Free Yourself por Vieira
Capítulo 24 – Casamentos!
Falta menos de duas horas para Alexia ter em seus braços a pequena Valentina por definitivo, Clara estava terminando de se arrumar para ir com ela ao hospital. Olhou viu Sofia entrando com uma caixa, jogou em cima da mesa e respirou fundo, a encarou.
- Está tudo aqui Clara! Bateu na caixa. A médica não entendeu nada.
- Amiga o que é isso? Tudo o que? Piscou algumas vezes. Andou até a caixa e abriu, pegou alguns livros. – Manual de instruções para cuidar do seu bebê, Maternidade, como alimentar seu bebê... Olhou a amiga de forma séria. – Você só pode tá de brincadeira Sofia... Cruzou o braços, sentiu uma vontade de rir mas Sofia estava realmente séria.
- Claro que não, está achando que é fácil ser mãe? Isso ajuda muito... Sentou. Clara colocou a mão na nuca, ficou de um lado para outro.
- Eu não sei se vai dar certo isso... Estava aflita
- Isso o que?
- Ser mãe, eu não tenho talento para isso... Parou – Ser casada... Sofia a encarou.
- Está arrependida Clara?
- Não... Quer dizer estou com medo de não conseguir conciliar tudo isso... Já estava aos nervos e você me aparece com isso... Não Sei! Sentou. Sofia se aproximou dela.
- Ninguém disse que era fácil, mas não é nada impossível, é tipo aprender a andar de bicicleta... Clara a fuzilou.
- Qual lógica Sofia, de andar de bicicleta e casar?
- Pega o mácete e vai embora! Gargalhou, Clara preferiu não comentar. Saíram, Alexia se encontrava em um pé e outro, quando Clara chegou quase foi estrangulada.
- Pelos céus Clara, que demora... A Dra olhou o relógio.
- Amor estou dentro do horário... Ficou fitando a namorada.
- Vamos, não temos mais tempo para perder. Alê arrastou Clara. Alexia estava louca porque a namorada estava dirigindo devagar.
- Essa tartaruga não vai mais rápida? Clara achou melhor não rebater.
- Quero saber o problema de você e a Valentina ir direto para minha casa... Alexia a encarou.
- Já disse que a gente vai casar primeiro... Clara revirou os olhos.
- Podemos casar depois ué?
- Vai ficar na minha casa sim, quando casarmos decidimos aonde vamos morar...
- Alexia, minha casa é enorme, eu não vou abrir mão dela caso você esteja pensando em comprarmos outra casa...
- Qual o problema Clara?
- O problema é que gosto da minha casa, é enorme, tem espaço, e eu tenho um certo apego sentimental com ela...
- Grande coisa... Você conseguiu ela sozinha, quero construir algo com você!
- Mas que droga Alexia, eu não irei sair da minha casa, que coisa complicada de entender... Esbravejou.
- Tudo bem Clara... Pronto, a médica comprou uma briga...
Foi uma loucura a despedida da Valentina do hospital, Alexia não cabia em felicidade. Foram para o restaurante do Doug onde teria uma pequena 'festinha de boas vindas' para a bebê. Todos estavam encantados com a menina... Clara não parecia muito feliz... Sentou ao lado de sofia.
- Sofia, Alexia quer que a gente vá morar em outro lugar! Foi a vez da amiga ficar séria.
- Que?
- Isso mesmo que ouviu... Bebeu a primeira dose de cerveja.
- Isso é um absurdo, sair daquela casa grande e luxuosa... Apontou para a amiga. – Você não vai ser manicaca dela, está me ouvindo Clara... A Dra revirou os olhos.
- Óbvio que não, mas não sei convencer ela, está irredutível... Me ajuda amiga... Sofia respirou fundo.
- Tudo bem, falarei com ela... Clara pulou em cima dela.
- Sabe o quanto eu te amo né?!
- Nem vem com essa melação, eu que sempre resolvo seus 'B.O's não seria diferente esse... Sorriu.
