Pessoal, boa tarde!Obrigada pelo suporte e pelo feedback.Como esse é meu primeiro projeto na língua Portuguesa, quero enfatizar minha escolha pelo uso de aspas ao invés de travessão. Em português, usa-se o travessão para introduzir a fala de personagens, ou um diálogo, mas em inglês usa-se aspas. Por mais que a história seja em nossa língua, opto por usar os métodos que estou acostumada. O uso de aspas deixa a narrativa mais dinâmica e gostosa. Sinto muito pela confusão causada em alguns leitores. Espero que entendam minha escolha por manter minha preferência de escrita.
Gostaria de agradecer Nayssa War, quem vem me ajudando bastante em questões da nossa língua e com feedback. Também entrei no universo Twitter para poder divulgar meu neném e estar em maior contato com vocês, quem quiser seguir, @CarolBertoloto1 Obrigada pela atenção e espero que gostem do capítulo.Beijão <3
Not a Bad Thing
Pov- Cosima.
O loft vazio ecoou gritos e gemidos tão altos quanto a elevação do meu corrompido espírito. Os cantos, as paredes, e as pinturas de Felix, agora, guardam um pequeno e singelo segredo. O que sobrou de meu lençol é uma prova concreta do crime que uma professora e sua aluna cometeram.
Paul e Shay foram vítimas de um delito acidentalmente passional.
Delphine e eu somos as culpadas, mas não há arrependimento. O que resta de nossos corpos é a exaustão e um desejo insaciável.
PUTA QUE PARIU! Eu só posso estar sonhado.
Dra. Cormier nua em minha cama, com seus braços me protegendo de qualquer mau que possa existir em nossa culpa. Fizemos amor, fizemos gostoso.
Fazer amor? Cara, eu nunca pensei que fosse ser assim.
Transar é fácil, mas se entregar, descarregar o peso e se tornar totalmente vulnerável a alguém...Ah! isso é muito difícil. Porém o mais simples e descomplicado toque vindo de minha chefe facilita a entrega e complica minha vida.
Não quis pensar nas mentiras que teremos que contar, ou as confianças que estamos traindo. Eu só consigo focar nessas pernas longas, lisas e finas ao meu lado. O cabelo loiro simetricamente bagunçado. Os pequenos e pontudos seios que degustei. E os dedos que brincam de amarelinha pelo meu quadril.
Não consigo parar de sorrir, e naquele rosto as covinhas também ficam cada vez mais definidas.
"Por que eu?" Acariciei sua barriga.
"Eu não faço a menor ideia, Cosima." Interrompi, "Cosima? Credo, você acabou de me dar prazer pra cacete, no mínimo me chama de Cos".
"Eu finalmente vou poder te chamar assim?" Sorriu maravilhada, tão boba quanto eu.
"Queridinha, você pode me chamar de tudo o que quiser, é só não sumir da minha vida."
"Não ousaria me destruir assim, Cos." Seus olhos redondos estavam embriagados de tanto amor e sex*.
"Cos! Cos! Cos! Cos! Cos! Cos!" Gritava como uma criança na manhã de natal.
Gargalhamos muito. Meus olhos avistaram os firmes músculos flexionarem em seu pintadinho abdome.
Minha Francesa predileta sentou e disponibilizou seus seios na minha face para alcançar o cinzeiro ao meu lado.
"Por que você gosta tanto desse cigarro fedorento?" Segurava minha ponta de baseado.
"Olha quem fala, o seus são muito mais fedidos." Exclamei.
"Você sabe que não são, e já reparei como a senhorita me olha quando solto a fumaça de ladinho." Filha da mãe!
"É tão na cara assim?" O constrangimento era gritante no meu tom suave.
"Pobrezinha, você é a rainha das expressões faciais." Brincou, mas falou a real.
"Porr*! E você é a rainha maléfica das entrelinhas." Ela mordeu os lábios e senti que lá vinha bosta.
