Melt
Pov- Cosima.
Demorei um pouco mais até chegar à sala de aula. Tive que confirmar se minha bike ainda estava presa no bicicletário, e lá a coitada seguia firme e forte. Abandonei a bichinha ontem, e só me liguei hoje ao sair da casa de Shay. Em quem estou me esforçando para não pensar muito, ela me deixou no chão com aquele "Eu te amo".
Ah! Que merd* é essa?
Demorou dois anos pra me falar isso? Estranho que decidiu me contar sobre seus sentimentos bem na hora que o ciúme pagou-lhe uma visitinha.
Eu não mereço mais essa.
Estou 10 minutos atrasada, até que não é tão mal, a Sra.Cho era uma cretina às vezes, porém seu humor mudou depois que engravidou. Ela está completamente enorme e plena.
Pela janela da porta avisto Scott sentadinho perto do aquecedor. Ele é um bebezão.
Abri a porta com tranquilidade, meus olhos não se importaram em olhar para os lados, apenas segui meu caminho até a carteira vaga ao lado de meu amigo.
"Dra.Niehaus, atrasada!"
Respirei fundo. Meus olhos lacraram-se. O suor começava a umedecer as palmas de minhas mãos.
"Dra. Cormier, sinto muito." Lentamente virei-me para olhá-la. Ela vestia camisa e calças social, a cor cinza lhe destacava o tom de pele. Os longos cabelos louros estavam cuidadosamente ajeitados atrás de suas pequenas orelhas perfeitas.
Tão linda!
Pera, o que Delphine fazia ali?
Por que está na minha aula de Evolução do Desenvolvimento?
"Dra. Niehaus, poupe a mim e seus colegas com suas desculpas, apenas sente-se." A doida só faltava me pedir em casamento ontem e agora tá toda mandona?
Qué um remedinho, querida?
Aproximei-me de Scott, o filho da mãe cobria seu riso com a mão.
"Boooooooooooooa Cosima, 2x0 pra Delphine." Contive meu impulso de lhe dar um soco na boca do estômago, "O que ela tá fazendo aqui?" Sussurrei minha dúvida, "A Dra. Eve Cho saiu de licença, aparentemente." O tom da voz de meu amigo era gritante.
"Dr. Smith, algum problema?" Olha lá! "Dra. Chata pra caralh*, mas gata na mesma medida" tá estressadinha hoje.
"De maneira alguma, Dra. Cormier." Scott engoliu e continuou "Só estamos curiosos sobre a Dra.Cho!" Ligeirinho esse nerd.
"Pois bem." Minha nova professora juntou as mão e sentou seus maravilhosos glúteos encima da mesa, "Me chamo Dra. Cormier, substituirei a Dra. Cho até o final do semestre.", "Entendo que a mudança foi repentina, entretanto, se cooperarem comigo..." Seus olhos castanhos fixaram-se nos meus, "Serei capaz de lhes ensinar coisas fantásticas, e me disponho para expandir meus conhecimentos com vocês." Ah! Ela me lançou a maior indireta do mundo, lançou sim.
Fiquei boquiaberta.
Além de ser a maior distração de minha vida no momento, Delphine é também minha chefe, e agora, minha professora.
Quantos fetiches em uma só história.
É muito tarde para desistir de Biologia evolutiva do desenvolvimento e me matricular em Biologia Marinha?
Curto golfinhos pra porr*.
A quem eu estava tentando enganar?
Eu adoro poder vê-la de pertinho.
Delphine deu uma das melhores aulas que já assisti. O assunto não lhe era estranho. Ela ainda nos mostrou alguns vídeos de seus experimentos enquanto trabalhava na Dyad.
Todos os alunos ficaram maravilhados com a aula. E eu além de tudo, adorei quando minha professora virava-se para mudar algum slide ou escrever alguma coisa na lousa. Eu até poderia tentar me segurar, mas Dra. Cormier era demais pra mim.
Duas horas passaram pelos ponteiros do relógio tão rapidamente quanto o voo de um beija-flor.
Meu segundo período às quintas é vago. Geralmente me encontro com Shay no diretório para uma rapidinha ou uma fumada, entretanto, ela era a última pessoa que eu gostaria de ver.
