@mor.com por Carla Gentil
Capítulo 35
Por alguns instantes, elas se olharam. Uma em expectativa, a outra tentando não demonstrar o tamanho da surpresa com a pergunta descabida.
- Mas Laura, eu... – porém, antes de concluir a frase, sentimentos complexos a fizeram parar. - Por que a pergunta?
- Porque eu voltei e... Bem, nós temos... Tínhamos. Bem, você sabe...
Mas Sam não sabia. O que quer que fosse, estava navegando à deriva. Resolveu ganhar tempo, adquirir armas. Pegou o cappuccino que tinha pedido para o pai - e que já estava gelado - e o bebeu lentamente, os olhos fixos no olhar desconcertado de Laura, forçando-a a concluir o que dizia.
- Eu achei que... Bem, eu quero, na verdade, eu preciso que você... Reconsidere.
- Hum! – murmurou enquanto pousava a xícara na mesa. – Você quer que eu reconsidere... Meu casamento com o Arthur?
- Isso! – via-se a esperança acendendo o brilho das safiras. – Porque Sam, nada a ver vocês dois – diante da sobrancelha levantada em puro sarcasmo que viu à sua frente, sentiu-se gelar. – Você me ama, eu... Eu sinto isto – pegou nas mãos dela sobre a mesa. – Eu senti isso nesta noite.
- Nesta noite? – Sam puxou as mãos e as cruzou sobre o peito. O contato era demais entorpecedor. – Você não sentiu que esta noite pode ter sido apenas pra te mostrar o que perdeu?
Laura se jogou no encosto da cadeira, o pânico, tão seu companheiro nos últimos meses a assolando novamente.
- Não... Não foi uma vingança. Foi uma retomada – falou alto o suficiente para que pudesse se ouvir e acreditar nisto. Precisava acreditar.
Sam, num reflexo contrário ao que tinha visto, sentia seu próprio brilho esvanecer. Foi com voz oca que deixou seu pensamento se materializar.
- Retomar... Não seria necessário retomar, caso você tivesse cumprido o que prometeu – firmou o olhar contra o dela. Esmeraldas opacas maculadas pela tristeza. - O meu... Casamento com Arthur, ou o quer que esteja acontecendo, é resultado da sua escolha.
Laura sentiu o golpe, o conflito enfim ganhava contornos. De qualquer forma estava grata por Sam ter esperado algumas horas, por tê-la deixado se aproximar e, quem sabe, explicar...
- Vem, vamos embora, a gente precisa conversar... – ofereceu a mão a ela, mas Sam, pela primeira vez, a recusou.
Já estavam na rua, ambas caladas, perdidas nos pensamentos, quando Laura foi segurada pelo braço.
- Moça, se a senhora sair sem pagar tudo aquilo que comeu, eu vou ter que dar o meu salário inteiro...
- Ah, desculpa, eu... – olhou para o lado, mas Sam simplesmente não havia parado. – Sam! – gritou.
- Resolve isso, Lau... – respondeu a alguns passos de distância. – Eu não vou sumir!
Contrafeita, Laura voltou para a padaria, ao tirar a carteira do bolso:
- Vocês aceitam dinar sudanês?
Na pressa, ao sair havia pego a carteira errada. Agora estava num dilema, vigiada pelos funcionários, a maldição de não ter anotado o número de Sam... Não restava outra alternativa a não ser fazer o que não queria.
- Lê! Que bom que foi você quem... Credo! Isto é jeito de... Ei, pera ai, você não sabe o que... Cala a boca e me escuta. Eu estou aqui, na padaria perto da Sam, sabe qual é? Vem pra cá o mais rápido que você puder, traz dinheiro e, principalmente, não conta pra ninguém que estou aqui. Entendeu?