"Você tão novinha e saudável, pega lá o cigarro da sua chefe e professora?"
Tão cretina e tão deliciosa.
"E o que eu ganho com isso?" Pisquei feito um tarado na rua.
"Ah! Dra. Niehaus, tenho certas coisas em mente."
Ui! Calafrios e calor ao mesmo tempo?
Ou é febre ou é amor.
Não sei qual é o pior.
Amar alguém que não posso e que não pode me amar.
Eu tô fodida em todos os extremos.
Tentada para descobrir essas "coisas" na mente da Dra. Amo Complicar A Vida Quietinha Da Minha Aluna, fui em busca de seu maço de cigarro dentro de uma bolsa que é mais cara do que meus rins.
Antes de voltar para os braços dela, peguei o resto do vinho, um Doritos, e coloquei uma musiquinha, "Someone to Love You" por Hobbie Stuart.
Espero que ela saque a indireta.
As cortinas estavam abertas, não só as do meu quarto, como as da grande e velha janela. Pude ver a noite lá fora e a eternidade na mulher que estava me esperando em minha cama.
O frio noturno começava a nos incomodar, então peguei um outro lençol, já que Delphine planeja tacar fogo no outro.
Falando em fogo...
A Francesa cobriu os seios, sentou um pouco mais a minha frente e me mostrou a mais bela vista que já conheci. Suas costas.
Era tão magra, os ossos da coluna tão perfeitinhos e detalhados, fora aquelas sardinhas e pintas.
Cara, essa mulher...
Ela fumava com classe, com elegância e muito charme.
Até queria ser aquele cigarro pra que ela pudesse me tragar até o filtro.
"Deixa eu te deixar chapada?" Olhei pra os seus olhos encantadores no meu melhor estilo malicioso.
"Não basta desvirtuar minha sexualidade?" Senti seu timbre cômico alegrando meu coração.
"Ah! Pronto! Lindinha, você que chegou cheia das intenções comigo, eu só acompanhei o barco." Querendo ou não, isso é verdade.
"Você tinha intenções, e eu ações. Penso que nossa diferença é um tanto nítida." Ela é tão sensual quando dominadora, "Bom, como sou aberta à coisas novas, passe-me sua erva."
"Passe-me sua erva." Oh! Chefinha, eu quero é passar o resto dos meus dias com você.
Eita! Que bom que ela não ouve meus pensamentos.
Ou ouve?
Quando pensei que não pudesse me apaixonar ainda mais por ela, Dra. Cormier encheu os pulmões e soltou uma nuvem de graciosidade.
O que veio depois foi engraçado, mas ainda sim gracioso.
Delphine teve uma pequena crise de tosse.
"Santa Merda! Você tá bem?" Perguntei preocupada com minhas mãos violentando suavemente suas belas costas.
Seus olhos redondos ficaram menores, avermelhados, e lagrimejavam.
Minha professora entrou em uma guerra contra seu riso e tosse.
Seus dentes perfeitos formavam uma obra de arte.
"Estou bem, eu acho." Ainda ofegante continuou a fumar.
Tragou uma, duas, três vezes.
Agora é a parte boa.
Dra. Sou Foda Pra Caralh* estava chapadíssima e linda ao mesmo tempo.
"Bateu?" Perguntei pegando o baseado de sua mão.
"Quem bateu?" Jesus! Ela está muito louca.
"A brisa! Bateu a brisa?" Notei que ela sentia muita dificuldade para entender meu vocabulário.
"Com certeza, a tal da brisa bateu." Ela me olhava com tanto encanto, me derreto só de lembrar.
Não demorou muito para que eu alcançasse sua viagem.
As paredes ecoavam as descontroladas e sinceras risadas.
A música "Shut up and Dance" de Walk the Moon nos deu o ritmo, o vinho nos deu o incentivo, a maconha a leveza e nosso amor nos deu a liberdade para subirmos encima da cama e dançarmos como duas lunáticas no Coachella.