"Vai fazer o quê agora?" A voz de Scott me tirou de meus devaneios, "Cara, não sei. Tenho que te contar uma coisa." Declarei enquanto levantava de minha carteira.
"Vish! O que aconteceu?" Seus olhos me olharam em extrema preocupação, "Relaxa, Scotty." Dei lhe um tapinha nos ombros, "É só a Shay." Estávamos quase na porta quando ouvi aquela voz robusta e intensa.
"Dra. Niehaus, pode vir aqui um momento?" Senti calafrios ao imaginar as coisas que ela poderia querer comigo. Provavelmente vá brigar comigo, encher meu saco e blá blá blá.
"Te encontro na biblioteca, Cos." Scott acenou e partiu.
"Feche a porta, Dr. Smith" Delphine ordenou.
Puta merd*!
Ou chegou a hora de minha morte, ou ela vai me agarrar.
Que seja a segunda opção.
Somos apenas nós duas naquela grande sala de aula, mas quanto mais me aproximava de minha professora, menor a sala ficava.
"Dra. Cormier, no que posso lhe ser útil?" Sem segundas intenções, juro!
Tá, não juro não.
"Dra. Niehaus, pensei que tivesse sido clara ontem à noite, mas mesmo assim chegou atrasada." Seus olhos me comiam de dentro pra fora, "Eu pensei que estivesse falando do laboratório." Sorriu sarcasticamente, mas mesmo assim eu gostei. Observou algo em meu pescoço, "Isto seria um ch*pão, Dra. Niehaus?"
O quê?
Como?
O lenço?
Como que a doida viu as marcas deixadas por Shay?
E ela não tinha o direito de me constranger tanto assim.
"Com toda educação, Dra. Cormier. Mas o que faço fora do campus não lhe diz respeito." Seu maxilar enrijeceu-se na mesma velocidade em que seus punhos fortemente fecharam-se.
Eu sei brincar também.
"Bom, a partir do momento que senhorita atrapalha minha rotina com seus atrasos, o que faz ou deixa de fazer com sua namoradinha me diz respeito sim." Assim que o disse, senti uma alta dose de arrependimento.
"Como você sabe sobre Shay?" Indaguei sem manter a fajuta formalidade, "Não conte para o pessoal, eles não sabem sobre mim!" Reforcei o "eles".
Delphine abriu um largo e irônico sorriso.
"Sabem sim. Tiveram a confirmação ontem."
PUTA.MERDA.DO.CACETE.GRANDE.
Congelei em agonia, e nem ao menos um de meus músculos moveu-se.
"Fique tranquila, eles estão do seu lado." Suas palavras me confortaram de maneira esquisita, "Fale para sua namorada entender que senhorita tem responsabilidades. Não quero vê-la chegando atrasada novamente, Dra. Niehaus."
Até pensei em lhe dizer que Shay não era minha namorada, mas pelo jeito, a dúvida de minha professora a horrorizava. Era notável sua impaciência.
"Estamos entendidas? Dirá a sua namorada para respeitar suas responsabilidades?" Quase caí na risada quando sua voz mudou drasticamente ao dizer "namorada".
Oh! Delphine, me ajude a te ajudar.
"Estamos entendidíssimas, Dra.Cormier." Ajeitei meu vestido, "Mais alguma coisa?" Seu corpo magro e alto aproximou-se do meu, pude sentir o cheiro de perfume e cigarro francês.
Acho que alguém fumou muito na noite passada.
Ficou irritadinha, né?
O calor de seu corpo gradualmente consumia minha pele.
Não nos tocávamos, mas quase tive um orgasmo com as mistas sensações que sua presença é capaz de despertar em mim.
Ela vai me beijar? Ela vai me beijar? Ela vai me beijar?
Porr*, eu tô com um bafinho.
Eu deveria ter comprado um chiclete.
Droga!
Seus lábios estavam tão perto dos meus. Dava pra sentir todos os possíveis movimentos que eles aplicariam nos meus.
"Te vejo mais tarde, e sem atrasos." Como um bruto empurrão, afastou-se de mim e voltou sua atenção para as coisas encima da mesa.