***
Antes de finalmente entrar no apartamento, Sam deu várias voltas pelo corredor. Era difícil conter o impulso de permanecer ao lado de Laura. E o que mais a assustava, era que, diferente do que sentia antes, na primeira visita, agora o pânico também estava presente. “E se ela não voltar?”.
Irada consigo mesma, bateu a porta com força. Precisava pensar, precisava de tempo. E não tinha muito. Ligou para o celular de Arthur, que ela não sabia já não existir. “Maldição!”. Ligou então para a casa dele.
- Arthur, preciso falar com você – falou assim que ouviu o ‘alô’ dele.
- Geralmente é por isto que as pessoas ligam – respondeu sarcástico. – Só que eu não estou nem um pouco a fim de falar com você, Sam. Tenho certeza que você vai acreditar nas histórias dela mesmo, vou perder meu latim por quê?
- Pelo que vejo, sua defesa já está bem armada, não é? Mas não, você está enganado. Estou te dando a chance de me dizer o seu lado da história – ela jogou, afinal se dissesse que não estava entendendo nada, ele poderia tentar ganhar terreno, já não confiava nele inteiramente. Ouviu um suspiro desesperado do outro lado.
- Sam, eu não entendi o que ela falou aquele dia, a ligação estava ruim. Só fui deduzir que era ela semana passada, quando ligaram perguntando de você...
- Peraí, Arthur... De que dia você está falando?
- Do dia que... Ela não te contou isso? – a voz dele ficou assustada. Sam mordeu os lábios, cada vez entendia menos a história.
- Claro que contou – achou melhor continuar dando linha. - Eu só quero saber se você conta as mesmas coisas que ela. Porque, Arthur, não dá pra acreditar...
- To falando! Você acreditou nela! Acha que eu não te dei o recado que ela não ia poder vir pra cá de propósito! Acha mesmo que eu ia perder o meu tempo naquele aeroporto por nada?
- Então ela te ligou... – pensou alto. – Arthur – seu tom agora era exasperado. – Que raio de noivado?
- Merda! – ele gritou. – Eu falei pra te proteger, não percebe? Ela sumiu por seis meses, depois ia querer estalar os dedos pra você voltar pra ela abanando o rabinho. Sou teu amigo, caralh*! Não quis que ela te fizesse de idiota, inventei isto pra ela nunca mais brincar com você!
- Cara! Não passou pela tua cabeça que eu tenho o direito de escolher se quero ou não fazer o papel de idiota? E depois, você me desculpa, mas tá difícil de acreditar que você agiu tanto assim na boa vontade...
- Tá bom, Sam! E você pensou em tudo isso sozinha? Ou aquela bichinha do Gabriel andou inventando coisas pra você? Ou foi aquele bando de sapa?
- Eles... Também sabiam?
- Quer saber, Sam... Vai correr atrás da tua caminhoneira, aproveita enquanto ela não enjoou de você ainda.
Arthur bateu o telefone possesso com ele mesmo. Percebeu que acabou se enrolando em sua própria teia e o pior, Sam pareceu não ter acreditado nele. Resignado, se jogou no sofá.
- Agora eu preciso deixar o Cássio do meu lado. Merda, vou mesmo ter que virar michê...
***
A embalagem rosa bateu na beirada da cesta e entrou.
- Oito a dois – conferiu entediada, abrindo mais um bombom.
- Laura Sanches – sentiu uma pesada e conhecida mão a puxando pela orelha. – O que significa esse papelão!
- Ai, calma mainha! – sem alternativa, levantou-se na direção que a mãe puxava, tentando manter a orelha grudada na cabeça. – Larga!
- Larga a menina, Letícia – Gilberto falou do seu tom zen, puxando a esposa e, por consequência ainda mais a orelha da filha. - Olha como ela tá magrinha...
- Oxe! Só se for de ruindade – comentou a atendente.
- Olha aqui, você não se meta com a minha filha! – Letícia virou, dando de dedos na cara da atendente, que protegeu as orelhas e se afastou dali.