A Francesa pulava e requebrava com velocidade, mas ao meu ver, seu movimentos atiçadores estavam em câmera lenta. Os braços agrediam o ar, os cabelos flutuavam, os seios balançavam, e as luzes à vela delineavam cada curva irresistível e cada traço sublime de toda sua harmonia.
"We were victims of the night
The chemical, physical, kryptonite
Helpless to the bass and the fading light
Oh! we were bound to get together
Bound to get together"
Segui seus passos chapados e auxiliei sua espontaneidade.
Nossos olhares se enfrentaram em um amistoso ringue de tesão.
"Oh don't you dare look back
Just keep your eyes on me
I said you're holding back
She said shut up and dance with me
This woman is my destiny
She said oh oh oh
Shut up and dance with me"
Não há nada nesse mundão gigantesco e escroto que me faça desistir de ter Delphine só para mim, somente para meu prazer e ardor.
"Você ainda vai ser minha, Dra. Cormier." Gritei para que pudesse me escutar, "Quê?" Mesmo assim não adiantou.
"Eu disse que você ainda vai ser minha!"
"Quê? Mais alto!" Cara, berrei mais que uma vaca parindo.
Engoli o máximo de saliva o possível, "Você ainda vai ser minha, Dra. Cormier" vociferei com vontade.
"MAIS ALTO, COSIMA! FALE MAIS! NÃO PARE DE FALAR!" Sorri, mas quis dar na cara dela.
Ainda dançávamos como desequilibradas quando ela me puxou para seus braços e suplicou "Não pare de falar, Cosima! Fale cada vez mais alto."
"Você ainda vai ser minha, Dra. Cormier!" Ela sorria e eu caía em tenção.
"Você ainda vai ser minha, Dra. Cormier!" Uivei repetidamente até que seu corpo delgado se laçou drasticamente em mim nos derrubando sobre a bagunça na cama.
"E quando me tiver, ainda me desejará?" Sua magreza cobria cada milímetro de minha pele.
"Tenho medo que isso possa me machucar. Te desejar mais ainda" Respirei em sua boca acima da minha.
"Não aja como se fosse uma coisa ruim apaixonar-se por mim" Postulou desarmada.
"Promete não maltratar meu coração?" Olhei bem no fundo de seus olhos e avistei sua afetuosa compaixão.
"De modo nenhum eu torturaria algo tão frágil e puro."
Como posso confiar em alguém que acabei de conhecer?
Como posso ser devota de um amor que mal nasceu?
Como posso estar irreversivelmente fascinada por minha professora/chefe?
Admito que tenho problemas, muitos por sinal, mas o maior deles é o quanto eu necessito de Delphine Cormier.
"Promete?" Insisti, "Com todo meu cerne" me rendi ao desconhecido e entreguei minha sorte ao forte vento que soprava do lado de fora.
O calor do beijo, o toque e o desejo, aqueciam minha alma e me juravam infinitas vias numa estrada perigosa e forasteira. A mesma que bloqueou suas saídas com cimento e arames farpados, não há volta, e mesmo se tivesse, não obedeceria minha atrapalhada razão.
Rezei em silêncio para um deus que talvez não exista.
"Não me permita morrer por esse amor, não me deixe sozinha.
Não me abande no sofrer ou no querer.
Não me faça perder a força.
Não me acorde desse sonho, jamais."
Beijei e lambi aqueles lábios finos, e me deliciei com cada aroma que eles tinham.
Apalpei aquela anatomia e desafiei a atração da terra.
A gravidade não é nada além de um ponto de vista, pois Delphine, nesse momento, me faz voar sem asas.
Seus seios encacharam na minha boca. Mordisquei seus rígidos mamilos de maneira cuidadosamente agressiva.
Ela gemia, ela gemia.
Testar seus pontos fracos enalteceu meu destemor.
Eu a dominava com sensatez e sem sombra de juízo.