- Isso joga na cara mesmo, só porque foi algumas vezes na prisão, processou algumas pessoas, e me salvou de alguns processos... Clara a encarou.
- Não queira que eu fale em números, pois me recordo muito bem dos seus casos... Clara sorriu.
- Tudo bem amiga, precisa não... Eu te atendo de graça.
Estava tarde, Clara e Alexia seguiram para a casa da morena, a médica dormiria lá, tudo de Valentina estava na casa de Alê. Encontraram uma Rita muito irada, mas não se justificou, passou para o quarto, se quer olhou para a 'netinha'.
- Odeio ela... Clara sussurrou.
- Deixa ela... Vem, vamos colocar a Valentina no berço! Alexia foi tomar banho e Clara ficou como besta velando o sono da pequena, tocava na mão da bebê, cobria, descobria, não sabia o que fazia. Alê saiu do banheiro e ficou fitando a cena da noiva com a filha, o engraçado é que Valentina apesar de não ter nenhuma familiarização com a Dra, a pequena tinha traços semelhantes da médica, até os olhos travessos e o risco do sorriso... Como poderia? Clara estava tão apaixonada pela bebê que não notou a presença da mulher. – Quer um babador? Tem ali... Apontou ironicamente, Clara sorriu.
- Ela é tão bonitinha dormindo... Abraçou a noiva e a beijou. Mordeu a bochecha da morena.
- Odeio quando faz isso... Clara sorriu. As duas deitaram... – Precisa tomar banho, sabia porquinha? Sorriu Alê. Clara revirou os olhos.
- Eu sei amor, só estou com preguiça, mas já eu vou... Alexia ficou olhando para ela. O que foi?
- Tudo bem amor...
- Oi?
- Vamos morar lá... Clara sorriu. – Mas já sabe que sua rotina vai ser modificada, a casa também, quero que ela se pareça comigo... Fez bico.
- Claro amor, você pode fazer o que quiser, construir, desconstruir, o que quiser... Estava feliz. Alexia gargalhou.
- Não é pra tanto... Mas a gente só vai morar com você quando nos casar... A médica revirou os olhos e levantou.
- Vamos casar logo Alexia... A morena a encarou. – Não vou ficar longe de vocês, quero ficar perto das duas o maior tempo possível... Foi tomar banhou. A morena fitou a bebê que dormia tranquilamente.
- Marcos o que foi que eu te pedi? Douglas o fuzilou.
- Amor eu esqueci tá bom? Amanhã eu prometo que compro... Marcos havia quebrado o controle da garagem. Douglas saiu do carro, Pedrinho dormia atrás. Abriu o portão, estanhou uma silhueta de uma pessoa a frente da casa de Clara.
- Amor quem é aquela pessoa? Apontou... Marcos ligou os faróis do carro.
- Alice! Se assustou, ela estava totalmente irreconhecível, com uma camiseta de manga longa e capuz, tinha os olhos vermelhos, estava totalmente magra. – Vou lá... Ele saiu do carro, a mulher começou a correr. – Alice, calma... Ela sumiu na esquina. Ele se voltou para o marido.
- Gente por um minuto achei que Gollum do senhor dos anéis estava ali... Marcos o encarou. – Brincadeira amor... Ela parecia drogada Marcos... O marido guardou o carro e colocou o Pedro em seu quarto. Douglas estava na sala jogado no sofá.
- Douglas acho que Alice voltou a usar drogas... Ele encarou o marido.
- Será amor?
- Ou isso, ou ela estava chorando...
- Não sei, acho que Alice sofreu bastante com esse lance de drogas, não voltaria para essa vida assim...
- Tomara que esteja certo bebê.
Clara abriu os olhos e viu Alexia andando de um lado a outro alimentando a pequena Valentina, ficou observando ela, parecia ter nascido com o dom de ser mãe, a menina tinha os olhinhos brilhando, ela sorriu sabia que a pequena não iria dormir tão cedo.
