? Sem ninguém, sem amor, sem vida.
Há uma imensa diferença entre viver e sobreviver.
Aldous nunca viveu.
E eu? O que estou fazendo? Sobrevivendo com Paul enquanto quero viver com Cosima?
A morte nunca soou tão vital.
"Delphine, sei que você tem outras coisas, mas precisaríamos de apenas seis meses. Você pode montar sua equipe, te dou tudo o que precisar." Ofereceu com desespero em seu timbre.
"Vou precisar de um tempo para me decidir, mas enquanto isso quero ler os relatórios dos últimos seis meses." Demandei certa de que me renderia à oferta de Dr. Leekie.
Passei três semanas praticamente morando na Dyad. Li os relatórios, investiguei os modelos, analisei o dados e cheguei à conclusão de que não aguentava mais ficar longe de Cosima. Propus para do reitor da universidade uma oportunidade sem custo para os alunos de Biologia do Desenvolvimento, minhas aulas que estão sendo ministradas temporariamente por Dra.Duncan. Um estágio de seis meses no Instituto Dyad para trabalhar ao lado meu e de Dr.Leekie no desenvolvimento dos bernes. Moradia e outros custos pagos pelo instituto. Designei uma competição entre os alunos, o melhor projeto relacionado à terapia genética seria o merecedor do estágio. Susan contou sobre a animação de meus alunos, e detalhou o mais audacioso e súpero modelo, para minha conformidade, os cientistas donos da ideia eram Dra. Niehaus e Dr.Smith.
Thelma e Louise em um contexto distorcido.
Não avisei ninguém que estava voltando para Rhode Island. Paul havia aceitado todos os possíveis plantões noturnos para que depois pudesse aproveitar seu tempo comigo.
Mal ele sabia que não seria proveitoso para mim.
Alison e Donnie estavam ocupadíssimos com a inauguração de Bubbles. Havia prometido a ela que estaria lá para ajudar, mas não pensei que realmente fosse estar presente.
Scott fez um bom trabalho como supervisor no laboratório, porém gostaria de surpreende-lo com toda a minha sede por dominação.
Felix contaria a todos sobre minha chegada, então excluí a possibilidade de revelar tal segredo.
Meu primeiro instinto era correr para o Leda, eu sabia que encontraria Cosima por lá. Também sabia que encontraria Shay, mas nem isso me impediu de saciar minha fome por ela.
Tão avoada, distraída, dançante, desastrada e tão estonteante.
Perdeu-se em mim quando me encontrou.
Segurei meu sorriso pelos dentes, não estava para brincar de provocar. Minha fome era real e abusiva, quase tão abusiva quanto meus sentimentos por aquela fortuna errática.
Tão graciosamente desregulada por minha presença que acabou derrubando todas as cervejas da bandeja. Fui ao resgate de sua dignidade mesmo sem trocar uma só palavra.
Cosima correu até o banheiro dos funcionários para se recompor.
Mal ela esperava que eu fosse desordenar tudo o que viesse pela frente.
Ela não me viu, mas eu a observei por alguns segundos.
Suas costas definidas com covinhas na lombar. Uma pele tão expressiva e límpida. Seios tão firmes e esféricos, desenhados para o pecado da luxuria.
Ah! Como sou pecadora.
Vendo minha alma ao diabo para poder experimentar todo peculiar manjar daquela mulher arrebatadora.
Ela me provoca sem esforços. Apenas sendo quem é e como é.
Ela faz de minha dor graça para seu ego
Ela faz de minha promiscuidade algo aceitável em uma sociedade doentia e fria.
Ela me faz querer revolucionar o sentindo da palavra "amor" e protestar contra preconceitos dignos de lástima.
Como um bicho faminto eu a ataquei.
Degustei o doce de pimenta em sua pele.
Tomei toda a cevada melada em seu corpo.
Eu que nunca fui apreciadora de cevada me vi dependente e alcoólatra de cada gota corrente naquela robustez.
Lamber a carne de Dra. Niehaus não saciou minha fome, apenas abriu meu apetite. Entretanto, não estávamos no lugar adequado para comer. Precisaríamos de mais para nosso banquete.
Antes de partir, provoquei minha aluna e a abandonei salivando por meu tempero.
Tudo no seu tempo Dra. Nieuhaus.
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Passei minha manhã ao lado de Paul. Ficamos boa parte de nosso tempo na cama. Fizemos muito sex*, mas aquilo pra mim não fazia sentido. Era vazio e obscuro.
Seus braços e peito musculosos não eram de minha preferência. Não eram delicados e sutis como os braços de minha aluna.
Fingi orgasmos e contei mil mentiras dentro de quatro paredes. Meu namorado, por outro lado, lambeu os beiços em aprovação do meu sabor. Ele se deliciou comigo por horas. E lá eu estava sonhando acordada com Cosima.
Ao cair da noite, Paul preparava-se para trabalhar quando parti para o laboratório. Volto a assumir minhas responsabilidades na segunda-feira. Há muito o que fazer, e tenho o limitado tempo para montar minha equipe e voltar ao Canadá.