Puxei sua leveza pra cima até que sua vagin* aconchegasse em minha língua, a qual não economizou ou ponderou na dinâmica. Minhas palmas e unhas cravavam em sua bunda e lideravam os movimentos da Francesa.
Delphine depositava em minha boca todas as partículas de seu DNA e debilitação.
Porr*! Eu poderia beber fardos e fardos de Dra. Cormier, sem pausa para respirar.
Seus dedos entrelaçavam em meus dreads enquanto ela pulava dentro e fora de mim.
Achei sem pressa o que nem estava procurando, até tentei retardar o tempo, mas era tarde demais. O sabor adocicado e calórico de sua manteiga derreteu em minha boca. Feito torta de banana com caramelo, eu procurei devorar toda aquela carne rosada e me lambuzar da corrente que jorrava em meus beiços.
Como um prédio deteriorado, despencou sobre o lençol.
Ela se contorcia e não era dona de seus involuntários movimentos ou espasmos.
"Você ainda acaba comigo, Cosima Niehaus." Levou a mão à testa e secou o suor.
"Eu nem comecei, Delphine Cormier." Tombei ao seu lado, com meus dedos apoiando o queixo, eu a observei, lentamente reobter o controle.
"Você é linda" Sorriu, "Você é tudo o que eu não sei nomear ou decifrar." E completou.
Selei nossos lábios novamente, mas dessa vez, fui sútil e carinhosa.
"Estou faminta." Levou as mãos até sua firme barriga.
"O nome disso é larica!" Informei ao dar mais uma palavra para seu mais novo dicionário.
"Por favor, diz que você tem algo além de Doritos." Olhou meu salgadinho com desgosto.
No armário não há comida, quer dizer, até tem, mas não sei se recomendo.
"Pera! Acho que tem alguma coisa na cozinha." Saí correndo, peguei meu casaquinho de lã e explorei minhas opiniões.
Macarrão instantâneo, burritos de micro-ondas, lasanha e pizza congelada.
É na França que a galera pira numa lasanha?
Merda! Essa fome era difícil de saciar.
Porr*, vamos de pizza mesmo!
Coloquei aquele pequeno pedaço de céu na assadeira.
Legal! É vegana! Comprei pra Shay semana passada.
Certinho Cosima, não basta derrubar, tem que pisar em cima. Não basta jogar a bosta no ventilador, tem que aumentar a velocidade.
"Hum! Pizza!" Senti o cheiro de lavanda que saía por seus poros e recheava o ambiente.
"Pizza! Yay!"
DEUS POR QUE EU SOU ASSIM?
Eu sorria, mas de desespero.
"O que há de errado na pizza?" Perguntou curiosa demais.
Delphine vestia meu moletom da atlética, o mesmo que minha namorada usa quando dorme aqui.
Em mim e em Shay, ele ficava gigantesco e longo.
Mas em Dra. Cormier...
Ah! Em Dra. Cormier ele ficava esplendidamente sexy.
Por que será que já vi esse filme antes?
"Cosima, me responde." Porr*, professora não complica, vai.
"É vegana." Suavizei com um eufemismo falho.
"Hum! Vai comer com a namorada?"
Tá sentindo? Esse cheiro aí é de ciúmes, é sim.
Vai monstrinha, sai da jaula.
"Hein! Cosima, vai comer com a namoradinha querida?" Segurei o riso, quer dizer, tentei.
Há certas coisas que sou incapaz de segurar: Bebês, tubos de ensaio importantes e a risada.
"Não vejo graça alguma, vai pra merd*!"
Gente!!! Ela fala palavrão? Agora eu caio em tentação de vez.
Delphine, putassa, se afastou, mas meu abraço resgatou ela pra mim.
Sem esforços, sentei seus perfeitos glúteos sobre o balcão e suas pernas me prenderam como punição.