O quê? Só isso?
Cadê meu beijo?
Você estava quase lá, vai, volta aqui!
Delphineeeeee!
Bufei alto para que ela pudesse ouvir.
E a cretina nem ligou.
Durante tortuosos segundos, meus olhos a observaram na expectativa por algo além daquilo.
Entretanto, minha professora não desviou sua atenção para mim.
Enquanto meus pés seguiam até a biblioteca, minha mente estava longe. Tentava processar o momento que tive com Delphine.
Eu necessito de apenas um toque vindo de seus dedos.
Não estou pedindo por muito, quero apenas senti-la.
E logo me veio à cabeça...
Meus amigos agora sabem sobre minha sexualidade.
Sorri em alívio ao entender que agora vou poder parar de distribuir beijos bêbados e sem vontade aos caras por aí. Não preciso mais fingir ser alguém que não sou.
Eu preciso de uma bebida para comemorar, e também, um baseado bem gordo para tirar minha professora da cabeça.
Pov- Delphine
Quando aceitei assumir as aulas de Dra. Cho, não pensei que viria a ser um problema. Jamais imaginei que meus sentimentos por Cosima fossem me atrapalhar ou que pudessem me fazer estremecer.
Despertei pela manhã mais cedo do que o normal, mas minha cabeça girava como nunca. Senti em meu hálito o amargo sabor do ciúme. Fumei um maço e meio de meus melhores cigarros franceses enquanto procurava alguma coisa que ainda fizesse sentido para mim.
Na varanda de meu quarto pude apreciar a beleza da noite, o brilho das estrelas. Observar o respirar de meu adormecido namorado. A angustia de não amá-lo mais me matava os poucos. A ideia de que Cosima pudesse estar recebendo e dando prazer a alguém que não fosse eu, me consumia subitamente. Minha imaginação enquadrou a fotografia de seu corpo nu, suado e quente esfregando-se contra o corpo de Shay.
Eu careço de seu afeto e sei que ela sente o mesmo.
Então por que escolher Shay? O que ela tem que falta em mim?
Por que "assumir-se" para seus amigos se não é dela seu amor?
Seria insanidade pensar que eu a amo? Que ela me ama?
Meu coração sangra pelas marcas deixadas por tanta ansiedade, medo e desejo.
"Amor, o que aconteceu?" Paul me perguntou enquanto os fantasmas de Cosima e Shay afastavam-se cada vez mais de minha vista.
"Amor?" Sua mão encostou na minha, "Oi, desculpa." Virei-me para encara-lo.
"Apenas quis avisar Cosima que substituirei Dra.Cho pela manhã." Menti olhando em seus olhos. Meu namorado não duvidada de minhas palavras, porém sentiu algo estranho nelas.
"Tudo bem, amor." Beijo-me a testa, "Vamos voltar pra dentro."
O Leda já estava para fechar. As pessoas começavam a partir, mas nosso pessoal ainda estava firme e forte, bebendo e conversando sobre a mais nova descoberta do grupo.
Sentei-me na mesma cadeira enquanto processava o assunto.
"Donnie, pare de ser assim. A sexualidade de Cos não muda o caráter dela." Alison falava pausadamente, como se seu namorado tivesse alguma condição mental. "Querida, não é isso. Ela mentiu pra nós todo esse tempo.", "Felix e Scott, vocês não se sentem mal por ela ter mentido na cara dura?"
Os dois trocaram olhares e riram da pergunta, "Scott e eu sempre soubemos sobre Cosima."
A queixo de Donnie quase bateu sobre a mesa, "Pois é. E sempre apoiamos a decisão dela." Scott completou. "Paul, você sabia disso também?" O pobre coitado não sabia quando parar.
"Bom, no começo eu pensei que, talvez, eu não fosse seu tipo. Mas ao longo do tempo reparei algumas coisas nela." Meu namorado declarou explicitamente que já se interessou por sua amiga, e meu ciúme não era por ele.
"Delphine, e você?" A cara de dó do palhaço da turma foi impagável.
Ó céus, me deixe fora dessa, por favor.