As luzes estavam acessas, mas não havia muitas pessoas por lá.
Ouvi uma música tocando bem alto.
Avistei uma criatura dançante e animada, fazia uma bagunça por todo lado. Eu apenas a observei da minha sala. Abri um bom vinho e assisti ao incrível show que ela dava.
Tudo estava gracioso até o momento em que Shay atrapalhou o espetáculo.
Então ela estava longe? Deixou Cosima sozinha? Onde está seu juízo, Shay?
Facilitou para mim, então serei o seu fim.
As namoradas falaram ao telefone por alguns míseros minutos, então Dra. Niehaus voltou a rebol*r.
Minha funcionária falou de seu projeto para sua parceira, quem não entende ao menos como as sinapses são feitas. Como que ela poderia compreender alguém feito Cosima?
Por curiosidade e desejo resolvi fazer uma aproximação.
Entre flertes, vinho, ciência e mais flertes, passamos duas horas trancadas no laboratório.
Chovia muito forte, então ofereci uma carona até sua casa. A oferta foi benevolente, porém havia muita esperança que pudesse tê-la por mais tempo.
Dra. Niehaus precisou de ajuda com as caixas onde havia guardado suas pesquisas do projeto. Então, mais uma vez, disponibilizei-me para ajudar.
Pela primeira vez em sete meses, a casa de Cosima e Felix não cheirava à maconha ou perfume barato.
"Nossa! É a primeira vez que vejo esse loft limpo e sem cheiro de maconha." Exclamei enquanto ainda segurava uma das caixas.
"Aproveitei que Felix só volta amanhã à noite e dei uma geral pela manhã." Quer dizer que seu colega de quarto não volta hoje? Seria o destino testando minha conduta e moral?
"Aqui! Deixa que eu guardo, Dra. Cormier." Ela ainda insistia nas formalidades fora do ambiente de trabalho, tão graciosa.
"Já falei, Cosima. Pode me chamar de Delphine fora do expediente e da sala de aula." Demandei com sutileza.
"Claro! Foi mal, Delphine." Mal posso esperar para ouvi-la gritando meu nome.
"Vai me oferecer um drink?" Um passo de cada vez, "Claro! O que você toma?"
Você inteira, Cosima.
"Você sabe do que gosto, sabe muito bem." Mais um passo dessa vez.
"Eu tenho vinho!" Correu de mim por medo de se entregar tão facilmente.
Enquanto Cosima pegava a bebida e colocava uma música para tocar, avistei um tenebroso pesadelo em forma de arte.
Felix pintava o retrato de sua amiga com a namorada.
Ambas estavam peladas, provavelmente pós sex*. Vi na foto o seio de Cosima, os glúteos de Shay, o cigarrode erva, e os resquícios de um prazer póstumo. Na tela, a imagem era muito mais aterrorizante. Fe estava para eternizar um momento de fraqueza humana, completamente privada de sentimentos e intencionalmente carnal.
Eu odeio Shay e minha falta de juízo.
"É barato, mas é bom." Cosima disse ao me entregar o vinho. Não sei se ela falava da bebida ou do sex* com sua namorada.
Ao tocarmos nossas mãos, todas as luzes apagaram-se após um rude trovão.
Eu, Cosima, o vinho e a escuridão.
Se os cosmos queriam nossa união, quem sou eu pra dizer não?
"Parece que alguém está com medo." Provoquei.
"Estou com medo de você!" Boa resposta, mas você ainda não viu nada.
Ajudei minha aluna a acender algumas velas pelo local. A música tocava através dos alto falantes à bateria. Sentávamos no sofá, estava pronta para elevar e provocar ainda mais.
"Cosima..." Comecei ao tirar meu blazer, "Há alguns ácidos e bases de forte poder reativo, uma pequena quantia concentrada com essas substâncias pode fazer com que reajam violentamente em uma combustão química perigosa."
Seus olhos encontraram os meus. Eles não faziam a mínima noção do que veriam ainda naquela noite.
"Como fogo e gasolina." Encerrei no melhor de meus dramas.
"Delphine!" Sua voz carregava um tom abatido pela dúvida e a culpa, "Eu menti!"
Então descontrole-se comigo, Cosima. Descontrole-se em mim.
"Sobre o que?" Ela precisava me dizer, não a atacaria novamente sem que ela pedisse.
"Sobre isso."
Minha aluna foi rápida e surpreendente. Lançou-se em meus braços com vontade e necessidade.
Sua língua era hábil e saborosa.
Não conseguia acreditar no que estávamos fazendo.
Eu, mulher de mais de trinta anos, madura, independente, dona de mim, eu estava completamente entregue à uma menina de apenas 22 anos.
O beijo dela era diferente. Seus lábios eram tão macios e perfumados naturalmente. Sua pele era tão suave e quente. Era intenso e bruto, porém tranquilo e delicado.
Não a deixaria fugir jamais.
Seus lábios afastaram-se minimamente, "Eu não consigo me controlar".
"Então não se controle, Cosima." Implorei às claras.
"O que estamos fazendo não é certo!" Seu corpo de mim escapou. Tomei a velocidade e fui resgatá-lo.