- Qual parte do “ser discreto” você não entendeu? – perguntou baixinho ao irmão, massageando a orelha vermelha enquanto a mãe seguia a balconista esbravejando.
- A parte do “traz dinheiro”... – Gilberto falou também baixinho no meio deles. – E aliás, quanto dinheiro! Você levou comida em algum abrigo?
- Ah, painho... Tava com fome – falou dando um abraço nele.
- Ainda bem que você se alimentou bem, é mais fácil sobreviver à fúria da sua mãe...
- Eu estou bem aqui atrás de você, Gilberto!
- Fúria, aliás, muito justificada, diga-se de passagem, né amor – ele falou largando Laura e se postando ao lado da esposa, com um balançar da cabeça que dizia muito eloquentemente para a filha: vai que é tua.
- Ai, inferno! – Laura resmungou saindo, finalmente, da padaria. Conseguiu ouvir o “ahhh” coletivo das pessoas que tinham parado para assistir ao show familiar.
- Vamos pra casa, você tem muito que explicar dessa vez – a mãe falou, puxando-a pelo braço em direção ao carro.
- Ei, calma ai... – Laura tentava parar, mas o irmão tinha passado o braço em volta de seus ombros. – Espera gente, eu não posso ir... - mas ninguém parecia ouvir, o pai já tinha aberto a porta, o irmão a empurrava, a mãe puxava. – A Sam está me esperando!
Por fim foi ouvida. Todos estancaram imediatamente. A porta do carro foi novamente fechada, a mãe a soltou, Leandro tirou o braço de trás dela, que obviamente caiu sentada, já que se puxava para trás.
- Ow inferno! – repetiu, ao se levantar, limpando a parte traseira da calça. – Acho que eu sou a única normal da família – resmungou.
- Você voltou na cara dura? – Leandro perguntou.
- O pai dela vai te matar! – o pai falou ao mesmo tempo.
- Depois de tudo ela te aceitou... – Letícia balbuciou incrédula.
- Não sei, mainha, a gente ainda está conversando. Não foi assim como se eu não tivesse dito nada, né. Apesar de ter demorado mais do que eu achava, o recado que eu pedi pra vocês darem a ela é o que me ajuda um pouco...
- Ah, o recado! – Gilberto comentou ao olhar para as nuvens, tentando se lembrar. – O do suadão, né? Ah é, você falou o nome dela...
- Aquele recado era pra ela? – Letícia interrompeu surpresa. – Vixe! A gente... Ele entendeu tudo errado! – explicou, jogando a bola para o marido.
- Saiu pela culatra – Leandro falou com uma careta.
Laura olhava de um para o outro, a compreensão a atingindo aos poucos.
- Vocês não deram o recado pra ela! – falou empalidecendo.
- Pior! – Leandro falou aumentando a careta.
- Impossível...
- Tudo é possível. A gente... A sua mãe falou do jeito que você termina seus namoros... Assim como você sempre faz, de sumir, ir embora deixando só um recadinho... – Gilberto devolveu a raquetada.
- E por um acidente, não foi de propósito, a Sam... Ela...
- Ouviu...? – Laura perguntou, certa de que estava mesmo pronta pra um desmaio.
Leandro balançou a cabeça, afirmando. Gilberto voltou a olhar as nuvens. Letícia contraiu os lábios e Laura... Laura sentia ímpetos de rastejar aos pés da namorada, imaginando o que ela sentira. Concordou com a mãe: mesmo assim ela me aceitou! Bem, na verdade não tinha aceito, mas tinha recebido, o que já era uma grande coisa. E parecia disposta a ouvir.
- Ela me ama... – soltou com um sorriso, surpreendendo os outros. – E precisa me amar muito – falou preocupada, coçando a sobrancelha, ao se lembrar que não tinha muito o que explicar.
- Ela ficou mal, Laura – Gilberto falou.