"Assim como Paul, notei algumas coisas sobre ela.", "Quais coisas?" Donnie insistia onde não devia.
Por onde começar? Bom, eu notei como ela me olha, como morde o lábio inferior quando a ausência de meu blazer lhe mostra um pouco mais da minha pele. Reparei, também, como seus cabelos do braço e pescoço ligeiramente arrepiam-se ao sintonizar o tom de minha voz.
"AH! O modo como ela olha para sua amiga Shay, por exemplo." Menti e senti dor ao pensar que agora Cosima poderia, realmente, assumir um relacionamento com Shay.
"A cantora é a namorada dela?" Alison perguntou surpresa, "Elas são tão lindas juntas." E acabou comigo.
"Elas não namoram, apenas ficam às vezes." Scott explicou, "Às vezes? Scotty, elas dormem juntas quase todos os dias." Felix poderia nos preservar dos detalhes.
"Mas eu já a vi beijando homens. Ela sempre fica com os caras quando saímos." Donnie tentou raciocinar, "Ela só faz isso para tentar evitar esta exata conversa." Felix complementou.
"Bom, não importa. Todos estamos do lado dela, certo?" Paul declarou e voltou seus alarmantes olhos para Donnie, "Todos estamos do lado dela, certo Donnie?" Encabulado, o palhaço da turma sorriu e disse "Tudo pela Cos."
E ali a conversa acabou.
Demorei para pegar no sono depois do dia atordoante que vivi. Entre os dolorosos devaneios e as inefáveis fantasias, lá Cosima continuava a me atormentar a paz.
Hoje a primavera trouxe um pouco mais de sua beleza, calor e alegria. Sabia que Cosima estaria na aula de Evolução do Desenvolvimento, por isso caprichei na minha roupa, queria estar linda para minha aluna. Escolhi um terno cinza e uma camisa que mostrasse um pouco mais de meu torso, além de maquiagem básica e meu perfume preferido. Minhas mãos e cabelo ainda cheiravam a cigarro mesmo depois de meu demorado banho matinal.
Separei alguns vídeos de quando trabalhei na Dyad, e senti falta daqueles tempos. Eram tão simples e plenos, pois agora não paro de sonhar acordada, imaginando uma realidade tão fora de meu alcance.
Ao entrar no campus reparei que a bicicleta de Cosima ainda estava lá. Ou ela dormiu na Shay ou não está atrasada, bom, a primeira opção combina mais com ela. Me enrolei toda para encontrar a sala de aula. Não estou acostumada com o corredor dos veteranos, apenas leciono as turmas que começaram neste semestre.
A sala era muito maior do que eu esperava, todos os alunos já estavam lá, todos menos Cosima. Notei que Scott guardava a carteira ao seu lado para quando a amiga chegasse.
Coloquei meu pen-drive no computador e ajeitei os documentos e materiais. Acabei perdendo 10 minutos para me preparar, até ouvia sussurros e conversinhas dos alunos, não estavam me levando a sério. E eu queria esperar por Cosima, mas ela parecia nunca chegar. Quando senti que estava pronta, levantei e comecei a falar um pouco mais sobre a matéria. Me atrapalhei toda e esqueci de me apresentar quando avistei alguém entrando silenciosamente pela porta. Esse alguém não olhou para mim, apenas fixou o olhar no amigo.
"Dra.Niehaus, atrasada!" Declarei com certo tom de raiva e a deixei constrangida. Pude reparar em seu choque ao me ver como sua nova professora.
Dispersei a conversa entre Cosima e Scott e aproveitei a brecha para me apresentar propriamente.
Foi incrível a maneira como os alunos me olharam. Passei confiança em minhas palavras e dei a melhor aula de minha carreira. Queria aparentar tão boa quanto sou quando não estou nervosa. Quis mostrar que poderia ser a melhor professora da turma e a melhor professora que Cosima viesse a ter.
Mostrei meu valor e a turma dos veteranos, agora, me respeita e me admira.
Delphine Cormier, muito prazer!
Os alunos já começavam a sair da sala. Foi quando reparei que Scott e Cosima conversavam sobre algo, pude ler aqueles lindos lábios quando ela disse "Shay". Sua cara não foi muito boa, até cheguei a pensar que elas não estavam mais juntas.