- Dorme meu amor, a mamãe precisa dormir, precisa trabalhar mais tarde... Sorriu. Clara levantou e foi até onde ela estava, as cortinas da janela estavam aberta. Abraçou Alê por trás... E ficou observando a movimentação da rua, tão calma. – Te acordei?
- Não amor, senti falta do seu corpo fazendo peso no meu e despertei... Alê sorriu. – Quer me dar ela? Perguntou timidamente, a morena a fitou. Clara não tinha nenhum jeito para criança, pegou a pequena poucas vezes e sempre foi muito rápido...
- Ela já está quase dormindo... Ficaram mais alguns minutos, a morena ficou sem paciência pois a pequena estava mais acordada do que nunca. Alexia deitou a bebê na cama ao lado de Clara que estava olhando algo no celular. – Amor ela não dorme... Clara olhou para a menor "Sapeca" pensou. Olhou ao redor do quarto viu um violão que Alexia disse que ganhou mas nunca aprendeu a tocar, foi até ele, verificou, estava totalmente desafinado, aproveitou afinou. – O que cê vai fazer? Clara sorriu. Sentou ao lado das duas e começou fazer um dedilhado tão suave que Alexia bocejou de primeira, e começou...
Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir
Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir
Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar
Guardei
Sem ter porquê
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
Achei
Vendo em você
Explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar
Pra você guardei o amor
Que aprendi vendo os meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que o arco-íris
Risca ao levitar
Vou nascer de novo
Lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lábios beijam signos feito sinos
Trilho a infância, terço o berço
Do seu lar...
A voz de Clara era tão calma, suave e apaixonante, a namorada não tirava os olhos dela, naquela silhueta perfeita, projetada pela luz da parte exterior. Acabou se emocionando... Valentina? Valentina dormiu, estava tão linda, tinha um semblante tão calmo. Clara finalizou gargalhando baixinho.
- Você é meio surreal sabia? Alexia falou colocando a bebê no berço. Voltou para a cama. – Quem diria que não resistira aos seus encantos dona Clara, e ainda por cima, quem diria que tinha um lado tão apaixonante assim, tão ... Pensou. – Tão humano... A outra esboçou um sorriso.
- Talvez ele esteve tão ferido que deu vaga a outro eu que construir com o coração partido... Alexia notou uma certa magoa.
- O que sente por ela? Clara pareceu ponderar um pouco. – Não vou dar ataques de ciúmes... Sorriu. – Prometo!
- Não há necessidade de ataques de ciúmes... Pensou mais um pouco. – O que sempre esperei foi o final desse relacionamento que ela me privou, deixando apenas um bilhete e sumindo, sentia-me vazia e triste, sentia que tinha uma divida com meu amor, pois eu a amei, não a culpo se ela fez diferente, não se deve culpar ninguém por não te amar, isso é uma coisa tão íntima. Os únicos culpados são os donos dos seus sentimentos. Então devia isso para os meus sentimentos, quando nos reencontramos, foi estranho, aquela menina que eu amava não estava mais presente naquele corpo, muitos anos, muitas transformações, e nisso tudo também me transformei, meu amor também se transformou em algo que se assimila a um simples carinho... Não sinto mais nada em relação a ela...
- E em relação a mim? Alexia estava com vergonha da pergunta que fez. Clara a encarou divertidamente.