– Ficou até doente... – o irmão completou.
- E o insuportável do pai dela ficou descontando na gente, aquele metido! Não entendo o que... – Letícia bufou sem concluir.
- Ela ficou doente? Mas e o Arthur, não falou com ela?
- Quem? – Gilberto perguntou confuso.
- Eu... Bem, painho, desculpa, mas quando eu vi que era o senhor que ia anotar o recado, bem... Liguei pro outro número que eu tinha, o do Arthur, um amigo canalha dela e pedi pra ele explicar pra ela que eu estava indo resolver uma emergência, que eu a amava e que voltaria...
- Seis meses depois – Leandro ironizou.
- Emergência? Você é fotógrafa que eu saiba. O que pode ter de emergência pra uma fotógrafa resolver? - perguntou o pai.
- Ora, Gilberto! Você não quer que o mundo pare até o fotógrafo chegar, não é? Ela tem que estar onde as coisas estão acontecendo, faça-me o favor! E aquela menina saiu mimadinha feito a mãe, não pode esperar, é tudo do jeito dela, na hora que ela quer!
- Tá falando de quê, mainha? – Laura perguntou, lembrando-se que Sam disse sobre as mães terem se conhecido.
- Eu...? De nada... Eu... – acuada, fez o que se espera das feras atacadas. – Não mude de assunto, Laura Sanches! A sumida aqui é você!
***
Sam apertou o botão do elevador. Novamente. E novamente desistiu. Voltou para o apartamento, mas não fechou a porta. Foi até a sacada e olhou a rua: nada.
Era indescritível o que sentia. Uma força arrebatadora, incontrolável, que a dominava de uma forma que se não estivesse sentindo, mas contassem a ela, diria que a pessoa era fraca, fresca...
Queria voltar à padaria, já fazia tanto tempo que Laura estava lá. Por outro lado, as imagens da espera sem fim no aeroporto, a angústia de não saber o que estava acontecendo, os meses conjecturando, imaginando, ansiando...
- Meu Deus, eu não vou aguentar isto! – falou sufocando o que parecia um choro seco.
Num acesso de fúria, em grande parte por sua própria reação, passou a mão pelo aparador da sala derrubando tudo ao chão, o único castiçal restante ela arremessou de encontro à porta semiaberta, no exato instante em que Laura entrava.
Fim do capítulo
Os bibelôs de Sam sentiram a emoção de voar na produção desse capítulo. Mas as orelhas de Laura sofreram danos.
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IzaHass
Em: 29/05/2017
Tendo a achar que a falta de uma comunicação mais clara entre elas é um problema muito mais sério do que um Arthur, ou uma Lupe, ou os compromissos na África. Sei lá! Essas coisas que não são compartilhadas por inteiro, ou faz-se a opção em omitir, como é tão frequente entre elas, é que vão embaralhando tudo... Eita complicação! Como não alimentar insegurança desse jeito!? A vontade que dá, lendo estes três últimos capítulos, é de sentá-las frente a frente, amarradas - TALVEZ antes mesmo de matarem a saudade - e só soltá-las depois de esclarecerem tudo. É, autora, a pausa pra respirar é realmente muito curta. E a risada maléfica segue ecoando... <o>
Em tempo: uma boa trama dá nisso: provoca deslocamento, leva à reflexão, às vezes, desespera... hahaha Obrigada :)
Resposta do autor:
Se fosse uma avaliação vc teria tirado nota dez com louvor! Os próximos capítulos vão... Se bem que já está no fim mesmo, se nos próximos não desenrolar, não desenrola nunca.
(não consegui me impedir de soltar mais um riso malévolo, só não escrevi que é pra não te assombrar mais).
Monica Franca
Em: 28/05/2017
Acalmando meu coração achando que uma das duas vai "capar" literalmente o Artur. Filho de uma mãe boa...
Aguardando mais...
Bjos...