"Não quero comer com ninguém além de você, Dra. Cormier." Coloquei o olhar de dó pra jogo, no maior estilo Gato de Botas.
"Bom mesmo, Dra. Niehaus! Se não eu acabo com sua vida."
"Ui! Que medo." Cutuquei a leoa.
"Não me desafie, Cosima." Como um vampiro faminto, mordeu meu pescoço sem misericórdia.
"Vai como calma, Bella Swan." Me afastei com medo das marcas culposas.
"Bella quem?" Não sei por que insisto nessas referências com ela.
"Do Crepúsculo, aquele filminho de adolescente lá." Falei como se eu jamais tivesse assistido, mas em minha defesa, os livros são melhores, e Scott quem me convenceu a ver a saga.
"Ás vezes esqueço o quão nova você é, bebezinho." Me trouxe de volta ao seu abraço.
"É né! Mas na hora de trans*r, cê não me vê assim." Agarrei sua cintura com tirania.
"Na hora de fazer amor, você é mulher, Cosima." Não senti nenhum tom sarcástico ou provocativo. Minha chefe foi sincera, e aquilo me deixou extremamente excitada.
Fizemos a tão polemica pizza e comemos no meu quarto.
Não me importei com o horário, mas já sabia que ele era escasso e impiedoso.
O despertar do dia espantou a madrugada.
Delphine sonhava dormindo em meus braços ou eu sonhava acordada nos dela?
Tanto faz, pois ali, fui apresentada à mais coerente definição de paz.
As buzinas dos carros ao lado de fora estavam em uma caótica sinfonia. A luz do sol já começava a levantar a poeira dos arredores.
Demorei para abrir os olhos, fiquei com medo de que a noite passada fosse apenas uma fantasia de minha depravada imaginação.
Avistei aleatoriamente uns pezinhos balançando, quer dizer, eles não eram pequenos, mas não deixavam de ser pezinhos. Meus olhos seguiram o caminho pelo corpo ao meu lado. Aquela pele tão corpórea, comestível e erótica. Aquelas pernas finas, os descarnados quadris e estômago. Uma face angelical e demoníaca, capaz do divino e do endiabrado. A boca suculentamente meio aberta.
Feito uma maníaca, pousei toda minha atenção ao observar Delphine adormecida.
Como é possível ser tão linda assim?
Como me tornei tão sortuda?
Talvez, realmente, não seja uma coisa ruim me apaixonar por Dra. Cormier.
Enquanto meus óculos guardavam cada traço dela, minha cabeça decifrava, interpretava e depreendia como seria minha vida a partir daquele momento. Com certeza seria repleta de adrenalina, prazer, mentira, traição e ciúme.
Na balança havia tanta coisa ruim, as boas eram poucas, mas saborosas demais.
Visitei a memória de quando pensei que ao provar Dephine, tudo o que sentia iria sumir, evaporar, desaparecer de meu intelecto e interior. Mal sabia que ao tomar sua água, iria me tornar uma sedenta dependente no meio do deserto.
Talvez esteja cedo para admitir um sentimento tão honesto, descarado, indecente e delicado.
Entretanto, toda vez que capturo seus movimentos sofisticadamente confusos, eu me apaixono pouco a pouco com mais intensidade e jovialidade.
Feito uma manhã de domingo, Delphine despertou preguiçosamente devagar.
Acho que por um breve segundo, ela não sabia onde estava.
"Não foi sonho?" Me perguntou com olhos cansados.
"Não, foi tudo verdade." Sorri com palavras.
Gem*u, e espreguiçou toda sua beleza.
"Bom dia, Cos." É, eu tô apaixonada.
"Bom dia, coisa linda." Pressionei meus lábios em sua testa.
Eu tinha tanto a fazer, precisava buscar as roupas com Sra. Saddler, falar com Scott, dar sinal de vida à Shay, ligar pra Alison para oferecer ajuda e ir trabalhar à noite no Leda. Porém, ao analisar a figura saliente de minha professora, senti que tinha todo o tempo do mundo para adiar minhas responsabilidades.