- Bom, você é gata, tem umas pernas lindas, tem um corpo que... Meu deus! Sorriu. – É isso... Deu de ombros, Alexia jogou um travesseiro nela. Ela gargalhou baixinho. – Estou brincando... Olhou para a luz que vinha da janela. – Você me fez retornar a adolescência, eu sinto todas aquelas coisas, frio na barriga, coração acelerado, saliva escassa, ciúmes, saudades, desejos, vontades, encantos... É como se estivesse aprendendo como se sente isso tudo de novo. Mas existe algo a mais, você ocupa todo espaço em minha vida, preenche todas minhas necessidades, e por isso sei que não me precipitei quando te pedir em casamento, soube da primeira vez quando nossos lábios se tocaram, que a queira para viver uma vida inteira... Alexia sorria. – Não sei como é uma vida de casada, como é a rotina, as dificuldades os problemas na relação, como ser mãe, o que dizer e como fazer para que Valentina se torne uma pessoa de conceitos de pensamentos próprios, cheia de humildade... Suspirou. – Você além de ter trabalho com ela vai ter trabalho comigo. Deu um sorriso amarelo. Alexia abriu o sorriso, estava encantada com a médica. Clara se entregou naqueles braços tão aconchegantes.
- Eu te amo! Sussurrou no ouvido dela.
- Eu sei! Sorriu, Alê fez bico.
- Prepotente!
- Eu sei, porque também te amo! As duas ficaram conversando um pouco e adormeceram.
- Estranho Mar, não a vejo a um bom tempo... Alexia estava pensativa. – O que sera que ela queria parada em frente a casa da Clara?
- Não sei Alê, só sei que a chamei e ela saiu disparada seus olhos estavam vermelhos e fundos... Sentou numa cadeira a frente da amiga. – Melhor comunicar a Clarinha...
- Não Mar, a Clara do jeito que é, não consigo imaginar o que irá fazer...
- Vamos para o litoral? Sofia cortou o assunto de Guilherme e Clara que a fitou.
- Quando? O rapaz perguntou.
- Amanhã, ficamos o final de semana inteiro... Bebeu um pouco de cerveja.
- Você que tá querendo luxar... Clara disse de modo debochado.
- Você que é chata! Sofia rebateu. Sorriram!
- Por mim tudo bem, mas não sei se a Júlia vai... Pensou um pouco. – Ela tem trabalhado muito! Sofia agora revirou os olhos.
- Que isso Guilherme a Júlia precisa viver, não é penetrar 24 horas em processos, falarei com ela...
Clara chegou em casa encontrou Alexia na cozinha com a Dalva, nem preciso citar que a mais velha estava apaixonada pela Valentina e já falava "Cadê a vó Dalva" ver se pode?!
- Oi amor... Clara disse a fitando. – Que surpresa... Deu um beijo breve.
- Minha mãe está terminando de gastar minha santa paciência, fiz as malas e vim para cá... Afinal vamos para o litoral amanhã. Clara que estava tomando água a encarou.
- Sério que você quer ir?
- Uê, qual prolema? Clara revirou os olhos. – Que isso Clara, por que não quer ir?
- Só estou um pouco cansada, pensei em descansar bastante esse final de semana... Olhou para a bebê. – E curtir essa coisa fofa... A pegou, de uma forma desajeitada mas pegou.
- Vamos sim, já confirmei nossa presença! Clara deu de ombros e saiu com a menina para o quarto. Alexia ficou conversando um pouco mais com a Dalva. Resolveu ir ver o que as duas crianças estavam fazendo, quando chegou ficou hipnotizada com a cena, Clara dormia e Valentina dormia por cima dela, era incrível a tamanha semelhança entre as duas, e isso estava deixando Alexia intrigada. Colou a pequena no berço que Clara deixou prontinho para ela, e deitou até que dormiu. De manhã bem cedo Valentina serviu de despertador. Clara levantou a força, resmungava a cada passo que dava, Alexia estava ficando sem paciência, quando Clara colocou o carro para fora, viu Sofia e Marcos, ambos realizar a mesma função, sorriu para os amigos e voltou para pegar as coisas da noiva e da filha. Foi uma viagem bem cansativa. Encontraram Júh e Gui em um posto mais a frente. Sofia, Drezza, Marcos e Douglas estavam bem estranhos, numa euforia inexplicável. Clara resolveu sair com Alê dar uma pequena volta na praia quando retornou viu uma movimentação enorme. Lucas estava pulando de um lado a outro, tinha umas pessoas que não conhecia, em seguida viu Júlia e guilherme chegarem, tiveram a mesma surpresa.