Resposta do autor:
esse seu literalmente me fez ter imagens muito vívidas, tive até pesadelos com mouros e cimitarras fabricando eunucos :o
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patty-321
Em: 28/05/2017
Eita que? o rolo continua. Oh morena desastrada ganha de mim. Família louca. Laura precisa acertar nas contas com o falso do Arthur.
Resposta do autor:
A família da Laura me encanta. Talvez por ter sido inspirada na minha... gente doida, cara! :o
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Tatta
Em: 28/05/2017
Hahahaha acho que Laura é o brinquedinho preferido de Murphy!!! Kkkkkk
socorro... já tô ficando agoniada de novo pq preciso saber exatamente o que aconteceu!!!
Resposta do autor:
pois não é! Murphy gosta dela assim como ela gosta de pão de queijo, uma loucura!
Não se agonie pq vocês tão com sorte, quando postei no abc me deu uns brancos, bloqueio total e todo mundo esperou o mesmo tempo que a Sam pra saber da Laura #TodasQueremMatarAAutora :o
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Suzi
Em: 28/05/2017
Minha nossa senhora dos perdidos achados e desavisados!!! Quanta confusão xente, o Gilberto é um tonto digno de oscar framboesa, não é possivel que a Laura sabendo que o Arthur é um canalha tenha ligado logo pra ele esperando que ele seja decente e dê recado à Sam?!
*&%&*¨&*%$¨&%&*%& só assim pra te xingar Laura!!! E em seis meses a criatura nem sinal de fumaça?
Orelhas doídas, é pouquinho perto do que dá vontade de fazer contigo Dna Laura! Minha vingança será com a candelabraço da Sam em ti...kkkkk
Carla, desculpa algumas palavras equivocadas que sairam escritas nos coments anteriores, quando leio pelo celular e comento a porcaria do corretor faz alteração e na pressa não olho (:
Bjão e ótimo finalzinho de domingo
Resposta do autor:
Lembra que a Sam um dia deu o número do Arthur pra Laura e ela decorou (pensando que fosse da loira) mesmo sendo péssima pra isso? Depois a família dela ainda comenta que ela puxou a mãe, que não decora nem o próprio número. Pois é... deu nisso. Creio que vai ser possível entender os motivos da Laura pra não ter enviado sinais de fumaça, se bem que acho que isso ela mandou, a Sam que não deve ter olhado pro céu :o
Quanto a escrever coisas erradas, acredita que no capítulo de ontem troquei o nome do pai da Sam? Pois fiz e se a Bárbara (leitora atenta, sem vinho) não tivesse falado tinha ficado por isso mesmo. #SouDessas
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NeyK
Em: 28/05/2017
Esse Arthur é um FDP, pq essas mulheres n conversam logo o.O
Resposta do autor:
Olá!
Eu pensei um bocado antes de fazer essa demora/enrolação pra elas conversarem. Se você pensar no tempo que decorreu desde que a Laura surgiu na lanchonete até esse capítulo nem foi grande coisa, acho que umas 14 horas, mas quis fazer a separação em capítulos e colocar coisas acontecendo no meio pra dar a noção do que foi esse tempo pra elas. Acontece que a Sam está internalizando algumas coisas como xasfashealksjfhaeur e açsdkfhasdfjheh, a Laura sabendo que aslkfasjdflas e ai não pode asdlfasjdfçaksdjfasldf. Então é isso!
Ah, desculpe, o bloqueador de spoiler pode ter alterado a resposta :o
Beijins, obrigada por comentar o/
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NovaAqui
Em: 28/05/2017
Isso tá mais enrolado que carretel dos meninos que soltam pipa oi cafifa aqui perto de casa.
Espero que elas consigam conversar agora
Torcendo para que elas se acertem
Abraços fraternos procês!
Resposta do autor:
creio que vou rir o resto da semana do carretel dos meninos! :D :D :D :D :D
Beijins!
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