Foi quando meu celular tocou alarmante.
FODEU!
A culpa me consumiu quando reconheci o número da minha namorada.
"Não vai atender?" Delphine me desafiou raivosa.
"Acho melhor não." Brinquei, mas falei sério.
"Eu fico quieta, pode falar, mas coloca no viva voz." Demandou tiranamente.
Aceitei a ligação e me concentrei.
"Boa tarde, baby." A voz dela soava plena e despreocupada. Tadinha.
"Hey Shay, tudo bom?" Minha voz, por outro lado, soava culposa e dissimulada.
"Não estou nada bem, morrendo de saudades de você."
Os olhos enciumados de Delphine estudaram minha expressão. Ela se aproximou e me tentou com caricias e beijos diabólicos.
"Ah! Mas amanhã você está de volta." Meu foco foi violado pelo calor e saliva francesa traçando caminhos invisíveis pelo meu pescoço.
"Sim, e vou te encher de beijos e amor." Os toques e carinhos de minha chefe cresceram agressivamente e desceram até minha virilha.
COSIMA, NÃO PERCA A LINHA! NÃO REAJA COM FRAQUEZA.
"O que você está fazendo agora?" Minha namorada perguntou inocentemente.
Ah! Shay, eu não posso te contar.
Os beiços de Delphine degustavam todo meu íntimo.
"Eu posso te ligar depois? Estava entrando no banho." Implorei molhada de tesão.
"Tudo bem, baby. Te ligo mais tarde, amo você."
Sem que eu percebesse, meu polegar trabalhou involuntariamente e desligou a ligação.
"Você é doida!" Gemi suavemente.
"Mas você gosta, não é?" Lambeu meu interior e evidenciou meu liquido com seu indicador, "Consegue ver, Dra. Niehaus?"
"Cale a boca e me ch*pe."
Eita! Não sei como isso saiu da minha boca, mas descobri um novo lado mais vulgar e destemido sobre mim.
Dr.Cormier se nutria prazerosamente com minhas vitaminas. Ela adora testar a elasticidade de sua língua, e eu amo ser sua cobaia.
Por um infortúnio do acaso ou um aviso divino, ouvi a porta da sala deslizando.
"Cosima, cheguei, miga!" Felix gritou, Delphine se apavorou, e eu disfarcei meu orgasmo com meu dentes cravados no meu punho.
Graças a Jah de todo reggae, as cortinas estavam fechadas.
Ouvi os passos de meu colega de quarto se aproximando da cena do crime. Rapidamente ordenei que minha chefe se escondesse debaixo na cama.
Vesti meu casaco de lã como um flash, e fui à colisão de Felix.
"Nossa, tá fugindo de espírito?" Perguntou ao sentir o impacto de meu corpo ligeiro.
"Fe, pensei que você fosse chegar e ir direto pra Alison." Exclamei enquanto segurava as bordas de minha roupa e minha heresia.
"Eu ia mesmo, mas vim deixar o dinheiro de Sra. Saddler." Virou, deu uns passos pra frente, inalou o ar com força e vocação.
"Sinto cheiro de lésbicas." Exclamou e voltou seus olhos para minhas cortinas amarelas, "Shay, pensei que você só voltasse amanhã, sua cretina!" Fechei meus olhos com vontade.
"Essa piranha não vai me responder?" Rebolou ao andar em direção ao meu quarto.
"Felix, ela tá dormindo." Alcancei seu corpo e o impedi de entrar.
"Ai! OK, sapatão." Puxou a carteira do bolso e colocou 20 pratas sobre a televisão, "Vejo vocês mais tarde então." Arrumou o cabelo e passou o dedo pelas grossas e bem definidas sobrancelhas.
Observei Felix partir e soltei cada partícula de oxigênio dos meus pulmões.
PUTA QUE PARIU!
Fim do capítulo
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