- O que tá acontecendo aqui gente? Júlia perguntou curiosa.
- Não sabemos... Acabamos de chegar também! Alê respondeu. Adentraram na casa, quando viram os quatros a correria foi grande, Guilherme viu Gustavo Suassuna seu irmão, estranho demais...
- Ainda bem que vocês chegaram! Gritou Lucas.
- Luk o que faz aqui? Quem são essas pessoas? Clara o fuzilou. Ele não deu ouvidos saiu puxando ela e sua namorada, o mesmo fez Gustavo com Gui e Júh. Quando chegaram na parte inferior da casa estava impecável havia várias cadeiras formando pequenas filhas, um caminho pela a areia desenhado por rosas, até uma mesa simples, onde tinha uma mulher sorrindo, ao lados Sofia, Andrezza, Marcos e Douglas. Guilherme avistou os pais deles sentados em uma das primeiras filhas, Clara avistou Vitor e Lucas seus amigos do litoral que atualmente estavam morando na Itália, até a velha rabugenta da mãe da Alexia estava presente, dentre eles tinha outros amigos, até a raposa velha do Antunes com sua esposa, eram só sorrisos. Clara fitou Alexia, os amigos fizeram os mesmo. Luk tomou a Valentina de Clara e puxou a médica lá para frente. Marcos tomou a mão de Alexia que o encarou, ele sorriu gentilmente. Clara parou do lado de Sofia e a encarou querendo resposta.
- Bem vinda amiga em seu casamento... Ela arregalou os olhos, os mais próximos começaram a rir do jeito da médica que engoliu seco as palavras dita pela a amiga. Fitou Alexia que parecia que tinha sentido o mesmo. Marcos a conduziu lentamente uma música de fundo começou a tocar Clara olhou em direção a mesa de som e viu Dalva... Ela deu um grande sorriso.
Como vai você?
Eu preciso saber da sua vida
Peça alguém pra me contar sobre o seu dia
Anoiteceu e eu preciso só saber
Como vai você?
Que já modificou a minha vida
Razão de minha paz já esquecida
Nem sei se gosto mais de mim ou de você
Vem que a sede de te amar me faz melhor
Eu quero amanhecer ao seu redor
Preciso tanto me fazer feliz
Vem que o tempo pode afastar nos dois
Não deixe tanta vida pra depois
Eu só preciso saber...
Como vai você?
Precisava falar mais alguma coisa? A música estava falando por si só! Quando chegou encontrou os olhos de Alexia marejados, recebeu a mão dela, e deu um grande abraço no Marcos, beijou a testa da noiva. Quando olhou para os padrinhos gargalhou, Luk e Soh eram padrinhos da Clara e Marcos e Douglas de Alexia... Ficaram pensando como chegaram naquela formação... Observou uma pastora/juíza a frente. Alexia encarou Marcos.
- Posso opinar?
- Não Alexia, não pode falar nada além de 'sim aceito'. Clara sorriu. Alexia fez bico.
- Queria está mais arrumadinha para meu casamento! Fuzilou ele. Clara avaliou a mulher, tinha uma beleza natural, estava vestida com uma blusa rendada mostrando o biquíni, e uma saia longa estilo a parte de cima, estava descalça, o cabelo em um coque com alguns fios soltos, era uma verdadeira beleza natural. A Dra se olhou, estava com um short jeans meio folgado e curto, descalça, uma camiseta branca social cobrindo um pouco do short e aberta, mangas levantadas, estava muito bagunçada, tinha os cabelos solto... Alexia notou o que ela estava fazendo e colocou a mão na boca para segurar o riso, Clara fez bico. Encostou mais perto dela e sussurrou. – Eu gosto do seu jeito de se vestir, está linda meu amor... Clara sorriu.
- Isso é porque ainda não se olhou, tô quase crendo que estou casando com Afrodite em pessoa. Alê gargalhou. a pastora/ juíza pigarreou para as duas que a encarou e deram um sorriso amarelo. Começaram, logo se ouviram um 'Sim!' Das duas As palmas e gritos surgiram, Lucas e Sofia vibravam mais do que as próprias recém casadas. Fastaram um pouco e foi a vez de Guilherme e Júlia, a maior surpresa foi ver Sr Júlio e Sra Rosa Andrade presente no casamento, e o homem a conduzindo até Guilherme que engoliu seco ao ver o sogro que nunca se quer trocou um 'oi'. Os padrinhos de Gui eram Gustavo e Andrezza, e de Júh eram Clara e Alexia... Ao final os dois casais ficaram no centro quando Jennifer e Pedrinho levaram a eles suas alianças. Lucas chamou Letícia para animar com voz e violão. O casamento fora planejado desde do dia que Clara pediu a mão de Alexia, por baixo dos "panos" pelos amigos. Ambos os recém-casados estava em uma felicidade extrema. – Agora sim, vou te ter junto a mim todos os dias! A médica sussurrava enquanto dançavam. Alexia sorriu.
- Acho que agora não tem motivos para que isso aconteça... Parou abruptamente, Clara estranhou. – Amor e nossa lua de mel? Clara piscou algumas vezes...
- Amor, e-eu, bom...
- Não gagueja Clara! Cruzou os braços. A Dra levou a mão a nuca.
- Como vamos ter uma lua de mel, com a Valentina assim tão pequena Alexia? A outra pareceu repensar. – Não esperava me casar hoje com você, acho que isso pode esperar... Alexia revirou os olhos.
- Quando reviro meus olhos, a guerra é grande...
- Calada Clara, eu posso você não! A outra iria revidar, até que Alê enlaçou novamente seus braços no pescoço da mulher. – Você está certa, tem a Valentina... Clara sorriu e beijou.
A festa transcorria bem, tinha poucos convidados, quando Clara avistou Gabriel aquele ex caso do Marcos indo em direção ao casal de amigos gelou... – Amor? Tudo bem? Clara estava pálida. Lucas e Vitor chegaram na mesma hora.
- Bee o bicho vai pegar... Lucas falou...
- Tô vendo!
- Gente o que tá acontecendo? Clara olhou para os amigos...
- Amor volto já... Alexia ficou soltando fumaça odiava ficar falando sozinha. A Dra se aproximou quando notou que Marcos estava mais branco do que a neve em desenhos animados.
- Olá Marcos! O menino cruzou os braços... Douglas estranhou o olhar irônico do rapaz. Marcos abria e fechava a boca.
- Marcos o rapaz está falando com você, responda! Douglas o fitou.
- O-olá Ga-Gabriel, tudo bem? O rapaz fez uma avaliação dos pés a cabeça do modelo.
- Estou muito bem, e vejo que você também! Olhou para Douglas e Pedro. – Seu filho?
- Sim, meu filho!
- Oi Gabriel! Lucas chegou puxando o rapaz, mas o mesmo se recusou a sair. Clara fitou Marcos que implorava por ajuda através do olhar.
- Olá Gabriel! O rapaz pareceu recordasse da moça.
- Há, olá... Você é aquela médica que estava no aniversário da Gabriely? Clara afirmou que sim com a cabeça. – Agora entendi porque conhecia o Marcos! Clara olhou para Vitor.
- Gab vamos dar uma volta...
- Qual é gente não posso mais nem conversar com meu ex... Douglas encarou Marcos, Clara colocou a mão na nuca, e os meninos ficaram sem reação.
- Oi? Desculpa moço não escutei direito... Ex? Douglas estava ficando vermelho. Gabriel percebeu a reação de Marcos.
- Sim, mas não esquenta tá, não há nada entre nós, caso passado... Pensou um pouco. – Quase quatro anos atrás. Marcos engoliu seco, Alexia chegou mesmo na hora.
- Quatro anos atrás? Encarou Marcos. – Quatro anos atrás Marcos?
- Doug acho que Gabriel está se expressando mal... Clara tentou ajudar, cutucou Gabriel que reagiu ao cutucão.
- Uê gente que qui tem? Passado!
- Gabriel acho que você deve ir embora... Marcos estava sério.
- Nossa, o que fiz? Eu em?! Saiu, olhou para Lucas e Vitor que já foram dando tchau. Virou-se para Douglas e sentiu o soco no rosto, se desequilibrou, Clara o segurou.
- Eu não acredito Marcos que você me traiu... Estava com os olhos marejados... – E o melhor... Limpou a primeira lágrima. – Agiu esse tempo todo como se não tivesse feito nada. Olhou para Clara. – E você Clara, sabia disso? Clara abriu e fechou a boca. Alê a fuzilou.
- Sabia sim! Marcos respondeu por ela... Alexia interviu.
- Como deixou isso passar Clara? Estava ficando nervosa, o climão tinha se estabilizado aquela região da festa, Sofia chegou acompanhada de Andrezza... Luk ninguém o viu mais.
- Calma Alexia! Marcos falou primeiro do que a Dra. – Eu que não a deixei falar... Douglas estava ficando cada vez mais alterado.
- Eu não acredito Marcos!
- Ela acabou descobrindo sem querer... Olhou para a médica que estava encarando Alexia. – Ela que me fez agir em relação ao que estava fazendo, e depois implorou para que eu te falasse, mas eu me recusei... Ela disse que esse dia chegaria! Agora a médica que o encarou. – Eu tinha tanto medo amor...
- Não me chama de amor Marcos! Douglas estava gritando. – Como fui ludibriado desse modo? Chorava. – Mas claro, você e Alice, as pessoas mais "certas" da turma, só poderia fazer coisas semelhantes... Sofia tocou no ombro do amigo mas ele se esquivou. – Você Dra Clara, poderia ter sindo mais forte e feito o que fez com Alice... Alexia continuou a encarar.
- Douglas eu não poderia intervir dessa forma... Marcos prometeu que iria resolver tudo... Imaginei que ele te contaria.
- É mas não contou! Gritou.
- Sinto muito, mas não poderia fazer nada!
- E por que, quando se tratou do meu casamento Clara você colocou até detetive... Foi a vez da estilista ficar exaltada.
- Alexia, foram situações totalmente diferentes...
- Há não me diga... Diferente onde? Não é traição do mesmo jeito?
- Amor, acontece que Alice lhe traia porque queria, gostava, não pensava em você, diferente de Marcos...
- Diferente em que Clara? Gritou Douglas.
- Eu era viciado em jogos Douglas... Foi a vez dos pais de ambos os encarar... Ele olhou nos olhos do marido. – Gabriel foi uma consequência de dividas... Douglas gargalhou debochadamente.
- Era o que me faltava mesmo Marcos...
- Eu compreendo sua raiva, não estaria diferente, mas eu estou te pedindo que me entenda e escute...
- Estou entendendo perfeitamente... Você passou vários natais enfeitando meus chifres... Baixou o nível. Encarou o marido. – Eu que não irei ficar mais olhando para essa sua cara... Pegou na mão de Pedro. – Vem meu amor!
- Douglas? Marcos fez sinal para ir atrás dele quando Clara o impediu.
- Espera ele esfriar a cabeça!
- Mas...
- É melhor cara! Sofia que se mantinha calada resolveu ajudar. Clara procurou Alexia, estava seguindo Douglas. Ela correu atrás deles. Encontrou na casa, Pedro estava na sala assistindo TV e Douglas com sua mulher no quarto. Estava jogado na cama em soluços, quando viu Clara entrando.
- O que está fazendo aqui? Levantou ferozmente.
- Calma Douglas, vim apenas conversar com você... Posso? Ele sentou novamente. Ela olhou para Alexia que estava inexpressível. – Eu sei que errei em não te falar...
- E como errou Clara! Gritou o rapaz.
- Por favor Douglas, não seja infantil e me escute sem ficar me cortando! Agora Clara que estava ficando exaltada, começou a andar de um lado a outro do quarto, Alê tocou no braço do amigo pedindo para ele fazer o que ela estava pedindo. – Foi bem naquele tempo que viajei para EUA, acabei topando com Marcos e fiquei sabendo disso, daí você já sabe o que aconteceu... Viajei e fiquei sabendo pelos meninos que Marcos tinha feito o que me prometeu, tinha terminado o relacionamento, que tinha apenas de faixada com o menino... Então eu esperei que ele lhe contasse...
- É, volto a repetir que ele não contou!
- Tudo bem Douglas, já entendi também... Parou e encarou os dois. – Foi algo tão fútil que não representou nada para o Marcos... O que estou querendo dizer é simples Doug, pensa muito bem em seus próximos passos em relação ao Marcos, pois agora não é mais dois e sim três... Pedro irá sofrer com uma separação a esse nível, pensa no amor de vocês, no que vocês dois construíram até aqui, pensa muito bem Douglas...
- Você quer que eu absorva Marcos do erro dele?
- Não! Estou querendo que olhe com um olhar humano e compreensivo, pense em tudo antes de agir e tomar qualquer decisão do rumo de seu casamento e família...
- Estou tão magoado Clara! Abraçou Alexia. Foi a vez da médica sentar ao lado dele.
- Eu sei que está, também estaria... Não estou pedindo que perdoe Marcos, só que faça o melhor para vocês três Doug! O rapaz continuou chorando. – Espero que me perdoe também, mas não poderia invadir seu casamento desse modo... Levantou, Douglas pediu para ficar sozinho. No corredor Clara segurou a mão da mulher que mantinha sua posição inflexível. – Eu sinto muito por ter invadido seu casamento daquela forma, entendo se você ficar magoada comigo, e entendo se ficar em relação ao Douglas, sei que errei, mas eu não sei lidar com traições... Ela a encarou. Nada disse, apenas abraçou a mulher e começou a soluçar com o rosto em seu pescoço, Clara a conduziu até o quarto. Sentou com Alê, fitou Valentina que dormia serenamente.
- Clara? Alexia tinha a voz roca. A Dra encarou.
- Sim?
- Eu sei que já falamos sobre isso naquele acontecido de Bruna... Soluçou. – Mas acho que deveríamos falar de novo. Eu só quero te pedir que se por ventura se apaixonar por outra pessoa, ou achar que a vida ao meu lado não está boa para você, que quer viver coisas novas ou voltar aquele tempo que era solteira, me comunique, eu não aguentaria mais uma traição... Voltou a soluçar. Clara abraçou.
- Eu gostaria que fizesse o mesmo comigo meu amor... Segurou seu rosto. – Não vou te prometer a vida mais feliz, que não haverá brigas, pois vai haver! Não vou te prometer que não vamos passar por nenhuma crise, pois sei que isso acontece em qualquer casamento, mas eu te prometo que sempre vou pensar em todo amor empregado por ambas nesse casamento... Olhou para a filha. – Que agora se multiplicou... Eu vou me esforçar o máximo para ser a melhor esposa e melhor mãe, tanto da Valentina quanto dos próximos que você deseje ter... Alexia sorriu. – Eu sei que sempre falo que quero somente a Valentina mas sei que você gosta de criança, e sentiria muito se não tivesse mais outros me dando trabalho... Deu um beijo na testa da mulher. – Quero ser suficiente para você até seu último dia de vida, quero dar continuidade aos Kings juntamente com você! Alexia já estava mais reconfortável.
Fim do capítulo
Só uma pequena obs: Estou sem celular.
Bjs.
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