"Nada sobre nós é correto, mas não significa que seja errado." A pressionei contra a parede para lhe ensinar que não há um caminho de volta à sensatez.
"Droga! Eu quero você! Eu quero muito você."
"Então cale essa linda boca e use sua língua apenas para me beijar." Obedeceu minha suplica e entregou-se a mim novamente.
Durante todo tempo, manteve-se passiva, porém como os relampados lá fora, rapidamente assumiu o controle com propriedade. O mundo, meu coração e meu corpo eram dela.
Cosima levou-me até sua cama, mas hesitei ao ver o mesmo lençol da tela de Felix.
"Deixe-me livrar dos restos." Tirei a sujeira da cama e nos atirei na limpeza dela.
Os dedos de minha aluna trabalhavam com velocidade e astúcia. Eles foram capazes de desabotoar minha blusa e remover meu sutiã como ninjas. Minha calça e calcinha foram as próximas vítimas. Cosima ajudou-me com a remoção de suas roupas e delicadamente me ensinou como levar alguém ao êxtase.
O calor de seus beijos em meu pescoço, torso e seios eram um passeio ao fogo do submundo.
O molhado de sua língua pela minha anatomia era um oceano paradisíaco no Caribe.
Suas mãos viajavam por mim e eu respondia a cada toque com um gemido feroz e deselegante.
Sua cintura remexia no mesmo ritmo que eu.
O molhado de minha vagin* ensopava sua boca.
Enquanto Cosima saboreava meu tempero, eu apreciava a vista.
Era tão linda com óculos, mas sem eles pude ver mais de seu rosto, o qual era cheio de expressões tão prazerosas quanto o nosso momento.
"Bon appetit, Dra. Niehaus." Gemi ao falar e ela amou.
Sugou meu suco, ch*pou meu interior e escreveu um ensaio romântico com seu olhar no meu.
Sua língua dançava com meu clit*ris e meus dedos agarravam seu selvagem cabelo.
O indicador penetrou-me tão agressivamente, eu adorei.
Com movimentos circulares e velozes provocou meu ápice.
Era o apocalipse de minha serenidade.
Cravei minhas unhas em sua carne e movimentei minha vagin* em sincronia com meu orgasmo.
Pude sentir meu liquido escorrendo. Pude sentir a língua de minha funcionária lambendo cada singela gota de mim.
Eu transpirava e lutava contra a ausência de oxigênio em meus pulmões.
Cosima pousou sua face em minha barriga ofegante e olhou-me como uma tola.
"Eu não sabia o quanto faminta estava, até te provar." Sorriu e despertou-me riso.
"Eu ainda não te experimentei."
"Você tem certeza?" Perguntou com um tom disfarçado de preocupação.
"Tenho sim, mas você terá de me ensinar como faço para te fazer goz*r." Ao "goz*r" senti a repentina mudança em sua expressão.
Puxei-a até minha e dei leves beijos em sua boca.
Quis sentir seu cheiro, seu medo, seu cunho, seu tudo.
Levei meu tempo me deliciando com ela.
Distribuí muitos beijos e calafrios.
Cheguei onde pertencia.
Sua pequena e bem definida vulva.
Tão delicada e molhada.
Eu não sabia muito bem por onde começar, só senti vontade de beija-la sem parar. E o fiz, beijei aquela sensível carne exposta, lambi cada parte delimitada pela brancura e tom rosado daquela área aromatizada com amora.
Era feito chiclete de tutti-frutti. Era feito sorvete de morango. Cosima foi feita para acabar comigo.
Por ser uma cientista e mulher, conheço a biologia feminina. Sei quais são as partes que instigam o prazer. Assumi uma postura conhecedora e sábia de segredos íntimos investigados por meus dedos, comprei os ingressos e assisti de perto o espetáculo de Cosima liberando suas inseguranças em minha boca.
Era doce.
Era quente.
Eu quero mais.
Lambia e lambia.
Eu era um bicho sedento.
Até que olhei para mulher com quem acabei de ter tanto prazer.
Era amor.
Era doce.
Era quente.
Eu quero mais.
"Vem aqui." Sua voz fraca ordenou.
"Como fui?" Perguntei já sabendo a resposta.
"Delphine, eu não sei o que fazer sobre você." Acariciou-me a face.
"Fique comigo, Cosima. O resto deixamos pra depois." Implorei com plena consciência de que não saberia preseguir mais longe dela.
Nossa relação parece feia, más é linda.
Nosso amor é como rum no frio.
Nossos beijos como vinho acerejado.
Ela é um crime, e eu sou a criminosa, uma ladra, uma bandida, uma cigana.
O que temos é um teste à minha fé. É divino e culposo.
Entretanto, Cosima Niehaus manchou minha dignidade sem pudor, classe ou piedade.
E dela tornei-me prisioneira.
Fim do capítulo
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Dolly Loca
Em: 31/05/2017
Amando essa história! Shippo muito esse Casal. Ainda bem que enquanto não estreia a nova temporada de Orphan Black posso acompanhá-las por aqui.
bjo
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