O Dama e o Nerd já estavam à porta quando minha curiosidade gritou mais alto que minha razão.
"Dra. Niehaus, pode vir aqui um momento?" Senti o delicioso espanto em seu corpo, o qual se aproximava enquanto a sala ficava cada vez mais vazia. Scott obedeceu minha ordem e fechou a porta.
Éramos apenas nós duas.
Me esforcei para não perder o controle. Principalmente depois que avistei um pequeno e discreto ch*pão em seu belo pescoço branco. O lenço não tão discreto revelou a marca da noite que as amantes tiveram. Fiquei irritada com a forma que me tratou, e acabei lhe contando sobre a descoberta do grupo na noite passada.
Tentei fazer com que Cosima me desse alguma dica, algum pedaço de informação que pudesse sanar minhas dúvidas em relação ao seu possível namoro com Shay. Mas ela notou meu desespero e encontrou diversão em minha angustia.
Se ela podia brincar, eu poderia em dobro.
Levantei-me e aproximei meu corpo ao dela.
Suas expressões apontaram o efeito que causo a ela.
Cosima, você não faz ideia das coisas que ainda lhe causarei.
Sabia que não ia tocá-la, muito menos beijá-la.
Minha intenção? Atormentar aquela cabecinha, umedecer seu sex* e lhe fazer delirar com a ideia do que poderíamos fazer.
Meu lábios puderam captar todo o calor de minha aluna. Toda sua tensão era minha. E assim como divertiu-se à minha custa, era minha vez de lhe ver impaciente.
"Te vejo mais tarde, e sem atrasos." Declarei friamente, sentei-me e voltei minha atenção para coisas muito menos importantes do que Cosima.
Ela continuou em minha frente por alguns segundos, na expectativa de que pudéssemos ir mais além, porém, hoje não Dra. Niehaus.
Lecionei mais duas aulas no segundo e terceiro período. Minhas quintas seriam agitadas de agora em diante.
Almocei rapidamente com Alison e corri para o laboratório. Durante a tarde avaliei múltiplos relatórios, chequei contratos, auxiliei meus cientistas e cautelosamente observei minha aluna preferida. Ela trabalhava com rapidez e sabedoria. Não conhecia o laboratório por inteiro, era extremamente desastrada, mas era eficiente em dobro.
O expediente havia acabado quando recebi os relatórios de Cosima. Ela, além de tudo, me surpreendeu com detalhes tão perfeccionistas quanto os meus.
Todos os funcionários já estavam partindo quando a chamei em minha sala.
Apoie-me à mesa com minha melhor pose.
"Dra. Cormier?" Ah! Eu adoro quando me trata assim.
"Entre, Dra. Niehaus." Observei pelas paredes de vidro que todos haviam partido.
"Algum problema nos relatórios?" Minha funcionária perguntou já sabendo que não havia nada de errado neles.
"Aproxime-se." Ordenei e ela obedeceu.
"Dra. Niehaus, nós temos um problema." Um grande problema, "O que houve?" Respondeu com certo medo em sua voz.
Puxei sua cintura até mim. Nossos corpos colidiram em meio à uma explosão de sentidos.
"Você me deseja?" Colocou os lábios pra dentro de sua linda boca. Então pressionei nossos corpos com mais força.
"Eu sei que sim, Dra. Niehaus." Seus músculos enrijeceram-se.
"Nós temos a chama, Dra." Soltou os lábios e amoleceu-se em meus braços.
"Derreta comigo, Cosima."
Por um breve momento de sensatez, minha funcionária afastou-se de mim.
"Dra. Cormier, tudo o que mais quero é derreter em você, mas hoje não."
Sua segurança e audácia a fizeram se recompor tão rápido como a batida de meu coração.
"Até amanhã, Dra." Parcialmente, para meu delírio interior, seu corpo ia desaparecendo de minha sala.
"Não importa o que aconteça, sei que ainda será minha, Cosima Niehaus." Disse em tom de voz alto para mim mesma.
Será apetitosamente minha.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Sem comentários
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook: