@mor.com por Carla Gentil
Capítulo com trecho escrito pela super ultra mega blaster escritora do meu coração, minha querida amiga DIEDRA ROIZ.
Capítulo 22 - Participação Especial de Diedra Roiz
Ao contrário do desejo delas, o tempo passou voando. Logo a lua cheia chegou e com ela a lembrança de que o voo de Laura seria na manhã seguinte. Para tentar espantar a tristeza quase palpável da separação, resolveram sair para encontrar os amigos de Sam, no bar.
Ficaram lá por algumas horas, nunca perdendo a outra de vista. Sentiam necessidade de aproveitar cada segundo antes de serem obrigadas a se separar.
Laura havia decidido ficar no Brasil, uma decisão muito difícil para ela. Há muitos anos ela tinha decidido ser independente, escolheu quais responsabilidades abraçaria. Já havia pago um preço bem alto por suas escolhas. Nunca parar em lugar nenhum, ter poucos amigos, pouco tempo para curtir sua vida mas acima de tudo, o custo de viver sem as confortáveis vendas nos olhos. Apesar de parecer ser uma pessoa leve, não tinha mais confiança na humanidade. Por pouca coisa amigos de infância paravam de se falar, a ignorância do preconceito causava assassinatos diariamente, a ganância daqueles que já tem demais pesava sobre o mundo como garras de ferro. De tudo isso ela sabia, contra tudo isso ela lutava. Um trabalho de formiga que ela estava pronta pra abandonar, porque até então não vislumbrara o quanto o amor pode ser mais forte que o ódio e o terror.
Mas as coisas não eram tão simples, Teria que acertar muitos detalhes antes de se mudar, convencer muitas pessoas sobre sua decisão, cumprir alguns contratos, resolver a venda de seu apartamento. Enfim, demoraria mais de um mês para poder estar onde queria e precisava.
O problema era que um mês para quem está absolutamente apaixonada, se compara à eternidade, ao infinito, ao cárcere, à privação de necessidades vitais.
Tentaram não antecipar muito a dor, conversavam de banalidades, já que o mais importante já estava certo: se amavam e iriam viver juntas.
Deitadas na cama, comentavam a apresentação de Laura para os amigos de Sam.
- Pra variar você tinha que chegar “causando”, né, Laura!
- Ah, não! Desta vez eu não tive culpa! Onde já se viu o garçom virar daquele jeito? Ele que me atropelou! E o meu top quase caiu. Parou no quase.
- Tá certo... Culpa dele – ironizou. – Mas foi legal, quebrou o gelo com as meninas. O Gabriel veio me dizer que entrou em crise por tua causa, tava com dúvidas da sexualidade dele porque te achou o maior tesão! - Laura riu ao lembrar de Sam dando um tapa nele. Agora sabia o motivo.
- A Virna que ficou com um pé atrás comigo... Mas eu saquei logo o motivo. Ela não parava de falar do Arthur, pelo visto é partidária dele. Disse que ele ficou muito amiguinho do teu irmão, estão sempre saindo juntos e, por sorte, ele não tem ido mais naquele bar.
- Do jeito que o Cássio é homofóbico, ele ia surtar se pisasse lá – Sam falou rindo. – Se você visse cada besteira que já ouvi dele! Mas não sei não, viu! Pra mim isto é coisa de enrustido... O Arthur vai acabar se dando bem andando com ele.
******* ************ BY DIEDRA ROIZ************** **************
Riram juntas.
O riso aos poucos se transformando em algo muito diferente.
As bocas se procuraram, se encontraram, se devoraram. Ardentemente.
Até que mais uma vez, tiveram que se separar para recuperar o fôlego.
Laura olhou bem dentro dos olhos verdes. De um jeito tão avassalador que fez Sam tremer inteira. Puxou-a com força. Passeou os lábios pelo pescoço, as mãos por debaixo da blusa... Os gemidos se confundindo na medida em que o simples roçar se tornava pouco...
E então, inexplicavelmente, tudo parou. Não foi nada palpável, muito mais uma leve percepção de Laura. De que algo se contraía, recusava, tencionava no corpo de Sam. Não da forma que ela esperava. Suave, quase imperceptível, mas uma recusa.
Sussurrou no ouvido da loira:
- Que foi?
Os olhos se encontraram. Rapidamente, os verdes se desviaram. Ao mesmo tempo em que Sam virava o corpo na cama, ficando de costas para Laura.
Apesar de surpresa com a evidente rejeição, Laura nada falou. Tampouco se afastou. Abraçou Sam por trás. Colou a boca na curva entre o ombro e o pescoço que tanto a seduzia. Num beijo terno, paciente e calmo.
Sam não aguentou. Sem coragem de encará-la, confessou:
- Eu sinto muito... Mas não vou conseguir, porque estou... Droga! Não sei explicar!
Laura sorriu. Antes de falar:
- Tudo bem. Não precisamos fazer nada.
Mas Sam protestou, visivelmente frustrada:
- É nossa última noite!
A reação de Laura foi absolutamente inesperada. Ela não riu. Gargalhou. Deixando Sam ainda mais irritada.
Sam ameaçou levantar, mas Laura a puxou de volta. Fez Sam deitar de costas, e ficou em cima dela, prendendo-a com o próprio corpo. Sam resistiu como pôde. Mas Laura era maior e muito mais forte...
Dominou-a com facilidade. Grudou a boca no ouvido da loira e disse num tom delicioso:
- Não é a nossa última noite. E com relação ao sex*... Existem muitas outras formas de fazer amor...
Todos os pelos do corpo de Sam se arrepiaram. Olhou para Laura, absolutamente seduzida... Antes de colar os lábios nos dela com um gemido.
Respirar se tornou muito difícil. As pulsações aceleraram, mas não passaram daquilo.
As bocas se buscando, se tomando, se completando. Como se nada mais existisse. Os lábios ardendo, por ter neles concentrada toda a libido. Por um tempo que pareceu infinito.
Pouco a pouco, o corpo de Sam relaxou, se entregou, e depois implorou. Os braços instintivamente ao redor do pescoço de Laura, puxando-a com força contra si. Até não aguentar mais e pedir:
- Faz amor comigo...
Era tudo o que Laura queria. Ainda assim, provocou:
- Tem certeza?
A resposta veio... Não em palavras. Na boca de Sam percorrendo o pescoço de
Laura com uma necessidade urgente. E nas mãos que desceram levantando a camiseta dela para traçar os contornos da pele mais facilmente...
Os olhos azuis gem*ram, ofegaram, se contorceram...
Permitindo que Sam dominasse por um curto espaço de tempo.
Antes de voltarem a queimar num desejo completamente diferente. Segurou os pulsos de Sam, e com uma das mãos, os prendeu acima da cabeça.
Desabotoou os primeiros botões do vestido dela com a mesma pressa com que mergulhou a boca nos seios. Os dedos descendo pelas coxas, levantando a saia, se fazendo habilmente presentes...
Abriu o jeans, para se livrar dele, mas Sam a impediu:
- Não tira nada.
Os olhos de Laura brilharam... E não contestaram. Pelo contrário. Procuraram a boca na de Sam de um modo muito mais do que urgente. Possessivo. Exigente.
Colou o corpo e os lábios nos dela sem soltar os pulsos que ainda segurava.
Ondulando sobre Sam num compasso uno. Sintonia intensa. Comunhão derradeira.
Ardente, doce, fremente.
Entre sussurros e gemidos. A satisfação concomitante sobrevindo...
Erráticas no prazer indistinto...
Absolutamente entregues.
Completamente rendidas.
Inteiramente unidas.
Num acordo total de razão, emoção e sentidos.
Fim do capítulo
Di, mais uma vez brigadíssima pelo carinho de aceitar meu convite. <3
Comentar este capítulo:
Photographer_SP
Em: 23/05/2017
Uau! Ow! Meu Universo!
Pôxa, pôxa! 5.000 pôxas!
Deixei as imagens avançar em minha mente criativa, e digo com total certeza de que a fotografia desse cenário me fez pousar sem ser percebida.....
Muitooooo obrigada!
Parabéns!
As duas.
Beijos
Resposta do autor:
Poxa! Quantos poxas! :o
Ainda bem que pousou despercebida, senão, vai saber o que aquelas gurias ciumentas fariam :o
Obrigada por comentar o/
IzaHass
Em: 23/05/2017
Isso é o que eu chamo de auxílio luxuoso: um #fourhands com Diedra Roiz!! Que lindeza! E o resultado é um capítulo poético, apesar de toda angústia provocada pelas incertezas da certeza da distância. Acabei de ler com vontade de ouvir Tatuagem, de Chico... Obrigada, às duas, pelo presentão! :* :*
Resposta do autor:
Mostrei seu comentário pra Diedra, ela ficou mó feliz :-)
(adoro, amo de paixão o Chico <3)
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